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MUDANÇAS DE DECÚBITO Profª Drª Alethéa G N Barros alethea.nardini@docente.unip.br mailto:alethea.nardini@docente.unip.br O que são mudanças de decúbito? • São mudanças de posição do corpo: • Da posição de decúbito dorsal para decúbito lateral (e vice-versa); • Da posição de decúbito dorsal para sentada (e vice-versa); • De sedestação para ortostatismo (e vice- versa). Por quê mudar os decúbitos? • Prevenir a formação de úlceras de pressão; • Promover conforto e relaxamento; • Prevenir complicações pulmonares (hipoventilação e acúmulo de secreção); • Mudar o paciente de posição quando necessário durante a cinesioterapia; • Ensinar o paciente e/ou acompanhantes as transferências para facilitar a independência e as AVDs. Úlcera por pressão ou Escaras de decúbito Úlcera por pressão • É uma lesão localizada na pele e/ou no tecido ou estrutura subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada ou de pressão combinada com fricção e/ou cisalhamento. Úlcera por pressão • São causadas no leito ou na cadeira através de pressão prolongada em determinada região do corpo, o que impede a circulação adequada para esta área, com consequente isquemia e morte tecidual. • Sujeitas a infecções que podem migrar para o osso. Fatores de risco (multifatorial) Fatores intrínsecos: • Extremos de idade; • Comorbidades; • Estado nutricional; • Hidratação; • Perfusão tecidual; • Condições de mobilidade; • Nível de consciência. Fatores extrínsecos: • Cisalhamento; • Fricção; • Umidade e excesso de pressão em locais como os de proeminências ósseas. O comprometimento da função sensorial e a incapacidade de fazer mudanças de posição apropriadas são os dois fatores influentes para o desenvolvimento das UP. Intensidade e duração da pressão!! Outros fatores: • Perda do controle vasomotor, que causa uma baixa na resistência do tecido à pressão; • Espasticidade que causa forças de cisalhamento entre as superficies;. • Maceramento da pele pela exposição a umidade (Ex. a urina); • Traumas ou atritos (lençol, esparadrapos...); • Deficiências nutricionais; • Mau estado geral da pele (falta de hidratação); • Infecções secundárias. Úlcera por pressão •Desenvolvem-se principalmente sobre proeminências ósseas, as quais são expostas a constante pressão na posição sentada ou deitada: • Sacro • Trocânteres • tuberosidades isquiáticas • Joelhos • Fíbulas • Maléolos • Calcanhares • Região occipital e cotovelos Regiões mais suscetíveis relacionada aos diversos decúbitos Decúbito ventral: Espinhas ilíacas, patela e joelho. Decúbito dorsal: Sacro, escápula, calcâneo e cotovelo. Decúbito lateral: Trocanter, cabeça da fíbula e maléolo externo. Sentado: Ísquio, superfície interna dos joelhos e artelhos. Em pé com órteses: Ísquio, patela, maléolo interno e artelhos. Úlcera por pressão • Pode acometer qualquer paciente que tenha que permanecer por tempo prolongado no leito ou na cadeira de rodas, independente da patologia de base. • Porém, pacientes com lesão da medula espinhal são mais susceptíveis por 2 motivos: • Perda de sensibilidade (paciente não recebe informações do desconforto e dor); • Paralisia vasomotora (isquemia devido à pressão local ocorre mais prontamente). Outros fatores de risco Idade Avançada: deficiência nutricional, comprometimento imunológico, circulatório e respiratório, ao ressecamento da pele e fragilidade capilar. Doenças concomitantes: HAS, Diabetes Mellitus (DM), problemas vasculares e neoplasias retardam ou impedem a evolução do processo de cicatrização. Condições nutricionais: a deficiência de alguns nutrientes compromete diretamente no processo cicatricial. Mobilidade reduzida ou ausente: diminuição da capacidade de mudar de posição de forma independente devem ter a pressão local aliviada pela mudança de decúbito. Fisiopatologia • Primeiro estágio • Distúrbio circulatório temporário produzindo eritema e pequeno edema. Essa reação inflamatória desaparece dentro de 48 horas quando a pressão é aliviada. • Segundo estágio • Dano permanente às camadas superficiais dos tecidos cutâneos (epiderme e derme). Formação de bolhas e necrose superficial. Fisiopatologia • Terceiro estágio • Exposição do tecido subcutâneo. Podendo aparecer músculo • Quarto estágio • Comprometimento fáscia, músculo e osso. Pode ocorrer osteomielite com