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En�e�t�� � Re��l��� Reconstrução da pele O que considerar: ➔ Características da ferida: localização, qualidade da pele ➔ Qualidade da pele adjacente: mobilidade, presença de outras lesões; ➔ Aspectos funcionais da área anatômica atingida; ➔ Paciente: idade, comorbidades, expectativa A boa reconstrução deve manter todas funções vitais com um resultado estético satisfatório Tipos de fechamento Fechamento simples Fechamento por 2º intenção: as bordas das feridas são bem afastadas uma da outra, ocorre a formação de um grande coágulo, a perda de tecido é maior e a reação inflamatória pode ser aumentada caso se instale um processo infeccioso. Assim, a regeneração celular é muito mais demorada. Fechamento por 3º intenção: primeiramente a ferida é deixada aberta para evoluir com cicatrização de segunda intenção e há o processo de limpeza e debridamento do tecido. Posteriormente, é realizada sutura para que a ferida evolua com cicatrização de primeira intenção. Enxertos e retalhos ENXERTOS Introdução Epiderme: epitélio escamoso estratificado estrato córneo germinativo Derme Rica em colágeno e fibras elásticas Camada papilar camada reticular Definição de enxertos: procedimento cirúrgico que envolve a remoção da pele de uma área do corpo e o ato de movê-la ou transplantá-la para uma área diferente do corpo. Pode ser feita se uma parte do corpo tiver perdido a cobertura protetora da pele devido a queimaduras, ferimentos ou doenças. ● Enxerto → não possui suprimento sanguíneo próprio ● Retalho → possui vascularização própria Enxerto cutâneo: procedimento que reposiciona uma parcela de pele (retirada de uma área saudável) para uma região do corpo que foi lesionada. Indicações: reparação de queimaduras de terceiro grau, feridas cirúrgicas e perdas de pele pós-traumáticas e pós infecciosas. Classificação ➔ Composição ➔ Origem (doador) ➔ Forma ➔ Espessura Composição Origem (doador) ● Auto-enxerto ou enxerto autólogo ● Homoenxerto ou enxerto homólogo: indivíduos diferentes da mesma espécie. ● Isoenxerto: indivíduos gêmeos ● Aloenxerto: carga genética diferente Xenoenxerto ou heteroenxerto ou enxerto heterólogo: indivíduos de espécies diferentes Forma Estampilha: formato de selo, são utilizados para feridas muito grandes em que não há pele suficiente para cobri-las. Faz-se enxertos de pequenos pedaços de pele ‘’estampas’’ não cobrindo totalmente a ferida. Malha: faz-se uma malha multiperfurada com um pequeno pedaço de pele, permitindo a expansão do enxerto e maior cobertura da área do ferimento; capaz de cobrir até 6x mais a área danificada. Lâminas: lâmina de tecido e cobre toda a ferida, sem cortes ou orifícios, não havendo cicatrização por segunda intenção, e consequentemente apresentando melhor resultado estético quando comparado aos demais; é o mais utilizado. Espessura Espessura total (wolfe-krause): contêm a epiderme, derme e anexos. A cicatrização da área doadora é por primeira intenção (sutura), sendo comumente utilizado em ferimentos de extensão limitada (áreas pequenas, como na face) e superfícies flexoras, pois minimiza o comprometimento à mobilidade resultante de contração secundária. Resulta em maior contração primária e menor secundária, obtendo melhores resultados estéticos. Desvantagem: apresenta maior dificuldade de integração ao leito receptor. Espessura parcial: contêm a epiderme e apenas parte da derme. A cicatrização da área doadora é por segunda intenção (contração e epitelização). Mais usado em ferimentos extensos e queimaduras. Quanto mais fino, menor é a contração primária e maior a secundária, resultando em piores resultados estéticos. Vantagem: a maior facilidade de integração ao leito receptor, pois tolera menor vascularização. Enxerto de pele parcial: Maior quantidade de tecido disponível, pois qualquer parte do corpo pode ser utilizada. ➔ Epiderme e parte da derme; ➔ Podem conter anexos; ➔ Cobertura de grandes áreas; ➔ É utilizado preferencialmente áreas cobertas, permite várias retiradas a depender da espessura da derme. Mecanismos de integração é o processo da incorporação do enxerto no leito receptor - se ele deu certo, dizemos que ‘’pegou’’, se não deu certo, ele ‘’não pegou’’! O sucesso do enxerto vai depender muito da vascularização e atividade metabólica do tecido. Um enxerto retirado de uma área de pele com bastante suprimento sanguíneo em geral apresenta melhor cicatrização e pega do que aquelas retiradas de áreas não tão bem perfundidas. A atividade metabólica