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RESENHA DO ARTIGO INATIVIDADE FÍSICA, DOENÇAS CRÔNICAS, IMUNIDADE E COVID-19


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARNHÃO – UEMA 
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC 
DISCIPLINA DE MEDICINA DESPORTIVA 
 
RESENHA DO ARTIGO “INATIVIDADE FÍSICA, DOENÇAS CRÔNICAS, 
IMUNIDADE E COVID-19” 
INTRODUÇÃO: 
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), representadas Obesidade, 
doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares, renais, diversos tipos de 
câncer, transtornos mentais, dos ossos e articulações. A inatividade física figura 
como uma das principais causas atribuídas ao desenvolvimento de DCNT1, e o 
agravamento das condições clínicas por COVID-19 relaciona-se com o 
diagnóstico prévio de inflamação e DCNT. 
Nesse sentido, percebe-se que a atividade física é um fator extremamente 
contribuinte para prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), 
que reduz a qualidade de vida dos indivíduos e aumenta as chances de 
morbimortalidade. Além dessa importante contribuição, é muito eficaz também 
no aumento da imunidade e na melhora da recuperação clínica dos pacientes 
acometidos por COVID-19. 
CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE RESPOSTA IMUNE E ESTRESSE: 
A função do sistema imunológico é reconhecer o que é próprio e não próprio do 
organismo para reparar possíveis danos e preservar a homeostase, em 
cooperação com outros sistemas fisiológicos. No desempenho de suas funções, 
o sistema imune pode ser dividido em duas categorias: imunidade natural ou a 
inata e imunidade adquirida ou adaptativa. 
O estresse é fundamental em processos adaptativos, sejam eles físicos, 
químicos ou psicológicos. Ele pode ser considerado um conjunto amplo de 
eventos, consistindo em um estímulo estressor, uma reação processada no 
sistema nervoso central, e respostas como, por exemplo, de luta-fuga (ou 
congelamento). Para a preservação da homeostase em situações de estresse, 
diversos mensageiros químicos são secretados e agem de forma autócrina, 
parácrina e endócrina, como as citocinas. Essas proteínas orquestram não 
somente a imunidade específica como também integram os sistemas 
imunológico, nervoso, endócrino, cardiovascular, renal, digestório e 
hematopoiético. 
Considerações básicas sobre resposta imune e exercício físico: 
Ao que tudo indica, parece haver um consenso de que as respostas imunes ao 
exercício refletem o estresse fisiológico e metabólico acumulado 
individualmente. A abordagem multifatorial é crucial para que se possa levar em 
consideração fatores como o sono, ansiedade, fadiga mental, nutrição, histórico 
de infecções, higiene pessoal, frequência de viagens e condições climáticas 
(extremos ambientais). Sabe-se que a alimentação balanceada, dentre diversos 
benefícios, pode prevenir o desvio da rota metabólica de aminoácidos, cruciais 
à saúde dos macrófagos, durante situações de estresse prolongado ou 
inadequação no consumo de proteínas. Além disso, restrições severas de 
carboidratos podem favorecer a elevação crônica do cortisol e contribuir para o 
processo de imunossupressão celular. O sono regular é fundamental para o 
equilíbrio do sistema imune e da relação entre hormônios anabólicos e 
catabólicos. 
Sugestões para ações em saúde pública de médio a longo prazo: 
Ações conjuntas para o estímulo de práticas promotoras da imunidade e saúde 
podem amenizar a crise econômica, política e social no Brasil, pois novos surtos 
têm sido reportados no mundo. Sugere-se o fomento às atividades físicas 
paralelamente à conscientização sobre estratégias para o controle do estresse 
mental e ansiedade, alimentação, ritmo circadiano, utilização de drogas lícitas 
(ex. fármacos, tabaco, álcool, outras substâncias psicoativas como a cafeína) e 
ilícitas. 
Para que uma atividade física apresente benefícios potencializados e riscos 
reduzidos, é importante considerar uma mínima estruturação e contextualização 
com outros estímulos/fatores estressores. A orientação profissional é relevante 
nesse sentindo, por transformar atividades físicas em exercícios físicos. 
Princípios e conceitos básicos da prescrição devem ser respeitados para que 
sedentários, atletas de elite, amadores e de recreação desenvolvam ou 
mantenham o condicionamento físico e saúde, evitando o gatilho para a 
imunossupressão celular ou qualquer outro tipo de efeito colateral ao movimento 
(ex. lesões, apatia, fadiga crônica, descondicionamento paradoxal ou respostas 
biológicas exacerbadas à reação de alarme decorrentes dos mais diferentes 
tipos de estresse). 
Sabe-se que saúde não é meramente a ausência de doenças. A utilização de 
produtos químicos é uma prática extremamente importante durante a pandemia, 
mas torna-se limitada de médio a longo prazo se a imunidade celular e humoral 
desarmonizarem (ex. sedentarismo). Além disso, esses produtos em excesso 
podem comprometer a microbiota e a relação simbiótica favorável à coevolução. 
Seria conveniente alertar sobre o seu uso consciente e moderado, aliado ao 
desenvolvimento da imunidade e saúde.