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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS - CBT CURSO DE CAPACITAÇÃO DE BEACH TENNIS NÍVEL VERDE 1 SUMÁRIO Fase I: O Básico 1. Objetivo .............................................................................................. 04 2. Histórico do beach tennis ................................................................... 04 3. Regras e materiais básicos do beach tennis ....................................... 04 4. Identificação do nível técnico do aluno .............................................. 08 5. Situações de jogo ............................................................................... 08 6. Posicionamento .................................................................................. 08 7. Empunhaduras .................................................................................... 09 8. Técnicas básicas .................................................................................. 10 9. Beach tennis para crianças ................................................................. 16 10. Oportunidade de negócio ................................................................... 16 11. Principais torneios .............................................................................. 17 Fase II: Desenvolvimento 1. Introdução ......................................................................................... 19 2. Colocando em prática ........................................................................ 33 2 EVITE IMPRIMIR ESTA APOSTILA, SE POSSIVEL BAIXE-A EM SEU CELULAR Antes de imprimir, é muito importante considerar a origem do papel e os impactos ambientais decorrentes de sua produção e posterior descarte. Economizar papel é uma das práticas sustentáveis que todos podemos aderir em nossas atividades pessoais e profissionais. O USO DO PAPEL E SEU IMPACTO NO MEIO AMBIENTE Diversos recursos são necessários para a produção do papel, começando pela madeira. Estima-se que para produzir uma tonelada de papel são necessárias de 2 a 3 toneladas de madeira, e ao analisarmos os números do desmatamento no Brasil e no mundo, notamos que o replantio não acompanha o ritmo de extração, algo que causa impactos nocivos ao meio ambiente. Água, energia elétrica e produtos químicos também são necessários para a produção do papel, sem contar a emissão de gases poluentes dos caminhões que transportam o produto até os pontos de distribuição nas grandes cidades. Todo esse processo já gera impactos negativos ao meio ambiente, porém, ainda existe a preocupação com o descarte do papel, que nem sempre é separado do lixo comum. As empresas começam a entender que economizar papel está muito além da redução de custos com a compra de suprimentos para escritório, principalmente com as vantagens de uso dos equipamentos que convertem documentos impressos para o formato digital. TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO O papel leva de 3 a 6 meses para se decompor, e por mais que muitos não acreditem, ele agride o meio ambiente quando descartado de maneira incorreta no solo e nos rios. Ocorre que durante o processo de fabricação, o papel recebe alguns compostos químicos, além das alterações em suas propriedades causadas pelas tintas das impressoras (preto e branco ou coloridas). São esses os “agentes” que causam maiores prejuízos à natureza, porém, é importante lembrarmos que, quanto maior for o consumo de papel pelas ações humanas, mais árvores serão sacrificadas e mais recursos naturais serão necessários para que o produto chegue às lojas. É importante pensar em toda a logística da produção até o consumidor final para entendermos que economizar papel é uma responsabilidade que todos devemos assumir e promover, visando principalmente a preservação das florestas, a diminuição da poluição e o equilíbrio do ecossistema. Fonte: WWF Brasil (www.wwf.org.br) 3 FASE I O BÁSICO 4 1. Objetivo Introduzir conceitos básicos de ensino de beach tennis para professores, a fim de desenvolver a capacitação e o ensino deste esporte em território nacional. 2. Histórico do Beach Tennis O Beach Tennis é um esporte que surgiu na Itália, na província Marina de Ravenna, na década de 80. Inicialmente o BT ficou restrito a alguns países europeus. Hoje já existem mais de um milhão de praticantes ao redor do mundo, distribuídos em mais de 70 países. O órgão internacional responsável pela modalidade é a ITF (International Tennis Federation). 3. Regras e Materiais Básicos do Beach Tennis 3.1. Área de Jogo A dimensão da quadra de Beach Tennis na modalidade de simples é 16 x 4,5m e de duplas 16 x 8m, dividido ao meio por uma rede com 1,70m de altura quando jogado em areia. 5 3.2. Bola A bola é do mesmo tamanho de uma bola de tênis convencional, porém ela tem metade da sua pressão. Por este motivo ela é ligeiramente mais leve, mais lenta e menor. 