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Considerações sobre a importância do Crédito Consignado na Qualidade de Vida Fernanda Rodriguez de Oliveira1 Maria José Urioste Rosso2 Resumo Busca-se através deste artigo apresentar considerações sobre as condições de melhoria para a qualidade e o uso do Crédito Consignado. Procura-se analisar as vantagens e as desvantagens que o crédito bancário oferece ao cliente em Instituição Bancária e sugestões para a satisfação de clientes. Questiona-se sobre a importância do Crédito Consignado e respectivas vantagens para o cliente e para a Instituição Financeira? O desafio para o Banco é minimizar as limitações da procura por novos clientes e satisfazer os atuais, como sendo o tema principal. Entende-se por Crédito Consignado uma modalidade de empréstimo caracterizado pela dedução de suas parcelas em folha de pagamento, aumentando a garantia de recebimento, causando diminuição significativa nas taxas de juros cobradas nessa operação. Pode-se dizer que o crédito afeta diretamente o mercado econômico e social. Conclui-se também que apesar do baixo retorno – se comparado com outras modalidades de empréstimos – oferece aos bancos e financeiras, fidelização e oportunidade para novos negócios. Palavras Chave: Crédito Consignado, Qualidade de Investimento; Satisfação de Cliente; Instituição Financeira. Introdução Nas suas diferentes finalidades, tanto para uso próprio como para investimento, o empréstimo é de suma importância para a economia do país, pois impulsiona os negócios. Mercados de crédito profundos e eficientes, com a existência de bancos sólidos que fornecem crédito de maneira estável, ao financiar o consumo e o 1 Graduando do curso de Administração pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo – U.E. Lorena. 2 Orientadora do artigo; Psicóloga; Mestre em Administração; Doutora em Sociologia – Pontifícia .Universidade Católica de São Paulo; Docente da disciplina “Psicologia Organizacional e do Trabalho”, “Comportamento Organizacional” - UNISAL, U.E. de Lorena. investimento, contribuem para o desenvolvimento econômico e social do país. Com isso este artigo tem a finalidade de abordar o benefício que ganhou espaço no setor público e privado, o empréstimo consignado. Uma modalidade de empréstimo que facilita a aquisição de bens e serviços e disponibiliza capital às pessoas de maneira mais rápida e acessível do que os empréstimos convencionais. De acordo com Fittipaldi, Cavallazzi, Franco (2006) o Empréstimo Consignado está previsto pelo ordenamento brasileiro, através da Lei nº 10.820 que consiste em um contrato realizado entre indivíduos e uma empresa financeira, que determina o valor que será descontado em prestações na folha de pagamento do indivíduo, tendo sua devida autorização de desconto e dentro do percentual máximo permitido de 30%. A facilidade para obter o empréstimo e a falta de orientação financeira, podem gerar um grande comprometimento na renda mensal dos usuários do referido benefício. Surge, portanto, a necessidade de avaliar a utilização do empréstimo consignado no setor público, identificando o perfil dos seus usuários, como também, os motivos que os levam a adquirir o benefício e o quanto ele pode comprometer a renda familiar dos servidores. Neste artigo estar-se-á considerando os seguintes conteúdos (que se entende por Mercado Financeiro, Refletindo sobre Investimento X Investidor, Empréstimo ou Crédito Bancário.) Referencial Teórico sobre Qualidade de Vida A qualidade é um ideal que faz parte cada vez mais do vocabulário das empresas que querem se manter no mercado, competitivas e com bases sólidas, e que as impulsionem sempre ao progresso. Organizações precisam focar os processos que fazem parte da trilogia desenvolvida por J.M. Juran (1993), que são: planejamento, controle e melhoramento da qualidade. O desenvolvimento do aspecto motivacional está diretamente relacionado ao melhoramento da qualidade, pois segundo Juran (1993, p. 27): 1. Investimento no melhoramento da qualidade fornece um retorno mais cedo e mais mensurável do que o investimento no planejamento da qualidade ou no controle da qualidade. 