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Lívia Leandro - Med Fits TERMO DESCONHECIDO Iatrogenia medicamentosa: resposta nociva e não intencional ao uso de um medicamento que ocorre em associação a doses normalmente empregadas para profilaxia, diagnóstico e tratamento. as iatrogenias são consideradas uma das principais causas de mortalidade e adoecimento em países desenvolvidos, estimando-se que, por exemplo, nos EUA já sejam a terceira causa de mortes no país. Alguns idosos podem fazer uso concomitante de vários medicamentos simultaneamente, o que pode agravar o aparecimento de efeitos colaterais e interações entre os remédios nem sempre desejadas. As iatrogenias inevitáveis fogem totalmente do controle dos médicos e serviços de saúde e incluem as reações adversas aos medicamentos. Já as evitáveis, podem incluir, por exemplo, erros ou omissões de profissionais de saúde, falhas do sistema de saúde, prescrição inadequada de medicamentos, sobrediagnóstico ou subdiagnóstico, falhas relacionadas à técnica do procedimento médico e as relacionadas à infecção hospitalar. Obs: Pode contribuir para o óbito do paciente 1. Compreender a incontinência urinária no idoso Definição: qualquer perda involuntária de urina Afeta mais as mulheres de qualquer idade por questões anatômicas, principalmente as idosas pelo envelhecimento Trinta a 60% das mulheres idosas e 10 a 35% dos homens idosos na comunidade e até 80% dos institucionalizados têm incontinência urinária Embora não tenha impacto direto na mortalidade, está associada a aumento no risco de quedas e fraturas, infecções do trato urinário recorrentes, celulites, úlceras de pressão, disfunções sexuais, distúrbios do sono, além de contribuir para isolamento social, depressão, estresse do cuidador e institucionalização precoce. Entretanto, a crença de que incontinência seria uma consequência natural e inevitável do envelhecimento explica em parte por que mais da metade dos idosos não procura auxílio médico Fisiopatologia O trato urinário inferior (TUI) tem por função o armazenamento e a eliminação da urina e é composto por bexiga, uretra e esfíncteres. A fisiologia da micção envolve a integração de nervos periféricos, medula e centros encefálicos em córtex cerebral, ponte, bulbo e mesencéfalo. Estes centros superiores dirigem aos órgãos do trato urinário inferior influências neurológicas excitatórias e inibitórias e recebem aferências sensitivas desses órgãos Controle Voluntário da micção: centros controladores em áreas corticais (giros frontal e cingulado) e subcorticais promovem influência inibitória da micção em nível pontino e influência excitatória do esfíncter uretral externo CENTRO PONTINO DA MICÇÃO: ➔ Modulação dos efeitos opostos dos sistemas nervosos simpático e parassimpático no trato urinário inferior. ➔ Na fase de esvaziamento vesical o CPM envia estímulos excitatórios para medula sacral e inibitórios para coluna toracolombar, enquanto na fase de enchimento esse processo se inverte INERVAÇÃO SIMPÁTICA DO TUI: ➔ A inervação simpática do TUI emerge da medula em nível de T11 a L2, fazendo sinapses nos plexos hipogástrico e mesentérico inferior, antes de prosseguir pelo nervo hipogátrico até os receptores Lívia Leandro - Med Fits beta-adrenérgicos (corpo vesical) e alfa-adrenérgicos (colo vesical e uretra proximal). ➔ Fibras nervosas simpáticas também dirigem-se a gânglios parassimpáticos na parede do detrusor, exercendo ali efeito inibitório. ➔ A ativação das eferências simpáticas toracolombares produz liberação de norepinefrina no TUI, resultando em relaxamento do músculo detrusor (receptores β3) e contração do esfíncter uretral interno (receptores α1). INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA DO TUI: ➔ Origina-se de neurônios localizados na coluna intermediolateral dos segmentos S2-S4 da medula, sendo conduzida por meio de fibras pré-ganglionares pelo nervo pélvico até os gânglios do plexo pélvico. ➔ Este dá origem às fibras pós-ganglionares que se dirigem à bexiga. ➔ A acetilcolina liberada pela ativação desses neurônios produz contração do detrusor pela ativação dos receptores M2 e M3 muscarínicos. ➔ Na uretra proximal o estímulo parassimpático promove a liberação de óxido nítrico, o que leva ao relaxamento da musculatura lisa do esfíncter uretral interno. ➔ A ativação sacral parassimpática produz acetilcolina e oxido nítrico que resultam em contração detrusora e relaxamento da uretra proximal. INERVAÇÃO SOMÁTICA DO ESFÍNCTER URETRAL EXTERNO: ➔ Emerge do núcleo de Onuf, localizado no corno anterior de um ou mais segmentos da medula espinal sacral (S2-S4), e prossegue pelo nervo pudendo, sem conexões com gânglios periféricos, até o esfíncter estriado. ➔ Há evidências de que o esfíncter uretral externo