3.3. Raquete A raquete de beach tennis tem entre 47 cm e 50 cm de comprimento de acordo com a regra. A composição básica destas raquetes pode variar. Fibra de vidro, grafite, carbono e kevlar são os materiais mais utilizados na produção de raquetes. O peso varia entre 320 gramas até 400 gramas. As raquetes mais leves e mais curtas são mais aconselhadas para os jogadores iniciantes e intermediários por serem mais fáceis de manusear e oferecem mais controle para jogadores neste estágio. As mais pesadas e mais longas são mais indicadas à jogadores profissionais que já tem a necessidade de maior potência e também dominam técnicas mais apuradas na execução de seus golpes. Ou seja, quanto maior a alavanca, mais potência será gerada e, quanto menor a alavanca mais fáci l será o manuseio. A quantidade de furos é uma característica importante também. As raquetes com mais furos têm menor resistência do ar, fazendo com que o jogador tenha mais faci lidade em movimentar a raquete de um lado para o outro. Raquetes com muitos furos ajudam muito nas situações de vento forte. Porém, quando os furos são em excesso a raquete pode perder potência. Raquetes com menos furos tendem a proporcionar maior percepção e controle do toque. Atualmente é muito comum observarmos raquetes “mistas”. 6 Onde a área de contato permanece preservada (sem furos), e há um maior número de furos concentrados às margens da mesma. Há que se observar o material, densidade e espessura da “goma” (composto sintético), que em combinação com as demais variáveis expostas acima, determinarão as características do toque proporcionado pela raquete. 3.4. Rede e Poste A rede é muito parecida com a de tênis. O tamanho dos buracos na rede é o mesmo da de tênis. Porém ela é montada a 1,70m do chão, para os jogos femininos, e a 1,80m do chão para os jogos masculinos. Normalmente tem entre 9 a 10 metros de comprimento por 1 metro de largura. CARACTERÍSTICAS MANUSEIO MAIS FUROS MAIOR MAIS LEVES MAIOR MAIS CURTAS MAIOR MENOS FUROS MENOR MAIS PESADAS MENOR MAIS LONGAS MENOR 7 O poste para prender a rede precisa ter pelo menos 1,80m de altura de maneira que a rede possa ser armada na altura mínima permitida pela regra. Os postes de vôlei podem ser utilizados também. 3.5. Jogo O objetivo do jogo é devolver a bola recebida, por cima da rede, para o campo do adversário, sem que está toque na areia. Isto faz com que o jogo seja bastante rápido, podendo o tempo de reação dos atletas se tornar extremamente pequeno. A meta principal é forçar o erro do oponente ou fazer com que a bola toque a areia do lado dele. 3.6. Pontuação A pontuação é a mesma utilizada no tênis 15/30/40/GAME. No circuito profissional os jogos são melhor de três sets com tie-break em todos os sets. Em torneios amadores muitas vezes o organizador usa o formato de round-robin na fase classif icatória seguida de eliminatóriasimples na fase “mata-mata". No beach tennis os games não tem vantagem (no-ad scoring). 8 3.7. Saque A grande diferença em relação ao tênis é que o jogador só tem um saque por ponto e não tem let no saque, ou seja, se a bola toca na rede e passa, o ponto continua. Nas duplas mistas, o homem sacar por baixo (abaixo da linha dos ombros). 4. Identificação do nível técnico do aluno O professor deve identificar o tipo de aluno. Saber se pessoa já tem ou teve algum contato com esporte de bola e raquete. Normalmente identifica-se através de perguntas básicas, exercícios e posteriormente com lançamentos. A identificação do nível do aluno é muito importante para que a aula possa atender suas necessidades e capacidades. Treinos muito avançados para alunos iniciantes podem frustrar o aluno e desmotivar a praticar o esporte e vice-versa. O professor precisa estar atento a isso. 5. Situações do jogo ‣ Um jogador da dupla A saca ‣ Um outro jogador da dupla B devolve ‣ Rali (controle, ataque, defesa e efeitos) Durante as aulas, tentar organizar exercícios para que os jogadores pratiquem regularmente todas as situações de jogo. 6. Posicionamento No Beach Tennis a posição do sacador não é pré-fixada como no tênis. O sacador pode se posicionar em qualquer lugar ao longo da linha de fundo e pode sacar para qualquer direção da quadra do adversário, de acordo com sua própria preferência e estratégia escolhida pela dupla. Tanto os devolvedores quanto o parceiro do 9 sacador deverão posicionar-se atrás da linha de 3 metros em seus respectivos campos. Porém, o posicionamento do devolvedor tenta se ajustar de acordo com o posicionamento do sacador. Por exemplo, se o sacador de posiciona do lado direto de sua quadra, o time devolvedor tende a se deslocar ligeiramente na mesma direção, a fim de cobrir melhor a quadra e fechar os ângulos. 