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NEUROLOGIA- OK

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS- CECA
UNIDADE EDUCACIONAL VIÇOSA
MONITORIA CLÍNICA DE PEQUENOS 
“É O BICHO”
Monitora: Franciely Feijó
Orientadora: Prof.ª Drª Márcia Notomi
NEUROLOGIA:
CEREBELO E SISTEMA VESTIBULAR
Divisão 
anatômica
SNC
Encéfalo
Cérebro 
(Telencéfalo; Diencéfalo)
Tronco encefálico
(Mesencéfalo; Ponte;Bulbo)
Cerebelo
Medula Espinal
SNP
Nervos
Cranianos- 12 
pares
Periféricos- 36 
pares
Gânglios
Terminações 
nervosas
Fonte: Marcondes, 2014.
Divisão 
funcional
SN 
Somático
Aferente Eferente
SN 
Visceral
Aferente Eferente
SN 
Autônomo
Simpático Parassimpático
Motricidade voluntária 
e sensorial consciente
É neurológico?
Onde está a 
lesão?
O que está 
causando isso?
V
I
T
A
M
I
N
D
VASCULAR
IATROGÊNICA/ IDIOPÁTICA
TRAUMÁTICA/ TÓXICA
AUTO-IMUNE
METABÓLICA
INFLAMATÓRIA/ INFECCIOSA
NEOPLÁSICA
DEGENERATIVA
ETIOLOGIA DAS AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
DINAMIT-V
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, 
nº 69 - agosto de 2013
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• Identificação e anamnese;
• Exame físico;
• Exame neurológico:
• Estado mental e comportamento;
• Locomoção (Postura; Marcha;Tremores
involuntários);
• Reações posturais;
• Nervos cranianos;
• Reflexos miotáticos;
• Avaliação sensorial.
Observação do 
paciente
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• Deve ser avaliado inicialmente na anamnese;
• Observar a interação do paciente com o consultório;
• Classificação estado mental:
• Alerta (vigília; Normal); 
• Depressão (sonolento);
• Estupor;
• Coma.
ESTADO MENTAL E COMPORTAMENTO
• Classificação comportamento:
• Agressividade;
• Andar compulsivo;
• Vocalização;
• Delírio;
• Pressionar a cabeça contra obstáculos (Head 
pressing).
Teckel de 11 anos de idade com “Head 
pressing” devido a neoplasia 
prosencefálica. 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e 
Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• É avaliada de acordo com o posicionamento da cabeça e do tronco durante o repouso; 
• Classificada: Normal ou inadequada. 
• Existem diversas estruturas responsáveis pela manutenção de uma postura adequada como 
o sistema visual e sistema vestibular;
POSTURA
Head tilt (inclinação 
de cabeça)
Head turn (Rotação lateral da 
cabeça)
Curvaturas espinhais
Rigidez descerebrada
Rigidez descerebelada
Posição de Schiff-Sherrington
Fonte:https://pt.slideshare.net/jullioparente/neurologia-veterinaria-38457941
https://pt.slideshare.net/jullioparente/neurologia-veterinaria-38457941
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• É o principal teste para pacientes com alterações locomotoras;
• Deve ser avaliada em uma área ampla e não escorregadia;
• Avalia-se de frente, de trás e lateralmente;
• Caminhar em linha reta, em círculos e realizar curvas em ambos os lados;
• Marcha normal: tronco encefálico+ cerebelo+ medula espinhal+ nervos periféricos +junção 
neuromuscular+ músculos tenham suas funções integras;
• Classificada: 
• Normal;
• Anormal: 
• Ataxia; 
• Paresia/ paralisia (diminuição/ ausência da função motora); 
• Claudicação
MARCHA
Ataxia cerebelar
• Dismetria (hipermetria
ou hipometria);
• Andar firme sem 
paresia;
• Oscilação corporal e 
balanço de cabeça.
Ataxia propioceptiva
(sensorial)
• Há perda da noção da 
posição dos membros e 
do corpo; 
• Postura com membros 
afastados (estação);
• Locomoção 
incoordenada.
