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Engenharia Elétrica e Engenharia de Computação Professora: Juliana Chagas Ventura Disciplina: Cálculo IV 2020-1 – Fase 2 Séries de potências Uma série de potências é uma expressão da forma ∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n=c0+c1(x−x0)+c2(x−x0) 2+...+cn(x−x0) n+.. . onde c0, c1, c2, … e x0, são constantes. Exemplo 1 (a) 1+x+x2+x3+ ...+ xn+...=∑ n=0 ∞ xn (b) ∑ n=0 ∞ n (x−1)n=(x−1)+2(x−1)2+3(x−1)3+...+n(x−1)n+... Intervalo de convergência e raio de convergência Para que valores de x a série ∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n converge? Para uma série de potências ∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n , uma das afirmações é verdadeira: (a) A série converge somente em x=x0 . (b) A série converge absolutamente em todos os valores reais de x. (c) A série converge absolutamente em todo x de algum intervalo aberto (x0−R , x0+R ) e diverge se x< x0−R ou x> x0+R . Em cada um dos pontos x=x0−R ou x=x0+R , a série pode convergir absolutamente, convergir condicionalmente, ou divergir, dependendo da série considerada. R é chamado de raio de convergência da série. Adaptado de ANTON, Haword, BIVENS, Irl e DAVIS, Stephen. Calculus, 8ª edição. Procedimento para encontrar o intervalo de convergência de uma série de potências. 1. Aplicar o teste da raiz ou o teste da razão. 2. Resolver a inequação resultante. 3. Analisar os extremos individualmente. Exemplo 2 Verifique os intervalos de convergência das séries. (a) ∑ n=0 ∞ xn (b) ∑ n=0 ∞ xn n ! (c) ∑ n=0 ∞ n+2 3n (x−2)n 1 SOLUÇÃO (a)∑ n=0 ∞ xn Sabemos do teste da raiz que a série ∑ n=1 ∞ an converge se lim n→∞ |an| 1 n<1 . Então, iremos aplicar o teste e impor que o limite encontrado seja menor do que 1. lim n→∞ |xn| 1 n=lim n→∞ |x|=|x|<1 −1<x<1 Análise dos extremos do intervalo: • x=−1 ∑ n=0 ∞ 1n=∑ n=0 ∞ 1 lim n→∞ 1=1≠0 Logo, a série diverge. • x=1 ∑n=0 ∞ (−1)n lim n→∞ (−1)n diverge Portanto, a série diverge. Assim, a série ∑ n=0 ∞ xn converge para todo x∈(−1,1) . (b) ∑ n=0 ∞ xn n! Do teste da razão temos que a série ∑ n=1 ∞ an converge se lim n→∞ |an+1| |an| <1 . Aplicando o teste, lim n→∞ |xn+1| (n+1)! |xn| n! = lim n→∞ |x| n+1 =0<1 O limite é menor do que 1 independente do valor de x, logo, a série converge para todo x∈ℝ . (c) ∑ n=0 ∞ n+2 3n (x−2)n Aplicando o teste da raiz, obtemos lim n→∞|n+23n (x−2)n| 1 n=lim n→∞ (n+2) 1 n⋅|x−2| 3 = |x−2| 3 <1 −1< x−2 3 <1 ⇒ −1< x<5 Analisando os extremos: • x=−1 ∑ n=0 ∞ n+2 3n (−3)n=∑ n=0 ∞ (−1)n(n+2) série alternada bn+1−bn=(n+1+2)−(n+2)=1>0 ⇒bn+1>bn Logo, a série diverge. • x=5 ∑ n=0 ∞ n+2 3n 3n=∑ n=0 ∞ (n+2) lim n→∞ (n+2)=∞ 2 Portanto, a série é divergente. A série ∑ n=0 ∞ n+2 3n (x−2)n converge para x∈(−1,5) . Funções definidas por séries de potências Se uma função f puder ser expressa como uma série de potências em algum intervalo, então dizemos que a série de potências representa a função f naquele intervalo. Este intervalo é o intervalo de convergência da série e será o domínio da função. Para cada x nesse intervalo, fazemos f(x) igual à soma da série, ou seja, f (x)=c0+c1(x−x0)+c2( x−x0) 2+...