7. Empunhaduras As empunhaduras utilizadas no Beach Tennis possuem a mesma nomenclatura do tênis: continental, between ou semi eastern de forehand e backhand. Deve se evitar a empunhadura western e semi western para a prática do beach tennis. A empunhadura continental é utilizada de forma mais abrangente pelos tenistas que vêm para o Beach tennis. Nestes casos é uma associação feita por esses jogadores ao jogo de rede desenvolvido por eles no tênis. Porém, com o desenvolvimento dos golpes no beach tennis tem-se a tendência a se desenvolver o semi eastern para se bater os voleios de forehand. A empunhadura tem essa tendência de passar para o semi eastern por dois motivos básicos: o primeiro é que o ponto de contato dos golpes no beach tennis é ligeiramente mais a frente (mais cedo) que no tênis, tornando a empunhadura continental muito desconfortável e a segunda é que o jogador rebate 75% das bolas ao redor da cabeça com o forehand, como mostra a figura 4. Bolas entre as letras A e B são rebatidas com o forehand. Figura 04 10 8. Técnicas Básicas No Beach Tennis os movimentos básicos são mais curtos que os do tênis de quadra. Não existe preparação de golpe para bater a maioria dos golpes. O jogo de beach tennis consiste de golpes no ar, voleios e smashs em geral, mas mesmo esses golpes são um pouco mais curtos que no tênis e com menos rotação de tronco, visando mais dinamismo durante o jogo. O ensino das formas básicas dos golpes vai de acordo com o nível do jogador. As técnicas básicas se dividem em: 8.1. Posição Inicial No beach tennis a posição inicial é ligeiramente mais alta do que é feita no tênis. Isso acontece principalmente pela rede ser mais alta que no tênis e por isso a necessidade de se manter a raquete mais alta. O ideal é que o topo da raquete fique na altura do nariz, de maneira que o jogador tenha visão completa do que está a frente dele. No caso da devolução de saque, quando o adversário faz o lançamento da bola a raquete pode ficar ligeiramente mais alta, pois a bola vem de um ponto mais alto que o normal do jogo. 8.2. Voleio de Direita Estático Neste golpe, o jogador deve girar seu corpo e sua raquete de forma conjunta e coordenada para o lado direito no sentido de constituir um “escudo” para conter a bola com impacto à frente do corpo. Este tipo de voleio é utilizado em situações onde tempo de reação é extremamente curto (p. ex: devolução de saque potente). 11 8.3. Voleio de Esquerda Estático O jogador deve girar seu corpo e sua raquete de forma conjunta e coordenada para o lado esquerdo no sentido de constituir um “escudo” para conter a bola com impacto à frente do corpo. No backhand deve-se prestar atenção a empunhadura que o aluno está jogando. Por exemplo, em casos quando o aluno bate o forehand com eastern de forehand e quando vira para o backhand, sem ajustar a empunhadura, a mão esquerda deve ser utilizada como auxíl io para bater o backhand. 8.4. Voleio de Direita Dinâmico Neste tipo de voleio o jogador deve se projetar em direção à trajetória da bola, com a raquete alta acima da linha dos ombros, firme e transferindo o peso a perna oposta ao movimento de forehand (perna esquerda para destros e perna direita para canhotos). Pode-se fazer uso de um cano de pegar bola. O aluno se posiciona atrás deste cano e para bater na bola precisa se deslocar para o lado direito e depois para frente. O uso deste cano ajuda a desenvolver a posição inicial mais alta, pois ao retornar para o cano o aluno precisa ter a raquete acima do cano como se a raquete fosse encaixar no cano. Isso é de muito ajuda para educar o aluno a manter a raquete alta após o contato coma bola. Obs: o tamanho do cano utilizado neste exercício varia de acordo com a altura do aluno. 8.5. Voleio de Esquerda Dinâmico Equivalente ao voleio dinâmico de direita, no voleio de esquerda (backhand) o jogador deve se projetar em direção à trajetória da bola, com a raquete alta acima da linha dos ombros, firme e transferindo o peso a perna oposta ao movimento de backhand (perna esquerda para destros e perna direita para canhotos). Lembrando que a mão não dominante deverá auxil iar na 12 condução da raquete até próximo ao momento do contato com a bola. Pode-se fazer uso de um cano de pegar bola. O aluno se posiciona atrás deste cano e para bater na bola ele precisa se deslocar para o lado esquerdo e depois para frente. O uso deste cano ajuda a desenvolver a posição inicial mais alta, pois ao retornar para o cano o aluno precisa ter a raquete acima do cano como se a raquete fosse encaixar no cano. Isso é de muito ajuda para educar o aluno a manter a raquete alta após o contato coma bola. Obs: o tamanho do cano utilizado neste exercício varia de acordo com a altura do aluno. 8.6. Smash O movimento é muito parecido com o smash do tênis. O jogador recebe a bola acima da cabeça e bate a bola por cima da cabeça para o outro lado da quadra. O jogador recebe uma bola alta, levantando a raquete para rebater esta bola, ao bater a bola o jogador faz o movimento de uma cortada e bate a bola enquanto ela está 13 acima da cabeça. Ao posicionar a raquete acima da cabeça o jogador faz uma laçada com a raquete para bater a bola. Este golpe pode ser feito de forma estática ou dinâmica (avançando ou recuando) a fim de se posicionar abaixo da bola. Isto dependendo do nível do aluno e da meta do exercício 8.7. Gancho No beach tennis existe um golpe que não é utilizado no tênis. Porém, para o beach tennis é de extrema importância para o crescimento de qualquer jogador. Todos os jogadores precisam utilizar este golpe durante os jogos. Existem dois tipos de ganchos: o defensivo e o ofensivo. Neste módulo, trabalharemos somente o defensivo, um golpe mais básico mecanicamente falando. Este golpe será mais explorado na parte prática. 