Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Federación Empresaria Hotelera Gastronómica de la República Argentina Gastronomía regional argentina. - 1a ed. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires : FEHGRA - Federación Empresaria Hotelera Gastronómica de la República Argentina, 2016. 296 p. ; 20x28 cm. ISBN 978-987-3893-01-8 1. Gastronomía. 2. Industria Hotelera. 3. Promoción del Turismo. CDD 641.013 © Todos os direitos reservados ® 2014 referência da primeira edição no Espanhol ® 2016 referência da primeira edição em Português FEHGRA · Larrea 1250, Cidade Autônoma de Buenos Aires ISBN: 978-987-3893-01-8 Depósitos feitos de acordo com a Lei 11.723 A Federação de Empresas de Hotéis e Restaurantes da República Argentina, (FEHGRA) é uma entidade de grêmio de empresas sem fines lucrativos que trabalha para melhorar e fazer a atividade mais profissional e para defender os direitos do setor. EM RELAÇÃO À PRIMEIRA EDIÇÃO (2014): Responsável do Departamento de Turismo: Dr. Fernando Desbots Coordenação Geral: Mario Wisner Coordenação Técnica: Jorge López Cortés Coordenação Gastronômica: Chef Manuel Ausejo Prólogo e introdução e textos: Raquel Rosemberg Desenho Gráfico Geral: Diego González Fotografia da capa e das comidas: Soul Producciones Aconselhamento de Edição: Martín Glade EM RELAÇÃO À SEGUNDA REIMPRESSÃO (2016): Responsável do Departamento de Turismo: Claudio N. Aguilar REPRESENTANTES: Região Cidade de Buenos Aires: Leonardo Baguette Região Centro: Laura Rivera Região Cuyo: Horacio Guazzoni Região NEA-Litoral: Alicia Puntin Região Noroeste: Juan Lucero Região Patagônia: Vicente Bua Região Província de Buenos Aires: Andrés Armentia Todos os direitos reservados. A reprodução, total ou em parte deste livro não está permitida, e também não seu tratamento ou transmissão com meios u métodos sem a autorização expressa e escrita do editor. DESDE 1941, A FEDERACAO DE EMPRESAS DE HOTÉIS E RESTAURANTES DA REPÚBLICA ARGENTINA, REPRESENTA TODA A ATIVIDADES DOS HOTÉIS E RESTAURANTES DE TODO O PAIS. SEU OBJETIVO É DEFENDER TODOS OS INTERESSES DO SETOR E AJUDAR NO DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE HOTELEIRA, GASTRONÔMICA E TURÍSTICA. A ENTIDADE REUNE MAIS DO 50.000 HOTÉIS E EMPRESAS GASTRONÔMICAS DE TODO O PAIS, ESTABELECIDAS EM 63 AFILIADOS. SÃO 15.000 ACOMODAÇOES TURÍSTICAS EM DIVERSOS MODOS, 53.000 RESTAURANTES, BARES, CAFÉS E CONFEITARIAS. A ATIVIDADE PRODUCE 500.000 EMPREGOS. G R A T I D Õ E S A gratidão especial ao Comitê Executivo de FEHGRA e aos Departamentos da Federação, especialmente Treinamento e Relacionamento com Afiliados, e também para aqueles que ajudaram para a concreção do projeto. Nossa honesta obrigação para todos os funcionários que colaboraram desde o início com esta realização. A todos os coordenadores regionais e a cada um dos 63 afiliados que integram a Federação pela sua contribuição e participação. Para a Associação de Hotéis, Restaurantes, Bares, e Cafés e o Instituto Superior de Educação de Hotéis e Restaurantes por nos permitir utilizar suas instalações pra produção gastronômica e o set de fotografia. · Ministério Nacional de Turismo · Entidade de Turismo da Cidade de Buenos Aires · Secretaria de Turismo da Província de Buenos Aires · Secretaria de Turismo de Catamarca · Agencia de Turismo de Córdoba · Ministério de Turismo de Corrientes · Instituto de Turismo de Chaco · Secretaria de Turismo e Áreas Protegidas de Chubut · Ministério de Turismo de Entre Ríos · Ministério de Turismo de Formosa · Secretaria de Turismo de Jujuy · Secretaria de Turismo de La Pampa · Secretaria de Turismo de La Rioja · Ministério de Turismo de Mendoza · Ministério de Turismo de Misiones · Subsecretaria de Turismo de Neuquén · Ministério de Turismo, Cultura e Esportes de Río Negro · Ministério de Cultura e Turismo de Salta · Ministério de Turismo e Cultura de San Juan · Ministério de Turismo e Cultura de San Luis · Secretaria de Turismo de Santa Cruz · Secretaria de Turismo de Santa Fe · Subsecretaria de Turismo de Santiago del Estero · IN.FUE.TUR (Instituto de Turismo de Tierra del Fuego) · Ente Autárquico Tucumán Turismo A gastronomia é um produto-chave na oferta turística de um país, uma região ou uma província. Desfrutar de um prato típico do lugar que vistamos é indispensável para conhece-lo, para entrar na sua cultura e sentir-se perto do povo e suas tradições. A imensa maioria dos turistas ávidos de experiências sensoriais, procuram provar os produtos e pratos típicos do destino, e este livro da FEHGRA é um convite para fazer uma viagem imaginária através dos sabores da nossa terra, afirmando em suas páginas, a grande variedade gastronômica argentina, que é uma das características distintivas de nosso país extenso e diversificado. Esta seleção de pratos representativos de cada região é também uma contribuição fundamental para a realização do objetivo que nos propusemos hoje, o Ministério de Turismo da Nação, através do Plano Estratégico de Turismo Gastronômico CocinAR, que consiste em revalorizar a identidade da cozinha argentina e conseguir seu posicionamento nacional e internacional. Este plano, ambicioso e atrativo, vai cobrir o país de ponta a ponta, integrando todos os argentinos nesta cadeia de valor, impulsando as economias regionais através de seus produtores, seus cozinheiros, chefs, escolas, mercados e restaurantes. De acordo com nosso plano, convocamos a todos os intervenientes para se sentar na mesa e para que participem desta iniciativa, um grande trabalho iniludível para mostrar a cozinha argentina ao mundo. Somente um trabalho compartilhado nos fará alcançar os objetivos. Devemos trabalhar a partir do setor público, com uma estrutura interministerial de suporte e com estreita colaboração entre os setores privado e acadêmico. Celebro esta contribuição do empresário hoteleiro e gastronômico argentino, e tenho a certeza de que nossa boa cozinha vai trazer muitos mais turistas. Com mais argentinos percorrendo diferentes regiões e provando os pratos típicos de cada lugar, dentro de um país definitivamente relacionado a uma gastronomia extraordinária e significativa. Gustavo Santos M I N I S T R O D O T U R I S M O D A N A Ç Ã O G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 7 As paisagens e a gastronomia estão relacionadas intimamente. Isso diz a conhecida metáfora “cozinhar e a paisagem nas comidas”, isto é especialmente útil para um pais como o nosso, tão vasto e rico em comidas e produtos agrícolas, tão criador nas preparações da cozinha local, campestre e urbana do pais. Uma terra com regiões de zonas de argila direitas para o crescimento do tanino vermelho e robusto, que produz o melhor Malbec, um ícone cultural da Argentina no mundo, como também a carne e o tango. Uma terra que pode juntar sua marca registrada com a fermentação da “yerba mate”, as “empanadas” e o “dulce de leche”, entre outros, porque são produtos argentinos típicos e muito consumidos em todas suas regiões. Os 35.000 restaurantes, bares, pizzarias, cantinas, tavernas e muitos dos 10.000 hotéis organizados em FEHGRA, através de seus 63 afiliados, oferecem os sabores argentinos, que refletem a história e cultura, e revaliam o tempo tudo a sua cozinha, melhorando a qualidade, e fazendo promoção com o seu esforço e dedicação duma secção muito forte da economia nacional. Os nossos Afiliados seguem a organização de Festivais, Dias ou Semanas Gastronômicas, que incluem aulas magistrais, descontos em restaurantes, competições, oficinas, atividades pra crianças, entre outros, como uma grande contribuição no posicionamento de suas cidades através da gastronomia. Desde uns anos atrás a nossa Federação tem a missão de agir para promover o produto, as matérias primas e a produção culinária, porque não é somente fazer um ponto alto da atividade, senão também contribuir na consolidação do pais como destino turístico dequalidade e alcançar um posicionamento cada vez mais competitivo. Este valioso livro, feito pelo Departamento de Turismo com a contribuição de muitos empresários e especialistas, leva o leitor à cultura, os sabores, os odores, texturas, ritos, e costumes de cada cidade, usando como condutor, textos fáceis para apreciar com ilustrações de alta qualidade. Estamos obrigados aos nossos Afiliados da Cidade de Buenos Aires pelo uso de suas instalações para realizar as diversas comidas que fazem parte de este material. Convidamos você a apreciar em cada uma destas páginas a nova ferramenta de difusão, criada pela nossa entidade, que nos ajudará a comunicar as qualidades especiais de nossa gastronomia e fará mais fácil a tarefa de transformar ela cada vez mais numa experiência para que os argentinos lembrem, e numa grande promoção de viagens para turistas locais e estrangeiros. 