2. Os projetos de melhoramento da qualidade geralmente provocam maior entusiasmo e estimulam um espírito de equipe mais forte do que projetos de planejamento de qualidade ou de controle de qualidade. 3. Os projetos de melhoramento da qualidade fornecem conjuntamente informações de entrada essenciais – lições aprendidas – ao processo de planejamento da qualidade. Buscar-se-á através deste artigo, a demonstração da importância do aspecto motivacional no mundo da qualidade, onde serão traçadas algumas analogias que ilustrarão a necessidade latente do melhor uso da motivação, ferramenta utilíssima ao sucesso de qualquer programa de melhoria continuada. As pessoas necessitam de estímulos para desempenharem bem o seu papel, precisam sentir-se bem para poderem executar suas tarefas de forma adequada e produtiva, assim o enfoque deixou de ser apenas no produto. Segundo Moller (1992, p.5): Ao invés de se concentrar apenas na qualidade do produto, a nova consciência de qualidade abrange também a qualidade dos esforços do indivíduo. Não se trata mais de uma questão de produzir bens de qualidade e satisfazer às expectativas do cliente, mas também de inspirar as pessoas que produzem bens e serviços para que façam o melhor possível. Segundo Juran (1992, p.432): “A motivação é um elemento essencial para se alcançar à qualidade, especialmente para se alcançar a liderança em qualidade”. Na visão de Moller (1992, p.7): “A qualidade pessoal é a base de todos os outros tipos de qualidade. A qualidade pessoal é crucial para sua auto- estima, a qual por sua vez determina seu bem-estar, sua eficiência, suas atitudes e seu comportamento”. A qualidade, ou a implantação de qualquer programa desta, passa obrigatoriamente pela qualidade do indivíduo e da vida que ele pode usufruir com os frutos do seu trabalho. A avaliação de seu desempenho pode então ser tomada como sendo o termômetro do nível de qualidade que a organização está oferecendo a ele. Segundo Chiavenato (1994, p.201): A qualidade não é o ponto final. Ela é uma viagem e não um destino. A avaliação do desempenho está muito ligada ao conceito de qualidade. Há quem diga que a avaliação do desempenho é uma espécie de inspeção de qualidade do desempenho humano. Todavia, há um aspecto particularmente importante quando se introduz o conceito “qualidade” na dinâmica organizacional. Na última década a preocupação com a qualidade de vida invadiu a situação de trabalho, como parte integrante de uma sociedade complexa e de um ambiente heterogêneo. Então, se o indivíduo é avaliado em seu desempenho, a organização pode criar meios de tornar seu ambiente favorável à motivação para o trabalho. Conforme Chiavenato (1994, p.202): “O desempenho humano e o clima organizacional representam fatores importantes na determinação da qualidade de vida no trabalho”. Todos da empresa buscam melhoria na qualidade. A qualidade deve ser buscada incessantemente através de produtos e serviços que agradecem ao cliente e de métodos de execução eficientes e eficazes. A qualidade deve ser o foco, pois o cliente busca satisfação com os produtos e serviços da empresa em questão. O objetivo de todos da organização deve ser procurar não apenas satisfazer as necessidades dos clientes, mas também às mais exigentes expectativas do cliente. Segundo Cobra (1994, p.440), devem-se identificar necessidades e interesses dos clientes como: Especular sobre os resultados: especular sobre quanto cada cliente irá comprar e depois comparar os resultados alcançados. Planejar a obtenção de informação: identificar os clientes-chaves, que podem fornecer boas informações de mercado. Tabular as informações: Após a coleta de informações, elas devem ser tabuladas e confrontadas com as expectativas a cada cliente. Isto significa confrontar as vendas com os clientes manifesta interesses de comprar. Verificar