também receba influências simpática e parassimpática a partir de ramos dos nervos hipogástrico e pélvico Durante a fase de enchimento, a distensão da bexiga ativa neurônios sensitivos na parede vesical. Estes levam impulsos aferentes a centros controladores supraespinais, produzindo a inibição do centro pontino da micção e ativação dos neurônios motores no núcleo de Onuf com consequente contração da musculatura estriada do esfíncter uretral externo via nervo pudendo. Simultaneamente ocorre ativação reflexa simpática (T11-L2) e, através do nervo hipogástrico, contração da musculatura lisa da uretra. O parassimpático é inibido e o detrusor relaxa, permitindo o armazenamento da urina. Inversamente, durante a fase de esvaziamento vesical impulsos eferentes provenientes do CPM provocam inibição das fibras somáticas do núcleo de Onuf e relaxamento voluntário da musculatura estriada do esfíncter externo. Estes impulsos promovem também inibição simpática pré-ganglionar e estimulação parassimpática, resultando em contração do detrusor por meio dos receptores muscarínicos já descritos. --------------------------------------------------------------------------- Alterações no TUI pelo envelhecimento que tornam o idoso suscetível a incontinência urinária: ➔ Aumento nas fibras de colágeno na bexiga, acarretando diminuição da sua elasticidade ➔ Os receptores de pressão também se alteram, explicando o surgimento de contrações intempestivas durante a fase de enchimento vesical ➔ Hiperatividade do detrusor foi encontrada em 21% de idosos saudáveis e continentes na comunidade ➔ A uretra, por sua vez, torna-se mais fibrosa, menos flexível e com perda de sua densidade muscular, o que pode acarretar falha esfincteriana ➔ O envelhecimento renal provoca, por sua vez, diminuição do número de néfrons e, por consequência, uma redução da capacidade de concentrar urina. Esse fenômeno, junto com a diminuição da secreção de hormônio antidiurético, contribui para o aumento da frequência urinária Na mulher: ➔ O hipoestrogenismo contribui para menor irrigação dos tecidos. A mucosa uretral se atrofia e resseca, tornando-se mais sensível a infecções, o que favorece irritação dos receptores de pressão ➔ Na vagina, as carências hormonais, a diminuição ou mesmo a ausência de atividade sexual, assim como as sequelas do parto e das intervenções Lívia Leandro - Med Fits ginecológicas, interferem na qualidade dos tecidos vaginais, no pH e na flora, favorecendo infecções. ➔ O períneo é fragilizado por diversas razões: envelhecimento muscular, carências hormonais, partos, gravidez, sequelas de intervenções uroginecológicas ou radioterapia pélvica. Alguns sintomas crônicos, tais como tosse e constipação intestinal, podem exercer pressão sobre essa fáscia muscular. No homem: ➔ No homem a hipertrofia benigna da próstata, ou adenoma de próstata, constitui o principal fator relacionado com alterações do fluxo urinário. A formação de um obstáculo urinário pode se manifestar por jato fraco, gotejamento terminal, aumento na frequência e noctúria. --------------------------------------------------------------------------- CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA INCONTINÊNCIA URINÁRIA TRANSITÓRIA: perda de urina precipitada por insulto psicológico, medicamentoso ou orgânico, que cessaou melhora após o controle do fator desencadeante Causas: DIURAMID (precipitar a ocorrência de incontinência urinária como contribuir para as causas de incontinência estabelecida) => Delirium: estado confusional agudo altamente prevalente em idosos => Infecções do trato urinário inferior: inflamação da mucosa vesical e consequente aumento da aferência sensitiva = bexiga hiperativa e incontinência urinária => Uretrite e vaginites atróficas: a carência de estrógenos em idosas pode levar a uretrite e vaginite atrófica (“U”), gerando irritação local e risco aumentado de infecções, bexiga hiperativa e incontinência urinária (altamente prevalente nas idosas) => Restrição de mobilidade: artroses, paresias, imobilizações, outras como hipotensão postural e pós-prandial, calçados inapropriados e medo de cair podem dificultar a chegada ao toalete e justificar episódios de incontinência. => Aumento do débito urinário: ingesta excessiva de fluidos, diuréticos, distúrbios hidreletrolíticos (hiperglicemia, hipercalcemia), insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência venosa periférica, hipoalbuminemia. => Medicamentos: ➔ Antagonistas alfa-adrenérgicos => obstrução uretral (homens) ➔ AINE => edema de MI, noctúria ➔ Álcool => frequência, urgência e sedação ➔ Anticolinérgicos => retenção urinária, sedação, impactação fecal ➔ Antidepressivos tricíclicos => efeitos anticolinérgicos, sedação ➔ Antipsicóticos => efeitos anticolinérgicos, rigidez