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MONITORIZAÇÃO EM ANESTESIOLOGIA · Avaliação objetiva (de como o paciente está) por meio de parâmetros diretos · PODE SER: • Invasiva: quando ultrapassa os limites da pele, atingindo tecidos ou vasos; • Minimamente invasiva: eletrodos em cavidades para mensurar temperatura, por exemplo; • Não-invasiva: não ultrapassa os limites da pele. · OBJETIVOS DA MONITORIZAÇÃO • Coletar dados que reflitam as condições fisiológicas em curso do paciente e quaisquer respostas que possam resultar de intervenções terapêuticas; • Possibilitar ao anestesiologista reagir a mudanças ou tendências fisiológicas adversas antes que elas resultem em danos irreversíveis. NORMAS BÁSICAS DE MONITORAMENTO ANESTÉSICO (ASA) • Oximetria de pulso; • Capnografia ; • Analisador de oxigênio; • Desligamento dos alarmes; • Medições da temperatura corporal; • Exibição visual de um eletrocardiograma; • Pressão arterial. • O uso de um estimulador de nervos periféricos para monitorar os efeitos de fármacos bloqueadores neuromusculares pode tornar-se obrigatório; • A escolha da monitorização anestésica pode ser expandida para além dessas normas básicas dependendo da condição clínica do paciente e da complexidade do ato cirúrgico; • O julgamento clínico do anestesiologista vai determinar se o risco potencial de usar quaisquer monitores (especialmente invasivos) é compensado pelos benefícios fornecidos. ELETROCARDIOGRAFIA / CARDIOSCOPIA • O ECG mostra o ritmo e a frequência cardíaca e ajuda a detectar arritmias; • A grande maioria das arritmias não tem impacto hemodinâmico importante, exceto as premonitórias de parada cardíaca e as indicativas de IAM; • A combinação das derivações II, V5 e V4 resulta na detecção de ate 96% de episódios isquêmicos. PRESSÃO ARTERIAL PRESSÃO ARTERIAL NÃO INVASIVA • Deve ser realizada em intervalos de 5 ou 10 minutos; • A introdução da aparelhagem eletrônica possibilitou conhecer, com acurácia, os valores da PAS, PAD e PAD (Pressões arteriais sistólica, diastólica e média). PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA • Introdução de um cateter diretamente em uma artéria (radial, femoral, axilar, etc); • Leitura contínua de PAS, PAD, PAM; • Análise da curva de pressão. • Altamente desejável na condução da anestesia de pacientes em estado de choque, coronarianos sujeitos a grandes cirurgias, previsão de grande perda sanguínea e doentes em estado grave; • Permite coleta de sangue para GASOMETRIA (determinação da PaO2, PaCO2, pH, HCO3, BE, Hb e SaO2), que permite uma visão global do transporte de oxigênio, da eficiência da ventilação, da eficácia da bomba cardíaca e das necessidades metabólicas; • Levar em consideração as complicações de cateterização arterial. PRESSÃO VENOSA CENTRAL • Estimativa do volume da pressão de enchimento do átrio direito, sendo dependente do volume de sangue, do tonus muscular e da função cardíaca; • Utilizada de maneira criteriosa,associada a outros parametros, auxilia na avaliação da volemia e da função cardíaca de pacientes graves. PRESSÃO VENOSA CENTRAL • Só é aceitável quando contribui para reduzir a morbimortalidade; • Ao colocar um cateter na veia cava ou no átrio direito, o anestesiologista expõe o enfermo a um risco de complicações que gira em torno de 30%; • Um grande benefício do cateter venoso central é permitir a verificações do hematócrito central e uma reposição volêmica rápida. VENTILOMETRIA / ANALISADOR DE GASES • A eficácia da medida isolada dos volumes expiratórios é pequena, pois não reflete a adequação da ventilação. Todavia, quando monitorizados continuamente, em conjunto com o monitor de pressão do sistema inalatório, indicam variações da impedancia pulmonar; • A análise de gases permite a avaliação da FiO2 e da CAM dos gases anestésicos. CAPNOGRAFIA • Avaliação da perfusão e