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Siglas utilizadas Incidências Radiológicas Aula 08: Incidências radiológicas da caixa torácica Apresentação Nesta aula, estudaremos os posicionamentos dos pacientes e as incidências radiológicas para a realização de exames radiológicos de rotina básica e especial ou complementar da caixa torácica. Além disso, veremos os critérios técnicos, utilizando como bases a física das radiações e a geometria da imagem, para a aquisição das imagens radiológicas. A compreensão do conteúdo apresentado nesta aula nos possibilitará o entendimento teórico-prático das principais incidências radiológicas da caixa torácica, de forma que façamos as correlações propositivas para aplicar os posicionamentos radiográ�cos da caixa torácica nos futuros pacientes, alcançando, com essa base teórica, a excelência na realização das incidências radiológicas. Objetivos Descrever as principais incidências radiológicas da caixa torácica; Identi�car as técnicas radiológicas usadas na caixa torácica. Como sabemos, antes de iniciarmos nossos estudos, é necessário conhecer as siglas que serão utilizadas nos posicionamentos apresentados nesta aula: Esterno - OAD SIGLA PALAVRA SIGNIFICADO AP Anteroposterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de frente para trás DFF Distância foco filme A distância entre o foco de raios X e o filme KV Quilovoltagem A diferença de potencial criada entre o ânodo e o cátodo que aumenta a frequência dos raios X (penetrabilidade) mAs Miliamperagem por segundo A quantidade de radiação produzida (mA) multiplicada pelo tempo de exposição (s) RC Raio central Orientado pela colimação. É a parte central onde se concentra o feixe de raios X OPD e OPE - Oblíqua posterior direita e oblíqua posterior esquerda. OAD e OAE - Oblíqua anterior direita e oblíqua anterior esquerda. Hemitórax - Metade do tórax, caracterizada geralmente pelo estudo dos arcos costais unilateral. RI Receptor da imagem - Veja os Tamanhos dos �lmes/receptores de imagem apresentados nesta aula: 13x18cm; 18x24cm; 24x30cm; 35x35cm; 30x40cm; 35x43cm. Imagem ilustrativa da incidência radiológica do esterno em OAD. (Fonte: UTFPR) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de fraturas no osso esterno. Principais estruturas demonstradas Vista oblíqua do manúbrio, corpo do esterno e processo xifoide. Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 24x30cm no sentido longitudinal; Técnica de referência: 40mAs e 65KV, no Bucky, usar tempo de exposição longo (1 segundo); RC: Perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a porção média do esterno (altura de T4-T5). Esterno – per�l direito ou esquerdo Posição do paciente e da parte ou região do corpo Semidecúbito ventral com o lado direito do corpo sobre a mesa, realizando uma rotação de 10º a 15º em relação à mesa ou à estativa, caso faça o exame de pé. Com isso, você conseguirá compreender as incidências radiológicas do esterno em OAD. Atenção O paciente deve interromper a respiração durante a execução do exame (disparo). A posição oblíqua anterior direita vislumbra a demonstração do osso esterno entre a coluna vertebral torácica e o mediastino, mais especi�camente, a área cardíaca. Imagem ilustrativa da incidência radiológica do esterno em perfil. (Fonte: UTFPR) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de fraturas no osso esterno. Principais estruturas demonstradas Vista em per�l do manúbrio, corpo do esterno e apó�se xifoide. Incidência PA para articulações esternoclaviculares Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 24x30cm no sentido longitudinal; Técnica de referência: 40mAs e 75KV, no Bucky, usar tempo de exposição longo (1 segundo); RC: Perpendicular ao receptor de imagem, direcionado 5cm abaixo e 3cm anterior à região axilar. Posição do paciente e da parte ou região do corpo Ortostática lateral, com os braços para trás e projetando o tórax à frente. Alternativamente, o paciente pode erguer os braços. Deve-se escolher o que é mais confortável para o paciente. Com isso, você conseguirá compreender as incidências radiológicas do esterno em per�l. Atenção O paciente deve interromper a respiração durante a execução do exame (disparo) ou inspirar profundamente e realizar apneia para que a projeção do tórax �que mais evidente. Imagem ilustrativa da incidência radiológica PA para articulações esternoclaviculares. (Fonte: UTFPR) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de subluxações ou outras condições patológicas das articulações esternoclaviculares. Principais estruturas demonstradas Aspecto lateral do manúbrio e porção medial das clavículas visualizadas lateralmente à coluna vertebral, por meio de sobreposição das costelas e pulmões. Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1,0m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 13x18cm ou 18x24cm ou 24x30cm ou 13x18cm no sentido longitudinal; Técnica de referência: 10mAs e 70 KV, no Bucky; RC: Perpendicular centralizado no nível de T2-T3, ou 7 cm distais à proeminência vertebral (processo espinhoso de C7). Oblíquas anteriores (OAD e OAE) das articulações esternoclaviculares Posição do paciente e da parte ou região do corpo Paciente em pronação, com a cabeça virada para um dos lados sobre um travesseiro, os braços para cima ao lado da cabeça ou para baixo ao lado do corpo. Uma alternativa é o PA em ortostática. Atenção O paciente deve suspender a respiração com expiração total e evitar a rotação do corpo. Essa incidência radiológica pode ser realizada em caráter comparativo ou, de acordo com o critério médico e clínico, isoladamente, inclusive, visando a proteção radiológica do paciente. Imagem ilustrativa da incidência radiológica oblíqua das articulações esternoclaviculares. (Fonte: UTFPR) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de subluxações ou outras condições patológicas das articulações, diástase da articulação. A articulação esternoclavicular é mais bem visualizada pelo lado inferior, que também é demonstrado próximo à coluna na radiogra�a. Principais estruturas demonstradas O manúbrio e porção medial das clavículas. Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1,0m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 18x24cm ou 13x18cm no sentido longitudinal ou transversal; Técnica de referência: 10mAs e 65KV, no Bucky; RC: Perpendicular centralizado no nível de T2-T3, ou 7cm distais à proeminência vertebral (processo espinhoso de C7). Posição do paciente e da parte ou região do corpo Paciente em pronação, com leve rotação de 10º a 15º do tórax, alinhar e centralizar o processo espinhoso 3 a 5cm lateralmente ao RC e à linha média da grade ou mesa/bucky vertical. Com isso, você conseguirá compreender as incidências radiológicas oblíquas anteriores (OAD e OAE) das articulações esternoclaviculares. Atenção O paciente deve suspender a respiração com expiração total e evitar a rotação do corpo. Essas incidências radiológicas podem ser realizadas em caráter comparativo ou, de acordo com o critério médico e clínico, isoladamente, inclusive, visando a proteção radiológica do paciente. Incidência AP para costelas posteriores – acima ou abaixo do diafragma Imagem ilustrativa da incidência radiológica AP para costelas posteriores. (Fonte: dicas de radiologia) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de patologias costais, incluindo fraturas e processos neoplásicos. Principais estruturas demonstradas As costelas 1 a 10 devem ser visualizadas acima do diafragma e as costelas de 9 a 12 devem ser visualizadas abaixo do diafragma. Incidência PA para costelas anteriores – acima do diafragma Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1,0m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 35x35cm ou 35x43cm no sentido longitudinal; Técnica de referência: 40mAs e 65KV, no Bucky; RC: Acima do diafragma- perpendicular ao RI, centralizado de 8 a 10cm abaixo da incisura jugular ao nível da T7. Abaixo do diafragma - perpendicular ao RI, centralizado no nível do processo xifoide. Posição do paciente e da parte ou região do corpo Colocar o paciente em ortostática ou em decúbito dorsal, alinhar o PMS ao RC a à linha média do Bucky vertical ou da mesa. Erguer o queixo para evitar a sobreposição dele às costelas superiores e rodar os ombros anteriormente, a �m de remover as escápulas da incidência dos campos pulmonares. Com isso, você conseguirá compreender as incidências radiológicas AP para costelas posteriores. Atenção O paciente deve suspender a respiração na inspiração para as costelas acima do diafragma e na expiração para as costelas abaixo do diafragma. Imagem ilustrativa da incidência radiológica das costelas anteriores em PA. (Fonte: UTFPR) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de patologias costais, incluindo fraturas e processos neoplásicos e lesões costais abaixo do diafragma. Principais estruturas demonstradas As costelas 1 a 10 devem ser visualizadas acima do diafragma. Estudo unilateral das costelas – incidência em AP ou PA Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1,0m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 35x35cm ou 35x43cm no sentido longitudinal; Técnica de referência: 40mAs e 65KV, no Bucky; RC: Perpendicular ao RI, centralizado de 8 a 10cm abaixo da incisura jugular ao nível da T7. Posição do paciente e da parte ou região do corpo Colocar o paciente em ortostática preferencialmente ou em decúbito ventral, alinhar o PMS ao RC e à linha média do Bucky vertical ou da mesa. Erguer o queixo para evitar a sobreposição dele às costelas superiores e rodar os ombros anteriormente, a �m de remover as escápulas da incidência