e imobilidade ➔ Bloqueadores dos canais de cálcio => retenção urinária, edema de MI, noctúria e constipação intestinal ➔ Bloqueadores alfa-adrenérgicos => diminuição da resistência uretral ➔ Diuréticos de alça => poliúria, urgência miccional ➔ Hipnóticos => sedação, delirium e imobilidade ➔ IECA => tosse ➔ GABAérgicos (pregabalina, gabapentina) => edema de membros inferiores, noctúria ➔ Antagonistas H2 =>Confusão mental ➔ Antiparkinsonianos => confusão mental e hipotensão postural ➔ Opióides => confusão mental e constipação intestinal ➔ Anestésicos, raquianestesia e peridural => paralisia detrusora => Impactação fecal e distúrbios psíquicos: diversos distúrbios psíquicos (depressão, demência, psicose) que podem interferir na capacidade do paciente em reconhecer e responder adequadamente à sensação de bexiga cheia. Um paciente com depressão grave, por exemplo, pode Lívia Leandro - Med Fits perder a motivação para procurar um local apropriado para urinar. ➔ D: delirium (delírio); ➔ I: infection (infecção); ➔ A: atrophy (uretrite ou vaginite atrófica); ➔ P: pharmacologic agent (fármaco); ➔ P: psychiatric disorders (psquiátrico); ➔ E: excess urine output (débito urinário excessivo, comum em ICC e DM); ➔ R: restricted mobility (restrição de movimentos); ➔ S: stool impactation (impactação fecal). INCONTINÊNCIA URINÁRIA ESTABELECIDA: Subtipos: Incontinência urinária de estresse (esforço): Perda involuntária de urina que ocorre com o aumento da pressão intra-abdominal (tosse, espirro, atividade física) na ausência de contrações vesicais. É a principal causa em mulheres jovens. Na mulher: ➔ hipermobilidade uretral e deficiência esfincteriana intrínseca. A hipermobilidade uretral decorre do comprometimento do suporte anatômico dos órgãos pélvicos resultando em descenso e rotação do colo vesical e uretra proximal com incapacidade de fechamento adequado contra a parede vaginal anterior. Fatores de risco: ➔ Obesidade, partos vaginais, hipoestrogenismo e/ou cirurgias. A deficiência esfincteriana intrínseca é a perda do tônus do esfíncter uretral secundária a lesão neuromuscular (trauma cirúrgico) ou atrofia uretral. No homem: ➔ A incontinência urinária de estresse é incomum. Quando presente, ocorre por deficiência esfincteriana intrínseca secundária a cirurgias prostáticas (principalmente a prostatectomia radical) e mais raramente traumas pélvicos e lesões neurológicas (trauma raquimedular, espinha bífida). No pós-operatório imediato de prostatectomia radical é comum a ocorrência de incontinência urinária com melhora ou resolução dos sintomas em 12 a 24 meses. Porém, uma pequena parcela desses pacientes pode persistir com os sintomas após este período. Incontinência urinária de urgência: ➔ Tipo mais comum em idosos ➔ Perda de urina precedida ou acompanhada de um desejo imperioso de urinar (urgência) ➔ A perda urinária é variável e depende da função do esfíncter uretral e da capacidade do paciente em suprimir a urgência ➔ Acredita-se que resulte da hiperatividade do detrusor levando a contrações involuntárias deste durante a fase de enchimento vesical. Causas: transtornos neurológicos, anormalidades vesicais e idiopática. Em idosos, a hiperatividade do detrusor pode ocorrer em pacientes cuja contratilidade vesical está preservada e em pacientes com comprometimento da contratilidade da bexiga associado. Essa condição conhecida como “hiperatividade do detrusor com hipocontratilidade” é a mais frequente em idosos frágeis, cursa com volumes residuais pós-miccionais elevados e seu reconhecimento é importante para diferenciar outras causas de retenção urinária. Bexiga hiperativa: é uma síndrome que inclui urgência urinária com ou sem incontinência, frequência elevada (oito ou mais micções em 24 h) e noctúria (dois ou mais despertares pra urinar) Obs: Os termos incontinência de urgência e bexiga hiperativa com incontinência são frequentemente utilizados como sinônimos. Lívia Leandro - Med Fits Incontinência urinária por hiperfluxo ou transbordamento: Inabilidade de esvaziamento vesical devido a hipocontratilidade do músculo detrusor, a obstruções uretrais ou ambos. ➔ Em homens idosos a causa mais frequente é a obstrução uretral secundária a hiperplasia prostática benigna. ➔ Na mulher é condição bem menos frequente. Quando presente decorre de obstruções da via de saída após cirurgias anti-incontinência ou prolapsos genitais graves. ➔ Em idosos de ambos os sexos, impactação fecal e hipocontratilidade vesical secundária a neuropatia autonômica (cistopatia diabética) ou medicamentos com ação anticolinérgica também são causas frequentes. Incontinência urinária mista: Principal causa de incontinência urinária em idosos É a coexistência de mais de um tipo de incontinência no mesmo paciente. Condição