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Uma hérnia é definida como protusão anormal de um órgão ou tecido por um defeito em suas paredes circundantes. Toda a parede abdominal é revestida pelo peritônio, é uma membrana serosa de parede dupla que forra a parede abdominal (peritônio parietal) e dela se reflete sem solução de continuidade sobre as vísceras para revesti-las em variável extensão (peritônio visceral). Hérnias da parede abdominal ocorrem apenas em locais onde a aponeurose e a fáscia não são cobertos por músculo estriado. • Histórico familiar; • Sexo masculino; • Idade (a partir da 7a décadas); • Tabagismo; • Doenças colagenosas e o aumento da pressão abdominal (DPOC e ASCITE). Músculo oblíquo externo; Aponeurose; Anel inguinal externo; Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre Músculo oblíquo interno; Músculo transverso do abdome; Anel inguinal interno; Ligamento inguinal: os vasos íliacos cruzam ele, e a partir do momento que cruzam, eles se tornam femorais; Canal inguinal (estrutura tubular): passam pelas 3 camadas musculares, até a borda escrotal (testículo do homem). • fibras derivadas do músculo oblíquo externo ( reflexo cremásterio – manter a temperatura ideal para fazer os espermatozoides); • plexo pampiniforme; • liga o testículo ao final da próstata – leva o esperma até a uretra; • ; • – camada de revestimento. Região anatômica fraca, é nessa região que acontece as hérnias diretas. - A hérnia indireta ocorre na lateral do triângulo. • borda do músculo reto abdominal; • ligamento inguinal; • vasos epigástricos inferiores. • Nervo íleo – hipogástrico; • Nervo íleo inguinal: sensibilidade da pele da região inguinal, base do pênis, coxa superior e medial ipsilateral; • Ramo genital do nervo genitofemoral: inverva músculo cremaster e pele do lado lateral da bolsa escrotal e/ou vulva. : • Sexo masculino; • Idade avançada; • Músculo mais fraco. : • ela é lateral ao triângulo, saco herniário passa pelo canal inguinal (túnel), passa junto com os elementos do cordão Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre • medial ao anel inguinal e os vasos epigástricos inferiores, ela acontece no próprio triângulo (região de fraqueza); • as duas juntas. Está associada totalmente ao canal inguinal. Ocorre lateralmente aos vasos epigástricos inferiores. O testículo desce da intra abdmominal (conduto peritônio vaginal) e desce até a borda escrotal pelo canal inguinal. • A persistência do conduto peritônio vaginal, ou seja, o canalzinho está aberto e isso é a hérnia. Está associada com a parede abdominal (medial ao canal iguinal). Ocorrem medialmente aos vasos epigástricos inferiores. opção técnica para o reparo das hérnias. • Abaulamento/massa; • Dor local, principalmente por força, estrangulamento ou encarceramento; • Desconforto na região inguinal; • Pode ser assintomática; • Compressão dos nervos inguinais. • Anamnese + exame físico – palpação: dedo indicador no canal inguinal – MANOBRA DE VALSALVA (assoprar a mão); • Exame físco em posição ortostática e já pode-se notar a assimetria na região; • Hérnia indireta – bate na ponta do dedo e Hérnia direta – bate na polpa ou na unha. • USG; • TC – Raramente; • Laparoscopia – diagnóstico e tratamento. Cirúrgico: Herniorrafia inguinal (isolamento dos elementos do cordão, saco herniário e exame do conteúdo interno e ligar saco na altura do anel inguinal interno. Cirurgia livre de tensão: • Uso de prótese/ tela; • Mais usada; • Menor taxa de recidiva; Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre • : reparo imbricado multicamada da parede posterior do canal inguinal com sutura contínua; • sutura do Tendão conjunto no ligamento inguinal; • : sutura do Transverso com o ligamento de Cooper; com tela livre de tensão, abordagem pré-peritoneal, pode ter riscos de lesão visceral ou vascular. Pode ser feito de forma transabdominal laporoscópia habitual, na cirurgia TAPP (transabdominal pré- peritoneal), ou numa técnica totalmente extraperitoneal, TEP (totalmente extraperitoneal). É usado para tratar hérnias bilaterais ou recidivada. As hérnias femorais são raras e proporcionalmente frequentes em mulheres. Alta taxa de estrangulamento por conta do ligamento inguinal ser uma região bem rígida. Hérnia que acontece pelo canal femoral abaixo do lingamento inguinal. • Superior: ligamento inguinal; • Inferior: ligamento de Cooper – periósteo que está em cima do pubis; • Lateral: veia femoral; • Medial: ligamento lacunar (ligamento inguinal + cooper). Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre Pretuberância na coxa, bem perto da dobra da virilha, ou até mesmo abaulamento abaixo do ligamento inguinal. • Anamnese + exame físico (inspeção e palpação); • Solicitar que o paciente fazer força – MANOBRA DE VALSALVA. • Exames complementares: USG, TC (raramente), laparoscopia. • Círurgico: herniorrafia femoral – obejtivo: reparar o ligamento de cooper. • Vias de acesso: pré-peritoneal e via laporoscópica. : Dissecar o saco herniário e reduzi-lo; Introduzir os componentes de volta; Aproximação do ligamento inguinal ao ligamento de cooper = Técnica de Mc Vay; Colocação da tela. • Avaliar a viabilidade do conteúdo do saco; • Comprometimento intestinal contraindica uso da tela; • Recidiva 2%. HÉRNIAS VENTRAIS • Hérnia umbilical; • Hérnia epigástrica; • Hérnia incisional. Músculo obliquo externo; Músculo obliquo interno; Músculo transverso do abdome; Linha arqueada ( 3 a 6 cm abaixo do umbigo). • Nervos intercostais 7 a 12; • Nervo lombares: 1° e 2°. • 3 a 4 arterias intercostais inferiores; • Artéria ilíaca circuflexa profunda; • Artéria lombares. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre Artéria epigástrica superior desce (ramo terminal da artéria mamária interna); Artéria epigástrica inferior sobe (ramo artéria ilíaca externa); • Anamnese + exame físico (não esquecer da MANOBRA DE VASALVA); • Exames complementares: USG + TC. Defeito na fascia remanescente do anel que passa o cordão umbilical. • Mais comum em bebês e crianças; • Em adultos são adquiridas: comum em mulheres e pacientes com aumento de pressão abdomina (gravidez, ascite, obesidade); • Meninos e meninas tem a mesma probabilidade de ter; • > Prematuros; • Tem até 4 anos para fechar; É o abaulamento de estruturas abdominais devido uma fraqueza na parede, só que no nível da cicatriz umbilical. É importante lembrar que nessas situações há formação de uma “estrutura” que recebe o nome do saco herniário, o abaulamento da camada peritoneal junto com a víscera abdominal. • Assintomática e pequena: não precisa de reparo; • Reparo: se houver sintomas, hérnia volumosa, encarceramento, ascite incontrolável; • Hérnia umbilical grande: hernioplastia umbilical com colocação de tela; • Hérnias pequenas: herniorrafia com técnica de Mayo SEM tela (técnica do jaquetão – pega de um lado e do outro e fecha); • Técnicas laparoscópicas: exige anestesia geral, defeitos maiores e HU recidivadas. Hérnia que acontece entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical, geralmente 5 a 6 cm do umbigo. Encarceramento da gordura pré-peritoneal. • Mais comum em homens; • Defeitos pequenos; Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre • Herniorrafia epigástrica: ressecar a gordura pré- peritoneal ou colocar ela para dentro novamente. • Defeitos pequenos: anestesia local. Hérnia que acontece no local que foi operado recentemente – problemas na cicatrização. É adquirida na incisão de uma cirurgia. • Mais comum em mulheres; • Maior dificuldade no tratamento; • Aumento no volume com o tempo. • Abaulamento; • Dor; • Obstrução intestinal; • Encarceramento e estrangulamento.• Obesidade; • Idade avançada; • Gravidez; • Ascite; • Prostatismo; • DPOC. • Desnutrição; • DM. Hérnias volumosas: perda do domínio abdominal – pode gerar a incapacidade de fechar totalmente o abdome. Podem causar: síndrome compartimental e insuficiência respiratória. As consequências desse quadro refletem em: edema de intestino, retenção urinária e constipação. Morbidade está relacionada a largura e se a hérnia está ou não contaminada. Tratamento cirúrgico: hernioplastia incisional. Defeito pequeno: < = 2 a 3 cm de diâmetro – sutura do tecido; Defeito maior: > 2 a 3 cm de diâmetro – faz o uso da tela (características: inerte, resistente ao estresse mecânico, boa complacência, não carcinogênica e baixa reação inflamatória). • Tela intraperitoneal: útil para grandes defeitos; • Pré-peritoneal; • Retro- muscular: forças musculares atuam para manter a tela no local. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre COMPLICAÇÕES Hérnia externa: protusão por todas as camadas da parede abdominal. Hérnia interna: protusão do intestino por defeito no interior da cavidade peritoneal. • o conteúdo pode ser reposicionado; • : não pode ser reduzida; • toda hérnia estrangulada está encarcerada, e o conteúdo está sofrendo. Observação: O ‘’buraco’’ da hérnia é chamado de colo: o colo pequeno obstrui o fluxo sanguíneo, drenagem ou ambos. • : hérnia que vive naquela localização, orifícios grandes. É mais comum, grave, fatal, incidência em idosos e recém-nascidos. Além disso, compromete a irrigação do conteúdo e causa sofrimento do órgão. • Hérnias femorais e inguinais indireta. massa irredutível, endurecida, dor, sinais tardios, hiperemia, fístula, calor local. anamnese + exame físico + exames complementares (USG + TC). redução manual da hérnia (observação – 24 a 48 horas) / cirurgia de urgência: contraindicado o uso de tela quando necessária a resseção por risco de infecção. Órgão interno integra na porção da parede do saco herniário. Mais comum: hérnia inguinal indireta. Risco: lesão do órgão. Reparo sem tensão tem menor taxa de recorrência em relação dos reparos teciduais. Mais comuns em hérnias inguinais diretas, porque a parede está fraca. tensão excessiva no reparo, tamanho inadequado da tela, falha ao fechar o anel inguinal interno alargado, pressão intra-abdominal cronicamente elevada, tosse crônica, formação de colágeno deficiente na ferida. reparo e uso de tela. influenciado por comorbidades do paciente. • abertura da incisão, cuidados locais e cicatrização por 2 intenção. requer tirada da tela, é incomum, vantagem quando é colocada via laparoscopia. acúmulo de líquido na incisão, predispõe a infecção local. • obesidade, hérnias grandes e uso regular de drenos. • punção e retirada de ponto para drenagem. : devido a tração e aprisionamento. • AINES, analgésicos, aprisionamento do nervo e remoção da tela. mais comum no reparo de hérnias recorrentes. Causa edema e dor testicular. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre • analgésico e AINES. HÉRNIAS INCOMUNS Enfraquecimento da membrana do obturador, causando encarceramento e estrangulamento intestinal. Compressão do nervo obturador – dor na face anteromedial da coxa – alivia com flexão da coxa. • TC • cirurgia (colocação de tela). Congênitas, podem ser adquiridas (após cirurgia), causa fraqueza na fáscia lombodorsal e não tem propensão a encarceramento. • : TC; • cirurgia (colocação de tela). São raras, o saco herniário fica entre os músculos da parede abdominal. • obstrução intestinal; • TC; • cirúrgico (colocação de tela quando o defeito é grande). Hérnia causada por protrusão pelo diafragma pélvico, pode ser congênita ou adquirida (idosos, mulheres multíparas, prostatectomia perineal). • cirúrgico (pequeno: fechamento primário/ grande: colocação de tela). Ocorre na linha semilunar de Spiegel. A linha é lateral ao músculo reto do abdome, onde ocorre a confluência das aponeuroses dos músculos transversos do abdome, oblíquo interno e externo, organizando-se em bainha anterior e posterior do reto. • abaulamento redutível nos quadrantes inferiores direito ou esquerdo. Essa hérnia ocorre de uma fraqueza. • fechamento do plano músculo aponeurótico posterior dos músculos transverso, oblíquo interno, com reforço da tela, anterior a essa camada e posterior ao músculo obliquo externo. É a hérnia na qual há um encarceramento apenas de parte da parede de uma alça intestinal. Com isso, há grande risco para que ocorra uma isquemia e perfuração dessa parte sem haver encarceramento franco clínico com obstrução intestinal. Corresponde a uma hérnia inguinal cujo conteúdo é um divertículo de MECKEL. É uma hérnia inguinal cujo conteúdo é o apêndice cecal. Isabella Alvarenga – UNINOVE – 6° semestre
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