• Fraqueza nos membros.
Ataxia vestibular
• Inclinação e queda para 
os lados;
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• Animais com alterações neurológicas podem apresentar diversos tipos de movimentos 
involuntários;
• Possuem etiologias distintas;
• Muito parecidos na apresentação inicial;
• Classificação: 
• Tremores (de ação, repouso e de intenção);
• Miotonias;
• Desordens de movimento (discinesias, distonias, coreia, balismo, atetose);
• Mioclonia;
• Catalepsia;
• Crises epilépticas;
• “Head bobbing”: tremor de cabeça episódico.
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• Alterações no posicionamento proprioceptivo e o saltitamento
• Indicam com precisão que há alteração no sistema nervoso;
• Não indica a sublocalização exata da lesão.
REAÇÕES POSTURAIS
Fonte: http://fisiovet.uff.br/sistema-
nervoso/
https://pt.slideshare.net/jullioparente/neurologia-veterinaria-38457941 Fonte: Marcondes, 2014.
http://fisiovet.uff.br/sistema-nervoso/
https://pt.slideshare.net/jullioparente/neurologia-veterinaria-38457941
Fonte: Marcondes, 2014. P. 
890-891.
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• Deve ser realizado quando o animal estiver bem relaxado e logo após o exame das reações posturais, tendo o 
mínimo de contenção possível.
NERVOS CRANIANOS
Fonte: Marcondes, 2014. P. 
886-887.
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
• Auxilia na classificação dos sinais neurológicos: Provenientes NMS ou NMI;
• Considerada como uma continuação da avaliação das reações posturais;
• De modo geral:
• Lesão NMS: Reflexos e o tônus encontram-se normais a aumentados;
• Lesão NMI: Diminuição ou ausência de reflexos e tônus;
REFLEXOS MIOSTÁTICOS
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
AVALIAÇÃO SENSORIAL
https://pt.slideshare.net/jullioparente/
neurologia-veterinaria-38457941
https://pt.slideshare.net/jullioparente/neurologia-veterinaria-38457941
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
Exame neurológico
Os sinais clínicos 
observados são devido 
a alterações no sistema 
nervoso?
Qual é a localização da 
lesão no sistema 
nervoso?
Quais são os principais 
tipos de doenças 
capazes de gerar essas 
alterações?
CEREBELO
• Principal centro de coordenação do SN;
• Controla o alcance e a forca dos movimentos finos 
(sem necessariamente participar do inicio dos 
mesmos);
• Caracterizada: 
• Hipermetria cerebelar (aumento da flexão dos 
membros durante a passada);
• Tremores de intenção de cabeça;
• Animais com lesões cerebelares permanecem em 
estação com as patas muito afastadas e apresentam 
oscilação corporal para frente e para trás, com a 
cabeça balançando suavemente.
SÍNDROME CEREBELAR
• É uma das síndromes mais frequentes na clínica de pequenos animais;
• Movimentos dos membros são espásticos (rígidos), desajeitados e vacilantes;
• Principalmente membros torácicos. 
• As respostas dos membros são exageradas (hipermetria);
• Ao iniciar um movimento para a locomoção ("passo de ganso");
• Ataxia em todos os membros, com preservação da força;
• O desencadeamento do movimento é lento e quase sempre acompanhado de tremores, 
principalmente da cabeça (tremores de intenção --- desaparecem durante o repouso).
SÍNDROME CEREBELAR
• Nistagmo vertical ou rotatório;
• Lesão unilateral, os sintomas serão ipsilaterais;
• Exceto pelo reflexo de ameaça, que quase sempre é deficiente (a porção eferente para o VII par de NC 
passa pelo cerebelo);
• Outros reflexos (de NC e espinhais) são normais.
• Visão é normal;
• As vezes se observa anisocoria (pupilas de tamanhos diferentes);
• Geralmente a pupila contralateral a lesão se apresenta ligeiramente dilatada, entretanto, a resposta pupilar 
a luz é normal em ambas as pupilas.
