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Fisiologia do Sistema Respiratório - A anatomia respiratória varia de espécie para espécie; - Todas as espécies possuem o músculo diafragma, exceto aves e répteis; - Ventilação é o tanto de ar que entra e sai durante um ciclo completo de respiração (inspiração e expiração); - O pulmão tem uma fase inspiratória (expansão pulmonar, expansão torácica, contração do diafragma, modificação da pleura parietal reduzindo a pressão intrapleural) e outra expiratória (contração da expansão pulmonar, contração do tórax, relaxamento do diafragma, aumento da pressão intrapleural); - Nas aves e nos répteis o que acontece de importante para a respiração deles, é a expansão torácica; - A contração do diafragma modifica as pressões intrapleurais e visceral, promovendo a expansão pulmonar; - Os músculos intercostais facilitam a respiração; - Dependendo da espécie (bípede ou quadrúpede), a distribuição anatômica do pulmão favorece a ocorrência de um problema, uma doença ou não; - A troca gasosa não acontece em todo o trato respiratório, acontece a troca gasosa na região que tem uma proximidade do ar com o sistema arterial e venoso. A troca gasosa acontece em uma região chamada “zona respiratória”, principalmente nos alvéolos pulmonares; - A área de superfície do sistema respiratório é aumentando conforme vai chegando as porções terminais. A área de superfície do sistema de condução do ar (seis nasais, traqueia, brônquios e brônquios), é inferior a área de superfície de troca na zona respiratória (que é a região alveolar no pulmão); - É necessário ter uma área de superfície grande e ela precisa ter um amplo contato com o ar que está sendo inspirado, justamente para que aconteça a hematose; - Durante o ciclo inspiratório e expiratório, por mais que termine esses ciclos as cavidades ainda continuam tendo ar, sendo chamado de espaço morto; - O sistema respiratório é importante não somente para o fornecimento de oxigênio e retirada de CO2, ele também participa do equilíbrio ácido-básico, metabolização farmacológica, controle e auxílio da temperatura corporal; 1 - A pressão intrapelural é sempre negativa (-6 mmHg), sempre subatmosférica; - A pressão intratorácica sempre tem que ser negativa, para que aconteça as variações de pressões intratorácica e pleural, ocorrendo então um ciclo respiratório; - A inspiração é um processo ativo, ocorrendo um aumento do volume intratorácico; - A expiração é um processo passivo, relaxamento muscular. Dependendo da situação a expiração pode se tornar um processo ativo, como durante o exercício; - O surfactante atua para que evite o colabamento pulmonar; - Toda pele em contato com o ar precisa também de sangue, uma boa perfusão tecidual se não ocorre a formação de trombos, e consequentemente, necrose; - Ao abrir o tórax, o esperado é que o pulmão diminua de tamanho, mas não gera um processo de atelectasia; - Espaço morto: É a região que tem ar e não acontece a troca gasosa (hematose). - Não é toda a região pulmonar que existe a troca gasosa; - Zona condutora: É aonde funciona os canais de condução do ar para a região respiratória. É uma das três zonas funcionais do pulmão responsável por transportar e distribuir ar e sangue às unidades periféricas. É composta pelo nariz, a nasofaringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais. São anatomicamente incapazes de realizar a troca gasosa com o sangue venoso. - Zona respiratória: É a região contendo os alvéolos, pequenos sacos com paredes finas onde ocorre as trocas gasosas, inclui também os bronquíolos respiratórios. - Fatores que estão relacionados com o ciclo respiratório: Ventilação (é quanto que passa de ar durante um ciclo respiratório), Perfusão (é a capacidade de fornecimento sanguíneo para a troca gasosa), tensão de superfície e a participação das variações de pressões intrapleural, intratorácica e a movimentação de tórax e diafragma; - Ventilação pulmonar: A atividade muscular causa mudanças no volume da cavidade torácica durante a respiração. Mudanças no volume da cavidade torácica causa mudanças nas pressões intrapulmonar e intrapleural, que permitem a movimentação do ar de região de alta pressão para região de baixa pressão. A resistência das vias aéreas é normalmente baixa, porém estímulos nervosos e fatores químicos podem