destruição das articulações e formação de osso ectópico. Se não tratada essas lesões podem levar à septcemia e morte. Prevenção de úlcera por pressão “Onde não há pressão, não haverá úlcera” • Assim sendo, a prevenção depende primariamente do alívio frequente da pressão em conjunto com o correto posicionamento do paciente; • Os pacientes devem ser trocados de posição a cada 2-3 horas (dia e noite); • Os pontos devem ser mantidos livres de qualquer pressão (ajustar os travesseiros, usar colchões especiais, almofadas de gel, remover todas as dobras do lençol e inspecionar e hidratar a pele). Materiais para alívio da pressão Cuidados intensificados em pacientes com lesões medulares • O paciente deve estar consciente da pressão e ser reeducado nos cuidados pessoais de áreas dessensibilizadas: • Fazer levantamento na cadeira a cada 10 minutos; • Fazer levantamento das extremidades paralisadas quando for transferido; • Usar espelhos para detectar marcas, abrasões, bolhas ou vermelhidões em áreas susceptíveis; • Evitar bater as extremidades; • Não expor o corpo à excessiva luz solar; • Proteger as extremidades contra o frio excessivo; • Cuidado com a temperatura da água do banho. Transferências Procedimentos antes da transferência • Tipo de patologia • Nível de consciência/Nível de compreensão • Grau de independência • Todas as articulações tem ADM normais? • Tem dor? 1. Avaliação do paciente: • Tipo de transferência • Número de pessoas • Trajeto 2. Seleção da Transferência Procedimentos antes da transferência • Preparar o espaço • Posição da cama, cadeira, C.R., etc (+ curto + fácil + seguro + funcional) • Verificar onde estão os auxiliares de marcha • Verificar a altura das superfícies implicadas na transferência. 3. Posição do equipamento: • Melhora a colaboração • Diminui a ansiedade • Maior sintonia 4. Informar e orientar o paciente: • Diminui o risco de queda • Diminui o risco de machucar certas zonas do corpo 5. Posição do paciente: • A transferência deve ser bem planejada!!! • Devemos solicitar ao máximo a colaboração do paciente, estimulando-o a ser o mais ativo possível durante as transferências. • Não devemos executar por ele o que já é capaz de realizar, pois assim não estaremos incentivando sua independência e sua mobilidade. Posicionamentos preventivos Paciente em DD hemiplégico à direita Posicionamentos preventivos Paciente em DD paraplégico Posicionamentos preventivos Paciente em DD tetraplégico Posicionamentos preventivos Paciente em DL tetraplégico Posicionamentos preventivos Transferência ativa da cadeira para o tablado (pcte paraplégico) Transferência ativa da cadeira para o tablado (pcte paraplégico) Cadeira para cama (vice versa) Transferência da cadeira de rodas para o tablado (pcte tetraplégico) Transferência Transferência da cadeira de rodas para o tablado (pcte hemiplégico) Errado Transferência da cadeira de rodas para o tablado (pcte hemiplégico) Transferência da cadeira de rodas para o tablado (pcte paraplégico) Posição sentado para em pé ERRADO Sentado para em pé Sentado para em pé Sentado para em pé Sentado para deitado (passar pelo DL) Decúbito lateral (pontos chave para passar para DD) DL para DD DD para DL DD para DV – Parkinson DV para DD – Parkinson DL para sentado (usar apoio na cervical, escápula e fossa poplítea) DL para sentado (“como um pêndulo”) DD para DL quando pacientemuito grande ou obeso – 2 pessoas do mesmo lado Elevar o paciente para a cabeceira da cama1 2 Usar o auxílio de um lençol sob o corpo do paciente DL para sentado DD para sentado (Errado!!!) DD para DV DV para DD Outras Adaptações que auxiliam as transferências Tábua de transferência Dispositivos que elevam a altura do vaso sanitário Adaptações para banheiro Trapézio para o leito Saiba mais • https://youtu.be/4ZA37WcCNSQ • http://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/000002429jF PtGg.pdf • http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/html/510/body/v34n 2a06.htm • https://www.youtube.com/channel/UCvQ32hT- k37bUfyJakYOPxA/videos https://youtu.be/4ZA37WcCNSQ http://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/000002429jFPtGg.pdf http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/html/510/body/v34n2a06.htm https://www.youtube.com/channel/UCvQ32hT-k37bUfyJakYOPxA/videos
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