• Sinais vestibulares (comuns): inclinação da cabeça, andar em círculo, quedas e rolamentos.
SÍNDROME CEREBELAR
• Anomalias:
• Hipoplasia cerebelar (em todos os animais, mas, principalmente, em gatos); 
• Hipomielinogênese (cães Dálmata, Weimaraner e Chow-Chow);
• Infecciosas/Inflamatórias: 
• CVC e PIF
• Degenerativas: 
• Abiotrofia cerebelar; 
• Neoplásica: 
• Papiloma do plexo coróide
• Tóxica: 
• Intoxicação pelo chumbo e hexaclorofeno
CAUSAS
SÍNDROME CEREBELAR
• É uma doença degenerativa progressiva de caráter genético e hereditário;
• Caracterizada pela degeneração e necrose das células neuronais do córtex cerebelar após o 
nascimento;
• Não há manifestação clínica em recém- nascidos;
• Sinais iniciam entre 6 semanas e 6 meses de vida;
• Forma tardia: Acima de 2 anos de idade;
• Acomete:
• Cães e gatos;
• Cães entre 6 e 16 semanas de idade;
• Raças: Beagle, Collie, Fox terrier, etc;
• Sinais clínicos: inabilidadede deambulação, ataxia cerebelar, tremores de cabeça, incapacidade 
de manter a coordenação, nistagmo e decúbito.
DEGENERATIVAS: ABIOTROFIA CEREBELAR
SÍNDROME CEREBELAR
• Diagnóstico: 
• Histórico + Exame físico+ Exames complementares;
• TC, RM;
• Necropsia e histopatológico;
• Macro: órgão diminuído de tamanho;
• Micro: Depleção das células de Purkinje e das camadas molecular e granular do órgão;
• Tratamento: 
• Não há tratamento;
• Indicação de eutanásia (qualidade de vida comprometida).
DEGENERATIVAS: ABIOTROFIA CEREBELAR
SISTEMA VESTIBULAR
• Maior sistema sensorial do corpo;
• Propiocepção;
• Sistema visual;
• Equilíbrio, ajusta posição dos olhos, cabeça, tronco e 
membros;
• Coordena o balanço corporal de acordo com a 
posição da cabeça e do tronco;
• Disfunção comum em pequenos animais;
• Sinais clínicos:
• Alterações na postura (inclinação de cabeça);
• Alterações na movimentação (nistagmo)e no 
posicionamento (estrabismo) dos olhos;
SÍNDROME VESTIBULAR
SV 
Central SV 
Periférico
Componentes do sistema vestibular do ouvido interno. 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IDuyvuC391U
https://www.youtube.com/watch?v=IDuyvuC391U
SÍNDROME VESTIBULAR
• Inclinação de cabeça (Head tilt):
• É uma inclinação do plano mediano da cabeça;
• Ocorre devido à perda unilateral do tônus muscular gravitacional da 
musculatura do pescoço;
• O desvio pode chegar a 45 graus e geralmente é ipsilateral à lesão;
• Excetuam-se os casos de vestibulopatias paradoxais, em que a inclinação da 
cabeça é contralateral à lesão.
• Após lesão do pedúnculo cerebelar ou lobo floculonodular.
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária 
e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013
SÍNDROME VESTIBULAR
• Nistagmo:
• Movimentos involuntários e rítmico dos olhos;
• Fisiológico: é uma reação rápida, para o sentido da rotação da cabeça, e 
lenta, no sentido contrário, dos olhos.
• Patológico: movimentação involuntária dos olhos com a cabeça em posição 
neutra e em posições de flexão e extensão, respectivamente;
• Possuem uma fase rápida e outra lenta;
• O padrão chamado de nistagmo do tipo “jerk” é vertical, horizontal ou 
rotatória e a direção da fase rápida define a direção do nistagmo;
• Os nistagmos, que não apresentam os componentes das fases rápida e lenta, 
são chamados de nistagmos pendulares e, geralmente, são congênitos.