frequente entre idosos, especialmente nas mulheres que apresentam hiperatividade do detrusor e deficiência esfíncteriana associadas. Incontinência funcional Tipo distinto de incontinência atribuído a fatores externos ao trato urinário, tais como comprometimento cognitivo, fatores ambientais que dificultem a chegada ao toalete, limitações físicas e psíquicas. Este conceito é questionável visto que implica integridade do trato urinário inferior, exceção entre idosos (mesmo continentes). A classificação dos tipos de incontinência é útil para o diagnóstico e a estruturação da estratégia terapêutica a seguir. Contudo, cabe assinalar que em grande proporção de pacientes, os sintomas urinários coexistem e os padrões de incontinência não correspondem precisamente à fisiopatologia subjacente --------------------------------------------------------------------------- DIAGNÓSTICO ANAMNESE: ➔ características da perda urinária, quantidade, gravidade e sintomas associados (frequência, noctúria, urgência, esforço, hesitação). Diário miccional: consiste no registro da ingesta de líquidos, frequência, volume urinário, episódios de perda e circunstâncias a ela associadas nas 24 h. Pode ser realizado ambulatorialmente pelo paciente ou cuidador ou mesmo em nível hospitalar (em versão mais simples) pela equipe de enfermagem. Fornece informações importantes que podem auxiliar no diagnóstico, planejamento da terapêutica a ser instituída e avaliação de sua resposta, devendo ser realizado sempre que possível. Obs: Informações adicionais como dor, hematúria, infecções recorrentes, prolapsos de órgãos pélvicos em mulheres, cirurgias prévias, radiação pélvica, suspeitade fístulas devem ser investigadas *Atenção especial às comorbidades clínicas e à lista de medicamentos utilizados pelo paciente também constitui etapa fundamental na anamnese, pois como já dito anteriormente podem desencadear ou contribuir para o quadro.* EXAME FÍSICO: ➔ Avaliação cognitiva, da mobilidade e funcionalidade do paciente ➔ Exame neurológico detalhado que inclua avaliação de reflexos, sensibilidade, integridade das vias sacrais (reflexo bulbocavernoso) ➔ Toque retal para avaliação do tônus esfincteriano, presença de massas, fecalomas (em ambos os sexos) e avaliação prostática em homens ➔ Exame pélvico, inspeção de prolapsos e atrofia genitais em mulheres ➔ Teste de estresse: simples, pode ser realizado no consultório e pode documentar incontinência urinária de estresse. A paciente deve estar na posição supina, com a bexiga cheia e tossir vigorosamente. Se ocorrer perda simultânea sugere deficiência esfincteriana intrínseca, se a perda ocorrer alguns segundos após sugere contração detrusora induzida pela tosse. EXAMES COMPLEMENTARES Lívia Leandro - Med Fits Exames laboratoriais: Todos os pacientes com queixa de incontinência urinária devem realizar um sumário de urina para investigação de sinais de infecção, hematúria e glicosúria. Pacientes selecionados deverão realizar dosagem de eletrólitos, glicemia, ureia e creatinina de acordo com a suspeita clínica. Medida do volume residual pós-miccional: A medida do volume residual pós-miccional é útil para excluir retenção urinária significativa. Pode ser realizada por cateterização vesical ou ultrassonografia. Embora não seja necessária em todos os pacientes, aqueles com alto risco de retenção urinária como os portadores de diabetes, doenças neurológicas, sinais de hesitação miccional, antecedentes de retenção urinária e uso de anticolinérgicos devem realizá-la. A Sociedade Internacional de Continência recomenda a medida do volume residual pós-miccional (VRPM) por um método não invasivo antes da introdução de tratamento farmacológico ou cirúrgico. Um valor maior que 200 mℓ está associado a esvaziamento vesical inadequado e o paciente deve ser encaminhado ao especialista. Estudo urodinâmico: É um exame caro e invasivo; tem como objetivo avaliar a qualidade das contrações vesicais e dos esfíncteres uretrais. Compreende as seguintes etapas: cistometria, medida da pressão de perda sob esforço e urofluxometria. Embora seguro, não existem evidências de que o diagnóstico urodinâmico altere o desfecho no tratamento de idosos frágeis. As últimas diretrizes recomendam avaliação urodinâmica antes de procedimentos cirúrgicos ou minimamente invasivos do trato urinário inferior ou na avaliação de sintomas de bexiga hiperativa após falha no tratamento inicial Cistoscopia: Deve ser realizada quando houver suspeita de fístulas ou de outras patologias associadas (presença de hematúria, dor ou desconforto pélvico). --------------------------------------------------------------------------- TRATAMENTO O manejo terapêutico deve ser individualizado, valorizando-se o tipo de incontinência, as condições