+cn(x−x0) n+.. . Então, f (x)=∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n , ∀ x∈( x0−R ,x0+R ) Exemplo 3 Encontre uma representação em série de potência para a função f (x)= 1 1−x . SOLUÇÃO A série ∑ n=0 ∞ xn=1+x+x2+x3+...+xn+.. . corresponde a soma infinita dos termos de uma progressão geométrica de razão x e primeiro termo igual a 1. Já verificamos que esta série é convergente para -1< x < l. Além disso, a soma dos termos de uma PG infinita de razão x∈(−1,1) e primeiro termo igual a 1 é S= 1 1−x . Assim, no intervalo (-1,1), a série ∑ n=0 ∞ xn se iguala a soma S. Logo, f (x)= 1 1−x =∑ n=0 ∞ xn , −1<x<1 Exemplo 4 A partir do resultado encontrado acima determine a representação em série de potências das funções: (a) g(x)= 1 1+x (b) h(x )= 1 1−x2 SOLUÇÃO (a) g(x)= 1 1+x = 1 1−(−x ) =∑ n=0 ∞ (−x )n , −1< x<1 (b) h(x )= 1 1−x2 =∑ n=0 ∞ (x2)n=∑ n=0 ∞ x2n , −1<x<1 Derivação e integração de série de potências Suponha que uma função f esteja representada por uma série de potências em x−x0 que tenha raio de convergência R não nulo, isto é, 3 f (x)=∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n (x0−R< x< x0+R) Então, f ' (x)=∑ n=0 ∞ d dx [cn( x−x0) n ] ∫ f (x)dx=∑ n=0 ∞ [ cnn+1 (x−x0)n+1]+k ∫α β f (x )dx=∑ n=0 ∞ ∫α β [cn(x−x0) n]dx ➔ As séries obtidas por diferenciação ou integração têm o mesmo raio de convergência de ∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n . No entanto, o intervalo de convergência pode não ser o mesmo. Exemplo 5 Encontre a representação em série de potências das funções. (a) t(x)= ln|1+x| (b) u(x)= x 1−x2 SOLUÇÃO (a) t( x)= ln|1+x|=∫ 11+x dx Deste modo, a representação em série de potências de t corresponde a integral da representação em série de potências da função 1 1+x , calculada no exemplo anterior. t( x)= ln|1+x|=∫ 1 1+x dx=∫∑ n=0 ∞ (−x )ndx=∑ n=0 ∞ ∫(−1)n xndx=∑ n=0 ∞ (−1)n x n+1 n+1 +k Para calcular o valor de k substituímos x por 0. t(0)=ln|1+0|=k ⇒ k=0 Assim, t( x)=ln|1+x|=∑ n=0 ∞ (−1)n x n+1 n+1 , −1< x<1 (b) u(x)= x (1−x2)2 Observe que d dx [ 11−x2 ]= −2x(1−x2)2 . u(x)= x (1−x2)2 =−1 2 d dx [ 11−x2 ]=−12 ddx [∑n=0 ∞ x2n]=−12 ∑n=0 ∞ d dx [ x2n ]=−1 2 ∑ n=0 ∞ (2n) x2n−1=∑ n=0 ∞ (−n)x2n−1¿ , para –1< x <1. Exemplo 6 Use uma série de potências apropriada para mostrar que π =4−4 3 + 4 5 −4 7 + 4 9 − 4 11 +.. . . SOLUÇÃO No Exemplo 4 encontramos 1 1+x =∑ n=0 ∞ (−1)n xn . Desse resultado calculamos 1 1+x2 =∑ n=0 ∞ (−1)n x2n 4 arctg x=∫ 1 1+x2 dx=∫∑ n=0 ∞ (−1)n x2ndx=∑ n=0 ∞ ∫(−1)n x2ndx=∑ n=0 ∞ (−1)n x2n+1 2n+1 +c arctg0=0+c=0 ⇒ c=0 arctg x=∑ n=0 ∞ (−1)n x2n+1 2n+1 π 4 =arctg1=∑ n=0 ∞ (−1)n 2n+1 π =4−4 3 + 4 5 − 4 7 + 4 9 − 4 11 +... Série de Maclaurin e Série de Taylor Se uma função f admite representação em série de potências f (x)=∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n qual é a forma de cn? Seja f uma função que admita representação em série de potências f (x)=∑ n=0 ∞ cn(x−x0) n=c0+c1(x−x0)+c2(x−x0) 2+c3(x−x0) 3+...+cn(x−x0) n+.. . , com raio de convergência R>0. Encontramos uma representação de f ' (x) em série de potências diferenciando termo a termo a representação em série de potências de f (x) . f ' (x)=c1+2c2(x−x0)+3c3(x−x0) 2+...+ncn(x−x0) n−1+.. . Consequentemente, f ' ' (x)=2c2+3⋅2c3(x−x0)+...+n (n−1)cn(x−x0) n−2+.. . f ' ' ' (x)=3⋅2⋅c3+...