a procedência dos problemas: muitos problemas podem estar sendo interpretados equivocadamente, portanto antes de qualquer é importante verificar se o problema é procedente ou não. Ação: uma vez identificadas as causas dos problemas é necessário eliminá- las. A programação de visitas regulares aos clientes-chaves pode revelar-se uma importante ação para melhoria da qualidade do serviço ao cliente. É necessário contar aos clientes acerca dos problemas e discutir formas de solução que sejam de interesse mútuo. (COBRA, 1994, p.447-448). Às vezes a causa do problema, da dificuldade é financeira e essa repercute em outras dimensões como: a familiar, a social causando transtornos muitas vezes difíceis de serem controlados. Assim sendo, as Instituições Financeiras podem contribuir para a minimização de tais problemas. Contribuindo para o benefício de seus respectivos clientes necessitados, igualmente se auxiliam e se desenvolvem. 2.1 O que se entende por Mercado Financeiro As instituições financeiras muitas vezes determinam o padrão de vida da população, efetuando a intermediação financeira entre poupadores e tomadores de recursos, determinando e alterando a trajetória do progresso econômico. São os mercados financeiros maiores e mais eficientes que contribuem positivamente para o desenvolvimento econômico do país. Considera-se um mercado financeiro eficiente quando basicamente apresenta as seguintes características segundo Vezzaro (2009): Obtem participantes suficientes no mercado de ativos, fazendo com que haja característica de concorrência; Os agentes devem criar expectativas conforme todas as informações disponíveis, sendo assim, tomando decisões com resultados positivos, podendo reavaliar caso obtenha novas informações; Os agentes possuem livres acesso as informações e ao mercado fazendo com que suas expectativas sejam homogêneas. O sistema financeiro nada mais é que composto de instituições financeiras, órgãos e populações com negócios dos mais variados que geram a circulação da moeda no país. Continua Carvalho e Abramovay (2004) que a grande dificuldade que os tomadores de crédito enfrentam nesse vasto mercado com as altíssimas taxas de juros, onde se deparam empresas e outros diversos interessados levando os mesmos a limitarem seu crescimento, pois acabam destinando significativa parte de suas rendas a cobrirem essas taxas para que possam pagar dividas e acertarem sua situação financeira. Sendo que o sistema financeiro gira de acordo com oferta e demanda e que em diversos negócios situações inesperadas (riscos) poderão ocorrer, é que se torna essencial um cauteloso gerenciamento do mesmo para que essas ações não fragilizem a atividade. Podem-se classificar as operações no mercado de crédito de acordo com (Andrezo e Lima 1999) da seguinte forma: Mercado de Crédito: composto por curto ou médio prazo para instituições financeiras, fornecendo crédito e financiamento. Mercado de capitais: composto por médio ou longo prazo para instituições financeiras, onde se compra e vendem-se ações e títulos de dívidas em geral. Mas não somente os dois citados acima, de acordo com estudos existem mais dois tipos de características como: Mercado Monetário: com prazos curto e curtíssimo, não sendo de intermediação bancária. Mercado Cambial: com prazos curto e à vista, sendo este de intermediação bancária e corretoras. As operações normalmente são de curto prazo e as instituições que nele atuam são os bancos comerciais e as firmas em geral. Com o crescimento das empresas e a expansão dos negócios, surge a necessidade de crédito e de uma estrutura de capital que permita o aumento da escala produtiva. Diante desse novo cenário, as empresas começam um processo de abertura do capital, o número de proprietários aumenta e a necessidade de uma administração profissional fica evidente. (VIEIRA; MENDES, 2006, p.50). Mercado Financeiro ou Bancário refere-se de modo geral ao mercado de emprestadores e tomadores de empréstimos, levando em conta as instituições