médicas associadas, a repercussão, as preferências do paciente, a aplicabilidade, os riscos e os benefícios. Visar a qualidade de vida: diminuição de sintomas como frequência, urgência e noctúria, diminuição no número de fraldas, absorventes, reinserção social e retardo em institucionalizações Tratamento não farmacológico: De acordo com todas as diretrizes, as primeiras medidas a serem aplicadas são os métodos conservadores como as mudanças do estilo de vida e as terapias comportamentais. São tratamentos simples, sem efeitos adversos e de baixo custo. Em pacientes de idade avançada se deve priorizar a correção de fatores contribuintes como as comorbidades, a deterioração funcional e as iatrogenias medicamentosas. Dentre as intervenções sobre o estilo de vida destacam-se: perda de peso, não ingerir líquidos de forma abundante, evitar cafeína, álcool e tabaco, além de eliminar as barreiras físicas de acesso ao banheiro. A cafeína, por exemplo, além do seu efeito diurético é considerada um irritante vesical, associada a instabilidade do detrusor. A redução na ingesta de cafeína pode diminuir incontinência urinária de estresse e de urgência. A retirada deve ser gradual, evitando-se assim sintomas de abstinência. As terapias comportamentais incluem exercícios para os músculos pélvicos, treinamento vesical, diário miccional, biofeedback e eletroestimulação. Têm como objetivo estabelecer um padrão normal de esvaziamento vesical e promover a continência. Podem reduzir as perdas em 50 a 80% dos idosos com 10 a 30% atingindo a continência. Porém, para tal, é necessário que o paciente conserve suficiente capacidade física e mental e que tenha motivação para aprendizagem, ou de forma alternativa, que disponha de supervisão. Os exercícios para a musculatura do assoalho pélvico (exercícios de Kegel) constituem o pilar do tratamento comportamental. São utilizados de maneira regular na incontinência urinária de esforço (IUE), incontinência urinária mista e na incontinência urinária de urgência. Têm como objetivo reeducar os músculos do assoalho pélvico, Lívia Leandro - Med Fits ensinando-os a contrair de forma voluntária. Muitos métodos têm sido utilizados para ajudar os pacientes a identificar e exercitar corretamente os músculos do assoalho pélvico como biofeedback e estimulação elétrica. Os exercícios para fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico podem ser feitos por meio de contração isolada ou associados ao biofeedback. Essa técnica promove a facilitação do aprendizado da correta contração muscular, assim como auxilia a motivação da paciente durante o treinamento. Por meio desse método, uma sonda é introduzida no canal vaginal, com a finalidade de medir a pressão da contração muscular. Por sua vez, esse equipamento é conectado a um computador, o qual fornece feedback visual da contração dos músculos do assoalho pélvico por meio de gráficos ou um feedback auditivo, em tempo real. O uso de cones vaginais de pesos variados exige que a paciente seja capaz de contrair os músculos do assoalho pélvico, ou seja, devem ser destinados a quem pode e esteja preparada para usá-los (Thüro� et al., 2011). A paciente, em posição ortostática, tentará impedir, por meio da contração dos músculos do assoalho pélvico, o deslizamento dos cones em virtude da atuação da gravidade. Os pesos são geralmente utilizados 2 vezes/dia durante 15 min em cada sessão e o peso é aumentado progressivamente, conforme tolerância. A estimulação elétrica consiste na aplicação de impulsos através de agulha ou eletrodos de superfície, sendo usada com a finalidade de inibir a hiperatividade do detrusor ou para melhorar a musculatura do assoalho pélvico. Inclui os seguintes procedimentos: estimulação intravaginal e intra-anal não invasiva, estimulação sacral, estimulação percutânea do nervo tibial e estimulação intravesical. O treinamento vesical, por sua vez, consiste no preestabelecimento de intervalos para as micções que gradativamente são aumentados e que tem como objetivo incrementar a capacidade vesical reduzindo episódios de frequência e restabelecendo a função vesical Tratamento farmacológico Medicamentos de ação mista Propiverina É um composto derivado do ácido benzílico, rapidamente absorvido e com alto metabolismo de primeira passagem. Tem uma ação antimuscarínica e de bloqueio dos canais de cálcio. Foi recentemente introduzido como uma preparação de ação prolongada 1 vez/dia e pode ser usada nas pessoas incapazes de tolerar outras medicações antimuscarínicas. Boca seca pode ser evidenciada como efeito adverso. Medicamentos antimuscarínicos ▼Oxibutinina. É uma amina terciária que sofre o mecanismo de primeira passagem para seu metabólito ativo, N-desmetiloxibutinina. É apresentada em formulações de