SÍNDROME VESTIBULAR
• Estrabismo posicional:
• Desvio ventral ou ventrolateral do globo ocular, após extensão ou 
flexão do pescoço e, geralmente, é ipsilateral à inclinação da cabeça;
• Ataxia vestibular:
• Os animais tendem a cair, rolar e andar em círculos para o local da 
lesão;
• Podem manter a base de sustentação aberta (aumentar o equilíbrio);
Estrabismo posicional ventral em Bulldog 
inglês de 2 meses de idade com hidrocefalia 
congênita. Fonte: Cadernos Técnicos de 
Veterinária e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013
Fonte: Marcondes, 2014.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IDuyvuC391U
https://www.youtube.com/watch?v=IDuyvuC391U
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária 
e Zootecnia, nº 69 - agosto de 2013
Fonte: Marcondes, 2014.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IDuyvuC391U
SV 
Central SV 
Periférico
https://www.youtube.com/watch?v=IDuyvuC391U
• Exame clínico e neurológico completo;
• Exames complementares laboratoriais:
• Hemograma;
• Bioquímico;
• Hormonal;
• Líquido cerebroespinhal;
• Radiografia da bula timpânica;
• Otoscopia;
• Meringotomia;
• Citologia aspirativa;
• Biópsia;
• TC e RM.
SÍNDROME VESTIBULAR
DIAGNÓSTICO
CENTRAL
• Doença vestibular congênita;
• Otite média/ interna;
• Idiopática;
• Hipotireoidismo;
• Neoplasias do sistema auditivo;
• Pólipos nasais e otofaríngeos;
• Ototoxicidade.
• Deficiência de tiamina;
• Hipotireoidismo;
• Neoplasias intracranianas;
• Meningoencefalomielite;
• Toxicidade por metronidazol;
• Acidente vascular encefálico.
PERIFÉRICA
SÍNDROME VESTIBULAR
CAUSAS
• DOENÇA VESTIBULAR CONGÊNITAS:
• Os sinais clínicos aparecem ao nascimento ou em poucas semanas de vida (3-4 semanas);
• Head tilt;
• Ataxia moderada;
• Nistagmo horizontal;
• Surdez (alguns);
• Não tem causa conhecida e nem tratamento;
• Podem permanecer por bastante tempo sem que haja comprometimento da qualidade de vida do 
animal;
• Tendem a regredir entre 2-4 meses de idade;
• Raças mais acometidas: 
• Cães: Pastor- alemão, Doberman, Beagles, Akita, Cockers;
• Gatos: Siameses, gatos da Birmania e Tonkanese.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
• OTITE MÉDIA/ INTERNA:
• É a causa mais comum;
• Está associada à paralisia fácil ipsilateral e síndrome de horner pós-glanglionar;
• Geralmente é acompanhada com sinais sistêmicos:
• Dor auricular e temporomandibular;
• Balançar de cabeça;
• Descarga auricular;
• Sensibilidade na bula timpânica. 
• Tratamento:
• Limpeza e lavagem de ouvido: Salina estéril;
• Antibióticoterapia: Cefalexina 25-30mg/ Kg, VO, BID; 4-8 semanas;
• Antiinflamatório: Meloxicam 0,1mg/ Kg, VO, SID, durante 7-10 dias;
• Tópico: ceruminolítico (Oto clean up ®); Produto ótico;
• Cirúrgico: póllipos
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
Causas: 
Bacteriana, parasitária, 
fúngica, corpo 
estranho, pólipos;
• Exames complementares: otoscopia e 
meringotomia (material p/ cultura), TC, RM;
• IDIOPÁTICAS:
• É a segunda causa mais comum de vestibulopatia periférica unilateral aguda;
• Acomete: 
• Animais velhos;
• Idade inferior a cinco anos de idade (bastante atípica);
• Não apresentam déficits do nervo facial ou síndrome de horner pós-ganglionar;
• Ocorre melhora clínica inicial em 3-5 dias, com recuperação completa até 3 semanas após o episódio;
• Inclinação de cabeça pode permanecer para o resto da vida;
• Tratamento (sintomático): 
• Perda de equilíbrio e cinetose graves;
• Diazepam 0,1- 0,25mg/Kg, VO, IM, TID;
• Cloridrato de meclizinab12-25mg/cão, VO, SID.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
Não existem 
evidências de 
efeitos benéficos do 
corticosteroide 
(não administrar) 
• HIPOTIREOIDISMO:
• Sinais de vestibulopatia periférica;
• Resultantes de mono e oligoneuropatias que ocorrem mais comumente nos pares VII e VIII. 