8.8. Saque O movimento de saque é parecido com o de tênis. Pode também ser realizado comosaque por baixo para iniciantes e pessoas que tenham limitações no ombro. O movimento pode ser 14 feito de forma completa com o uso do pêndulo ou de forma mais abreviada com a raquete já começando acima da cabeça. No caso do pêndulo, o jogador faz melhor uso das alavancas, com um movimento mais fluído, exigindo menos dos ombros e das articulações, além de conseguir gerar mais potência no golpe. Já no movimento de forma abreviada com a raquete começando acima da cabeça, o jogador perde as vantagens descritas acima. Porém, esta forma de sacar também tem suas vantagens. O sacador esconde um pouco a direção e o tipo do saque, conseguindo gerar mais efeito, fazendo com que a bola desça mais rápido. Outra razão que se usa o abreviado é devido ao vento. Nas praias o vento é um fator que influi muito para o sacador e o movimento abreviado ajuda no controle do saque com vento. Este movimento ajuda também a esconder qual tipo de saque vai ser executado, pois em alguns casos o saque lob se torna uma boa opção. O movimento de forma abreviada é muito utilizado no circuito profissional. Alguns dos melhores jogadores do mundo preferem pegar a bola na subida. 15 8.9. Bolas Curtas No beach tennis a bola curta tem uma concepção ligeiramente diferente da utilizada no tênis. Apesar de em ambos os casos a principal ideia é fazer com que o jogador se desloque para frente, no beach tennis a bola não quica e por isso não se tem tamanha necessidade da criação de efeitos. Existem formas diferentes para a execução deste golpe, essas formas vão ser mais exploradas na parte prática. Um conceito importante é que a bola curta no beach tennis caia o mais perto da rede possível, portanto para que isso aconteça, a bola precisa “escalar” a rede, passando em alguns casos mais alto pela rede, mas deve cair de forma íngreme após passar pela mesma. 8.10. Lob O lob consiste em golpear a bola por baixo, produzindo uma trajetória parabólica com objetivo de alcançar o fundo da quadra encobrindo os adversários. Em caráter defensivo, o lob visa retirar a dupla adversária da condição ofensiva gerada pelo posicionamento destes quando próximos à rede. Em caráter ofensivo, pode suceder uma bola curta com objetivo de desorganizar as bases adversárias. 16 9. Beach Tennis para Crianças O Beach Tennis deve ser adaptado para crianças de idades diferentes: ‣ 6 a 10 anos: Nesta faixa o tamanho da quadra deve ser reduzido assim como altura da rede. Inclusive as raquetes, seguindo o que acontece no tênis, as raquetes são menores e já estão disponíveis no mercado internacional. As bolas de cores diferentes ajudam no desenvolvimento também. A bola laranja é a oficial do beach tennis, porém o uso das bolas vermelhas e de espuma ajudam no desempenho. No caso da bola vermelha, deve-se ter cuidado com o tempo que é utilizada por aula. Não pode se utilizar por muito tempo seguido devido ao peso desta bola que é maior e pode incomodar com o tempo. Com estas alterações fica mais fáci l e bem mais divertido para as crianças. A quadra deverá ter a dimensão de 6x6 e a rede com 1,50m. ‣ 11 a 14 anos: A quadra ainda é reduzida. Nesta faixa etária o uso de raquetes de tamanho normal deve ser encorajado. A quadra deverá ter a dimensão de 7x7 e a rede com 1,60m. 10. Oportunidade de negócio No começo do esporte no Brasil houve muita desconfiança sobre o potencial de crescimento e consolidação. Porém, depois de cinco anos e uma trajetória de crescimento exponencial, o beach tennis se mostra como um negócio promissor e vem atraindo cada vez mais investidores. Muitas academias já construíram quadras e estão desenvolvendo aulas e eventos, agregando valor ao negócio e tentando atrair novos clientes para dentro das academias de esportes de areia ou mesmo academias de tênis. 17 Outra forma de investimento são os eventos que variam de formato e tamanhos. Clínicas, torneios, simpósios entre outros vêm se multiplicando no Brasil e no mundo. Além disso, a venda de material para o esporte também é muito promissora. Um bom exemplo de novas oportunidades são as aulas que normalmente são em grupo de quatro a seis pessoas, devido à dinâmica de ensino em grupo além de ser a mais favorável ao desenvolvimento da modalidade, cria-se assim uma verdadeira rede de relacionamentos e fidelização dos clientes dado à atmosfera divertida e integradora deste esporte. 11. Principais Torneios ‣ Copa do Mundo de Equipes ‣ Copa do Mundo de Duplas ‣ Jogos Olímpicos de Verão ‣ Campeonato Pan-Americano ‣ Campeonato Sul-Americano ‣ Campeonato Europeu ‣ Circuito ITF 18 FASE II DESENVOLVIMENTO 19 1. Introdução Nesta fase, serão explicados e desenvolvidos exercícios com as três situações do jogo. Na primeira delas vamos considerar o saque. Nesta situação explicaremos e desenvolveremos dril ls para cada direção e de cada lado da quadra. Assim como, também consideraremos e desenvolveremos treinos da perspectiva do devolvedor: onde devemos devolver, como devolver, e o porquê de cada devolução. A última situação que vamos trabalhar nesta fase será o rali que consiste no momento do ponto após o saque e a devolução. 