e operações que permitem ou facilitam o acontecimento desse processo. Nomeia a taxa que remunera os empréstimos de taxa de juros e as instituições que auxiliam o empréstimo de instituições financeiras. O crédito bancário é baseado no pressuposto de que os bancos desempenham um papel especial no sistema financeiro, porque estão particularmente bem apetrechados para lidar com os problemas e com os conflitos de informações, característicos dos mercados do crédito de acordo com Fuinhas (2002) A relevância da concessão do crédito bancário na formulação da Hipótese da Instabilidade Financeira está ligada aos riscos decorrentes do financiamento dos investimentos em bens de capital, determinante para a definição do volume de investimentos e a estabilidade do sistema capitalista. (VEZZARO, 2009, p.21) A intermediação entre as instituições podem ocorrer de várias formas e com subdivisões para o mercado financeiro. O Crédito Bancário é geralmente oferecido pelas instituições financeiras, que suprem necessidades de curto e médio prazo. Existe o crédito para pessoas físicas, com curtos prazos e altíssimas taxas de juros; o crédito para pessoas jurídicas que visam principalmente suprir necessidades de capital de giro ou a compensação antecipada de recebíveis; e o crédito direto ao consumidor, de curto e médio prazo, a fim de financiar a compra de diversos bens (linha automotiva, eletrodomésticos, eletro-eletrônicos, entre outros). 2.1.1 Refletindo sobre Investimento X Investidor Todo investidor acredita que com as operações realizadas tenham basicamente segundo Bovespa (2008, p.6) retorno, prazo e proteção. Aquele que investe deverá estar ciente dos possíveis riscos, sendo assim, analisando cada tipo que venha trazer um maior ou menor lucro. Existem vários tipos de investimentos, os quais servem de alavancagem para o crescimento econômico, com isso gerando aumento de renda e do próprio investimento em si. O investimento financeiro é resultado da colocação de capitais em empresas, empréstimos, compra de ações, títulos de créditos e outros visando obter um retorno superior no que foi aplicado. Baseando-se em Bovespa (2008, p.7) podemos citar investimentos imobiliários, sendo aquisições como terrenos e habitações, lembrando que a compra de um imóvel já existente não constitui investimento, mas apenas transferência de propriedade. Citam-se também investimentos em títulos abrangendo as aplicações com renda e prazo fixo e variável. Constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas, negociam-se os principais títulos do capital de empresas como de empréstimos da empresa, ações e demais que circulem capital. (BOVESPA, 2008, p. 7) 2.3 Empréstimo ou Crédito Bancário Uma das muitas funções de uma instituição financeira são os empréstimos ou créditos. Assim, para que haja um crédito é preciso haver confiança no retorno dos recursos emprestados e que a promessa de pagamentos futuros seja cumprida. Carvalho (2000, p. 25), define o crédito como: Todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado. Já para Sales 2006 (apud Freitas 2010, p. 55): [...] referindo-se aos bancos, o crédito é o elemento tradicional na relação com seus clientes, ou seja, ele representa o próprio negócio, gerador da principal fonte de receita derivado de suaintermediação financeira. Sendo um crédito ou empréstimo, este será uma dívida, ou seja, um compromisso entre duas partes de que um determinado bem será emprestado ao devedor pelo credor do empréstimo. Em uma instituição financeira a gestão de risco de crédito é essencial para que se conceda àqueles que utilizarão do crédito. Seja para consumo próprio ou investimento, a grande preocupação é que o contratante não cumpra com o pagamento. Com essa não realização a instituição sofrerá inadimplência podendo até mesmo ir à falência dependendo do grau de negativos. 