liberação lenta e imediata, xarope e liberação transdérmica. A formulaçãoem gel pode oferecer melhor redução de possíveis efeitos adversos locais e sistêmicos. Com o fim de minimizar a incidência de efeitos adversos, recomenda-se iniciar o tratamento com oxibutinina 2,5 mg 12/12 h. Esse medicamento atua na incontinência urinária por quatro mecanismos diferentes: ■Potente ação antimuscarínica e não seletiva para os receptores muscarínicos vesicais ■Leve ação no relaxamento do músculo liso mediante bloqueio dos canais de cálcio ■Propriedades anestésicas locais ■Propriedades anti-histamínicas. ▼Solifenacina. Esse composto é um agente antimuscarínico seletivo da bexiga, o qual tem maior especificidade para os receptores M3, quando comparados aos receptores M2, e tem maior potência contra os receptores M3 em músculo liso do que contra os receptores M3 em glândula salivar. Quando comparada a oxibutinina, a solifenacina mostrou melhor eficácia com menos efeitos adversos. ▼Tolterodina. É uma amina terciária rapidamente absorvida. Tem baixa solubilidade lipídica, o que implica uma pobre capacidade de atravessar a barreira hematencefálica. É uma antagonista do receptor muscarínico com relativa seletividade pelos receptores da Lívia Leandro - Med Fits bexiga, atuando mais sobre estes do que sobre os receptores das glândulas salivares. ▼Trospium. É um composto de amônio quaternário (o fato de ser quaternário significa que ele atravessa pouco a barreira hematencefálica e, consequentemente, acarretaria menos efeitos cognitivos). Seu mecanismo de ação atua de maneira não seletiva sobre os receptores muscarínicos. Está disponível em formulações orais de liberação prolongada e imediata. Pacientes já em uso de múltiplas medicações poderiam se beneficiar desse composto, por causa da baixa metabolização pelas enzimas hepáticas. ▼Darifenacina. É uma amina terciária de meia-vida longa, antagonista altamente seletivo do receptor M3. Disponível em formulação oral. Darifenacina foi bem tolerada com poucos efeitos adversos. ▼Fesoterodina. É um antagonista competitivo do receptor muscarínico. Depois da administração oral, o composto é rapidamente convertido no seu metabólito ativo, a 5-hidroximetiltolterodina, o qual é responsável por sua atividade antimuscarínica. A lipofilicidade e a permeabilidade da fesoterodina, no que diz respeito à passagem de membranas biológicas, têm sido menor, quando comparada à tolterodina. A fesoterodina foi superior à tolterodina em termos de redução de episódios de urgência e de perda. O perfil de efeitos adversos da fesoteradina é similar ao da tolterodina, porém com maior incidência de boca seca e dor de cabeça (Quadro 68.4). ▼Propantelina. É um composto de amônio quaternário com uma ação antimuscarínica não seletiva. O efeito de propantelina sobre a incontinência urinária não tem sido bem documentado em estudos controlados, podendo, em doses tituladas individualmente, ser clinicamente útil. Agonistas dos beta-adrenorreceptores O mecanismo exato da via de sinalização envolvendo esta classe de medicamentos no nível do urotélio ainda é desconhecido. Muitos estudos têm mostrado um efeito miorrelaxante dos agonistas beta-adrenorreceptores, entretanto, o papel dos agonistas seletivos dos beta-3-adrenorreceptores permanece para ser elucidado. Um número de agonistas seletivos de beta-3-adrenorreceptores, incluindo solabegron, estão atualmente sendo avaliados como potencial tratamento para bexiga hiperativa em humanos. Mirabegron. Age ativando os beta-3-adrenorreceptores, relaxando o músculo detrusor e aumentando a capacidade vesical. Utilizado na incontinência urinária de urgência e bexiga hiperativa. Reduz a frequência e o número de episódios de incontinência urinária. A dose inicial recomendada é 25 mg/dia. Em pacientes com doença renal em estágio terminal ou com doença hepática grave, o uso desse medicamento não é recomendado. É um agente eficaz, bem tolerado e com persistência de efeito ao longo do tempo, o que contribui para boa adesão ao tratamento a longo prazo (Nitti et al., 2014); (Chapple et al., 2013). Os efeitos adversos relatados mais comuns são: distúrbios gastrintestinais, incluindo constipação intestinal, boca seca, dispepsia e náuseas. Taquicardia, infecção do trato urinário, fibrilação atrial e aumento da pressão sanguínea também já foram relatados. É um fármaco relativamente novo e ainda não existem estudos em idosos. ▼Agonista de receptor vaniloide. Estes receptores estão presentes nos neurônios sensoriais aferentes que inervam o detrusor e a uretra. A justificativa para aplicação intravesical de agonista vaniloide em pacientes com instabilidade do detrusor foi oferecida pela demonstração de que, após a dessensibilização das fibras neurais da bexiga, a medicação