• Podem apresentar sinais de polineuropatia periférica com fraqueza generalizada de membros;
• As neuropatias periféricas cranianas, possivelmente, são resultantes da compressão mixomatosa de 
nervos cranianos com apresentação aguda ou crônica;
• Diagnóstico: mensuração dos hormônios tireoidianos (T4T e cTSH);
• Tratamento: Levotiroxina sódica (L-tiroxina) 0,02mg/Kg, VO, BID ou SID
• Suplementação ocasiona remissão dos sinais clínicos em poucos meses.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
• NEOPLASIAS DO SISTEMA AUDITIVO:
• Pode acometer a pina, o canal auditivo, o ouvido médio e interno;
• Compressão dos componentes neurais do sistema vestibular periférico pela massa tumoral ou pela 
resposta inflamatória secundária. 
• Podem ser:
• Adenomas/adenocarcinoma ceruminoso;
• Adenoma ou adenocarcinoma sebáceo;
• Carcinomas;
• Linfoma felino;
• As imagens podem mostrar lises ósseas nas bulas e osso temporal;
• Diagnóstico: otoscopia, radiografias, RM e Histopatologia;
• Tratamento: exérese cirúrgica.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
• PÓLIPOS NASAIS E OTOFARÍNGEOS:
• Pólipos inflamatórios que surgem da região timpânica, tubo auditivo ou faringe;
• Comum: gatos jovens (unilaterais); 
• Sinais vestibulares podem ser precedidos por sinais respiratórios superiores;
• Inspeção da cavidade oral e do ouvido (visibilização de estruturas);
• Tratamento: remoção cirúrgica.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
• OTOTOXICIDADE:
• Várias substâncias apresentam potencial ototóxico:
• Aminoglicosídeos, furosemida, salicilatos, agentes anti-neoplásicos(platina), soluções detergentes 
(clorexidina) e alcoólicas usadas em tímpano rompido;
• A ototoxidade talvez seja pela lesão ou morte das células neuroepiteliais receptoras nas 
membranas labirínticas;
• Além dos sinais clínicos de vestibulopatias, os animais podem ficar surdos devido ao 
acometimento da cóclea;
• Tratamento: suspender o fármaco; Terapia de suporte.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES PERIFÉRICAS
• DEFICIÊNCIA DE TIAMINA:
• É uma degeneração no SN;
• Ocorre:
• Felinos: Alimentados com peixe cru;
• Cães: Alimentados apenas com comida cozida ou alimentos processados;
• Deficiência de tiamina;
• Sinais clínicos: inapetência, perda de peso, vômito, diarreia, discreta ataxia (evolui p/ataxia 
vestibular), convulsões, ventroflexão do pescoço, midríase c/ pouca resposta à luz, 
podendo evoluir para coma, opstótomo e espasticidades dos membros;
• Diagnóstico: RM;
• Tratamento: Reposição de tiamina (Vit. B1) 1-2mg, IM, BID.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES CENTRAIS
• HIPOTIREOIDISMO:
• Raramente estão associadas ao hipotireoidismo;
• 70% dos animais não apresentam sinais sistêmicos de distúrbio hormonal;
• Podem ser causas multifatoriais e estão associadas à hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, 
levando a quadros de infarto isquêmico aterosclerótico e desmielinizaçao do SNC. 