3 Refletindo sobre Crédito Consignado O “empréstimo consignado”, também denominado “crédito consignado”, é crédito com consignação em folha de pagamento. Neste artigo, adotar-se-á, preferencialmente, a denominação de empréstimo consignado apenas, pois, apesar de não ser a terminologia mais utilizada pela doutrina, parece ser o termo mais difundido pelos estudiosos de crédito. Inicialmente, é essencial que se entenda a que modalidade de contrato pertence o empréstimo consignado. A operação de crédito consignado foi regulamentada na década de 1990 sendo disponibilizada apenas a servidores públicos federais. Somente em 2003 é que todos os funcionários regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) puderam ter acesso ao crédito. De acordo com dados do BCB (Banco Central do Brasil, 2005, p. 70): Com o propósito de assegurar o acesso ao crédito em condições mais favoráveis tanto aos trabalhadores da iniciativa privada como os aposentados e pensionistas INSS, foi promulgada a Lei 10.820, de 17 de dezembro de 2003, originada da Medida Provisória 130, de 17 de setembro de 2003, que dispõe sobre as operações de crédito em consignação em folha de pagamento. Conhecido como crédito ou empréstimo consignado este é feito com pagamento indireto, no qual os juros são deduzidos direto na folha de pagamento da pessoa física. Segundo Rizzardo (1999), a modalidade do empréstimo é uma das mais antigas e destacadas operações bancárias. Continua o autor: Mesmo nas épocas em que o comércio se resumia na troca ou permuta de produtos, o empréstimo era praticado na Babilônia e no Egito, tendo como objetos cereais e outros fungíveis, produtos naturais, ou coisas do uso cotidiano dos povos antigos, como ressaltam dos papiros encontrados na era dos faraós. (RIZZARDO, 1999, p. 37). Com o desconto direto em folha de pagamento, pode-se dizer que há uma maior garantia do pagamento da dívida. Continua o autor Rodrigues et al (2006, p.3) que, além disso, caso o devedor venha a perder o emprego, uma fração da indenização pela rescisão do contrato de trabalho é utilizada automaticamente para pagar parte do crédito devido. Assim como Rodrigues et al (2006, p.2) relata na introdução que de fato, a introdução do Crédito com Consignação em Folha de Pagamento reduziu significativamente as taxas de juros de empréstimos oferecidos à população. As taxas de juros são bem mais baixas que as cobradas em cheque especial, cartão de crédito ou crédito pessoal. 3.1 Tipos de Crédito Consignado Públicos ou Estaduais: Destinados aqueles de instituições públicas ou estaduais, a forma de averbação (autorização) do contrato é realizada eletronicamente, podendo consultar a margem (parcela) disponível para um cálculo do empréstimo. Privado: Destinado aqueles de empresas privadas as quais realizam o cálculo e autorizam a averbação para a contratação de empréstimo pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa. Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): Para aposentados e pensionistas, a autorização é realizada pelo Dataprev havendo desconto na folha de pagamento do benefício. Considerações Finais A economia do país é diretamente afetada pela chamada lei da oferta e procura, sendo assim, o crédito consignado apresenta-se como aliado ao aquecimento econômico, uma vez que, aumentando o poder de compra da população; viabiliza juros mais acessíveis ao passo que equilibrando o orçamento possibilita o uso consciente da concessão do credito. O empréstimo consignado como qualquer outro benefício é considerado uma vantagem quando planejado e utilizado de maneira correta. No entanto, observar-se que o principal objetivo do benefício não está sendo alcançado, que é de satisfazer as perspectivas e necessidades básicas dos indivíduos. Esse resultado se deve aos exageros cometidos por parte dos servidores, pela falta de planejamento, somados também à utilização de outros benefícios que acabam pelo comprometimento de sua renda. A ausência de orientação aos usuários é outro fator que agrava ainda mais o problema. É fato que o acesso ao crédito consignado gera um enorme fomento social, posto que as classes sociais, antes menos