mudar o diâmetro dos bronquíolos, alterando a resistência e o fluxo de ar. A distensibilidade pulmonar é normalmente alta 2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Nariz https://pt.wikipedia.org/wiki/Nasofaringe https://pt.wikipedia.org/wiki/Laringe https://pt.wikipedia.org/wiki/Traqueia https://pt.wikipedia.org/wiki/Br%C3%B4nquios https://pt.wikipedia.org/wiki/Bronqu%C3%ADolo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_venoso devido ao componente elástico do tecido pulmonar e à habilidade do surfactante para reduzir a tensão superficial do líquido alveolar. - Perfusão Pulmonar: Refere-se ao fluxo sanguíneo da circulação pulmonar disponível para a troca gasosa, sendo que as suas pressões são relativamente mais baixas quando comparadas com a circulação sistêmica. - Difusão Pulmonar: É a passagem do ar alveolar através da membrana alvéolo- capilar. - Surfactante Pulmonar: É sintetizado por pneumócitos II, composto por fosfolipídios, proteínas e íons, previne atelectasia, aumenta a complacência pulmonar e diminui o trabalho respiratório. - Atelectasia: É o colabamento pulmonar, que acontece com o animal vivo. - Mecânica Respiratória: Seu funcionamento é quem garante a ventilação pulmonar, dependendo do deslizamento pulmonar sobre a pleura. -EXPLICAÇÃO DO GRÁFICO: -Pressão nos alvéolos: Na fase inspiratória, a pressão interalveolar é menor, porque tende a acontecer a entrada do ar (puxando o ar). Já na fase expiratória, há o relaxamento da musculatura, diminuindo o volume torácico e aumento da pressão alveolar para que aconteça a expulsão do ar que está dentro do pulmão. Ocorre a equalização da pressão interalveolar com a atmosfera; -Pressão Intrapleural: Na fase inspiratória ocorre a diminuição da pressão intrapleural e na fase expiratória acontece o aumento da pressão intrapleural (se tornando menos negativa). Na pressão pleural não se trata de negativo e positivo, porque a pleura está com a pressão subatmosférica sempre, onde já é negativa e torna-se mais negativa. Não ocorre a equalização da pressão intrapleural com a atmosfera, porque o sistema pleural é fechado; -Volume de respiração: Na fase inspiratória tem-se o aumento do volume em litros de ar e na fase expiratória tem-se a diminuição do volume de ar dentro do pulmão. A ventilação compreende-se ao volume pulmonar durante o ciclo respiratório. Isso se aplica aos mamíferos. 3 - A menor resistência respiratória está em bronquíolos e a maior está na traqueia e brônquios. - MENSURAÇÕES: - São valores que se levam em conta, para saber se há algum problema no trato respiratório ou não; - Volume corrente (VC): Volume de ar que se movimenta para fora e/ou dentro do pulmão (500-700 mL); - Volume de reserva inspiratório (VRI): volume inspirado com esforço máximo (2L); - Volume de reserva expiratório (VRE): esforço expiratório ativo (1 L); - Volume residual (VR): volume após esforço respiratório máximo (1,3 L); - A somatória de todos = capacidade pulmonar total (5L); - Capacidade vital pulmonar = VC + VRI + VRE; - Capacidade inspiratória = VRI + VC; - Capacidade residual funcional = VR + VRE; - VMR: Volume por minuto respiratório; - VVM: Ventilação voluntária máxima; - Com base no VMR e VVM se houver alterações podem indicar disfunção pulmonar. - COMPLACÊNCIA PULMONAR E TORÁCICA: - É a tendência do tecido retornar a sua posição inicial após a força aplicada ser removida, se distribuindo de três formas: - Normal: É quando não há nenhum problema para inspirar e expirar. - Obstrutivo: Quandopor exemplo tem-se uma doença pulmonar obstrutiva crônica, algo dentro da traqueia (traqueíte), um quadro de edema, que l,Eva, a dificuldade respiratória. O volume em litros durante a ventilação é diminuído, tendo dificuldade para inspirar e expirar. Tem aumento na resistência da passagem do ar. - Restritivo: Quando por exemplo tem uma fibrose pulmonar, o volume em litros também é reduzido e também há modificação da amplitude, tendo dificuldade para inspirar (na expansão do pulmão) e há normalidade na expiração. Mantém o tempo, mas diminui o volume respiratório. Está relacionado com complacência. 