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PORTUGUÊS-1-ANO-EDITORADO

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TRABALHO DE RECUPERAÇÃO FINAL – LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Texto para as questões 01 e 02:
	É um mito a pretensa possibilidade de comunicação igualitária em todos os níveis. Isso é uma idealização. Todas as línguas apresentam variantes: o inglês, o alemão, o francês, etc. Também as línguas antigas tinham variações. O português e outras línguas românicas provêm de uma variedade do latim, o chamado latim vulgar, muito diferente do latim culto. Além disso, as línguas mudam. O português moderno é muito distinto do português clássico. Se fôssemos aceitar a ideia de estaticidade das línguas, deveríamos dizer que o português inteiro é um erro e, portanto, deveríamos voltar a falar latim. Ademais, se o português provém do latim vulgar, poder-se-ia afirmar que ele está todo errado. 
	A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou noutra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade linguística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, sabemos se é do interior de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é conhecer variedades. Um bom falante é "poliglota" em sua própria língua. Saber português não é aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola. 
	As variantes não são feias ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes; são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam. "Nosso homem simples do campo" tem dificuldade de comunicar-se nos diferentes níveis do português não por causa da variação e da mudança linguística, mas porque lhe foi barrado o acesso à escola ou porque, neste país, se oferece um ensino de baixa qualidade às classes trabalhadoras e porque não se lhes oferece a oportunidade de participar da vida cultural das camadas dominantes da população. 
(FIORIN, José Luiz. In: Atas do I Congresso Nacional da ABRALIN. Excertos.)
Para as questões 01 e 02, Grafe (V) para VERDADEIRO e (F) para FALSO, conforme o que solicita os enunciados de cada uma. Em seguida, ASSINALE a resposta com a sequência ADEQUADA.
QUESTÃO 01
Pela compreensão global do texto, podemos afirmar que o autor: 
1. critica, no português moderno, o fato de ele ter-se modificado ao longo do tempo, distanciando-se de sua forma clássica. 
2. considera que o bom falante do português é aquele que, tendo frequentado a escola, domina as regras da gramática normativa. 
3. estabelece uma relação entre um fato linguístico - a existência de variantes linguísticas - e um fato social - a divisão das sociedades em grupos. 
4. considera a variação linguística como um fenômeno típico das línguas românicas, o que as diferencia das outras línguas. 
5. percebe o uso de determinada variante linguística como um dos meios através dos quais o indivíduo se identifica como membro de um grupo.
(A) F – F – V – V – V.
(B) V – F – V – F – F.
(C) F – F – V – F – V.
(D) V – V – F – F – V.
QUESTÃO 02
Sobre a relação entre o conhecimento linguístico e o ensino escolar, a posição do texto 1 é a de que
1. a escola é o lugar onde esse conhecimento é sistematizado e apreendido em sua totalidade. 
2. a escola possibilita ao aluno o conhecimento de normas gramaticais, mas isso não significa necessariamente o domínio de todos os usos de uma língua. 
3. há um conjunto de regras que apenas se mantém na língua ensinada na escola. ‘Saber português’ é algo que se esgota pelo conhecimento dessas regras. 
4. é do ensino escolar que restringe a gramática da língua ao uso padrão que resulta o ‘indivíduo poliglota em sua própria língua’. 
5. é no ambiente escolar que as variantes são evidenciadas e trabalhadas. 
(A) F – V – V – F – F.
(B) F – V – F – F – F.
(C) V – F – F – V – F.
(D) V – V – V – F – F.
Leia o texto a seguir com atenção e julgue VERDADEIRAS ou FALSAS as assertivas que as questões 03 e 04 apresentam, de acordo com o que solicita cada enunciado. Em seguida, ASSINALE a sequência ADEQUADA.
MEMÓRIAS DE UM APRENDIZ DE ESCRITOR
	Escrevo há muito tempo. Costumo dizer que, se ainda não aprendi – e acho mesmo que não aprendi, a gente nunca para de aprender -, não foi por falta de prática. Porque comecei muito cedo. Na verdade, todas as minhas recordações estão ligadas a isso, a ouvir e contar histórias. Não só as histórias dos personagens que me encantaram, o Saci-Pererê, o Negrinho do Pastoreio, a Cuca, Hércules, Tarzan, os piratas. Mas também as minhas próprias histórias, as histórias de meus personagens, essas criaturas reais ou imaginárias, com quem convivi desde a infância. 