dos campos pulmonares. Com isso, você conseguirá compreender as incidências radiológicas PA para costelas anteriores. Atenção O paciente deve suspender a respiração na inspiração para as costelas acima do diafragma e garantir a ausência de rotação do tórax ou da pelve. Costelas – oblíquas posteriores e anteriores – acima ou abaixo do diafragma O estudo unilateral das costelas ou arcos costais vislumbra a análise do hemitórax, um dos lados da caixa torácica, para �ns de proteção radiológica do paciente e do tecnólogo responsável pelo exame. Além disso, é importante você saber que o �lme ou receptor da imagem deve ser menor do que o convencional. O mais utilizado é 35x43cm e recomenda-se o uso do 30x40cm no sentido longitudinal para diminuir o custo e a área de estudo, priorizando, assim, a proteção radiológica. As demais técnicas vistas anteriormente nesta aula serão adequadas ao estudo unilateral abaixo e acima do diafragma, inclusive. Imagem ilustrativa das incidências radiológicas oblíquas de costelas. (Fonte: UTFPR) Justi�cativa para realização do exame Incidência realizada para o estudo de patologias costais, incluindo fraturas e processos neoplásicos e lesões costais abaixo ou acima do diafragma. As posições oblíquas demonstrarão a porção axilar das costelas, que não é bem visualizada nas incidências radiológicas PA e AP. Principais estruturas demonstradas As costelas 1 a 10 devem ser visualizadas acima do diafragma e as costelas de 9 a 12 devem ser visualizadas abaixo do diafragma. Fatores técnicos e posicionamento DFF: 1m; Tamanho do �lme/receptor de imagem e sentido: 35x35cm ou 35x43cm no sentido longitudinal; Técnica de referência: 40mAs e 65KV, no Bucky; RC: Perpendicular ao RI, centralizado entre a margem lateral das costelas e a coluna vertebral torácica. Acima do diafragma - 8 a 10cm abaixo da incisura jugular (T7) - o topo do RI aproximadamente 4cm acima dos ombros; Abaixo do diafragma - entre o processo xifoide e o gradil costal inferior (parte inferior do RI no nível da crista ilíaca). Posição do paciente e da parte ou região do corpo Posicionar o paciente em oblíqua posterior ou anterior a 45º, com o lado afetado próximo ao RI em oblíqua posterior e o lado afetado oposto ao RI em oblíqua anterior, devendo-se rodar a coluna de forma que se afaste do local da lesão. Erguer o braço do lado elevado acima da cabeça e estender o braço oposto para baixo e atrás do paciente, longe do tórax. Se em decúbito, �exionar o joelho do lado elevado para ajudar a manter essa posição. Com isso, você conseguirá compreender as incidências radiológicas oblíquas posteriores e anteriores acima ou abaixo do diafragma. Atenção O paciente deve suspender a respiração na inspiração para as costelas acima do diafragma, na expiração para as costelas abaixo do diafragma e garantir a ausência de rotação do tórax ou da pelve. Atividade 1. Na incidência radiológica OAD do esterno, qual das angulações do paciente abaixo é utilizada para a visualização completa deste osso? a) 45º. b) 35º. c) 15º. d) 5º. e) 90º. 2. Quais são os possíveis receptores de imagem para a incidência radiológica da articulação esternoclavicular em PA? a) 18x24cm e 24x30cm. b) 30x40cm, 35x43cm e 15x40cm. c) 24x30cm, 35x43cm e 35x35cm. d) 24x30cm e 35x43cm. e) 13x18cm, 18x24cm ou 24x30cm. 3. Qual é a DFF da incidência radiológica das costelas em AP? a) 150cm. b) 180cm. c) 120cm. d) 130cm. e) 100cm. 4. Quais são as incidências radiológicas utilizadas para estudar as costelas lesionadas na face anterior do tórax? Per�l a) Perfil e PA. b) AP e oblíquas. c) PA e oblíquas. d) Oblíquas posteriores ou anteriores. e) AP axial e AP. 5. Qual é a DFF para a incidência radiológica do esterno em per�l? a) 120cm. b) 100cm. c) 150cm. d) 180cm. e) 90cm. 6. Analise a sentença abaixo e depois marque verdadeiro ou falso: A incidência radiológica do esterno em OAD serve para analisar somente o manúbrio e o corpo do esterno à frente do mediastino. Referências BIASOLI, JR. Antônio. Técnicas Radiográ�cas. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. BOISSON, Luiz Fernando. Técnica Radiológica Médica Básica e Avançada. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. BONTRAGER, Kenneth L., LAMPIGNANO, John P. Tratado de Posicionamento Radiográ�co e Anatomia Associada. 8. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2014. DOS SANTOS, Gelvis Cardozo. Manual de Radiologia – Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2008. Próxima aula Incidências radiológicas do tórax e do mediastino; Incidências radiológicas da cavidade abdominal. Explore mais Assista ao vídeo Fraturas de arcos costais. Acesso em 20 jun. 2019. Visite a Portal Pneumoimagem e saiba mais sobre fraturas de arcos costais. javascript:void(0); javascript:void(0);
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