8 Roberto Brunello P R E S I D E N T E D E F E H G R A O turismo é muito mais que uma atividade económica, incluí convicções, projetos, valores, sonhos e representa uma das atividades mais importantes do nosso país. É por isso que na FEHGRA se trabalha intensamente no impulso e fortalecimento desta atividade. Nesta oportunidade é um orgulho apresentar o livro da Gastronomia Argentina, que é o resultado das ações conjuntas entre o setor público e privado. O livro contém as comidas típicas das 7 regiões do nosso país e resulta numa ferramenta indispensável para a promoção porque oferece informação e mostra as riquezas da culinária nacional. O objetivo é que o leitor descubra as potencialidades culinárias de cada lugar da Argentina. É de ressaltar que as preparações culinárias são um dos fatores que posicionam e contribuem ao crescimento das economias locais e também são uma motivação para a viagem de turistas locais e estrangeiros. Vivemos no tempo onde os desafios são grandes e mais decisivos. O turismo é uma força produtiva importante, e quanto mais juntos estamos, maiores conquistas faremos em defensa da atividade. No Departamento do Turismo nós encontramos trabalhando com dirigentes e empresários e através das filiais da FEHGRA, procuramos posicionar os destinos turísticos de cada província promovendo o turismo interno. É uma honra para mim ser parte do grupo de trabalho que fiz esta excelente publicação. Felicito a cada uma de as pessoas deste grupo. Nós seguiremos unindo nossas forças para assegurar o turismo e a gastronomia do nosso país. Turismo FEHGRA Federación Empresaria Hotelera Gastronómica de la República Argentina G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 9 Claudio Aguilar V I C E P R E S I D E N T E D E F E H G R A NA FUNÇÃO NO DEPARTAMENTO DE TURISMO I N T R O D U Ç Ã O Um dos grandes prazeres da minha profissão de jornalista é aquela de viajar. Mas minhas viagens sempre estão relacionadas com o mercado e com as diversas comidas. Muita gente retorna das suas viagens com perfumes. Mas eu digo que a minha bagagem cheira de temperos, delicatessen e mais duma vez, algum queixo. Estou certa que os alimentos de cada canto deste mundo, têm algo especial e quando você encontrar isso, fica em nossos gostos é nossa memória e agia como um imã, chamando para tornar. Não é isso o que acontece quando nos lembramos das férias de nossa infância, com um doce ou outra comida que quer voltar a ser vivida? Isso é a causa de que, ao pesquisar e escrever este livro, que coloca o foco nas sete regiões argentinas, nós quase gostamos de fazer parte dum muito grande cardápio, duma mesa cheia de surpresas. Em tanto eu cobria isto, as paisagens mudavam uma a uma. Da Costa do Atlântico, fui para as montanhas da Cordillera, desde a Puna até a Região Patagônia, desde o Litoral ao o Centro do pais, sem esquecer as comidas da Cidade Capital. Em cada passo descobri o solo, o clima, a gente, a história, a música, as cores, os cheiros. São ingredientes combinados para fazer que o viajante encontre sabores únicos e especiais, quando ele ou ela provar alguma coisa seja num pequeno povão ou numa grande cidade. Nas diversas cidades, a equipe do livro, tentou de refletir a tradição e também outras correntes. Muitas delas, apesar de ser típicas e especiais de cada lugar, não são conhecidas também não para os argentinos. Porque descrever o gado das diversas áreas é quase familiar, para nativos e turistas, mas para saber que em algumas cidades longes, algumas comidas fazem-se com lontra, foi uma surpresa. Também me aconteceu com os nomes: churrascos, empanadas e pizzas têm um nome familiar, mas, ”holupchi” eu achava raro. É uma comida da Ucrânia, nesse momento parte do Litoral, e isto é só um exemplo, entre outros. Enquanto eu escrevia e viajava com a minha imaginação, conheci que na Província de Buenos Aires, além dos clássicos “alfajores” (um bolinho doce com recheio), sempre é Natal, porque o “pão doce” (pan Dulce) tem a sua festa regional. Ou que a Cidade de Buenos Aires tem seu “Gramajo” (ovos mexidos), mas também se faz homenagem ao policia que controlava as ruas faz tempo, como os “vigilantes”, nome dado pra uma típica sobremesa. Que “peperina” é o perfume da região central, onde além das salsichas e bodes, o pessoal come queixos finos é vizcachas (um roedor). Cuyo convida a desfrutar do seu sol e os seus vinhos, com carnes à massa, deliciosos azeites, e doces realizados com paciência infinita. Os rios do litoral nos dão peixes de carne forte e as suas costas, exóticas frutas coloridas. No Noroeste Argentino (NOA), é necessário experimentar seus milhos, pequenas batatas e a carne de lhama. É, na Patagônia, suas finas frutas e os cervos, trutas e “choiques” (uma avestruz nativa). Contrastes, cores, uma mesa com cultura, tradição e também aventura e descobrimento. RAQUEL ROSEMBERG 1o Este livro, um grande mapa de sabores das regiões argentinas para visitar, é rico e diverso. O nosso pais convida você a viajar mais duma vez. Assim, quando você leia estas páginas, lhe asseguro que a tentação vai ser muito grande. O meu conselho, é ler o livro quando viajar, anotar, fotografar, provar e provar. Estou certo que após da primeira viagem, haverá muitas outras. Região Noroeste Região NEA · Litoral Região Cuyo Região Centro Região Provincia de Buenos Aires Região Cidade de Buenos Aires Região Patagônia G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 11 PAG. 12 52 92 132 172 212 252 12 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 13 Região Noroeste J U J U Y S A L T A T U C U M Á N S A N T I A G O D E L E S T E R O C A T A M A R C A A cerimônia da comida do Noroeste foi sagrada durante séculos. Leva um longo processo de preparação com muitas horas para o desfrute. “Pailas” (frigideira grande de metal), colheres de Madeira e tempo são alguns dos ingredientes básicos para preparar churrascos temperados, com cores de acordo com os diversos pimentos. Para encher estas panelas, a Pachamama ou Mãe Terra é sempre generosa. O milho é a base das comidas da região. Com chuchoca (milho branco) se faz um guisado delicioso chamado locro, que convida você a comer com o som no fundo dos violões e quenas (uma classe de flauta), bem servido com um Torrontés, vinho branco ou algum vinho tinto bem cultivado na área. Além do milho, a cozinha se completa com pimentos, batatinhas tradicionais e também outros tubérculos com seus infinitos sabores, cores e tamanhos. Cores como lilá, verde, azul, amarelo ou vermelho, são somente alguns. A quinoa pré hispânica e o amaranto já não são um segredo para ser desfrutados uma vez mais em novas versões. A região também da abóboras e carne de lhama, cada vez mais conhecida e o charque (carne secada ao sol), entre outros alimentos. Assim, nesta região, onde o silencio se impõe para valorar suas belezas naturais, tem muito para visitar e para provar. Seria pecadopartir sem ter comido as empanadas (um bolo recheio com carne), humitas (uma comida feita com milho doce) ou os tamales. Ou não ter mergulhado uma colher nos locros, nome dum guisado ou nos seus temperos. Depois vem os doces, com a clássica sobremesa vigilante: um xarope sobre um pedaço de queixo. Depois de ter visto uma parte das paisagens, a gente tem que encher a bagagem com o mel dos vales Calchaquíes, ou as essências de gafanhoto ou de anis. Os alfajores feitos com semente de gafanhoto, os doces com frutas locais como o figo, o cuaresmillo ou o cayote (classe de abóbora); e o dulce de leche feito com leite de bode, são também clássicos. Existem também os doces típicas como os alfajores com nougat (crocante de amêndoas) e melaço, gaznates (bolinhos recheios com creme ou dulce de leche), e comidas doces e ligeiras, e nozes cristalizadas Finalmente, comidas, bons vinhos, violões soando, paisagens que parecem sair de cartões, e muito mais, espera aqueles que chegam nesta deliciosa região argentina. 14 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A PAG. 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 APERIT IVOS/PRIMEIROS PRATOS/HORS D ’OEUVRE · Empanadas com carne cortada com faca · Carne cozida lentamente com suco de locro · Humita em panela com queixo gratinado e llajwa um molho quente picante) SALGADOS/PRATO PRINCIPAL · Bode sob concha salgada com legumes ao vapor e óleo de páprica · Dorado frito (peixe) com feijão e ovos poché · Truta grelhada com manteiga de pimenta de molle (árvore de Peru) e pudim de humita (comida típica com milho). · Guisado charque em caçarola de farinha de trigo capia · Lombo de lhama rosado, llajwa e risoto de quinoa · Picante de frango · Patê de carne de vizcacha em massa · Enrolado de argentina-dourada (peixe)com molho de farinha de milho morado e creme de abóbora · Chanfaina (arroz com carne) com pão de abóbora humita · Patas de cordeiro ao forno , chauchas e batatinhas fervidas em suco de charque e óleo de manjericão. DOCES/SOBREMESAS · Bolo de queixo de bode com xarope de tuna (fruta de cacto) · Cayote em xarope com gelado de nozes. · Alfajor de farinha de gafanhoto com recheio de figos queimados · Bolanchao com creme de limão e redução de Torrontés · Gelado de melado com crocante de amêndoas J U J U Y S A L T A T U C U M Á N S A N T I A G O D E L E S T E R O C A T A M A R C A Região Noroeste 15 Região Noroeste A P E R I T I V O S · P R I M E I R O S P R AT O S · H O R S D ’ O E U V R E Empanadas com carne cortada com faca As empanadas do NOA são tão famosas que algumas têm sua própria música, a “Cueca”. São feitas com batatas, muito suculentas e picantes. Um bom vinho Torrontés acompanha muito bem. 16 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 8-10 pessoas ) RECHEIO 1 kg. 200 g. 200 g. 1 Colher 20 g. 150 g. 150 g. 10 g. 1 belisca 6 unidades 4 plantas MASSA 1 kg. 150 g. 30 g. 350 cc. AXILA OU PULP (carne de vaca) BATATAS CEBOLA PÁPRICA SAL CEBOLA GORDURA DE PELOTA PIMENTA PRETA COMINHO OVOS CEBOLHINAS FARINHA 0000 GORDURA SAL ÁGUA PREPARAÇÃO: Cortar a carne em pequenos cubos com uma faca. Colocar uma panela no fogo com a gordura, logo adicionar a carne e as cebolas cortadas em pequenos cubos. Temperar com sal, pimenta, páprica e cominho. Cozinhar por uns 15 minutos. Logo adicionar as batatas também em pequenos cubos. Cozinhar até que as batatas estejam prontas. Retirar e reservar. Ferver os ovos, picar as cebolinhas e reservar. Massa Fazer uma classe de coroa. Colocar a gordura no centro. Esquentar água, logo fazer um caldo. Adicionar isto à coroa, e logo amassar até alcançar uma massa homogênea. Deixar repousar 30 minutos, logo esticar e cortar em círculos de 5 a 7 cm. de diâmetro. Com ajuda duma forquilha fazer pressão sob os ovos e adicionar a carne picada junto com as cebolinhas. Encher os discos com a carne picada e fritar ou cozinhar de 7 a 10 minutos num forno a 220ºC. Dados EMPANADAS Cada província tem sua maneira especial de preparar as empanadas. O recheio ou o picado pode ser de carne de vaca, galinha, lebre, vizcacha ou cordeiro, entre outras. Também podem ter batatas, azeitonas, uvas passas, ovos, cebola, ou ervilhas. Podem ser salgadas, doces, agridoces, picantes e existem milhares de variantes. 