4 - Papel do surfactante: Ele evita o colapso pulmonar, modificando a tensão superficial do líquido que remexe o alvéolo. Durante a a fase respiratória ele promove a redução da tensão superficial evitando o colapso alveolar e bronquiolar. Se por algum motivo o organismo do indivíduo não produz surfactante, ou se existe algum processo inflamatório, edema devido ao aumento da pressão hidrostática dentro dos capilares pulmonares, existe a probabilidade do colapso pulmonar denominado atelectasia. - Atelectasia: É o colapso pulmonar, devido ao aumento da tensão de superfície da água no alvéolo pulmonar levando ao colabamanto alveolar (o pulmão fica maciço e firme, diminuindo de tamanho). - Pode existir uma variação de pressão pulmonar na ventilação dependendo da posição do animal; - O ar não se distribui de forma igual em todo o pulmão, mas, dependendo da posição em que o animal está existe uma maior resistência de quase ficar em equilíbrio. Existe uma menor resistência a passagem do ar e melhora o processo de ventilação; - Posição Ortostática: É quando a posição de um animal “em pé”, com os membros posicionados em equilíbrio. Durante essa posição, o volume ventilatório na base pulmonar é maior do que no ápice (tanto que em algumas espécies a base do pulmão é maior que seu ápice). Não existindo o mesmo volume ventilado em todo o trato respiratório. Além da variação da distribuição do ar no processo ventilatório pulmonar, também tem-se uma variação na pressão arterial. - Ventilação não é um processo totalmente homogêneo; - A ventilação alveolar é menor que o volume morto residual; - A troca gasosa nos mamíferos, não é uma troca gasosa extremante eficiente; - O volume morto respiratório é maior que a ventilação alveolar durante a fase respiratória; - Uma respiração rápida superficial ventila menos que a respiração lenta e profunda; - Espaço morto anatômico: É todo o volume do sistema respiratório fora dos alvéolos. - Espaço morto fisiológico total: É todo volume de gás que não realiza trocas com o sangue (ventilação desperdiçada). - Em indivíduos sadios, o espaço morte anatômico e o fisiológico são iguais, ficando próximos um ao outro; 5 - A TROCA GASOSA VAI DEPENDER DA CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO DO AR QUE ESTÁ SENDO INSPIRADO, DA CONCENTRAÇÃO DE CO2 INTRALVEOLAR E DA CONCENTRAÇÃO TANTO DE CO2, QUANTO DE O2 DENTRO DOS VASOS. ESSAS DIFERENÇAS FAZEM COM QUE ACONTEÇA O PROCESSO DE DIFUSÃO NOS TECIDOS. SE A PRESSÃO DE OXIGÊNIO INTRALVEOLAR É ALTA E A PRESSÃO DE OXIGÊNIO INTRAVASCULAR É BAIXA, O PROCESSO DE DIFUSÃO VAI ACONTECER NO SENTIDO INTRAVASCULAR E O MESMO ACONTECE COM O CO2. O CO2 EM GRANDE CONCENTRAÇÃO NO MEIO INTRAVASCULAR VAI SE DIFUNDIR PARA O MEIO INTRALVEOLAR. - O fluxo sanguíneo pulmonar é afetado tanto por fatores ativos quanto passivo: 6 - RESUMO: - O ar entra no sistema respiratório pelas vias aéreas superiores, prossegue as vias aéreas condutoras, e daí então para as vias aéreas que terminam nos alvéolos. A área de secção transversal das vias aéreas aumenta pela zona de condução, e depois cresce rapidamente durante a transição das zonas condutoras para as respiratórias; - O transporte mucociliar nas vias aéreas condutoras ajuda a manter partículas fora da zona respiratória; - Há varias medidas importantes de volume pulmonar, incluindo: volume corrente; volume inspiratório; volume de reserva expiratório; capacidade vital forcada (CVF); volume expiratório forcado no primeiro segundo (VEF1); volume minuto respiratório e ventilação voluntaria máxima; - A “pressão efetiva” líquida para o movimento de ar para dentro do pulmão inclui a força da contração muscular, a complacência pulmonar (∆P/∆V) e a resistência das vias aéreas (∆P/∆V. ); - O surfactante diminui a tensão superficial nos alvéolos e ajuda a prevenir sua desinsuflação. Ele visa reduzir a tensão superficial para que não aconteça o colapso alveolar; - Nem todo o ar que entra nas vias aéreas está disponível para troca de gases. As regiões onde os gases não são trocados nas vias aéreas são designadas como “espaço morto”. As vias aéreas condutoras representam o espaço morto anatômico. Espaço morto aumentado pode ocorrer em resposta à doença que afeta a troca de gases na zona respiratória (espaço morto fisiológico); - O gradiente de pressão na circulação pulmonar é muito menor que na circulação sistêmica. Durante a passagem de sangue pelos capilares alveolares, existe uma menor pressão, uma menor velocidade de passagem do sangue para que aconteça uma melhor possibilidade