1.1. Saque 1.1.1. Dois destros jogando juntos Dois destros quando jogam juntos devem priorizar o sacador do lado direito da quadra. Isso se deve por vários motivos, o principal deles é que quando o sacador se posiciona do lado direito da quadra a devolução tende a vir do mesmo lado, o lado direito da quadra é aquele que a dupla sacadora tem o forehand em dominância. Para induzir a devolução ser rebatida no lado direito da quadra, o sacador deve manter o saque na direção 1, 2 e 3, evitando o saque 4 e 5. Para os jogadores que usam a contagem de 1 a 3 o saque deve ser mantido na direção 1 e 2. Isso cria vantagem tática, pois ambos jogadores tem seus forehands para bater a primeira bola do rali, sendo mais fáci l jogar com o forehand esta primeira bola. Outra vantagem deste desenho tático é que a dupla sacadora consome menos tempo para se reposicionar após o saque, obrigando o sacador a correr a menor distância entre a posição de saque e o local onde vai rebater a primeira bola do rali (ou 3a. Bola do game). Com o sacador do lado direito também temos a tendência de ter o parceiro ajudando na primeira bola com seu forehand e automaticamente entrar no ponto com mais faci lidade e agressividade. 20 Outra razão é que se põe mais pressão no devolvedor, pois esta precisa acertar um espaço menor de quadra para evitar a direita do parceiro do sacador na primeira bola. Este desenho tático precisa levar em consideração também o posicionamento do parceiro do sacador que deve ficar no centro da quadra de uma forma geral, mas ligeiramente antes do saque ele deve se reposicionar levemente a direita do centro para tentar ajudar o sacador. Normalmente devemos aconselhar o parceiro do sacador a olhar para o sacador até um pouco antes deste bater a bola, para que ele possa se reposicionar em tempo, para que o desenho tático seja possível. Para a situação de jogo saque faremos vários dril ls para desenvolver o posicionamento do sacador, assim como o controle da direção do saque; posicionamento do parceiro do sacador para cada uma das direções do saque; sempre encorajar os alunos a terem um ajuste fino na direção do saque e trabalhar também que o parceiro do sacador olhe para o sacador até um pouco antes dele bater a bola. Quando sacar na direção 4 e 5? Durante o jogo, apesar da vantagem tática que descrevemos acima, é importante variar para que o adversário não possa prever o que vamos fazer, para isso é importante que também saquemos na direção 4 e 5 mais aberta. Sabemos que saques nestas direções são mais difíceis taticamente e uma das principais razões paraisso é a necessidade de mais tempo para que o sacador e seu parceiro fechem a quadra pós saque. Outra dificuldade é que abrimos partes da quadra desprotegidas quando se saca aberto. Para que possamos sacar aberto é importante que o saque nos crie tempo para que possamos resolver as dificuldades acima. Um saque mais baixo é uma boa opção, com mais efeito, em alguns casos até mais lento. Alguns sacadores gostam do saque aberto, tem mais faci lidade e nestes casos devemos usar esta “arma”, outro 21 saque que pode ajudar é o saque lob. O mais importante é que a dupla quando optar pelo saque aberto saiba dos riscos que está correndo, mas também saiba como se posicionar para conter estes riscos e combine bem a jogada. Seguem abaixo os Drills para treinamento da direção do saque e reposicionamento do parceiro do sacador de acordo com a direção do saque. Precisamos considerar aqui a combinação da jogada com saques nas direções de 1 a 5. ‣ Drill 1 Saque no 1 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 1 e seu parceiro, se deslocar do centro da quadra para a direita e ligeiramente para frente. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 faci lita a execução desde exercício. Nestes casos, o parceiro do jogador deve se deslocar ligeiramente para a direita, com leve deslocamento para frente. ‣ Drill 2 Saque no 2 e reposicionamento do parceiro. Neste dril l o sacador deve acertar a direção 2 e seu parceiro se deslocar do centro da quadra para a direita e ligeiramente para frente. Nesta direção o parceiro do sacador ainda se desloca para a direta do meio e um pouco para frente, a fim de tentar ajudar o sacador na primeira bola e também pressionar o devolvedor. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 faci lita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque na paralela não distingue se vai ser na direita ou na esquerda do devolvedor e sim só acusa que será na paralela do sacador. 22 ‣ Drill 3 Saque no 3 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 3 e seu parceiro deve se manter no centro da quadra onde começou o ponto antes do saque, mas ainda com leve deslocamento para frente após o saque. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 faci lita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque 2 será o saque no meio da quadra. ‣ Drill 4 Saque no 4 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 4 e seu parceiro deve se deslocar ligeiramente para esquerda. Nesta direção de saque, o parceiro do sacador vai para a esquerda, e ligeiramente para frente se o saque for agressivo, no caso de saques mais lentos o parceiro do sacador executa o leve deslocamento para a esquerda sem ir para frente. Quando o saque não é muito agressivo, seu parceiro visa conter uma possível devolução na paralela. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 faci lita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque deverá ir na direção 3 e não distinguirá se irá na esquerda do jogador na cruzada do sacador apenas combinará que o saque será na cruzada. ‣ Drill 5 Saque no 5 e reposicionamento do parceiro. Neste dril l o sacador deve acertar a direção 5 e seu parceiro deve se deslocar para esquerda. Nesta direção de saque, o parceiro do sacador vai para a esquerda e ligeiramente para frente se o saque for agressivo, no caso de saques mais lentos o parceiro do sacador executa o leve deslocamento para a esquerda sem ir para frente. Esta posição do parceiro do sacador é menos agressiva e visa conter uma possível devolução na paralela. Sempre ressaltando a importância de 23 combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 faci lita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque deverá ir na direção 3 e não distinguirá se irá na esquerda do jogador na cruzada do sacador apenas combinará que o saque será na cruzada. Os próximos dril ls irão introduzir as devoluções, porém com enfoque no saque e começo do ponto do lado do sacador. Estes treinos abaixo seguem situações sugeridas acima para cada direção de saque e respectivos reposicionamentos do parceiro do sacador. ‣ Drill 6 Para este exercício o sacador deve sacar na direção 1 e o devolvedor tenta devolver na paralela visando o sacador, segue o ponto dai. Porém, neste momento a dupla sacadora começa a treinar a direção da primeira bola do rali. Neste desenho tático a dupla sacadora deve rebater a primeira bola baixa na paralela e/ou no meio para começar o rali. Sempre frisando que o parceiro do sacador deve tentar se envolver na primeira bola se for possível. Para o professor responsável, este treino pode criar várias situações diferentes em relação a primeira bola do rali. A dupla sacadora pode mudar a primeira bola do rali para treinar situações diferentes. Neste dril l usamos a primeira bola baixa na paralela ou no meio, mas em outros treinos podemos mudar isso para primeira bola alta na paralela ou outras de acordo com a meta do treino daquele dia. ‣ Drill 7 Saque na direção 2, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. 24 ‣ Drill 8 Saque na direção 3, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. ‣ Drill 9 Saque na direção 4, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. ‣ Drill 10 Saque na direção 5, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. Estes dril ls são importantes para que os alunos possam fixar a posição do sacador do lado direito da quadra e as combinações de saque e de reposicionamento com seu parceiro. Existem outros exercícios e variações destas repetições que podem ser trabalhados no dia a dia. Uma pergunta que sempre surge é quando o sacador deve sacar do lado esquerdo da quadra com dois destros jogando juntos? As respostas são diferentes e abaixo apresentamos as principais razões para o sacador ficar do lado esquerdo da quadra: 1. Para variar e confundir o adversário 25 2. Quando o parceiro do sacador for muito inferior 3. Quando o sacador tem dificuldades de jogar do lado direito da quadra 4. Quando o sacador tem saque muito dominante nas direções 3, 4 e 5, sacando do lado esquerdo. 5. Quando um dos jogadores for canhoto. 6. Quando houver vento lateral 1.1.2. Um destro e um canhoto jogando juntos Nesta situação o jogador destro normalmente deve ficar do lado esquerdo da quadra e o canhoto do lado direito, maximizando o uso dos forehands no meio da quadra. Com esta formação a dupla obriga os adversários a correr mais riscos sempre que buscarem obackhand desta dupla. No saque este posicionamento deve ser respeitado. A direção de saque 2, 3 e 4 normalmente favorece esta dupla, pois mantém a bola no meio e induz o adversário a devolver a bola mais para o meio da quadra, mantendo a vantagem de se ter os dois forehands no meio da quadra. Variações no lado do sacador neste caso devem ser raras e somente usadas visando a surpresa na dupla oponente. Muito raro encontrar uma dupla de canhoto e destro que usem a formação com os backhands no meio da quadra. 1.1.3. Dois canhotos jogando juntos Neste caso as combinações de posicionamento de saque devem ser opostas a de uma dupla com dois destros. O sacador deveria se posicionar do lado esquerdo da quadra para que seu parceiro tenha a vantagem de ter o forehand no meio para ajudar na primeira bola. As direções de saque devem ser iguais as que definimos para dois destros, a fim de termos vantagem tática para a primeira bola do rali. 26 Uma situação rara no beach tennis quando dois canhotos jogam juntos. Muitas combinações podem ser exploradas, pois sempre causará dúvidas nos adversários devido à raridade de tal combinação. 