ventilação pulmonar; • Determina a concentração expirada final de dióxido de carbono (troca gasosa adequada); • Indica com rapidez e segurança se ocorreu intubação esofágica. OXIMETRIA DE PULSO • Monitor obrigatório; • O oxímetro pode ser colocado em uma extremidade do dedo da mão ou do pé, no lobo da orelha ou em qualquer outro tecido bem perfundido que possa ser bem transiluminado; • O mecanismo baseia-se no fato de a hemoglobina saturada e a reduzida terem diferentes taxas de absorção de luz vermelha e infravermelha (sensor com fonte de calor). • Carboxi-hemoglobina e oxi-hemoglobina tem absorção de luz com o mesmo comprimento de onda – atenção a falsas leituras quando o paciente sofre intoxicação por monóxido de carbono – a oximetria pode, inicialmente, não sofrer alteração; • Podem causar artefato: excesso de luz ambiente, azul-de-metileno, má posição do sensor, tipos de esmalte de unha e queda do débito cardíaco; • Pode não acusar intubação brônquica seletiva imediatamente; • O uso do sensor no lobo da orelha detecta mudanças na saturação mais rapidamente do que usando no dedo. - PROVA ATÉ AQUI ESTIMULADOR DE NERVO PERIFÉRICO • A monitorização da função neuromuscular é indicada sempre que utiliza-se bloqueadores neuromusculares de ação intermediária ou longa; • É especialmente indicado em pacientes com disfunção renal ou hepática e doenças neuromusculares, nos quais se espera aumento do efeito dos relaxantes musculares; • Feita por estímulo de nervo periférico; • A observação visual e tátil é a prática mais utilizada. ESTIMULADOR DE NERVO PERI • TOF ( Train-of-four / Sequência de quatro estímulos) • TOF • Paciente descurarizado TEMPERATURA • Mudanças na temperatura corporal são eventos intraoperatórios frequentes durante procedimentos cirúrgicos; • O estado exposto do paciente faz com que a pele esfrie e, ainda mais importante, os anestésicos gerais administrados provocam declínio no mecanismo de termorregulação; • A HIPOTERMIA leve pode atrasar a recuperação da anestesia; • Os tremores podem aumentar a utilização de oxigênio, pressão arterial e frequência cardíaca e podem resultar em isquemia cardíaca em paciente suscetíveis; • A hipotermia mais profunda pode estar diretamente relacionada com arritmias; • O tempo de coagulação e a cicatrização também são prejudicados em função da hipotermia. BIS ( ÍNDICE BISPECTRAL) • Monitorização da atividade elétrica cerebral • Escala numérica obtida a partir do EEG, que varia de 1 a 100 • 100 – INDIVÍDUO ACORDADO E CONSCIENTE • < 70 – SEDAÇÃO SUPERFICIAL • < 60 – HIPNOSE PROFUNDA • INDICAÇÕES: Procedimentos com alto índice de despertar intraoperatório (cirurgias cardíacas, por ex.) e pacientes críticos nos quais o limiar entre o plano anestésico e o despertar é muito estreito. DÉBITO URINÁRIO • Reflexo da perfusão e função renal; • Limite inferior: 0,5ml/Kg/h; • Sondagem vesical; • Indicações: ICC, doença hepática avançada, choque, cirurgias cardíaca, vascular, grandes cirurgias abdominais, lipoaspiração, cirurgias de grande porte, cirurgias de grande duração. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA • ECO TRANSESOFÁGICO • Avaliação da função cardíaca, valvar, presença de isquemia miocárdica e débito cardíaco; • Utilizado em cirurgias de grande porte; • Contraindicado em pacientes com doença esofágica; • Contraindicação relativa: coagulopatias, uso de anticoagulantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS • A monitorização inicial mínima consiste em Oximetria de pulso, Cardioscopia (ECG) e Pressão arterial não invasiva (PANI); • À medida que a complexidade da cirurgia e anestesia e/ou gravidade do paciente aumentam é mandatório a utilização de outros parâmetros. Por exemplo: Cirurgias sob anestesia geral com intubação: capnógrafo e analisador de gases.
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