17 Região Noroeste A P E R I T I V O S · P R I M E I R O S P R AT O S · H O R S D ’ O E U V R E Carne cozida lentamente com suco de locro O tempo é um dos ingredientes básicos usados na região. Como aqui não estamos com pressa, a carne cozida lentamente, assim como o suco de locro, são exemplos disto. 18 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 8 pessoas ) 500 g. 250 g. 1 kg. 250 g. 250 g. 250 g. 250 g. 1500 g. 200 g. 3 plantas 100 g. 1 colherinha 1 colherinha MILHO BRANCO FEIJÕES PEITO DE VACA BACON SALGADO OSSO SALGADO ENTRANHAS FERVIDAS PELE DE PORCO ABÓBORA – “PLOMO” (espécie local) BATATA DOCE CEBOLINHAS GORDURA DE VACA PIMENTA CHILE PÁPRICA DOCE PREPARAÇÃO: Numa panela grande, colocar o milho e os feijões (saturados desde a noite anterior), adicionar a carne, o toucinho, o couro, os ossos salgados, as entranhas e o resto dos ingredientes. Cortar a abóbora em cubos e derramar água até que os ingredientes estejam cobertos. Numa outra panela, esquentar água, que poderia ser necessária para usar porque o milho consume muita durante o fervor. Colocar a panela com todos os ingredientes a fogo meio. Quando a água começar a ferver, controle, revolvendo ás vezes. Finalmente, colocar as batatas doces em pequenos cubos, logo cozinhar durante três a quatro horas até o que o milho fique macio junto com os outros ingredientes. Fritado: Esquentar a gordura, adicionar as cebolas cortadas em pequenos cubos, e logo a páprica e os chiles moídos, e fritar poucos minutos a fogo baixo. Dados LOCRO Cada pais, tem seu guisado especial e o locro é o principal da Argentina, cujo origem vem dos Incas. Não existe uma maneira só de se preparar e tem tantas adaptações e variantes como regiões No Noroeste se faz com milho desde sempre e depois da Conquista, com trigo. A classe de milho usado para a preparação e o branco pisado e também, um pouco menos, o amarelo. 19 Região Noroeste A P E R I T I V O S · P R I M E I R O S P R AT O S · H O R S D ’ O E U V R E Humita em panela com queixo gratinado e llajwa Dizer humita é quase como dizer o nome da região. É uma preparação tradicional, com milho, que tem sobrevivido nestas paisagens por milhares de anos. Aqui se apresenta numa panela, com queixo gratinado. 20 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A Dados HUMITA A humita é uma das mais tradicionais preparações da cozinha regional. Ë simples e rápida e é feita com milho fresco. Pode ser feita em caçarola ou envolvida numa asca de milho (chala). Principalmente, se acompanha com o chamado queixo local ou fresco, com quesillo (queixo tipo cottage) ou com, molho de llajwa, que fica picante. INGREDIENTES ( 8 pessoas ) 6 unidades 1 unidade 2 unidades 500 g. 100 cc. 15 g. 5 g. 500 cc. 200 cc. 200 g. LLAJWA 400 g. 1 unidade 50 cc. 5 g. MILHO CEBOLA (mediana) PÁPRICA VERMELHA ABÓBORA ÓLEO DE GIRASSOL SAL PIMENTA LEITE ÁGUA QUEIXO DE VACA DA REGIÃO TOMATINHOS LOCOTO (classe de chile) ÓLEO DE MILHO OU DE GIRASSOL SAL PREPARAÇÃO: Ralar os milhos e a abóbora. Numa panela, colocar 2 colheradas de óleo e adicionar a cebola em cubos até que fique transparente. Adicionar um chile picado em cubinhos e saltear. Colocar os milhos e a abóbora, com uma colher de madeira, sal e pimenta e adicionar o leite e a água. Agitar e cozinhar até que espesse. Numa frigideira colocar o resto de óleo e adicionar a páprica, sal e pimenta e cozinhar o molho durante 7 minutos.Para servir, coloque em cada prato uma peça de queixo sob a humita e uma colherada de molho. Colocar no forno até que o queixo fique gratinado (5 minutos). Molho de Llajwa: Todos os ingredientes são moídos num batán (uma pedra plana na qual, com um movimento oscilante duma outra base curva, os ingredientes são moídos, ou liquefeitos, cuidando que fique com grumos, mais não completamente liquefeitos, para não modificar a essência). Se você não tem um batán, você pode ralar os tomates e o locoto com um ralador de mão, e logo misturar os ingredientes com sal. Se você utilizar fervuras, adicione as picadas finas. 21 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Bode sob concha salgada com legumes ao vapor e óleo de páprica Quando você chegar às águas termais de Río Hondo, você poderá desfrutar dos bodes da região. Sua carne tem mais sabor numa concha salgada, um clássico da região. 22 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 12 pessoas ) 8 kg. 30 g. a vontade a vontade 100 cc. LEGUMES AO VAPOR 500 g. 500 g. 500 g. 500 g. 5 folhas a vontade a vontade ÓLEO DE PÁPRICA 180 cc. 1 Colher 2 colherinhas CONCHA SALGADA 1500 g. 5 unidades BODE (cabra recém nascida) PIMENTA SALSA TOMILHO (FRESCO) AZEITE CENOURAS ABÓBORAS BROCCOLI BATATINHAS LOUREIRO SAL PIMENTA PRETA MOÍDA ÓLEO DE GIRASSOL PÁPRICA PIMENTA PRETA MOÍDA SAL CLARA DE OVO PREPARAÇÃO: Marinada Misturar azeite, salsa, pimenta e tomilho. Marinar o bode durante 8 horas no refrigerador sob uma placa de forno envolvida com papel de filme. Legumes ao vapor Descascar e cortar a abóbora e as cenouras. Remover as flores de brócolis. Vaporar os legumes até que fiquem macias. Misturar o loureiro com a pimenta moída e temperar com sal a vontade. No fundo da panela vaporada colocar as folhas de loureiro para perfumar os legumes. Concha salgada Misturar a clara de ovo até conseguir uma massa homogênea. Cozedura Tirar o filme da carne. Colocar a preparação da concha salgada (cobrindo todo o bode), levar ao forno durante 2 horas e meia a 180ºC, após ter sido esquentado. Óleo de páprica Misturar o óleo de girassol com a páprica e a pimenta e adicionar os legumes ao vapor no momento de servir a comida. Dados BODES Nas águas termais de Río Hondo, é comum procriar bodes, uma carne macia e deliciosa, oferecida em todos os restaurantes em diversos modos, mas é aconselhável comer as em churrasco ou grelhadas. 23 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Dorado frito com feijão e ovos poché Este dorado é um prato surpreendente, um peixe de rio, servido fritado com feijão e ovos poché. Acompanha se muito bem com um vinho Torrontés. 24 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A Dados DORADO Nos rios do NOA a pesca tradicional e esportiva é muito comum. O melhor prêmio por essas horas de paciência é um dorado, com classes que podem atingir, nos casos excepcionais os 30 kg. A sua carne é muito gostosa e muita gente escolhe prepara-a no mesmo lugar onde se pesca, geralmente grelhada. Esse jeito de cozinhar permite apreciar a sua carne branca e macia. INGREDIENTES ( 8 pessoas ) 1 unidade (6kg.) 6 unidades a vontade 1 kg. 600 g. 1 lt. a vontade FEIJÕES 1 kg. a vontade a vontade OVOS POCHÉ a vontade 5 Colheres 2 Colheres DORADO LIMÃO PIMENTA FARINHA BRANCA 0000 GORDURA DE PORCO ÓLEO DE GIRASSOL SAL FEIJÕES SAL ÁGUA ÁGUA VINAGRE SAL PREPARAÇÃO: Tirar fora as nadadeiras do peixe. Cortar a cola, a cabeça e as espinhas. Cortar o dorado em fatias. Logo colocar num recipiente de vidro, e adicionar o suco de limão com sal e páprica a vontade. Deixar repousar uns poucos minutos e enrolar em farinha. Logo fritar num recipiente de base grossa com a gordura de porco. Feijões Ferver os feijões até que estejam macios. Logo terminar o fervor com água fria e tirar a pele. Logo saltear em manteiga antes de servir. Ovos poché Numa panela grande, esquentar muita água com 50 cm3 de vinagre por cada litro de água. Esperar até ferver. No entanto, quebrar o ovo numa tigela. Quando a água comece a ferver, introduzir uma colher na panela e, com um movimento circular, fazer um redemoinho no centro dela. Colocar o ovo, deslizando suavemente. Cozinhar o ovo por 2 minutos e meio, o tempo necessário para o ponto desejado: uma clara consistente e uma gema coagulada. Tirar o ovo com cuidado, usando uma escumadeira. Para finalizar, deixar o ovo esfriar numa tigela com água gelada. Os ovos devem ser fervidos um por um. * É aconselhável adicionar ervas à manteiga (orégano, salsa, coentro, tomilho) 25 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Truta grelhada com manteiga de pimenta de molle e pudim de humita Para aqueles amantes da pesca esportiva, uma truta preparada grelhada é o melhor prêmio. Especialmente quando é comida por quem a pescou. 26 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 5 pessoas ) 5 unidades 5 g. 5 g. MANTEIGA DE PIMENTA DE MOLLE (árvore de Peru) 250 g. 25 g. PUDIM DE HUMITA 4 unidades 8 unidades 180 cc. 500 cc. TRUTAS (320-350 g. cada uma) SAL PIMENTA MANTEIGA PIMENTA ROSA HUMITA OVOS CREME DE LEITE LEITE INTEGRAL PREPARAÇÃO: Tirar fora as espinhas das trutas. Cortar o rabo, nadadeiras, e a cabeça. Esquente uma grelha, logo adicione a manteiga de molle, e dourar os dois lados da truta de 5 a 10 minutos. Pudim de humita Quebrar os ovos, e colocar numa tigela, adicionar o creme de leite (bata à mão até emulsionar). Adicionar as humitas sem chalas (a folha), pisadas antes com garfo. Coloque manteiga e farinha nos moldes de pudim individuais. Coloque no forno a banho-maria durante 15 minutos a 180ºC. Manteiga de pimenta de molle Moer a pimenta, misturar com manteiga até se formar um creme. Dados TRUTA DE LAGOA Em lagoas, lagos e espelhos de água das barragens, encontramos a truta da variante “arco-íris”. Cada área tem o seu próprio calendário fechado. 