1.1.4. Formação em i Esta é uma formação muito pouco utilizada. Suas combinações e variações serão estudadas nos próximos níveis. A formação consiste de os dois jogadores estarem alinhados. Por exemplo, o sacador se posiciona no meio da quadra atrás da linha e o seu parceiro se posiciona a sua frente bem no meio da quadra. Serve para causar bastante confusão na dupla adversária, é aconselhável quando o parceiro do sacador ataca bem a primeira bola. Porém, deve ser muito bem alinhada, pois envolve a combinação da direção do saque, assim como também a direção que cada jogador deve ir após o saque. Contra duplas que devolvem bem não é muito eficaz. 1.2. Devolução A partir de agora vamos nosso foco será a visão do devolvedor. Algumas situações básicas de jogo serão exploradas aqui: como se posicionar; cobertura de ângulos; onde devolver e bloqueio. 1.2.1. Como se posicionar A dupla que vai devolver deve se posicionar atrás da linha dos 3 metros e de acordo com o sacador. Por exemplo, se o sacador se posicionar do lado direito da quadra a dupla devolvedora deve se deslocar para a mesma direção do sacador, se deslocando para o lado esquerdo de sua quadra. Neste nível trabalharemos jogadores intermediários e para este nível de jogador eles devem se deslocar para o lado, seguindo o sacador, mas mantendo o alinhamento da dupla em linha. Nos casos em que a dupla sacadora se posicionar em formação I, os devolvedores devem, cada um, ficar no meio da sua metade de quadra. 27 Outros posicionamentos são usados em níveis diferentes e trabalharemos o posicionamento avançado ou profissional nos próximos cursos. 1.2.2. Cobertura de ângulos A cobertura de ângulos deve ocorrer durante todas as bolas de um ponto e os jogadores devem entender onde bater a bola e depois se reposicionar de acordo com a direção da bola batida. Para a dupla devolvedora não é diferente. Ao seguir o sacador para devolver seu saque já cobrimos alguns ângulos que ficariam desprotegidos. Cuidados também devem ser percebidos quando pensamos para onde devemos devolver. Normalmente, a maior parte das devoluções deve ser na direção do sacador. Isso deve acontecer por alguns motivos, porém aqui vamos entender que ao devolver na direção do sacador, o devolvedor protege sua dupla também na questão de cobertura de ângulos para o time que está devolvendo, pois não abre ângulos desnecessários. Quando a dupla devolvedora busca a devolução do lado oposto ao sacador, é importante que se entenda que se abre o ângulo e isso requer um reposicionamento rápido para cobrir este ângulo. A partir dai a cobertura de ângulos passa a ser dentro do rali e será discutido mais a frente. 1.2.3. Onde devolver A devolução pode ser rebatida na direção do sacador; pode ser direcionada na quadra aberta do lado oposto ao sacador; pode se tentar devolver lob por cima do parceiro do sacador ou curta cruzada no lado oposto ao sacador. Porém, a maior parte das devoluções deve ser dirigida a frente do sacador, sendo boa parte delas baixa para forçar o sacador a começar o ponto de forma defensiva. Alguns devolvedores também usam para variar uma devolução rápida em cima do sacador para tirar o tempo dele, porém esta só se torna possível quando o saque vem ligeiramente mais alto. 28 Ao devolver no sacador também temos uma boa proteção do ângulo para a próxima bola do ponto. Para variar e tentar surpreender a dupla sacadora, a devolução pode ser rebatida no lado oposto ao sacador, em especial quando o saque é feito nas direções 4 e 5, pois nestas direções a dupla sacadora se expõe, correndo mais riscos de ser surpreendida com uma devolução na quadra aberta do lado oposto ao sacador. Agora vamos desenvolver os dril ls para treinar a devolução: ‣ Drill 1 O professor se posiciona, espera que a dupla de alunos se posicione, sacando para todas as direções, obrigando os devolvedores a buscarem as rebatidas à frente do sacador. ‣ Drill 2 O professor se posiciona, espera que a dupla de alunos se posicione, sacando para todas as direções, obrigando os devolvedores a buscarem suas rebatidas no lado oposto ao sacador/professor. ‣ Drill 3 Neste exercício os quatro alunos devem se posicionar como nosso dril l 1 de devolução, um deles deve ser o sacador e se posicionar do lado direito da quadra, ele deve sacar 10 vezes, os cinco primeiros dizendo aonde vai sacar e pelo menos um saque em cada direção. Já os outros cinco ele deve sacar sem dizer aonde vai sacar. A dupla devolvendo deve tentar rebater na direção do sacador e a partir dai vale o ponto. Importante ter cuidado que em alguns casos o sacador tenta sacar forte demais e passa a errar demais, neste caso tentamos aconselhar o sacador a baixar a velocidade para que haja o treino de devolução. 29 ‣ Drill 4 Mesma situação acima, porém o aluno que vai sacar se posiciona do lado esquerdo da quadra. ‣ Drill 5 Neste momento os alunos se posicionam para jogo com um deles no saque. O ponto começa com saque lob na direção 1 e o devolvedor entra no ponto com gancho na paralela, baixando a bola e segue o ponto. ‣ Drill 6 Neste momento os alunos se posicionam para jogo com um deles no saque. O ponto começa com saque lob na direção 5 e o devolvedor entra no ponto com gancho na paralela, baixando a bola e segue o ponto. ‣ Drill 7 Três alunos se posicionam no fundo da quadra para sacar e o outro aluno se posiciona do outro lado da quadra para devolver seus saques. Cada sacador deve sacar 2 saques por vez. Um se posiciona na paralela do devolvedor, outro no meio da quadra e o terceiro sacador na diagonal do devolvedor. 