	Na verdade, eu escrevi ali em cima. Verdade é uma palavra muito relativa para um escritor de ficção. O que é verdade, o que é imaginação? No colégio onde fiz o segundo grau, havia um rapaz que tinha fama de mentiroso. Fama, não; ele era mentiroso. Todo mundo sabia que ele era mentiroso. Todo mundo, menos ele. 
	Certa vez, o rádio deu uma notícia alarmante: um avião em dificuldades sobrevoava Porto Alegre. Podia cair a qualquer momento. Fomos para o colégio, naquele dia, preocupados; e conversávamos sobre o assunto, quando apareceu ele, o Mentiroso. Pálido: 
	― Vocês nem podem imaginar! 
	Uma pausa dramática, e logo em seguida: 
	― Sabem esse avião que estava em perigo? Caiu perto da minha casa. Escapamos por pouco. Gente, que coisa horrível! 
	E começou a descrever o avião incendiando, o piloto gritando por socorro... Uma cena impressionante. Aí veio um colega correndo, com a notícia: o avião acabara de aterrissar, são e salvo. Todo mundo começou a rir. Todo mundo, menos o Mentiroso: 
	― Não pode ser! ― repetia, incrédulo, irritado. ― Eu vi o avião cair! Agora, quando lembro este fato, concluo que não estava mentindo. Ele vira, realmente, o avião cair. Com os olhos da imaginação, decerto; mas para ele o avião tinha caído, e tinha incendiado, e tudo o mais. E ele acreditava no que dizia, porque era um ficcionista. Tudo que precisava, naquele momento, era um lápis e um papel. Se tivesse escrito o que dizia, seria um escritor; como não escrevera, tratava-se de um mentiroso. Uma questão de nomes, de palavras. 
(Moacyr Scliar. Memórias de um aprendiz de escritor. São Paulo: Ed. Nacional, 1984, p. 9-11. Fragmento adaptado.)
QUESTÃO 03
Segundo o autor do texto, o trabalho do escritor, sobretudo daquele que se dedica a “contar histórias”, é um trabalho:
 
1. que supõe a convivência, de certa forma prematura, com criaturas que povoam o mundo real ou o mundo da fantasia. 
2. cujos parâmetros de definição da verdade são relativizados pela própria natureza do ofício de criar um universo de ficção. 
3. que presume uma aprendizagem contínua, pelo que o escritor não se sente inteiramente apto para o exercício da criação literária. 
4. que dispensa a fidelidade aos fatos da experiência empírica; basta que se projete um mundo e que se creia na força da expressão. 
5. cujo funcionamento se restringe ao valor das palavras, uma vez que a arte literária supõe o concurso das unidades linguísticas. 
(A) V – V – V – V – F.
(B) V – F – F – F – F.
(C) F – F – F – V – V.
(D) F – F – F – F – V.
QUESTÃO 04
Na construção de seu texto, Moacyr Scliar optou pelas estratégias de: 
1. recorrer a uma linguagem formal e a uma seleção de palavras eruditas, a fim de emprestar maior credibilidade a seu relato. 
2. inserir em seu relato autobiográfico uma narrativa que, aparentemente, quebra a unidade do texto e parece fugir a seus propósitos. 
3. juntar, à sua perspectiva pessoal de narração, considerações de ordem geral acerca do ponto em discussão. 
4. centrar-se em fatos, embora esses fatos careçam de objetividade eapenas envolvam personagens fictícios. 
5. usar o recurso da narrativa, como suporte e tática textual, para alicerçar uma perspectiva teórica acerca do ofício do escritor. 
 
(A) F – V – V – V – F.
(B) V – F – F – F – V.
(C) F – F – V – V – F.
(D) F – V – V – F – V.
Texto para a questão 05:
ESTE INFERNO DE AMAR
Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
 (Almeida Garret)
QUESTÃO 05
Nos versos de Garrett, predomina a função
a) metalinguística da linguagem, com extrema valorização da subjetividade no jogo entre o espiritual e o profano.
b) apelativa da linguagem, num jogo de sentido pelo qual o poeta transmite uma forma idealizada de amor.
c) referencial da linguagem, privilegiando-se a expressão de forma racional.
d) emotiva da linguagem, marcada pela não contenção dos sentimentos, dando vazão ao subjetivismo.