• Tratamento: hormônios oferece bons resultado em poucos dias.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES CENTRAIS
• NEOPLASIAS INTRACRANIANAS:
• Tipos de tumores:
• Meduloblastoma; Meningioma; Neurofibroma; Papiloma de plexo coroide; Linfoma; Ependioma;
• Glioma e tumores metastáticos: podem comprimir estruturas adjacentes;
• Felinos: Linfoma (comum);
• Menigiomas: neoplasias primárias comuns em cães e gatos;
• Sinais clínicos: tetraparesia assimétrica, ataxia, nistagmo, head tilt, alteração de consciência;
• Diagnóstico: RM, TC, biópsia e em alguns casos exame do LCE;
• Tratamento (paliativo): prednisona apresenta resultado satisfatório.
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES CENTRAIS
• MENINGOENCEFALOMIELITE:
• Origem: infecciosa X inflamatória;
• Infecciosa: cinomose, PIF, erliquiose, criptococose, histoplasmose, coccidiomicose;
• Inflamatória: meningoencefalite granulomatosa, encefalite necrotizante, leucoencefalite
necrotizante;
• Quadros vestibulares + Alteração no estado mental + Crises epilépticas + Déficit de nervos 
cranianos + Dor cervical;
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES CENTRAIS
• TOXICIDADE POR METRONIDAZOL:
• Antibiótico comumente usado em cães e gatos (infecções protozoárias e bacterianas, doenças 
inflamatórias intestinais e encefalopatia hepática);
• Ocasiona vestibulopatia central em doses acima de 60mg/kg/dia;
• Sinais clínicos aparecem com doses menores (depende da susceptibilidade do animal);
• Felinos: crises epilépticas, cegueira alterações de consciência;
• Tratamento:
• Retirada da medicação;
• Diazepam 0,5mg/Kg, IV ou IM, BID; Seguido pela dose oral, TID, 3 dias
• Antieméticos;
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES CENTRAIS
• ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO:
• Acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos podem ocasionar sinais clínicos agudos e, na 
maioria das vezes, não progressivos;
• Predisposição: animais hipertensos com hiperadrenocorticismo, hipotiroidismo, doenças renais e 
cardíacas;
• Tratamento: 
• Emergencial: alteração nos parâmetros fisiológicos;
• Sintomático(causa primária).
SÍNDROME VESTIBULAR
PRINCIPAIS AFECÇÕES VESTIBULARES CENTRAIS
RELATO DE CASO
• Gato, macho, SRD, de 45 dias de idade;
• Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade 
Federal de Campina Grande, Patos-PB;
• Histórico de anorexia, dificuldade de manter-se em 
estação e andar cambaleante;
• Segundo o tutor: 2 gatas irmãs pariram 4 filhotes cada, 
sendo 2 filhotes de cada ninhadas com alterações 
clínicas semelhantes;
• Três filhotes haviam morrido;
• Gato do relato: apresentava as manifestações clínicas havia 
aproximadamente 15 dias;
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt
• Exame físico: 
• Apatia, anorexia, desidratação;
• Sinais neurológicos acentuados: 
• ataxia, hipermetria, espasticidade dos membros 
torácicos e pélvicos, tremores de intenção 
generalizados (mais acentuados na cabeça), nistagmo, 
opistótono, déficit proprioceptivo e ausência de 
resposta de ameaça (Fig. 1A). 
• No “head raising test” (Fig. 1B), o animal perdeu 
totalmente o equilíbrio, caindo logo em seguida e 
demonstrando espasticidade dos membros e cauda 
(posição atípica) (Fig. 1C), o que indica um quadro de 
disfunção cerebelar.
Figura 1 Abiotrofia cerebelar em um gato. A) Felino em 
decúbito lateral com espasticidade dos membros e opistótono. 
B) Realização do “head raising test”. C) Felino demonstrando 
espasticidade dos membros e cauda após a realização do “head
raising test”. D) Encéfalo sem alterações.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt#f1
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt#f1
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt#f1
• Optou-se pela eutanásia;
• Na necropsia, não foram observadas alterações 
macroscópicas no sistema nervoso central (Fig. 1D) e nos 
demais órgãos.