+n⋅(n−1)⋅(n−2)cn(x−x0) n−3+.. . f (k)( x)=k⋅(k−1)⋅...⋅3⋅2⏟ k! ⋅ck+...+n⋅(n−1)⋅...⋅(n−k+1) cn(x−x0) n−k+ ... Cada série obtida têm raio de convergência igual ao da série de f(x). Substituindo x por x0: f (x0)= c0 f '(x0) = c1 f ''(x0) = 2c2 f '''(x0) = 3·2·c3 ⋮ f k (x0) = k!·ck Logo, cn= f (n)( x0) n! Assim, f (x)=f ( x0)+ f '(x0)( x−x0)+ f ' '(x0) 2 ! (x−x0) 2+ ...+ f n( x0) n! (x−x0) n+ ...=∑ n=0 ∞ fn (x0) n! (x−x0) n Esta série é chamada de série de Taylor da função f em x0 (ou em torno de x0 ou centrada em x0). 5 Para o caso especial de x0=0, a série de Taylor torna-se f (x)=f (0)+ f '(0) x+ f ' '(0) 2! x2+ ...+ f n(0) n! xn+... =∑ n=0 ∞ f n(0) n! xn Esta série é conhecida como série de Maclaurin. Exemplo 7 Encontre a representação em série de Taylor para as seguintes funções> Determine o intervalo de convergência. (a) f (x)=ex , em torno de x0=0 (b) f (x)= 1 1+2x , em torno de x0=0 (c) f (x)=sen x , em torno de x0=π SOLUÇÃO (a) f (n)(x )=ex , f (n)(0)=e0=1⇒cn= 1 n ! . Assim, f (x)=∑ n=0 ∞ xn n ! Intervalo de convergência: lim n→∞ |xnn!| 1 n=0<1 A série converge para todo x∈ℝ . Dada a soma parcial, Sn, da série, quanto maior n mais próximo o valor da soma está de f(x). A figura abaixo ilustra este fato. (b) f (x)= 1 1+2x , f (0)=1 f ' (x)= −2 (1+2x )2 f ' (0)=−2 f ' ' (x)= −2(−2)2 (1+2x )3 =−2⋅4 (1+2x )3 f ' ' (0)=−8 f ' ' ' (x)= −2⋅(−3)⋅4⋅2 (1+2x )4 =6⋅8 (1+2 x)4 f ' ' ' (0)=48 ⋮ ⋮ f (n)(x )= (−1)n⋅2n⋅n ! (1+2x)n+1 f (n)(0)=(−1)n⋅2n⋅n ! cn= (−1)n⋅2n⋅n! n! =(−1)n⋅2n 6 Então, f (x)= 1 1+2x =∑ n=0 ∞ (−1)n2nxn=∑ n=0 ∞ (−2 x)n Poderíamos ter determinado a representação em série de potências de f de modo semelhante ao utilizado no Exemplo 4. f (x)= 1 1+2x = 1 1−(−2x) =∑ n=0 ∞ (−2 x)n , |2 x|<1 ⇒ −1 2 <x< 1 2 (c) f (x)=sen x , f (π)=0 f ' (x)=cos x f ' (π )=−1 f ' ' (x)=−sen x f ' ' (π )=0 f ' ' ' (x)=−cos x f ' ' ' (π )=1 f (4 )( x)=sen x f (4 )(π )=0 Observe que a partir da quarta derivada a sequência 0, –1, 0, 1 se repete. Note também que as derivadas não nulas em x=π são as de ordem ímpar e que há alternância dos sinais. Portanto, f (2n+1)(π )=(−1)n+1 e c2n+1= (−1)n+1 (2n+1)! f (x)=sen x=∑ n=0 ∞ (−1)n+1(x−π)2n+1 (2n+1) ! Intervalo de convergência: lim n→∞ |(−1)n+1(x−π )2n+1(2n+1)! | 1 n=0<1 A série converge para todo x∈ℝ . Polinômio de Taylor Seja f uma função com representação em série de Taylor f (x)=∑ n=0 ∞ f n(x0) n! (x−x0) n . Definimos o k-ésimo polinômio de Taylor para f em torno de x=x0 como sendo pk (x)=f (x0)+f '( x0)(x−x0)+ f ' ' (x0) 2 ! (x−x0) 2+...+ f k (x0) k ! (x−x0) k=∑ n=0 k f n(x0) n! (x−x0) n Quanto maior o grau do polinômio de Taylor para a função f, mais próximo pk(x) estará de f(x), para todo x pertencente ao intervalo de convergência da série. Exemplo 8 Determine os polinômios de Taylor de graus 2 e 4 para as funções abaixo, em torno de x0=0. Em seguida calcule o valor da função em x=m e compare com os valores dos polinômios nesse ponto. (a) f (x)= 1 1−x , m=0 (b) g(x)=cos x , m=π 2 SOLUÇÃO (a) f (x)= 1 1−x =∑ n=0 ∞ xn p2(x)=1+x+x 2 p2(0)=1 p4(x )=1+x+ x 2+x3+x4 p4(0)=1 f (0)=1=p2(0)=p4(0) 7 (b) g(x)=cos x , g (0)=1 g '(x)=−sen x g '(0)=0 g ' '(x)=−cos x g ' ' (0)=−1 g ' ' ' (x )=sen x g ' ' ' (0)=0 g(4 )(x)=cos x g(4)(0)=1 A partir da quarta derivada a sequência 