Texto para a questão 06
PREVENÇÃO CONTRA ASSALTOS
"Como os assaltos crescem dia-a-dia, não podendo contê-los, a PM, sabiamente, dá conselhos aos cidadãos para serem menos assaltados:
I - Não demonstre que carrega dinheiro.
II - Jamais deixe objetos à vista, dentro do carro.
III - Levante todos os vidros, mesmo em movimento.
IV - Não deixe documentos no veículo.
(...)"
(FERNANDES, Millôr. Prevenção contra assaltos. In: TERRA, Ernani & NICOLA, José. "Curso prático de língua, literatura e redação." São Paulo: Scipione, 1997. v. 1, p. 36 )
QUESTÃO 06
Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é
a) fática.
b) emotiva.
c) conativa.
d) referencial.
Texto para a resolução das questões 07 e 08.
Grande parte de nossas decisões é tomada de maneira mais ou menos automática. Esse processo é guiado pelo valor que se dá às diversas experiências do passado. Se uma pessoa desperta boas emoções em mim, toda vez que eu a encontrar vou reviver uma memória que se divide em dois aspectos: o cognitivo (quem é essa pessoa) e o emocional (é alguém de quem eu gosto). Não há memória ou tomada de decisões neutras, sem emoção.
Na verdade, nada é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o conjunto de experiências armazenadas em sua mente. Por isso, o que mais distingue a memória humana é a capacidade de ter uma autobiografia. Cada um de nós sabe quando nascemos quem são nossos pais, nossos amigos, quais são nossas preferências, o que já realizamos na vida… Enfim, qual é nossa história. Um chimpanzé ou um cão têm isso de forma limitada; sua memória não possui a mesma riqueza de detalhes e abrangência. Essa diferença é amplificada pela linguagem, que codifica memórias não verbais em formas verbais, expandindo enormemente tudo o que o ser humano é capaz de memorizar. 
Cada vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la. Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que será realidade a manipulação da memória humana. (...) 
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro. E os estudos sobre a memória têm lugar destacado nesse esforço científico. Afinal, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se preocupação central nas sociedades modernas, na qual dois fenômenos desafiam: a exposição a uma carga diária excessiva de informações, que o cérebro precisa processar selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; e o aumento da expectativa de vida, que se traduz em uma população mais vulnerável a distúrbios associados à perda de memória.
Texto redigido com base em informações publicadas na revista Veja 13 de janeiro, 2010.
QUESTÃO 07
Analise as informações a seguir e preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso). Em seguida, ASSINALE a sequência ADEQUADA.
Caso o leitor não conheça a palavra “neurociência”, ele pode chegar ao sentido aproximado:
A) ( ) decompondo a palavra em seus elementos constitutivos e observando o que cada um significa.
B) ( ) buscando pistas do seu significado no conteúdo do parágrafo anterior.
C) ( ) identificando a classe gramatical e a função sintática dessa palavra no contexto.
D) ( ) relacionando a palavra com outras do mesmo campo de significação, como “cérebro”, “estudos sobre a memória”, “esforço científico”.
A) V – V – V – F
B) V – V – F – V
C) V – F – V – F
D) F – F – V – V
QUESTÃO 08
As palavras destacadas no texto apresentam, respectivamente, quais funções morfoestilísticas?
A) adjetiva – adverbial – adverbial – adjetiva.
B) adjetiva – adverbial – substantiva – adverbial.
C) substantiva – adverbial – substantiva – adverbial.
D) adjetiva – adverbial – substantiva – adjetiva.
QUESTÃO 09
Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da língua:
a) Ele entregou um texto para mim corrigir.
b) Para mim, a leitura está fácil.
c) Isto é para eu fazer agora.
d) Não saia sem mim.
QUESTÃO 10
Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho: A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; .........., porém, estavam mais gastos que .......... .
a) esses, aquela 
b) estes, aquela 
c) estes, esses
d) aqueles, esta
e) estes, esses

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