• Microscopicamente: as lesões estavam restritas ao 
cerebelo e caracterizavam-se por alterações 
neurodegenerativas e necróticas, com desaparecimento 
segmentar dos neurônios de Purkinje (Fig. 2A).
Figura 2 Abiotrofia cerebelar em um gato. A) Ausência de 
neurônios de Purkinje (P) e astrocitose de Bergmann (setas). 
HE. B) Observa-se neurônio de Purkinje tumefeito e núcleo 
picnótico (seta). Em detalhe, observa-se neurônio de Purkinje
necrótico. HE
D) Encéfalo sem alterações.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt#f1
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-09352017000501181&script=sci_arttext&tlng=pt#f2
RELATO DE CASO
• Hospital Veterinário das Faculdades Integradas do 
Planalto Central; 
• Cão, poodle, preto, macho, com 2 anos de idade;
• Queixa principal: 
• Apresentava inicialmente vômito e convulsões por 2 dias;
• Após o 3 dia parou com as crises convulsionantes e teve 
início sinais clínicos de tremor, inclinação e meneios da 
cabeça, e dificuldade de locomoção. 
• Apresentava o quadro clínico há aproximadamente dois 
meses;
• Exame clínico: 
• Além das alterações descritas;
• Nistagmo ventro lateral;
• Inclinação da cabeça voltada para o lado esquerdo. 
• Conduto auditivo esquerdo: apresentava vermelhidão, 
prurido, descamação e sensibilidade local, grande 
quantidade de cerúmen de coloração acastanhado e odor 
fétido. 
http://revista.faciplac.edu.br/index.p
hp/Revet/article/view/300/107
http://revista.faciplac.edu.br/index.php/Revet/article/view/300/107
RELATO DE CASO
• Hemograma completo e esfregaço do cerúmen;
• Hemograma: não foram observadas alterações dignas de 
nota;
• Esfregaço: foi observada quantidade acentuada de 
Malassezia spp. 
• Solicitou-se TC para excluir síndrome vestibular 
central ou outras doenças que poderiam interferir no 
equilíbrio do animal;
• Tutor não realizou o exame e não retornou a consulta;
• Baseado nos achados clínicos e laboratoriais foi 
concluído síndrome vestibular periférica. 
http://revista.faciplac.edu.br/index.p
hp/Revet/article/view/300/107
http://revista.faciplac.edu.br/index.php/Revet/article/view/300/107
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
• Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 69 -
agosto de 2013;
• VIANNA, L. F. C. G. Introdução a neurologia
veterinária. Departamento de medicina e cirurgia.
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
• Vetsmart (app):Abiotrofia cortical cerebelar.
• https://www.petlove.com.br/conteudo/saude/doencas/abiotrofia-cortical
cerebelar#:~:text=Tamb%C3%A9m%20conhecida%20c
omo%20abiotrofia%20cerebelar,ap%C3%B3s%20o%20
nascimento%20do%20indiv%C3%ADduo.
• ARIAS, M. V. B.; Neurologia. In: Crivellenti, L. Z.;
Borin- Crivellenti, S.; Casos de Rotina em
Medicina Veterinária de Pequenos Animais. 2ª
Ed. Editora MedVet, 2015. Cap. 13, P. 580- 590.
• MARCONDES, M.; Sistema nervoso: Semiologia do
sistema nervoso de pequenos animais. In: Feitosa, F.
L. F.; Semiologia Veterinária A Arte do
Diagnóstico. 3ª Ed. São Paulo: Roca, 2014. Cap. 11, P.
811- 895.
https://www.petlove.com.br/conteudo/saude/doencas/abiotrofia-cortical-cerebelar#:~:text=Tamb%C3%A9m%20conhecida%20como%20abiotrofia%20cerebelar,ap%C3%B3s%20o%20nascimento%20do%20indiv%C3%ADduo.
BONS ESTUDOS!
OBRIGADA!

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