27 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Guisado charque em caçarola de farinha de trigo capia O sol é um dos ingredientes principais desta região. Pelo seu calor, se prepara o charque, que é a base deste guisado feito com farinha capia. 28 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 5 pessoas ) 1 kg. 200 g. 100 g. 2 dentes 3 unidades 200 g. 150 g. 2 unidades 2 colherinhas 1 colherinha 2 colherinhas CALDO 2 dentes 2 ramos 2 plantas 1 planta 1 unidade 2 unidades CHARQUE CEBOLA PIMENTA PRETA ALHO TOMATE (mediano) BATATA PEQUENA (lisa) FARINHA DE TRIGO CAPIA CENOURA SAL PIMENTA PRETA MOIDA PÁPRICA ALHO SALSA PORRO AIPO CENOURA (mediana) FOLHA DE LOUREIRO PREPARAÇÃO: Caldo: Numa panela, adicione água, sal, as folhas de loureiro, e os legumes para o caldo. Levar ao fogo e quando a água ferver, adicionar ao charque. Cobra a panela e deixe ferver 40 minutos no fogo alto. Procedimento: Coloque um pingo de óleo numa caçarola, logo refogue as cebolas, o sopro e o alho. Adicione o charque já esmigalhado, com duas xícaras de caldo e a farinha de milho capia. Corte os tomates em cubos pequenos tirando fora as sementes. Temperar com a páprica e a pimenta preta. Descascar e cortar as cenouras. Corte as batatas em metades e adicione-as na caçarola. Cozinhar a fogo meio e cobrir a caçarola durante 30 minutos. Conselhos* Quando o charque está esmigalhado, não adicionar sal. Dados CHARQUE A “chalona” são ossos de carne ovina, secados ao sol, com sal. O charque se faz com carne de vaca ou lhama, mais sem ossos, também secados ao sol com sal. Em ambos casos, se comem em guisados ou sopas e devem ser saturados para fazer a carne macia, e logo, em alguns casos, um ligeiro torrado para alcançar um gosto saboroso e especial. 29Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Lombo de lhama rosado llajwa e risoto de quinoa A carne de lhama, com milhares de anos nestas paisagens, fica muito bem com o molho de llajwa, típico desta área, que da muita fogosidade. 30 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 6 pessoas ) RISOTO DE QUINOA 500 g. 70 g. 100 g. 200 g. 100 g. 200 cc. 5 g. 50 cc. 50 g. 200 g. 200 g. 50 g. QUINOA (tipo de cereal) PIMENTÃO ABOBRINHA ZUCCHINI CENOURA VINHO BRANCO CALDO DE LEGUMES AZEITE CEBOLA CREME DE LEITE QUEIJO RALADO MANTEIGA LOMBO DE LHAMA SAL PIMENTA AZEITE TOMATE (tipo cherry) LOCOTO ÓLEO DE MILHO OU DE GIRASSOL SAL INGREDIENTES 1,25 kg. 5 g. 3 g. 20 cc. LLAJWA 400 g. 1 unidade 50 cc. 5 g. PREPARAÇÃO: Lombo de Lhama Numa frigideira, coloque óleo, leve ao fogo, e logo, doure em ambos lados, adicionando sal e pimenta a gosto. Colocar no forno durante 30 minutos a 180ºC. Molho de llajwa Todos os ingredientes devem ser moídos num batán (uma pedra chata na qual, com a oscilação de outra base curva, os ingredientes são moídos, ou liquefeitos, cuidando de não fazer grumos, e também não liquefazer completamente para não altera a sua essência). Se não, ralar o tomate e o locoto com um ralador de mão e logo misturar os ingredientes juntos com sal, e, se usar ervas, adicione-as picadas finas. Risoto de Quinoa Lavar a quinoa até que a água fique clara e limpa. Adicione água fervida ou caldo. Cozinhe até que fique em grãos (aproximadamente 12 minutos em água fervida), colar e esfriar. Verter óleo num frigideira grande e adicione cebolas, alho, pimentão, cenouras, abobrinhas e zucchini, cortados antes em cubos pequenos. Adicionar o vinho, deixar evaporar uns poucos minutos, pôr o creme de leite com quinoa, e logo revolver para que não se grude. Finalmente, adicione o queijo e a manteiga. Dados LHAMA Antes que os espanhóis chegaram, a lhama era um animal muito consumido. Tem uma carne com um gosto forte, que permite diferentes preparações, com muitas proteínas. Assemelha-se à carne de vaca, e não tem um gosto nem uma aroma especial. A gordura da carne dos camélidos, é muito branca e tem baixos níveis de colesterol. 31 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Picante de frango Tem muitas maneiras de preparar um guisado, e no NOA muitos deles levam o nome de picantes. O que contem frango é típico e se prepara em restaurantes e na casa, cheios de temperos locais. 32 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 5 pessoas ) 1 unidade 3 unidades 4 unidades 1 xícara 2 Colheres ½ colherinha 1 Colher 3 unidades 3 xícaras 250cc. 2 Colheres 1 unidad FRANGO (2 ½ kg. aproximadamente) CEBOLA (mediana) TOMATE ERVILHAS (descascadas) SALSA PIMENTA PRETA MOIDA SAL ALHO CALDO ÒLEO DE GIRASSOL LOCOTO PREPARAÇÃO: Numa caçarola coloque o frango em pedaços e o resto dos ingredientes cortados em cubos pequenos. Adicione o caldo que deve cobrir todos os ingredientes completamente. Cozinhar ao fogo alto até ferver, e logo ao fogo baixo pelo menos uma hora e meia até que o frango esteja macio. Revolver de vez em quando. Se quando cozinhar o suco se reduzir muito, acrescente com um pouco mais de caldo, pra que fique suculento quando servir. Finalmente, coloque salsa sobre o picante de frango. Dados FRANGO Um dos pratos típicos do Norte, são os guisados e as tortas, sinônimos da cozinha caseira. Geralmente, são feitos com frango. Pode-se adicionar uma cobertura com uma folha de cayote (um doce local), açúcar mascavo e merengue. Isto se usa comumente nos casamentos. 33 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Patê de carne de vizcacha em massa A carne de vizcacha não é comum na gastronomia, mas tem muita nestas paisagens. Você tem que se animar e comer o patê em massa. 34 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 6 pessoas ) 3 kg. 100 g. 3 plantas 1 colherinha 50 cc. 1 colherinha 1 y ½ colherinhas 1 xícara 250 cc. MASSA 500 g. 10 g. 15 g. 5 g. 50 g. 100 cc. CARNE DE VIZCACHA MANTEIGA PORRO TOMILHO CONHAQUE SAL PIMENTA CALDO COM LEGUMES FARINHA LEVEDURA (prensada) SAL PIMENTA MANTEIGA LEITE PREPARAÇÃO: Dourar a carne com um pingo de óleo e adicione porro, tomilho e alho. Adicione conhaque e quando evaporar, verter uma xícara de caldo. Cozinhe por 30 minutos aproximadamente. Quando esteja cozinhado, tire fora a carne e esmigalhar. Coloque no processador com meia xícara de caldo da mesma cozedura. Processar e guardar no refrigerador. Massa Fazer uma coroa com a farinha, esmigalhar a levedura, adicione leite e manteiga. Misture todos os ingredientes até atingir uma massa homogênea. Deixar fermentar por 15/20 minutos. Tirar o gás da massa, logo fazer pequenos bolos. Logo ao forno durante 20 minutos a 200°C. Dados VIZCACHA A vizcacha selvagem tem um gosto mais forte do que aquelas de criação. A sua carne tem um gosto melhor se faze se uma marinada antes ou preparada em caldo com legumes, temperos e ervas. 35 Região Noroeste S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Enrolado de Argentina-Dourada com molho de farinha de milho morado e creme de abóbora Este gostoso peixe, com uma carne muito compacta, fica melhor com ingredientes do Norte, onde sempre estão o milho morado e a abóbora. 36 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 6 pessoas ) 5 unidades 1 pacote 200 g. 2 unidades 50 g. a vontade CREME DE ABÓBORA 400 g. 200 cc. 250 cc. SALSA DE HARINA DE MAÍZ MORADO 150 g. 1 xícara 50 g. 3 g. 2 g. PEIXE ARGENTINA-DOURADA ESPINAFRE QUEIJO SARDO CEBOLA (mediana) MANTEIGA NOZ MOSCADA RALADA ABÓBORA CREME DE LEITE CALDO COM LEGUMES FARINHA DE MILHO MORADO CALDO DE LEGUMES MANTEIGA SAL PIMENTA PREPARAÇÃO: Recheio Ferver o espinafre e coar. Picar as cebolas em cubos pequenos e refogar em manteiga. Processar o espinafre com as cebolas refogadas e adicione o queijo ralado e a noz moscada. Sal e pimenta a gosto. Preparação do enrolado Limpar o peixe tirando fora as barbatanas, a cabeça e as escamas, logo colocar dentro sal e pimenta. Adicionar uma colher de recheio (faça o enrolado e integre com um palito dos dentes). Cozinhe durante 3 a 5 minutos num forno antes esquentado a 200°C. Molho de farinha de milho morado Verter a farinha numa frigideira. Torrar 5 minutos sobre fogo, adicionando manteiga. Logo adicionar o caldo em forma de fio, para não fazer grumos. Quando estiver grosso, tirar fora do fogo. Creme de abóbora Faça um purê sem grumos. Logo coloque numa frigideira, adicionando creme e caldo. Cozinhar a fogo mínimo até ficar grosso. Dados PEIXE ARGENTINA-DOURADA DE RIOS E REPRESAS Esta espécie tem uma faixa prateada que atravessa seu corpo, da cabeça ao rabo que justifica o seu nome e é também conhecida como “flecha de prata”. Tem escamas pequenas e compactas, e uma carne muito gostosa. 