de difusão dos gases. Lembrando que a pressão de CO2 intracapilar é maior que a intralveolar, para que aconteça a difusão de CO2 do meio intracapilar para o meio intralveolar. E a pressão O2 do meio intralveolar é maior do que no meio intracapilar, para que aconteça a difusão de oxigênio do meio intralveolar para o meio intracapilar; - Há uma variedade de substâncias biologicamente ativadas que são metabolizadas no pulmão. Estas incluem substâncias que são produzidas e atuam no pulmão (p. ex., surfactante), substâncias que são liberadas ou removidas do sangue (p. ex., prostaglandinas, que tem efeito inflamatório), e substancias que são ativadas quando passam pelo pulmão (p. ex., angiotensina II, mediada pela enzima conversora de angiotensina). 7 - Precisamos do funcionamento do sistema cardiovascular para ter a hematose; - O principal fator que regula o sistema respiratório é o nervo vago, via sistema nervoso parassimpático; - Quando se fala de respiração, não está falando apenas de pulmão, e sim, do envolvimento do pulmão em relação ao sistema circulatório e essa comunicação que tem com os órgãos do animal; -Nessa imagem ao lado, em um ponto tem o sistema respiratório é no outro ponto tem os órgãos onde existe o consumo de oxigênio, para recebê-lo; -Em uma via respiratória tem a área de espaço morto e o alvéolo, no alvéolos pulmonares espera-se que aconteça a difusão do CO2 do meio intracapilar para o meio intralveolar, seguindo a diferença de pressão de CO2. Também espera-se que ocorra oxigênio do meio intralveolar para o meio intracapilar, seguindo também a diferença de pressão. Cada um respeitando a sua circulação; -Logo, o sangue chega no pulmão onde ocorre o enriquecimento de O2 e a saída de CO2, retorna para o ventrículo esquerdo e vai ser distribuído pela circulação sistêmica através da aorta; -A pressão de oxigênio no tecido é menor e a pressão de oxigênio intracapilar/intrarteriolar é maior, sendo assim, o oxigênio se difunde do meio intracapilar/intrarteriolar para o interstício e ser consumido; - O CO2 que é produzido pela respiração aeróbica, está em grande concentração no interstício, se difunde para o meio intracapilar retornando para o coração via ventrículo direito; - O CO2 pode ser dissolvido no plasma, se ligar a hemoglobina e a forma de HCO3; 8 - O que pode levar a modificação respiratória e da troca gasosa: - Concentração de O2 disponível (baixas concentrações levam à hipóxia); - Concentração de CO2 (seu aumento leva a depressão do SNC); - Acidose (devido a dificuldade de ventilação); - pH (a ventilação auxilia o equilíbrio do pH). - A difusão de gases segue o gradiente, da região de maior pressão parcial para regiões de menor pressão parcial; - O que pode causar baixas pressõesde oxigênio na circulação: - O ar com baixa concentração ou pressão de O2, que pode ser influenciado pela pressão atmosférica; - Ventilação alveolar insuficiente ou inadequada, como processos de obstrução, edema, hemorragia, broncoconstrição, alterações no tratado respiratório superior; - Hipoventilação, que é quando não se está ventilando da maneira adequada; - Baixa complacência pulmonar; - Intoxicação, causando a depressão do SNC. - Hipóxia: Baixa concentração de O2 - Não é causada pela hipoventilação; - Alteração no sistema de troca casosa pulmonar; 9 - Quadros de hipóxia geralmente estão relacionados com alterações no sistema de troca gasosa; - Causas: Redução na área de superfície alveolar disponível para a troca gasosa, aumento na espessura da membrana alveolar e aumento na distância de difusão entre o espaço aéreo dos alvéolos e o sangue. - O transporte de oxigênio depende da hemoglobina, que está presente dentro da hemácia; - A hemoglobina ligada ao oxigênio é conhecida como oxi-hemoglobina (HbO2); 10 - Quanto mais oxigênio tem livre na circulação, mais oxigênio liga-se à hemoglobina. Quanto menos oxigênio tem livre na circulação, mais se desliga da hemoglobina e se difundo nos tecidos; -CO2 é mais solúvel que oxigênio; -Boa parte também se liga a hemoglobina e a parte que está livre pode s e r c o n v e r t i d a e m bicarbonato e ele pode ser eliminado pelos rins; -Bicarbonato ajuda na r e g u l a ç ã o d o p H sanguíneo; 11 - Sistema respiratório também é regulado pelo sistema nervoso, tem envolvimento central, da ventilação e da musculatura; 12