suprime as contrações involuntárias do detrusor (Cipullo et al., 2014). ▼Capsaicina. Tem sido utilizada para instilação intravesical em pacientes afetados por instabilidade do detrusor de origem neurogênica. A capsaicina suprime contrações involuntárias do detrusor após lesões crônicas da medula espinal situadas acima dos segmentos sacrais (Cipullo et al., 2014). ■Incontinência de estresse A realização dos exercícios de Kegel demonstrou taxas de cura ou melhora aos 3 a 6 meses, de maneira que se considera esse tratamento como de primeira linha (Llover et al., 2012). Para ter bons resultados, são necessárias a prática regular e a correta realização. Os exercícios podem https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527729505/epub/OEBPS/Text/chapter068.html#ch68tab4 Lívia Leandro - Med Fits ser feitos com a ajuda de cones vaginais para facilitar seu cumprimento. A adição de biofeedback e estimulação elétrica são técnicas pouco introduzidas em nosso meio que não se mostraram mais eficazes que os exercícios. Os fármacos têm um escasso papel no tratamento da incontinência urinária de estresse (IUE) devido a sua baixa eficácia e seus efeitos secundários. ▼Alfa-adrenérgicos (efedrina, fenilefrina). Estimulam a contração do músculo liso uretral. Não são recomendados, pois mostraram baixa eficácia com uma elevada taxa de efeitos adversos (arritmias cardíacas e hipertensão), quando comparados ao placebo. ▼Antidepressivos tricíclicos. Utilizam-se por seus efeitos anticolinérgicos e alfa-agonista, porém os dados sobre sua eficácia são insuficientes para justificar seu uso. Sua ação antimuscarínica sobre a musculatura lisa da bexiga é débil. ▼Duloxetina. É um potente antidepressivo inibidor da recaptação da norepinefrina e da serotonina. Sua capacidade de estimular o neurônio motor alfa-adrenérgico pudendo (núcleo de Onuf na medula espinal sacral) aumenta a contratilidade do esfíncter estriado uretral. Alguns ensaios mostram que duloxetina 40 mg 2 vezes/dia obteve melhora nas medidas de qualidade de vida e diminuição moderada na frequência de episódios de incontinência em comparação com placebo. Observa-se, no entanto, um elevado surgimento de efeitos colaterais, entre eles náuseas, os quais levaram à retirada da medicação em 20% dos pacientes. Em resumo, os benefícios sobre a própria IUE são questionáveis e seus efeitos adversos não são desprezíveis e são, em certas ocasiões, graves (problemas cardiovasculares, hepatotoxicidade, síndrome de Stevens-Jonhson). ▼Estrógenos. A utilidade do tratamento vaginal não está bem estabelecida. Ainda que os resultados de uma revisão sistemática indiquem que foi eficaz para melhorar a incontinência urinária em mulheres após a menopausa, desconhecem-se os resultados a longo prazo. A cirurgia é o tratamento de eleição para os pacientes que não responderam ao tratamento não farmacológico e para as IUE graves. O tratamento é baseado na utilização de faixas suburetrais de suporte (slings). A faixa funciona como um apoio da uretra durante o exercício e, assim, evita a perda de urina. Podemos usar também os esfíncteres artificiais. Estes são propostos em caso de incontinência urinária grave de origem esfincteriana. Estaintervenção é praticada como último recurso em caso de falha das outras alternativas. O princípio consiste em substituir as funções deficientes de abertura e fechamento do esfíncter Incontinência de urgência O treinamento da bexiga constitui a primeira linha de tratamento. Consiste em ensinar ao paciente a urinar em períodos fixos e se baseia em dois princípios: (1) realizar micções frequentes voluntárias para manter um baixo volume de urina na bexiga e (2) treinamento para inibir as contrações do detrusor, quando se apresenta a urgência. Técnicas de distração e relaxamento estão entre as ferramentas para supressão da urgência. Sua realização durante 3 meses se mostrou tão eficaz quanto o tratamento com antimuscarínicos, porém sem efeitos adversos. Os exercícios musculares de fortalecimento do assoalho pélvico também fazem parte do tratamento deste tipo de incontinência, sendo especialmente úteis quando combinados com o treinamento vesical. ▼Anticolinérgicos. São os mais utilizados no tratamento da incontinência urinária de urgência (IUU) e constitui a primeira linha de tratamento na bexiga hiperativa. Atuam bloqueando os receptores muscarínicos e deprimindo as contrações involuntárias do músculo detrusor. Em pacientes de idade avançada, deve-se iniciar o tratamento com a menor dose possível e avaliar. Em geral, a relação risco/benefício destes fármacos é desfavorável nos pacientes idosos com demência e não se recomenda seu uso concomitante com inibidores de acetilcolinesterase. Os efeitos podem se manifestar durante as primeiras 