37 INGREDIENTES ( 6 pessoas ) CHANFAINA 300 ml. 150 g. 100 g. 100 g. 150 g. 2 Colheres 2 Colheres 2 xícaras 2 unidades 2 unidades 2 unidades 1 Colher 2 Colheres 1 Colher 1 colherinha 1 colherinha 1 colherinha 1 colherinha PÃO DE ABÓBORA 500 g. 2 colherinhas 2 colherinhas 500 g. 2 colherinhas HUMITA EM CHALA 6 unidades 10 folhas 300 g. 1 unidade 1 colherinha 1 pizca 200 cc. 100 g. 1 colherinha 1 colherinha 250 g. SANGUE DE CORDEIRO RIM DE CORDEIRO FÌGADO DE CORDEIRO CORAÇÃO DE CORDEIRO TRIPA DE CORDEIRO GORDURA ÓLEO DE GIRASSOL CALDO DE LEGUMES CEBOLA (mediana) TOMATE (mediano) CHILE FARINHA VINAGRE AÇUCAR SAL CHILE MOÍDO SALSA PÁPRICA DOCE PREPARAÇÃO: Pão de abóbora Colocar uma caçarola com água e sal no fogo. Quando a água ferver,adicionar a abóbora descascada antes, e cortar em pedaços. Deixar ferver ao fogo baixo por uns 20 minutos até que fique macia. Escorrer a abóbora bem, tirando o excesso de água. Reservar a água da cozedura. Colocar num copo 60 ml. de água da fervura da abóbora e adicionar a levedura, mel, e dois colheradas de farinha. Deixar repousar até duplicar o seu volume. Colocar numa tigela, farinha e sal. Logo adicionar a levedura já fermentada e depois o purê de abóbora. Borrifar a mesa com farinha e colocar a massa acima e misturar por uns dez minutos até que a massa esteja homogênea e elástica. Cobrir com um pano de cozinha ou papel filme e deixar repousar por uns 15 minutos até duplicar o seu tamanho. Tirar o gás da massa batendo a, deixar repousar por uns 10 minutos mais, até que tenha uma forma redonda. Colocar numa placa de forno barrada com um pouco de óleo, cobrir com um pano de cozinha e deixar repousar uma hora até duplicar o seu tamanho. Esquentar antes o forno a 220ºC. durante 40 minutos, até que o pão tenha uma cor dourada e soar oco quando bater. Deixar esfriar sobre uma grelhe antes de comer. ABÓBORA LEVEDURA SECA MEL FARINHA SAL MILHO MANJERICÃO ABÓBORA PIMENTO VERMELHO SAL AÇUCAR LEITE GORDO GORDURA DE PORCO CHILE MOÍDO PÁPRICA QUEIJO FRESCO DE VACA DA REGIÃO S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Chanfaina* com pão de abóbora e humita As mesas do NOA apresentam os encontros culturais. Esta chanfaina de origem hispânico, serve se com um pão de abóbora típico da região e humita. * Chanfaina: arroz com carne Região Noroeste38 Conselhos* Escolher milho preferentemente que não seja duro. Se desejar engrossar o molho um pouco mais, adicione, no último minuto, uma colherada de farinha dissolvida em meia xícara de água. Dados CHANFAINA A Chanfaina é um guisado espanhol, que chegou nesta região nos tempos da conquista. Existem diferentes versões, mas todas têm, geralmente, cordeiro e muitos miúdos, incluindo a sangue do animal. Humita Limpar o milho e guardar as chalas. Ralar e moer as com um morteiro junto com a abóbora (ou processar), com manjericão, chile, sal, açúcar, e se necessário, leite. Fritar o chile moído e a páprica em gordura e adicionar o milho. Cozinhar por uns 5 minutos revolvendo com uma colher de madeira. Escolha 12 chalas inteiras e coloque sobre de dois em dois. Colocar no centro de cada uma 3 colheradas de pasta de milho e afundar no centro um dado de queijo (aproximadamente 30 g.). Dobrar as pontas das chalas por dentro (para formar um pequeno pacote) assegure puxando a chala. Repetir com o resto das chalas e o recheio. Cobrir 1/3 da caçarola com água, colocar numa tigela as chalas descartadas e colocar as humitas. Cozinhar por uma hora, escorrer e está pronto para servir. Chanfaina Revolver a sangue com sal e deixar endurecer. Tirar a membrana das tripas (guardar em vinagre e suco de limão). Ferver em água e sal. Adicionar a carne endurecida e cortar em pedaços. Numa caçarola com fundo grosso, adicionar a gordura misturada com óleo. Fritar a cebola, tomates e o chile cortado em cubos. Temperar com sal, chile moído como gostar, páprica, salsa e orégano. Cobrir com caldo e vinagre. Adicionar uma colherada de açúcar e cozinhar ao fogo baixo. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 39 S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Patas de cordeiro ao forno, chauchas e batatinhas em suco de charque e óleo de manjericão No meio da Quebrada (montanhas) ou nas diferentes paisagens da província de Jujuy, as patas de cordeiro são muito gostosas com batatinhas e óleo de manjericão aromatizado. Região Noroeste40 INGREDIENTES ( 4 pessoas ) 8 unidades 3 Colheres 3 dentes 1 unidade 2 unidades 1 unidade 1 pacote 1 unidade 1 lt. 1 unidade 50 g. CHAUCHAS E BATATINHAS FERVIDAS EM SUCO DE CHARQUE 400 g. 400 g. 300 g. 2 pacotes 3 dentes 2 unidades 2 unidades 1 unidade ÓLEO DE MANJERICÃO 200 cc. 2 pacotes PATAS DE CORDEIRO AZEITE ALHO CEBOLA (grande) PORRO CENOURA AIPO TOMATES VINHO TINTO BOUQUET DE ERVAS MANTEIGA CHAUCHAS BATATINHAS (batatas oca) CHARQUE AIPO ALHO CENOURAS (medianas) CEBOLAS (medianas) PORRO OLEO DE GIRASSOL MANJERICÃO (aprox. 20 folhas) PREPARAÇÃO: Pôr sal e pimenta na carne, dourar bem numa caçarola com óleo quente (reservar). Picar legumes e dourar os uns poucos minutos na mesma caçarola. Deslocar com o vinho tinto raspando o fundo de cozedura e deixe reduzir alguns minutos. Adicionar as patas e as ervas. Cobrir com água. Ferver durante 60 minutos desde quando a água começar a ferver. Deixe a carne esfriar no caldo de cozedura. Leve as patas ao refrigerador e coloque o caldo sobre fogo até que a metade se reduzir. Escorrer os legumes e deixe o caldo sem impurezas. Colocar as patas numa placa de forno alta com o caldo já reduzido e manteiga. Colocar no forno ao fogo meio e pincelar com caldo cada 15 minutos, 4 a 5 vezes até que a carne fique com verniz e brilhante. Chauchas e batatinhas fervidas em suco de charque Ferva o charque numa caçarola com legumes. No mesmo suco, ferver as chauchas e as batatinhas até que estejam macias. Tirar fora e cortar a cozedura passiva. Óleo de manjericão Num liquidificador colocar 250 cc. de óleo de girassol e adicionar dois pacotes de manjericão. Liquefazer até que o óleo fique verde. Dados CORDEIRO Na região de Abrapampa em Jujuy, se cria um cordeiro, famoso pelo seu gosto. O lugar fica ao pé do morro Huncar, a 3000 metros sobre o nível do mar, com pouco pasto, mas com ervas que os animais comem, e essas ervas dão a carne um sabor especial. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 41 D O C E S · S O B R E M E S A S Bolo de queixo de bode com xarope de tuna* Os cactos são uma parte importante das paisagens desta região. Dão a doçura deliciosa do xarope de tuna contrastando com o forte sabor do bolo de queijo de bode. * Tuna: fruta de cacto Região Noroeste42 INGREDIENTES ( 6 pessoas ) MASSA 180 g. 200 g. 100 g. 1 unidade 1 colherinha RECHEIO DE BOLO 200 g. 2 unidades 50 cc. XAROPE DE TUNA 400 cc. 2 kg. 300 g. MASSA BRISÉE FARINHA 0000 MANTEIGA OVO SAL QUEIJO DE BODE OVOS CREME DE LEITE ÁGUA TUNA AÇÙCAR PREPARAÇÃO: Massa Colocar numa tigela, manteiga, ovos, e um pouco de sal. Misturar adicionando a farinha. Quando alcançar uma massa fina, adicione 2 colheradas de água fria e continuar. Se estivesse seca, adicione mais água. Quando esteja bem amassada, colocar no refrigerador para esfriar antes do alongamento. Para alongar, empoar com farinha e com ajuda duma vara para amassar. Alongar a massa desde dentro pra fora até alcançar a espessura desejada. Enrole na vara e logo coloque numa placa de bolo, antes enfarinhada. Ponha manteiga com ajuda duma forca, pique para evitar globos na cozedura. Pincele a massa com uma gema de ovo e cozinhe de 5 a 8 minutos no forno a 180°C. Recheio do bolo Rale queijo e misturar com os ovos e o creme. Logo verter o recheio na placa de cozinhar e ao forno por 15 minutos a 200°C. Xarope de tuna Descascar as tunas, cortar em pedaços e colocar numa caçarola junto com água e açúcar. Cozinhe revolvendo com uma colher até que as tunas estejam desfeitas. Peneirar e levar de novo o líquido até que tenha uma cor obscura e densa. Quando o bolo estiver feito, deixar esfriar a temperatura ambiente sobre um grelhe de metal e finalmente adicionar o xarope de tuna antes de comer. Dados XAROPE DE TUNA O xarope é um suco de fruta cozinhado, muito espesso, parecido ao mel. Como diz o seu nome, se prepara com diferentes vegetais, como a cana de açúcar o a tuna (uma fruta dos cactos típicos da região). Este xarope se come em diferentes formas, mas um dos mais tradicionais é sobre queixo cottage de bode ou quesillo. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 43 D O C E S · S O B R E M E SA S Cayote em xarope com gelado de nozes As casas do Norte, sempre têm doces em xarope. Um dos favoritos é o cayote que pode se comer só, com quesillo, ou com este gelado de nozes. Dados CAYOTE A alcayota é uma classe de cucurbitácea americana, nascida em México, América Central, América do Norte e América do Sul. Este tipo já era cultivado pelos Astecas, faz mais de 4000 anos. Eles a chamavam “tzilcayotli”. Com a chegada dos espanhóis, o nome ficou alcayota e cayote. Por fora parece um melão e por dentro tem uma polpa que se abre como os noodles vegetais. Região Noroeste44 INGREDIENTES ( 8 pessoas ) DOCE DE CAYOTE 1 kg. 10 unidades 500 g. GELADO DE NOZES 500 g. 8 Colheres 100 g. 4 Colheres 250 cc. 3 unidades 3 Colheres CAYOTE (inteiro) CRAVO DA ÍNDIA AÇÚCAR (por cada quilo de cayote) RICOTA MAGRA (queijo italiano, parecido ao queijo cottage) AÇÚCAR REFINADO NOZES MOÍDAS (1 xícara) CONHAQUE CREME DE LEITE CLARA DE OVO AÇÚCAR PREPARAÇÃO: Doce de cayote Antes de começar a preparação, os cayotes devem ser pesados todos para calcular a quantidade de açúcar que precisaremos. Logo esquentar os no forno para poder descascar mais fácil. Desfazer com os dedos, para que fiquem fibrosos. Colocar numa tigela de aço não oxidável, adicionar açúcar e deixar repousar até o próximo dia. Assegure que desprenderam seu próprio suco. Colocar numa caçarola e cozinhe ao fogo baixo até que as fibras de cayote ficarem transparentes. Misture o tempo todo para que não se cole, com uma colher de madeira. Deixe esfriar numa jarra esterilizada, para que esteja perfeitamente conservado. Gelado de nozes Processar a ricota e adicionar o açúcar refinado para alcançar um creme. (adicionar nozes e conhaque). Bater o creme até que esteja espesso. Adicione a preparação em forma envolvente. Ponha as claras de ovo e o açúcar numa caçarola. Esquentar e misturar com um batedor manual as claras até que estejam quentes (pôr um dedo para controlar). Tirar fora do forno e verte numa tigela. Bater as com o açúcar até ficar duro (merengue). Adicione creme às claras batidas numa forma envolvente. Levar ao refrigerador até que esteja bem frio. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 45 D O C E S · S O B R E M E S A S Alfajor* de gafanhoto com recheio de figos queimados Um substituto do cacau da região é a árvore de gafanhoto. Com o seu fruto, se prepara uma saudável e rica farinha, que é a base destes alfajores recheios com figos queimados. * Alfajor: biscoito doce Região Noroeste46 INGREDIENTES ( 8 pessoas ) MASSA 120 g. 70 cc. 70 g. 70 g. 35 g. 2 colherinhas 1 colherinha 70 cc. 1 unidade XAROPE DE FIGOS 2 kg. 2 lt. 1 kg. ½ unidade FARINHA INTEGRAL ÓLEO DE GIRASSOL AÇÚCAR MASCAVO FARINHA DE GAFANHOTO AMIDO DE MILHO FERMENTO EM PÓ SAL ÁGUA MAÇÃ (mediana) FIGOS (maduros) ÁGUA AÇÚCAR RALADURA DE LIMÃO PREPARAÇÃO: Massa Numa tigela, misturar a farinha integral, a farinha de gafanhoto o amido de milho, sal, e o fermento em pó. Fazer uma coroa e no centro colocar margarina, a maçã e o açúcar (com a quantidade necessária de água). Fazer um bolinho e guardar no refrigerador coberto por umas duas horas. Alongar a massa espessa e fazer 12 bolinhos (apertar para que fiquem redondos). Cozinhe a 180ºC., durante 15 a 20 minutos e deixe esfriar, recheando com os figos queimados. Figos Limpar os figos muito bem, por baixo dum jorro de água. Colocar os figos numa caçarola grande cobertos com água e ferver até que desprender parte do leite pegajoso. Na superfície da água, se produz uma espuma em alguns minutos. Neste ponto tirar fora e reservar. Numa caçarola, verter dois litros de água, num recipiente de fundo grosso, adicionar açúcar e a concha do limão. Logo colocar os figos antes picados. Cozinhar ao fogo baixo durante duas horas (devem ficar transparentes). Colocar numa frigideira uma colherada de manteiga, logo dourar de ambos lados, com uma colherada de açúcar mascavo e finalmente fazer os “alfajores” Dados FIGOS Os figos são cultivados no Norte, apesar de ser típicos do Mediterrâneo. Nessa região são conhecidos desde tempos antigos, e são mencionados no Bíblia. Os gregos adoravam, tal vez porque era a fruta preferida de Platão. Eles os chamaram a fruta dos filósofos. Nas províncias da região, se come fresco, seco, como doces ou em conserva de xarope. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 47 D O C E S · S O B R E M E S A S Bolanchao com creme de limão e redução de torrontés Esta típica sobremesa da região, em forma de bolinho, se prepara cascando frutas num morteiro. Neste caso, se acompanha com creme de limão e redução de Torrontés. Região Noroeste48 INGREDIENTES ( 8 pessoas ) 1 kg. a vontade CREME DE LIMÃO 2 unidades 150 g. 1 copo 2 Colheres 2 unidades REDUÇÃO DE TORRONTÉS 1 lt. 500 g. FRUTOS DO MISTOL (árvore) FARINHA DE MILHO TORRADO LIMÕES AÇÚCAR ÁGUA AMIDO DE MILHO OVOS VINHO TORRONTÉS AÇÚCAR PREPARAÇÃO: Bolanchao Moer o mistol num morteiro. Logo fazer pequenos bolos e enrolar em migalhas de pão com a farinha de milho torrado. Levar ao forno ao fogo baixo até que fiquem consistentes. Creme de limão Para preparar este creme, bater duas gemas de ovo e misturar com as duas colheradas de amido de milho. Por outro lado, verter açúcar numa tigela e adicionar um copo de água (revolver até que o açúcar se dissolver). Verter as gemas com o amido de milho na preparação anterior (bem misturado), adicionar um pouco de raladura de limão, alem do suco de dois limões. Cozinhe a banho Maria, sempre revolvendo com uma colher de madeira até alcançar a consistência necessária. Deixar esfriar a temperatura ambiente. Reduçao de Torrontés Colocar numa tigela de fundo grosso ao fogo médio. Adicionar o vinho junto com o açúcar, e deixar se reduzir 45 minutos até alcançar a consistência desejada. Dados TORRONTÉS O Torrontés é o vinho branco simbólico da Argentina, que encontrou nesta região, uma das suas melhores terras para expressar intensamente o seu aroma e o seu sabor. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 49 D O C E S · S O B R E M E S A S Gelado de melado com crocante de amêndoas Tucumán é a terra da cana de açúcar. Com o seu mel (melado), se faz um doce crocante (nougat), uma fórmula que vem da colônia, e com a qual se faz este gelado. Região Noroeste50 INGREDIENTES ( 6 pessoas ) 6 unidades 250 g. 1 pitada 125 g. 250 cc. 1 Colher 1 taça 100 g. 250 g. 3 unidades OVOS FARINHA 0000 SAL AÇÚCAR MELADO AMIDO DE MILHO DOCE DE LEITE (DULCE DE LECHE) NOZES MOÍDAS CREME DE LEITE CLARAS DE OVO PREPARAÇÃO: Bata as claras de ovo a ponto neve e adicione o amido. Esquente açúcar e mel. Antes do que a água ferver, tirar fora do fogo e verter sobre as claras e continuar batendo até esfriar. Massa Misturar as gemas junto com o açúcar até alcançar uma cor branca. Adicionar, um pouco por vez, a farinha anteriormente peneirada. Fazer uma massa ligeiramente adicionando farinha para que a massa não se cole. Deixar repousar 30 minutos. Alongar a massa e fazer discos com um molde mediano, colocar os numa placa de forno. Cozinhar a 180°C durante 5 minutos. Tirar fora quando estiver dourada. Gelado de melado Processar os discos. Logo adicionar o merengue frio, o dulce de leche a as nozes moídas. Bater o creme até que se espesse o suficiente. Adicionar á preparação em forma envolvente. Colocar as claras de ovo e o açúcar numa caçarola. Esquente e misture com um batedor manual, as claras até que estejam quentes (coloque um dedo e controle). Tire fora do fogo e verta numa tigela. Bater com açúcar até o ponto merengue. Adicionar creme ás claras batidas numa forma envolvente. Dados MELADO O melado vem da cana de açúcar. Tem a consistência dum melde abelha espesso e a sua cor é obscura e o seu gosto doce e forte, ligeiramente assemelha um licor. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 51 52 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 53 Região NEA ·Litoral M I S I O N E S C O R R I E N T E S E N T R E R I O S F O R M O S A C H A C O S A N T A F E O litoral argentino surpreende a cada minuto com suas terras vermelhas, seus rios de incomparável beleza, e uma vegetação frondosa. Famoso pelos seus rios com quedas e cascadas, nas suas águas vivem milhares de espécies deliciosas com uma boa mão cozinheira. Em redes e ganchos, podem-se pescar surubies, dorados, sáveis, ou pacús, entre outras espécies combinadas sobre fogo com ervas e vegetais que crescem com exuberância. As surpresas da paisagem continuam com borboletas de cores e tamanhos especiais ou aves exóticas que moram nos estuários. São áreas onde também encontramos carnes não tradicionais, baixo o sol que normalmente produz arco-íris. A região também é rica em cítricos e frutas trazidas pelos espanhóis. As flores de laranjeira, perfumam o ar intensamente. No litoral, o visitante pode gostar da cozinha local assim como também outras herdadas de comunidades que estão nestas terras. Ali, pode-se resgatar, por exemplo, parte da cultura guarani, que hoje conhecemos, como os pães feitos com farinha o com amido de mandioca, como os típicos chipás (classe de bolinhos), comidos o tempo todo e encontrados em todas partes no longo dos caminhos. Com eles encontramos o “holupchi” ucraniano e outras preparações de nomes difíceis de pronunciar corretamente, que têm diferentes procedências. Justamente desse crisol de comunidades dispersadas e tão arraigadas, se celebram, uma vez ao ano, os tradicionais Festivais das Comunidades. O cardápio do litoral não estaria completado sem mencionar as frutas subtropicais, tão exóticas como as paisagens. Elas têm sabores deliciosos, como o abacaxi, o mango, o mamão, os cocos, os palmitos; consumidos frescos, ou nas diferentes preparações. Também esta terra fértil da nozes, como a Pecan. Esta exuberância natural atrai as abelhas produzindo uma variedade de mel. Mas tem dois produtos distintos desta terra: com olhos nus parecem como pequenas folhas, mas delas nascem importantes bebidas: o chá comum e a erva mate. Esta última um dos mais puros sinônimos da Argentina. 54 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A APERIT IVOS/PRIMEIROS PRATOS/HORS D ’OEUVRE · Espigão de chipá e tomates adoçados · Varas de surubí com maionese láctea e alhos dourados · Tabela de Misiones: “reviro”, boga (peixe)- bolo de mandioca, e “chimichurri” (molho de churrasco) SALGADOS/PRATO PRINCIPAL · Surubí com rúcula e vegetais salteados · Boga gratinada, cebola, em caramelo, tomates semi-doces, anelos de queixo crocantes, com saladinha verde, mandioca salteada e emulsão de melissa. · Cordeiro de Federación marinado em ervas com compota de berinjelas, pimentão e cebola, e trigo burgol. · Bondiola de porco Yatay. · Bolo de mandioca e queijo do campo. · Frango Mbaypi. · Coelho adoçado com milho cremoso e queijo cuartirolo. · Holupchi – (folhas de repolho recheias). · Gnocchi de leite com crocante de nozes Pecan e queijo parmesano. · Pacú grelhado com batatas crocantes às finas ervas e molho de limões assados. DOCES/SOBREMESAS · Pasteis recheios com marmelo em xarope. · Pudim de pão e laranjas com granita de erva mate. · Bolo úmido de mel e Yacaratiá · Mousse de quinoto e cardamomo em grelhe de chocolate com cápsula de curaçao de kiwi e pêssego. · Torta de nozes Pecan e mel com gelado de melissa M I S I O N E S C O R R I E N T E S E N T R E R I O S F O R M O S A C H A C O S A N T A F E Região NEA · Litoral 55 PAG. 