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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS – PORTUGUÊS – MODALIDADE A DISTÂNCIA Disciplina: LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE PORTUGUÊS Profa. Dra.: Celeste Maria da Rocha Ribeiro Acadêmico: Jennefer Lobato Oliveira Polo: UAB Vitória do Jari RESENHA Acredito que a escola deve seguir um projeto pedagógico capaz de despertar o interesse dos jovens estudantes para que eles consigam estabelecer conexões entre os conteúdos escolares e a vida, ou do trabalho, ou na cultura em geral. Não há dúvidas quanto ao fato de que os jovens devam perceber que há um ganho em frequentar a escola, tanto em termos de se tornarem capazes de compreender os conteúdos ali trabalhados, desenvolver, ser responsável e criativo em diversos aspectos de seu cotidiano. No discurso oficial as novas regras deveriam servir de parâmetro para definir e nortear a elaboração do novo currículo, porém, ele constitui num texto abrangente, confuso, sem esclarecer, exatamente, o que deve ser ensinado e quando deve ser ensinado. Essa mistura de teorias linguísticas presentes nesses documentos e empregada nos conceitos, como por exemplo, os de linguagem e língua veiculados pelos PCNEM, que trazem duas perspectivas teóricas – estruturalismo e sócio- interacionismo –, dificulta a definição de uma proposta pedagógica por parte dos professores que, sem saber exatamente como acompanhar essa proposta, acabam, no geral, ensinando, em sala de aula, apenas a partir do currículo consolidado. Surgindo a necessidade de abdicar de dogmas universais existentes no ensino, para que possamos atender às necessidades imediatas e reais dos alunos. O pilar educativo “aprender a aprender” Passa a ser substituído por outros modernos, a saber: “aprender a ser”, “aprender a fazer”, “aprender a viver”, “aprender a conhecer” (PERRENOUD, 2000), assim podemos dizer que: o conhecimento deve ser socializado, interagido, trocado entre todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, já não deve ser mais como algo monótono e seco em que a figura do professor sobressai sobre os demais indivíduos. Assim, o aluno deve ser visto como sujeito ativo e participativo que busca sua identidade. Para que isso ocorra, precisamos que os professores rompam com modelos impermeáveis e ultrapassados como: mecanização de “decoreba”, anotações de resumos de textos, exposição, que não seja a dialogada em sala de aula. Enfim, que todos reconheçam que a sala de aula é um local de interlocução, de troca, onde haja a interpretação e reinterpretação da realidade social dos sujeitos. Para que de fato aconteça uma mudança no Ensino Médio é, necessário que a política de reorganização proposta pelo OCNEM se efetive; principalmente, no que diz respeito à perspectiva teórica adotada. Quanto à disciplina de Língua Portuguesa, as Orientações Curriculares Nacionais sugerem que para se consolidar este novo currículo é necessário que haja uma discussão com a finalidade de definir com clareza uma compreensão sobre a linguagem e a aprendizagem. Uma das linhas de estudo nos campos da Língua Portuguesa, que não deve ficar de fora se refere a interação. Neste cenário, as atividades humanas são consideradas como mediadas simbolicamente. Além disso, presume-se que se é pelas atividades de linguagem que o homem se constitui um sujeito, apenas por intermédio dela é que se têm condições de refletir sobre si mesmo. Podemos dizer que, por meio das atividades de compreensão e produção de textos, o sujeito desenvolve uma relação íntima com a leitura, escrita e fala de si mesmo e do mundo que o rodeia, é o que viabiliza novos significados para seus processos individuais. Logo, é evidente a necessidade de organização do trabalho nas aulas de Língua Portuguesa, pois há certas incoerências, principalmente entre as expectativas, tanto do professor quanto dos alunos, com o que realmente se desenvolve nas aulas. Um exemplo é o fato de o professor dizer que ler e interpretar são o ponto de partida para o ensino da língua e os alunos dizerem que não compreendem o que leem e que têm dificuldades em produzir textos, no entanto, isso ainda não é prioridade nas aulas. Assim, foi possível perceber no texto da última publicação sobre a OCNEM, a tentativa de promover mudanças significativas quanto ao cenário vivido no processo de ensino-aprendizagem até o momento. Pareceu-nos claro, de igual modo, a pretensão de ampliar o engajamento discursivo do aluno do ensino médio e das suas práticas de leitura, produzindo-se uma interrelação possível com as concepções de leitura dentro da abordagem sociocultural, conjuntamente à proposta do letramento e do letramento crítico. Portanto, entendemos e esperamos que essas ações possam trazer implicações na forma de ensinar e de aprender.
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