4 semanas, não se devendo modificar a dose, nem efetuar mudanças de princípio ativo durante esse período. Os últimos comercializados desse grupo são a fesoterodina e a solifenacina. Na atualidade, flavoxato não é um fármaco mais recomendado para esta patologia. ▼Antidepressivos. Normalmente, as doses empregadas são inferiores às utilizadas na depressão, portanto a Lívia Leandro - Med Fits toxicidade tende a ser menor. A imipramina é a mais estudada. ▼Toxina botulínica. A toxina botulínica injetada no músculo detrusor, mediante cistoscopia, pode aliviar os sintomas da IU refratária ao tratamento anticolinérgico. Uma limitação importante é a elevada taxa de retenção urinária após o tratamento. Dispõe-se de mais evidência na IUU de causa neurológica. Na IUU, recomenda-se a cirurgia só como último recurso nos casos graves. Há outros medicamentos sob investigação para o tratamento da incontinência urinária de urgência: desmopressina, resiniferatoxina intravesical, baclofeno intratecal. ■Incontinência mista O tratamento consiste na combinação dos tratamentos aplicados nas incontinências de esforço e de urgência. ■Incontinência por transbordamento O tratamento mais efetivo é a cirurgia que é a melhor forma de tratar as dificuldades causadas por um útero miomatoso ou uma hiperplasia benigna de próstata. Uma alternativa à cirurgia para diminuir ou eliminar a urina residual é a sondagem intermitente. Até o momento da intervenção cirúrgica ou, no caso de não estar indicada, podem-se utilizar os fármacos. Utilizam-se alfabloqueadores e agonistas parassimpáticos, porém os dados da eficácia são controvertidos. O tratamento da incontinência urinária nos homens de idade avançada estará ligado com frequência às evidências que regem o tratamento dos sintomas urinários do trato urinário inferior associados a uma patologia prostática. Pode-se usar antagonistas alfa-adrenérgicos não urosseletivos (doxazosina, terazosina e prazosina), embora apresentem mais efeitos vasculares (hipotensão ortostática e tonturas) por seus efeitos sobre os receptores alfa 1. Dentre os urosseletivos, silodosina tem eficácia similar, custo superior e maior frequência de aparecimento de ejaculação retrógrada que a tansulosina. No caso dos inibidores da 5-alfa-redutase, não existem dados que mostrem que a ação da dutasterida sobre as isoformas da 5-alfa-redutase promova benefício adicional ou melhora do perfil de segurança da finasterida, contudo, seu custo é maior. 2. Relacionar a incontinência urinária com a infecção urinária no contexto do problema. => Infecções do trato urinário inferior: inflamação da mucosa vesical e consequente aumento da aferência sensitiva = bexiga hiperativa e incontinência urinária => Uretrite e vaginites atróficas: a carência de estrógenos em idosas pode levar a uretrite e vaginite atrófica (“U”), gerando irritação local e risco aumentado de infecções, bexiga hiperativa e incontinência urinária (altamente prevalente nas idosas) Fatores que favorecem a IU no idoso: Efeitos do envelhecimento sobre a bexiga: • ↑ frequência urinária • ↓ capacidade elástica da bexiga • ↑ contrações desinibidas do detrusor • ↑ volume residual • ↓ velocidade do jato urinário Diminuição da pressão uretral que ocorre por: • ↓ Ação muscular e esfincteriana • ↓ Aposição úmida das paredes mucosas • ↓ Complacência e elasticidade • ↓ Vascularização peri-uretral Distúrbios do Assoalho Pélvico: • Atrofia muscular • Alterações do tecido conectivo • Lesões do nervo pudendo • Estiramento ou esforço excessivo • Fatores hormonais => Alterações na contratilidade e automatismo dos músculos elevador do ânus e esfíncter externo <= Medicamentos: • Diuréticos: aumentam o fluxo • Anticolinérgicos: ↓ contrações detrusor • Sedativos: confusão mental / lentidão • Agonistas α -adrenérgicos: ↑ tônus esfíncter interno • Antagonistas α-adrenérgicos: ↓ tônus esfíncter interno • Bloqueadores dos canais de Ca: ↓ contrações do detrusor • Inibidores da ECA: tosse crônica Lívia Leandro - Med Fits 3. Compreender a iatrogenia e suas consequências. Afecções iatrogênicas: aquelas decorrentes da intervenção do médico e/ou de seus auxiliares, seja ela certa ou errada, justificada ou não, mas da qual resultam conseqüências prejudiciais para a saúde do paciente A iatrogenia adquire maior importância nos indivíduos idosos, nos quais tanto sua incidência como a intensidade de suas manifestações costumam ser mais acentuadas FATORES QUE CONTRIBUEM 4. Entender os impactos biopsicossociais da incontinência urinária no idoso. ➔ Restrição da atividade ➔ física Isolamento social ➔ Baixa auto-estima ➔ Insegurança ➔ Depressão ➔ Institucionalização ➔ Alto custo financeiro => TODOS COMPROMETEM A QUALIDADE DE VIDA <=
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