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 Região NEA · Litoral A P E R I T I V O S · P R I M E I R O S P R AT O S · H O R S D ’ O E U V R E Espigões de chipá e tomates adoçados O chipá se come o tempo todo. Quando sair do forno, invita a ser devorado com seu forte aroma. Para um aperitivo perto duma queda de água ou cataratas estes espigões com tomates são ideais. 56 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A FÉCULA OU AMIDO DE MANDIOCA QUEIJO SARDO QUEIJO TYBO MANTEIGA OVOS SAL LEITE TOMATES CHERRY ALHO TOMILHO FRESCO AÇÚCAR SAL MARINA AZEITE INGREDIENTES ( 8 pessoas ) CHIPÁ 500 g. 150 g. 150 g. 50 g. 3 unidades 1 colherinha a vontade TOMATES ADOÇADOS 3 unidades 1 dente a vontade 10 g. a vontade a vontade PREPARAÇÃO: Chipá Adicionar os ovos na fécula de mandioca. Adicionar manteiga de barrar e sal. Misturar e adicionar um jorro de leite. Unir. Adicionar leite como fosse necessário. Adicionar queijo ralado e tomar a massa até que fique homogênea. Colocar numa placa barrada e ao forno ao fogo alto até dourar. Tomates Cortar los tomates en cuartos y retirarles las semillas. Colocar los gajos de tomate en una placa y sobre estos el tomillo, el ajo en láminas, la sal gruesa y el azúcar. Por encima colocar una pequeña cantidad de aceite de oliva. Llevar a horno alto durante 30 minutos aproximadamente. En caso de querer conservar, sumergir en aceite de oliva. Dados CHIPÁ O chipá é o “pão” da região. Elabora se com farinha de mandioca e queijo, e se come o tempo todo. Sua forma e sabor são como o “pão de queijo” de Brasil. 57 Região NEA · Litoral A P E R I T I V O S · P R I M E I R O S P R AT O S · H O R S D ’ O E U V R E Varas de surubi com maionese láctea e alhos dourados Os lanches da Mesopotamia tem distinção e as varas fritadas de surubí são clássicas. O surubí com maionese precisa uma cerveja bem fria, ideal para as altas temperaturas da região. 58 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 2 pessoas ) VARAS DE SURUBÍ 120 g. 50 g. a vontade a vontade a vontade MAIONESE LÁCTEA 75 cc. 220 cc. a vontade a vontade gotas 1 Colher ALHOS DOURADOS 2 unidades 200 cc. a vontade a vontade SURUBÍ FARINHA SAL PIMENTA ÓLEO DE GIRASSOL LEITE AZEITE SAL PIMENTA SUCO DE LIMÃO MOSTARDA ALHO ÓLEO DE GIRASSOL ROSMANINHO TOMILHO PREPARAÇÃO: Surubí Tomar o surubí em porções para obter 4 pedaços de 30 grames cada um, e adicionar sal e pimenta. Numa frigideira esquentar um pouco de óleo. Farinhar as peças e dourar em óleo. Secar com papel absorvente. Maionese láctea Verter leite num misturador. Começar a misturar e ir adicionando em forma de fios o azeite para incorporar o lentamente. Quando ambos produtos estejam integrados, pôr sal e pimenta a gosto e adicionar suco de limão e mostarda. Comer dentro de dois dias após a preparação. Alhos dourados Descascar alhos e fazer pequenas fatias. Verter óleo numa pequena caçarola e adicionar tomilho e rosmaninho para dar sabor. Colocar as fatias de alho e levar ao forno ao fogo baixo. Mover todo o tempo as fatias para evitar que se queimar, até que estejam douradas e crocantes. Dados SURUBÍ Como ele é um peixe grande, se cozinha mais em peças quadradas. A sua carne é muito gostosa, mas com mais gordura que aquela dos peixes do mar, e o que resta se usa em diferentes receitas especiais. 59 Região NEA · Litoral A P E R I T I V O S · P R I M E I R O S P R AT O S · H O R S D ’ O E U V R E Tabela de Misiones: reviro, boga*1, bolo de mandioca, e chimichurri *2 A tabela de Misiones é muito completa. Tem reviro, como se chama ao alimento típico da região, feito a base de farinha. Acompanha à gente dos morros e o mate. A tabela também fica boa com o bolo de mandioca de boga e um muito gostoso chimichurri. *1 boga: peixe. *2 chimichurri: molho de churrasco. Conselhos* Quando todos os simples ingredientes estivessem prontos, prepare a tabela sobre uma folha de banana. 60 G AS T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A PREPARAÇÃO: Reviro: Peneirar farinha e sal. Logo adicionar a esta preparação óleo, e com uma concha, revolver numa forma envolvente adicionando água obtendo uma massa homogênea. Cozedura: Esquente, preferentemente numa caçarola de ferro, 10 cc. de óleo. Verter nele a preparação e revolver com uma concha de madeira até que a massa esteja cozida e granulada. Mbeyú (comida do Paraguai) Peneirar a farinha de amido com sal, adicionar ovo, queijo cremoso e 50% da gordura de porco na preparação. Logo misturar até alcançar uma massa granulada. Cozedura: Esquentar uma frigideira com o resto da gordura, logo colocar a massa sobre a frigideira, pressionando sobre ela com uma colher, até se formar o aspecto duma tortilla. Cozinhe ao fogo baixo. Bolo de mandioca de boga Fazer um purê de mandioca e adicionar a farinha de milho, mais a farinha de trigo, com a necessária quantidade de leite para integrar ambas duas. Logo deixar repousar meia hora, alongar a massa e cortar em círculos como empanadas. Cortar a boga e escalfar com água e vegetais. Tirar o caldo fora e as espinhas do peixe, e saltear numa frigideira com azeite, cebolas, pimentão, alho e porro. Adicionar o peixe e temperar com sal, pimenta, cominho, e loureiro. Fazer a forma de empanadas e fritar. Chimichurri de Misiones Cortar os tomates, as cebolas, pimentos em cubos, adicionar o milho, óleo e o suco de apepú. Adicione sal e pimenta a vontade, e finalmente, sobre esta preparação polvilhar com cebolinhas e salsa, anteriormente cortados em chiffonade. INGREDIENTES ( 6 pessoas ) REVIRO 50 g. 15 cc. à vontade à vontade MBEYÚ 50 g. 20 g. 20 g. 1 unidade à vontade à vontade BOLO DE MANDIOCA DE BOGA 50 g. 25 g. 25 g. 1 unidade à vontade INGREDIENTES CHIMICHURRI DE MISIONES 30 g. 30 g. 30 g. 30 g. 5 g. SUCO DE MEIO APEPÚ (FRUTA) a vontade a vontade a vontade TOMATES CEBOLAS PIMENTÃO MILHO ALHO ÓLEO SAL PIMENTA Dados BOGA Como aperitivo ou hors d’oeuvre, nós temos fritado sempre as comidas neta região. Uma das mais populares é feita com croquetes de boga e com outros peixes de rio, preparados com restos de peixe de outras comidas. FARINHA DE TRIGO 0000 AZEITE ÁGUA SAL FAINHA DE AMIDO QUEIJO GORDURA DE PORCO OVO SAL ÁGUA RECHEIO DE VEGETAIS E BOGA FARINHA DE TRIGO 0000 FARINHA DE MILHO OVO LEITE 61 Região NEA · Litoral S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Surubí com rúcula e vegetais salteados Duma carne consistente e especial, o surubí é um dos líderes dos peixes de rio nas mesas do NEA. Aprecia se em diferentes preparações, e, por exemplo, com rúcula o seu gosto é genial. 62 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES MOSTARDA 1 Colher a vontade MOSTARDA EM GRÃO ÁGUA INGREDIENTES ( 1 pessoa ) 200 g. 2 unidades 20 g. 40 cc. 2 Colheres 50 cc. ½ unidade a vontade MOLHO DE LIMÃO 2 Colheres 30 g. 3 unidades 1 copo 1 taça 100 cc. 1 unidade PREPARAÇÃO: Cortar o surubí em filetes fazendo dois lombos. Num grelhe bem quente, esquentar num ponto médio. Guardar. Numa frigideira de teflon verta azeite, e cebolas salteadas. Logo adicionar o vinho, as alcaparras e o limão. Pôr sal e pimenta e deixar reduzir. Colocar o surubí, cobrir com molho e adicionar rúcula fresca por cima. Servir com vegetais salteados. Decorar com mostarda em grão. Vegetais salteados Cortar as cebolas em Juliana ou muito finas, e dourar as numa frigideira ou wok com óleo neutro. Adicionar sal e pimenta. Cortar os chiles, as cenouras, os zucchini, e as berinjelas em Juliana. Integrar à cebola salteada e ajustar o tempero. Adicionar os fei jões descascados e o milho, anteriormente descongelado. Tirar o gelo fora com água, continuar a cozedura até se evaporar. Crocante de girassol Colocar as sementes de girassol num assador, espalhar sal e leve ao forno por 2 minutos. Remover e guardar. Mostarda Hidratar os grãos de mostarda em água morna por 1 hora, escorrer e servir. Montagem Colocar o salteado dentro das folhas de repolho, e por cima as sementes de girassol. Servir num prato grande dependendo do volume obtido na preparação, com tomates cherry, cebolinhas e manjericão. Dados SURUBÍ O surubí é um dos maiores peixes de rio. Sua origem é América do Sul, Se come em todo o litoral, de diferentes maneiras e tem diferentes classes: com ciscos (pintado ou manchado) e com faixas (tigre). Além da sua carne, a sua pele se usa como couro. LOMBO DE SURUBÍ PACOTES DE RÚCULA ALCAPARRAS SUCO DE LIMÃO AZEITE VINHO BRANCO SECO CEBOLA (picada fina) SAL E PIMENTA PRETA AZEITE MANTEIGA CHALOTAS PICADAS VINHO BRANCO CALDO DE VEGETAIS CREME DE LEITE LIMÃO 63 Região NEA · Litoral S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Boga gratinada cebola em caramelo, tomates semi-doces, anéis de queixo crocantes, com saladinha verde, mandioca salteada e emulsão de melissa. O litoral é mais que um rio. Das suas águas obtemos a boga, cuja carne é branca e gostosa, e se come aqui gratinada, com cebola em caramelo. A mandioca salteada é um das mais típicas guarnições. 