do tecido no momento da retirada terá relação com a tolerância à isquemia. Fases: ● Embebição: as primeiras 24h-48h, a nutrição será pelo exsudato; ● Inosculação: deverá acontecer até o 6º dia, marcada pelo início das conexões vasculares. ● Neovascularização: em geral após o 6º dia, quando veremos uma rede vascular já formada entre o enxerto e o leito receptor. Área receptora ➔ Deve ser otimizada para garantir integração; ➔ Limpa, sem infecção, boa vascularização; ➔ Presença do tecido de granulação. Contra indicações Osso sem periósteo; Tendão sem paratendão; Cartilagem sem pericôndrio. Técnica Cirúrgica Enxerto de pele parcial Faca de Blair → A pele saudável é cortada com o instrumento que funciona de forma semelhante a um descascador de legumes, mas com o fio de bisturi. Regula a espessura da pele doadora. Dermátomo elétrico → Este instrumento é muito manobrável, é uma excelente ferramenta em cirurgia plástica e pediatria geral, especialmente para excisão e colheita de enxertos primários de superfícies curvas. O design sem fio assegura a mobilidade ideal. Enxertos em malha → a porção de pele doadora é perfurada para permitir maior área de contato e vascularização. Enxerto de pele total → contêm a epiderme, derme e anexos; área limitada e feita em locais nobres. Curativo de Brown (tie over): é um curativo compressivo feito no enxerto, sua extremidade contém faixa crepe e em outras áreas a gaze é suturada sobre o enxerto; só é retirada após o 5º dia, quando já ocorreu integração do enxerto e porção receptora. Complicações Não integração do enxerto ● Hematoma ● Seroma ● Infecção ● Leito receptor inadequado ● Mobilização ● Erro técnico Discromias de área doadora e receptora Infecção de área doadora Hipertrofia cicatricial (área doadora) RETALHOS Introdução É o segmento de pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, que será movido de uma área doadora para outra receptora, com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica. Indicações Cobertura acolchoada e durável para reconstruir defeito intertegumentar. Estruturas vitais (vasos, tendões e nervos) Tecidos com vascularização ruim Implantes Reconstrução de estruturas anatômicas Classificação Composição Suprimento sanguíneo Randômico ou ao acaso → carecem de um suprimento sanguíneo mais privilegiado e são supridos por uma rede aleatória de pequenos vasos sanguíneos. Axial ou arterial → é adquirido ao longo do eixo de um vaso sanguíneo anatomicamente reconhecido Retalho axial em ilha → não tem continuidade da pele, levando apenas um segmento de pele interposto por um segmento apenas com o feixe neurovascular; apresenta melhor mobilidade para rotação. Método de movimento DISTÂNCIA: Distância direto → é considerado direto porque é feito no mesmo tempo cirúrgico Distância indireto → não era feito no mesmo tempo cirúrgico, atualmente não é mais utilizado. Distância microcirúrgica → consiste na retirada minuciosa de tecido de outra parte do corpo do paciente e da conexão desse material à área afetada pelo trauma ou tumor, pode ser realizada na mesma cirurgia de retirada do tumor ou em um segundo momento. VIZINHANÇA: Avanço simples: retirada da região lesada (ex: tumor) e estica o tecido adjacente para cobrir. Avanço em VY: incisão em V e finalizada em Y Rotação: gira em direção ao defeito Transposição: combina dois pontos anteriores, e desloca o retalho sobre uma área de pele normal até o defeito primário. Retalhos de transposição especiais Zetaplastia → correção de cicatrizesinestéticas em que o objetivo é promover o alongamento da cicatriz produzindo uma linha quebrada, utilizada em contraturas cicatriciais e cirurgias reparadoras. Retalho rombóide (limberg) → é um retalho cutâneo romboide de transposição, cujos ângulos internos são de 60º e 120º. Proporciona grande simplicidade e versatilidade na realização de síntese de feridas. Retalho bilobado → permite melhor distribuição das forças de tensão ao longo de seu eixo de rotação, evitando distorções e redundâncias cutâneas geradas por outros retalhos ou sutura primária. Pode ser confeccionado com padrão vascular axial e aleatório, dependendo da região anatômica. Interpolação → usam tecidos de área não adjacente com pedículo vascular para suprir o retalho até que uma neovascularização tenha sido estabelecida entre o retalho e o leito receptor. Complicações ● Isquemia arterial ● Trombose venosa ● Necrose venosa ● Necrose parcial ou total ● Hematoma ● Infecção ● Seroma
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