1, 0, –1, 0 se repete. Além disso, as derivadas não nulas em x=0 são as de ordem par e há alternância dos sinais. Portanto, g(2n)(0)=(−1)n e c2n= (−1)n (2n) ! g(x)=cos x=∑ n=0 ∞ (−1)n x2n (2n)! p2(x)=1− x2 2 p2(π2 )=1− π 2 8 ≈−0,2337 p4(x )=1− x2 2 + x4 24 p4(π2 )=1−π 2 8 + π 4 384 ≈0,0100 g(π2 )=0 Quanto maior o grau do polinômio, mais próximo o valor do mesmo em x=π 2 está do valor de g(π2 ) . Estimativas de Somas Quando usamos uma série de potências para aproximar o valor de uma função em um ponto, na prática, temos que truncar a soma, isto é, fazemos n varia até um inteiro N. Uma questão que se coloca é: Quão boa é esta aproximação? Ou seja, quão próxima ela está do valor real da função naquele ponto? Para responder a essa questão precisamos estimar o tamanho do resto. Dada uma série ∑ an convergente, tal que lim n→n Sn=S , sendo Sn a soma dos n primeiros termos, o resto Rn é calculado por: Rn=S−Sn=an+1+an+2+an+3+ ... O resto Rn é o erro resultante de quando Sn é utilizada como uma aproximação para a soma total. A seguir veremos como estimar o em alguns casos. Estimativa do erro para o Teste da Integral Seja f (k)=ak, onde f é uma função contínua, positiva, decrescente para x≥n e ∑ ak é convergente. Se Rn=S−Sn , então ∫n+1 ∞ f (x )dx≤Rn≤∫n ∞ f (x)dx . Ou ainda, adicionando Sn em cada lado da desigualdade, obtemos Sn+∫n+1 ∞ f (x)dx≤S≤∫n ∞ f (x)dx+Sn . Estimativa do erro para o Teste da Comparação Se estivermos usando o teste da comparação para mostrar que a série ∑ ak , com resto Rn, converge pela comparação com uma série ∑ bk , com resto correspondente Tn, uma vez que an≤bn , para todo n, então, Rn≤T n . 8 Estimativa do erro de Séries Alternadas Se a série ∑ (−1)nbn , cujo resto é Rn, converge, então, |Rn|=|S−Sn|≤bn+1. Exemplo 9 Use uma série de potências apropriada e calcule uma aproximação para cos1 , com erro < 0,001. SOLUÇÃO No exemplo anterior determinamos a série de Maclaurin da função cosx. cos x=∑ n=0 ∞ (−1)n x2n (2n)! Como essa é uma série alternada, a estimativa do erro é: |Rn| ≤ bn+1. Truncando a soma em N=4, obtemos |R3|≤b4= x8 8 ! Para x=1 : R3≤b4= 1 8 ! <0,001 Assim, uma aproximação para cos1 é cos1=1−1 2 2 + 1 4 24 − 1 6 720 =720−360+30−1 720 =389 720 =0,54028 Na calculadora: cos1 = 0,54030. Exercícios 1. Encontre a série de Maclaurin de f(x), bem como o intervalo de convergência. (a) f (x)=sen(x ) (b) f (x)= sen (x) x (c) f (x)=10x (d) f (x)= 1 (1+x )2 (e) f (x)=e3x (f) f (x)=arctg x (g) f (x)=xex (h) f (x)=cos (2 x) 2. Determine a série de Taylor da função centrada em x0. (a) f (x)= 1 1+x , x0=1 (b) f (x)= ln x , x0=2 (c) f (x)=1 x , x0=−2 (d) f (x)= x−1 x , x0=1 3. Use uma série de potências apropriada para calcular uma aproximação da integral definida com a precisão indicada. (a) ∫0 2 sen(x2)dx (erro<0,001) (b) ∫1 2 ex x dx (|erro|<0,001) (c) ∫0 1 √1+x4dx (|erro|<0,0001) 4. O número real G=∫0 1 arctg( x) x dx é também chamado de constante de Catalan (em homenagem ao matemático belga Eugène Charles Catalan (1814–1894)). Use uma série de Taylor conveniente para mostrar que G=∑ n=0 ∞ (−1)n (2n+1)2 e considere a soma dos seis primeiros termos da série para calcular o valor aproximado de G. 9
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