64 G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A INGREDIENTES ( 2 pessoas ) 500 g. CEBOLA EM CARAMELO 1 unidade a vontade TOMATES SEMI-DOCES 2 unidades 10 g. a vontade SALTEADO DE MANDIOCA 100 g. 150 g. 50 g. a vontade EMULSÃO DE MELISSA (ERVA) LIMÃO ÓLEO DE MILHO SAL SEMENTES DE AGUARIVAY MELISSA PREPARAÇÃO: Picar as cebolas finas para que resistam melhor a longa cozedura que deverão ter. Saltear em óleo ao fogo alto primeiro e ao fogo baixo logo, até obter uma cor dourada e um sabor caramelizado. Tomates semi-doces Descascar e tirar fora as sementes, passando as antes, uns poucos segundos baixo água quente. Saltear logo em azeite, alho, manjericão e orégano. Emulsão de melissa Temperar o suco de limão, adicionar as sementes prensadas, a melissa cortada em Juliana, e fazer a emulsão com óleo vertido em fios. Salteado de mandioca Descascar a mandioca, e fazer varas. Numa frigideira derreter manteiga, adicionar mandioca e cobrir com água. Cozinhe até alcançar uma boa cor dourada embaixo, sem mover a mandioca até o fim da cozedura. Este método se faz em dois passos: ferver primeiramente até que se evapore a água completamente, e finalmente dourar em manteiga dando uma excelente cor dourada na parte que está sobre a frigideira. Anel de queijo Para os anéis, ralar queijo sobre um papel manteiga em retângulo e levar ao forno. Quando dourar, tirar fora e fazer uma forma de anel. Montagem Selar a carne, num grelhe ou frigideira. Adicionar a cebola caramelizada, e os tomates semi-doces sobre o lado da carne, cobrir com queijo, sementes de aguarivay (árvore) e ralar. Colocar as varas de mandioca e a saladinha dentro do anel de queijo e decorar com a emulsão. BOGA CEBOLA (mediana) SAL E ÓLEO TOMATES CHERRY AÇÚCAR SAL E ÓLEO MANDIOCA ÁGUA MANTEIGA SAL E PIMENTA Dados BOGA A boga é um dos peixes de rio mais preparados. É uma variedade com muitas escamas e espinhas. Quanto mais pequeno é o peixe, mais pequenas espinhas tem. A pesca e a venda das pequenas bogas estão proibidas para salvar a espécie e a sua reprodução. 65 S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Cordeiro de Federación marinado em ervas com compota de berinjelas, pimentão e cebola, e trigo burgol. Quando visitar as águas termais de Federación, você deve gostar do seu famoso cordeiro, que tem o seu próprio festival provincial. INGREDIENTES ( 4 pessoas ) 1 kg. 1 unidade 1 pacote 1 unidade 10 g. 2 dentes 1 pacote 1 pacote 1 pacote 2 folhas 750 cc. a vontade COMPOTA 100 g 50 g. 100 g. 80 g. 25 cc. 25 cc. a vontade a vontade a vontade MOLHO 10 g. 2 Colher 1 dente a vontade a vontade VINHO E VEGETAIS MARINADOS TRIGO BURGOL50 g. 100 cc. PREPARAÇÃO: Marinada: Cortar a carne em cubos. Picar aipo, cenouras e cebolas como desejar, mas parelhos. Esmagar ligeiramente a pimenta para ajudar a espalhar o aroma. Numa tigela, misture a carne, vegetais, a pimenta, as ervas, e finalmente o vinho. Cobrir e deixar no refrigerador de 12 a 24 horas. Logo, peneirar a mistura para recobrar o líquido e guarde para usar mais tarde como molho. Separar a carne dos vegetais e guardar estes para o molho. Cordeiro Numa frigideira, colocar óleo e esquentar. Quando estiver quente, selar os cubos de carne e cozinhar os. Quando estivessem cozidos, tirar fora da frigideira e manter frio. Compota Limpar e cortar os vegetais em cubos de aproximadamente 1 cm. de lado. Colocar todos os ingredientes numa caçarola e levar ao fogo baixo durante 30 minutos revolvendo de vez em quando. Tirar fora do fogo, retificar o sabor e manter frio. Trigo burgol Verter caldo numa caçarola, esquentar e adicionar o trigo burgol. Cozinhar até que esteja totalmente hidratado. Salsa Picar alho e salsa. Numa caçarola, dourar os vegetais marinados com alho. Adicionar farinha e misturar. Verta vinho e evaporar o álcool. Quando estiver evaporado e consistente como desejado, peneirar a preparação para usar somente o líquido. Verter o líquido de novo numa caçarola, e esquentar os cubos de cordeiro, finalmente adicionar salsa. CORDEIRO CEBOLA (MEDIANA) AIPO CENOURA PIMENTA PRETA (EM GRÃO) ALHO SALSA TOMILHO ROSMANINHO LOUREIRO VINHO TINTO ÓLEO DE GIRASSOL BERINJELAS CHILE VERMELHO CEBOLAS AÇÚCAR MASCAVO ÁGUA VINAGRE DE VINHO SAL CHILE GINDILLA (sem sementes) AZEITE FARINHA SALSA ALHO ÓLEO SAL TRIGO BURGOL CALDO DE VEGETAIS Região NEA · Litoral66 Dados CORDEIRO Os cordeiros da Mesopotamia ganharam pouco a pouco, um lugar importante nas mesas. A sua carne se aprecia porque é um animal criado nos pastos, o que adiciona aos seus músculos o sabor das ervas locais. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 67 S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Bondiola de porco Yatay Região NEA · Litoral68 INGREDIENTES ( 2 pessoas ) 300 g. 15 g. 50 g. 1 unidade 120 cc. 200 cc. 50 g. 20 cc. BONDIOLA DE PORCO MANTEIGA ARROZ CEBOLA (picada em brunoise) CALDO DE VEGETAIS CREME MOSTARDA LICOR DE YATAY PREPARAÇÃO: Selar a bondiola numa caçarola. Quando esteja pronto, adicionar vegetais para dar sabor, o vinho tinto e o caldo até que esteja completamente coberto. Colocar a tampa e cozinhar durante cinco horas. Tirar fora e formar como um cilindro com ajuda de um papel filme. Deixar esfriar e logo fazer porções. Arroz pilaf: Tirar fora o líquido das cebolas em manteiga. Adicione arroz pilaf, antes salteado em gordura, e logo o caldo de fervura. Tampar e cozinhar até o líquido se evaporar. Molho: Esquentar creme junto com a mostarda. Reduzir. Adicionar o licor de Yatay. Apresentação : Esquentar a bondiola no forno. Adicionar o molho de yatay e o arroz pilaf. Dados CARNE DE PORCO A bondiola de porco é macia, com um tom rosado e uma gordura branca entre os músculos, e oleosa, que quando cozida, lhe da a cada prato um gosto especial. O litoral é famoso pelas suas palmeiras, e o Yatay é uma das espécies mais conhecidas, e da o seu nome a esta comida típica da região, que anda bem com a bondiola (ombro de porco), um dos cortes mais gostosos da carne porcina. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 69 S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Bolo de mandioca e queijo do campo Não existe nem casa nem restaurante em Misiones que não tenha bolo de mandioca. Se diz que tem tantas receitas como gente. Neste caso, leva queijo do campo, com um sabor muito especial. Região NEA · Litoral70 INGREDIENTES ( 4 pessoas ) 1 kg. 200 cc. 100 g. 600 g. 1 unidade 2 unidades 2 unidades 1 dente 100 g. a vontade a vontade a vontade MANDIOCA DESCASCADA LEITE MANTEIGA CARNE PICADA MAGRA CEBOLA CEBOLINHAS TOMATES MADUROS ALHO GORDURA DE VACA SAL PIMENTA PÁPRICA PREPARAÇÃO: Fazer o recheio da carne picando cebolas e alho finos. Saltear os numa frigideira muito quente com gordura e pôr um pouco de sal e pimenta. Adicionar a carne e cozinhar por dez minutos revolvendo de vez em quando. Adicionar os tomates descascados, sem sementes e cozinhar por três minutos mais. Retifique o tempero, polvilhar a salsa picada e deixar esfriar a temperatura ambiente. Em muita água com sal, ferver a mandioca até que fique macia, escorrer e tirar fora as suas febras centrais. Prensar as quentes até que estejam como um consistente purê, adicionar manteiga e leite mais sal e pimenta. Preparar as porções individualmente num molde quadrado. Colocar no fundo uma parte do purê de mandioca, logo a carne e finalmente o purê. Pincelar com manteiga derretida, aplicar o queijo ralado, ou melhor, a farinha de milho. Cozinhar no forno a temperatura média, até se dourar, tirar fora e servir. Dados MANDIOCA A mandioca ou “yuca”, “casava” ou “casabe”, como se conhece nas diferentes partes do mundo, da muito nesta região. O que se come desta planta é a raiz, que é como um cilindro de concha dura, e se usa no seu estado natural, e também em farinhas e amidos. Não têm glúten, e são adequadas para celíacos. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 71 S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Frango Mbaipy Esta comida pré-hispânica tem uma origem guarani, e é como um precedente da polenta (comida a base de milho). Se prepara com farinha de milho amarelo, e, neste caso, o frango compete e aumenta o sabor. Região NEA · Litoral72 INGREDIENTES ( 4 pessoas ) 500 g. 1 unidade 1 unidade 1 dente 1 unidade 100 g. 150 g. 30 g. a vontade a vontade a vontade a vontade a vontade a vontade FARINHA DE MILHO CEBOLA CEBOLINHA ALHO CHILE VERMELHO QUEIJO RALADO CARNE DE FRANGO GORDURA CALDO DE FRANGO SALSA PICADA SAL PIMENTA COMINHO ORÉGANO FRESCO PREPARAÇÃO: Hidratar a farinha com parte do caldo. Guardar. Numa caçarola achatada esquentar bem a gordura e saltear os vegetais finamente picados, pôr sal e pimenta. Depois de 4 minutos de cozedura, adicione o frango e corte em cubos de 1,5 cm. cada lado. Adicionar o orégano e o resto dos temperos. Revolver. Após três minutos aproximadamente, adicionar vinho com o resto do caldo, ferver e logo adicionar a farinha de milho. Reduzir o fogo e revolver até que a farinha esteja cozinhada. Finalmente adicione o queijo ralado e a salsa picada. Misturar e servir. Dados FRANGO O frango dos pastos do litoral tem uma carne sólida dum sabor especial. É criado com grãos e pasto, com acesso aos campos, as águas e a sombra, sem ficar lotados. Tudo isto os da características especiais como ternura, firmeza e sabor. G A S T R O N O M I A R E G I O N A L A R G E N T I N A 73 S A L G A D O S · P R A T O P R I N C I P A L Coelho adoçado com milho cremoso e queijo cuartirolo Nesta região você pode encontrar muitos animais como o coelho, que tem uma carne mais gostosa quando se adoça. Numa das mais requeridas receitas, se acompanha com milho cremoso e queijo cuartirolo. Região NEA · Litoral74 INGREDIENTES ( 6 pessoas ) 1 unidade 1 lt. 3 dente 2 pacotes 2 pacotes 15 g. MILHO CREMOSO E QUEIJO 3 unidades 1 unidade 30 g. a vontade 180 cc. 1 unidade 10 g. a vontade COELHO ÓLEO DE GIRASSOL ALHO ROSMANINHO TOMILHO PIMENTA EM GRÃOS MILHO EM GRÃOS LIMÃO (grande) MANTEIGA AZEITE CREME CEBOLA PIMENTA DE CAIENA SAL PREPARAÇÃO Preserva Desossar o coelho. Coloque a carne como um retângulo sobre papel filme, com um martelo para carne emparelhar o coelho, temperar e, com ajuda do papel filme dar forma de cilindro, atar bem para que não se desfaça. Numa caçarola mediana, coloque o enrolado de coelho com o resto dos ingredientes e levar
Compartilhar