favorecidas – podem-se dizer até mesmo esquecidas – não tinham as mesmas facilidades ao acesso a bens de consumo e até mesmo, bens de serviços, podendo ser citado como exemplo o aumento significativo da aquisição das chamadas “linhas brancas” (geladeiras, fogões, maquinas de lavar etc.), automóveis, como também, os altos índices de circulação nos aeroportos brasileiros. As empresas por sua vez, em parceria com as instituições financeiras, oferecem a modalidade de empréstimo consignado aos seus funcionários, propiciando-os um excelente benefício, se utilizado com clareza e, principalmente, conhecimento das partes envolvidas. A maior parte dos bancos no país utiliza o crédito como forma de contenção de cliente, atração para novos produtos no segmento, e infelizmente, as criminosas vendas casadas; quando em troca da liberação do crédito consignado, produtos como, seguros e capitalizações são financiadas simultaneamente com a desculpa de que tornaria a operação ainda mais rápida e mais segura. O Credito como relevante instrumento de fomento econômico, assumiu um caráter importantíssimo na sociedade de consumo. Graças ao abono de seu antigo estigma (sinônimo de probleza), ele passou a oportunizar a uma parcela considerável da população acesso a produtos e serviços até então inatingíveis, considerando o poder aquisitivo deste segmento social. Com isso trouxe a população uma favorável modalidade com qualidade de vida para seus clientes. Referência ANDREZO, A. F; Lima, Iran S. Mercado Financeiro: aspectos históricos e conceituais. 2. Ed. São Paulo. Thomson, 2002 BCB, Banco Central do Brasil, 2005. Relatório de Economia Bancária e Crédito. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pec/spread/port/rel_econ_ban_cred.pdf#page70. Acesso em 12 Novembro 2012 às 22:35. BOVESPA, Bolsa de Valores do Estado de São Paulo – São Paulo: BOVESPA, 2008. Mercado de Capitais, Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/Pdf/merccap.pdf em Acesso em: 11 abr. 2011 às 23:47. CARVALHO, Carlos Eduardo; ABRAMOVAY, Ricardo, 2004. O difícil e custoso acesso ao sistema financeiro. In: SANTOS, Carlos Alberto dos (Org.). Sistema Financeiro e as micro e pequenas empresas: Diagnósticos e perspectivas. SEBRAE, Brasília, 2004, p. 17-45. Disponível em: http://www.usp.br/feaecon/media/livros/file_114.pdf. Acesso em: 12 Novembro 2012 às 22:00. CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1994.710p. COBRA, M. Marketing de Servico Financeiro. SÀ o Paulo: Cobra, 1994; Fuinhas, J. A. (2001), O Canal do Crédito – Admissibilidade Teórica e Implicações para a Política Monetária, Departamento de Gestão e Economia, Universidade da Beira Interior. FITTIPALDI, Mariana; CAVALLAZZI, Rosângela Lunardelli; FRANCO, Thiago. Crédito consignado e direito à moradia: obstáculos e possibilidades na tutela do direito à cidade e do direito do consumidor. Disponível em: <http://www.ibdu.org.br/imagens/Creditoconsignadoedireitoaamoradia.pdf>. Acesso em 12 novembro 2012.JURAN, J.M. A Qualidade desde o Projeto: novos passos para o Planejamento da Qualidade em Produtos e Serviços. São Paulo: Pioneira, 1993. MOLLER, Claus. O lado humano da qualidade: Maximizando a qualidade de produtos e serviços através do desenvolvimento das pessoas, Claus Moller; tradução de Nivaldo Montingelli Júnior, São Paulo, Pioneira, 1992. VEZZARO, Julio César, Regulação Financeira no Brasil: Uma análise em Perspectiva Histórica de sua Institucionalização. Curitiba, 2009. Disponível em: http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/20929/VEZZARO,%20 JULIO%20CESAR.pdf?sequence=1. Acesso em: 12 Novembro 2012 às 00:21. VIEIRA, Solange Paiva; MENDES, André Gustavo Salcedo Teixeira. Governança Corporativa: uma análise de sua evolução e impactos no mercado de capital brasileiro. Ano 2, n.3, Junho 2006. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas- metodista/index.php/OC/article/viewFile/1316/1334. Acesso em: 15 novembro 2012 às 23:03.
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