1.3. Rali O ponto começou com o saque e depois com a devolução e a partir dai começa o rali. Neste momento do jogo temos o desenvolvimento do controle, do ataque, da defesa e em alguns casos do efeito. Trabalharemos exercícios para desenvolver estas situações durante o rali. Momentos de jogo durante o Rali: 30 1.3.1. Controle Durante o rali os alunos devem conseguir manter a bola em jogo. O professor tem diversos exercícios para ajudar a desenvolver o senso do controle durante o ponto. Alguns alunos tentam ser agressivos demais e acabam errando muito cedo no ponto e isso é um problema durante o jogo, pois sem volume no nível intermediário é muito difícil ser competitivo. 1.3.2. Ataque Após o desenvolvimento do controle, os alunos devem trabalhar o ataque durante o ponto. A coisa mais importante é entender que o intuito do beach tennis é obrigar o adversário a levantar a bola. Então bolas baixas e curtas são o ataque mais simples que tem no jogo. Outra forma de atacar é obrigar a dupla adversária a se deslocar na quadra. Bolas mais aceleradas também servemcomo ataque, porém sempre se deve ter o cuidado com o risco nestas bolas. 1.3.3. Defesa Durante o rali quando uma dupla toma a iniciativa do ataque a outra deve tentar se defender. A defesa é uma parte importante do jogo, pois ajuda a dupla a se manter no ponto em situações adversas. A primeira coisa a ser trabalhada é a ansiedade, muitos jogadores quando estão sendo atacados ficam ansiosos e tentam sair desta situação com um contra-ataque e acabam errando cedo demais no ponto. A coisa mais importante na defesa é a ideia de se ganhar tempo ao se defender, então tentar manter a bola baixa é uma boa opção, evitando que outro ataque aconteça. Outra opção é o lob defensivo, bola que vai muito alta para se conseguir tempo para se reposicionar. 1.3.4. Efeitos Para este nível de jogador os efeitos que podem ser criados são muito difíceis. O mais comum neste nível é o sl ice em alguns golpes, mas outros efeitos são muito avançados e serão discutidos em cursos posteriores. 31 ‣ Drill 1: Mini beach tennis em dupla O professor deve montar uma mini quadra de 3 metros por 3.5 metros de comprimento e cada extremidade deve ter um cone tartaruga. Cada aluno deve sempre começar o ponto em um dos cones e após bater a bola deve voltar ao cone, não vale smashs durantes os pontos, somente curtas. Todos os jogadores devem passar em todos os cones. Trabalhamos neste dril l o desenvolvimento do jogo com bolas baixas e o retorno ao lugar após a batida na bola. ‣ Drill 2: Deslocamento lateral em equipe O professor se posiciona do lado esquerdo da quadra, os jogadores começam no meio de cada metade da quadra. O professor deve lançar a primeira bola baixa no canto esquerdo da quadra e o ponto segue. Assim que o primeiro ponto acabar, o professor espera o reposicionamento e lança a bola na extremidade oposta da quadra e segue o ponto. Durante o ponto o professor enfatiza o deslocamento em conjunto para o lado em que a bola foi lançada. Neste nível de jogadores encorajamos o simples deslocamento para o lado em linha para ajudar com a cobertura dos ângulos. ‣ Drill 3: Entrada no ponto O professor se posiciona atrás da linha de saque do lado direito da quadra, os alunos devem se posicionar como se o ponto fosse começar e um deles fica ao lado do professor, sem o aluno sacar, ele deve correr para frente assim que o professor lançar a bola. A devolução deve ser na direção deste aluno que vem do fundo e sua primeira bola deve um lob na cruzada e segue o ponto. ‣ Drill 4: Entrada no ponto com gancho O Professor se posiciona do lado esquerdo da quadra e pede para os alunos se posicionarem. O professor lança bolas altas para a dupla do lado oposto da quadra. 32 O aluno que recebe esta bola deve entrar no ponto com um gancho na paralela ou no meio da quadra e o ponto segue. Assim que este ponto terminar o professor deve lançar outra bola da mesma maneira e o ponto segue. ‣ Drill 5: Entrada no ponto com ataque O professor deve se posicionar do lado esquerdo da quadra e deve lançar uma bola alta a frente da dupla, do outro lado da quadra, para que a dupla de alunos comece o ponto com um ataque, mas evitar que este lançamento seja muito alto para que o aluno não arrisque muito com o smash e o ponto segue. ‣ Drill 6: Entrada no ponto com defesa O professor se posiciona em um dos lados da quadra, os alunos se posicionam de acordo com o lado que o professor ficar. O professor deve bater uma bola de ataque para a dupla do lado oposto e o ponto começa a partir dai. 33 2. Colocando em Prática 2.1. Saque 34 35 36 37 38 2.2. Devolução 39 40 41 42 2.3. Ralli 43 44 45 46 47 CAPACITADORES Guilherme Prata Narck Rodrigues Alex Mingozzi Plácido Russo Jr.
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