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Material_Complementar Fui Lá e Fiz

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Olá queridos alunos :)

Esse material é uma espécie de 
resumão do curso Fui Lá e Fiz.
Um material de consulta que tem como 
objetivo te ajudar a desenvolver sua 
capacidade de realização.
O termo Vai Lá e Faz é muito mais do que um curso. Tudo começou com um texto no blog 
da Perestroika em 2007, escrito pelo Felipe Anghinoni, intitulado "Foi Lá e Fez”. Depois disso 
virou palestra, desafio, aula, grito de guerra até se tornar o mantra da Perestroika.
DE ONDE VEM
O CONCEITO
VAI LÁ E FAZ?
Tudo começou lá no dia 07 de Outubro de 2007, quanto o 
seguinte texto foi publicado no blog da Perestroika, intitulado:
FOI LÁ E FEZ
F
O
I 
L
Á
 E
 F
E
Z
"Eu tenho a impressão que quanto mais tempo a gente leva pensando, menos tempo a gente se envolve fazendo. Claro, pensar e planejar é importante, nem vou 
entrar muito nesse mérito. O que diferencia o ser humano de todos os outros animais é justamente a capacidade de raciocinar. Mas, talvez, o que diferencie uma 
pessoa de todos os outros seres humanos seja a capacidade de realizar. 
Já vi muito departamento de planejamento de agência, e às vezes a agência como um todo, gostar de ficar intelectualizando, questionando, ruminando, pensando e 
repensando. Uma punheta mental que às vezes até gera um trabalho bem esclarecido, bem defendido. Mas que nunca funciona muito quando colocado em prática. Se 
até as regras da física que a gente aprende no colégio são para abstrair e não funcionam na prática como nos livros, imagina no universo da imaginação e criatividade, 
onde as bases são bem mais subjetivas e abstratas. 
Acho que se o Ronaldinho pensasse muito, não tentaria fazer os dribles maravilhosos que ele faz. Quem pensa muito, não pula na piscina porque a água tá fria. Quem 
fica pensando muito, sempre pede mais uma cerveja antes de chegar na mulher que já tá encarando há mais de 10 minutos. Só pra ver um outro filho da puta chegar e 
levar a mina (é só um exemplo, não que tenha acontecido comigo). Se você parar pra pensar em todas as conseqüências possíveis, provavelmente não vai entrar 
vestido de vaca em uma sala de aula. Se parar pra pensar, já tem tanta faculdade de comunicação e publicidade, ninguém vai querer fazer a Perestroika. 
Se você parar pra pensar, vai ver que todos os seus projetos geniais ficam guardados na gaveta porque no fundo você tem medo do que pode dar errado. De tentar 
fintar e perder a bola. De tomar um fora. Mas a grande verdade, a grande verdade que eu acredito, pelo menos, é que a linha que separa a genialidade do fiasco é 
muito fina. Muito tênue. E que as poucas pessoas que se arriscam a andar em cima dessa linha, podem cair pros dois lados. Mas passar um pouco de vergonha ou de 
frio na barriga não é nada perto da recompensa de ser realmente genial. 
Lembrem-se que até mesmo os grandes pensadores também tinham que ser grandes escritores. Pense nisso. Mas só um pouquinho, tá?”
Felipe Anghinoni, 2007.
F
O
I L
Á
 E
 F
E
Z
DE ONDE VEM O CONCEITO 
VAI LÁ E FAZ?
Não é necessário gastar muito tempo explicando e provando que estamos passando por 
um momento de grandes transformações. Basta olharmos para os nossos hábitos, para o 
desenvolvimento da tecnologia e para o mercado empresarial para entendermos isso. 
Muitos estudiosos e pensadores se referem ao momento em que estamos passando como 
uma nova era, e costumam chamá-la de ERA DOS FAZEDORES. 
Nunca foi tão fácil fazer!
Como assim, fazer o que?
TUDO!
Hoje, diferentemente do que em qualquer outra época na história da humanidade nunca foi tão 
fácil fazer algo. Se parar para pensar, temos acesso a informação para fazermos absolutamente 
tudo. E mais, isso está muitas vezes a um clique de distância.
Um exemplo disso é quando pesquisamos algo no Google ou Youtube. Você terá acesso a uma 
infinidade de conteúdos, dos mais simples aos mais complexos, a informação está ali, muitas 
vezes de forma gratuita e simples de ser encontrada. 
Não existe desculpa para não fazer. E isso ajuda a justificar o porque estamos vivendo a
ERA DE FAZEDORES. Antes para se ter acesso ao conhecimento, por mais técnico e complexo 
que fosse era preciso que alguém fisicamente te ensinasse ou era necessário ir atrás da 
informação em algum livro ou curso especializado para se ter acesso ao conhecimento. 
Paralelo a essas transformações e novas formas de acesso à informação, temos 
também o surgimento dos Makers Spaces, que são espaços específicos para você 
FAZER algo, montar seu protótipo
Ao somar acesso à informação e o surgimento de espaços que oferecem oportunidade de fazer algo, 
surgem outros movimentos que caracterizam essa era de fazedores: coding, internet das coisas, e até 
mesmo o crowdfunding, todos são movimentos que tem como conceito a prática, o FAZER ALGO.
O ato de fazer está presente nas bases mais fundamentais do 
ser humano. Se estamos vivendo a era dos fazedores, a única 
coisa que não podemos deixar de fazer é FAZER.
POR ISSO, VAI LÁ E FAZ.
Para quem ainda não está familiarizado com o termo EXPONECIALIDADE é quase impossível não 
citar o inventor e futurista, Ray Kurzweil. Além de estar envolvido em campos como reconhecimento 
óptico de caracteres, síntese de texto para fala, tecnologia de reconhecimento de fala e instrumentos 
de teclado eletrônico ele é co-fundador da Singularity University. Fundada em 2008, a Singularity é 
uma corporação do Vale do Silício, B-Corp que oferece programas educacionais e uma incubadora 
de empresas. Ela se concentra no progresso científico e nas tecnologias “exponenciais”
Na medida em que nosso pensamento e, até então, a evolução das empresas, mercados e indústrias se 
dava de maneira linear, hoje, com a tecnologia crescendo exponencialmente, precisamos estar atentos ao 
mundo de transformações, transformações essas, cada vez mais rápidas.
Conceito de Exponencialidade, muito citado dentro da Singularity:
Mas para quem acha que em nada a tecnologia 
impacta o seu negócio, trabalho ou dia-a-dia é 
necessário refletir sobre dois pontos:
Geralmente a nossa visão sobre tecnologia está diretamente ligada a gadges e acessórios 
que surgiram com o avanço da tecnologia e hoje fazem parte do cotidiano. Quando se 
pensa em tecnologia, podemos falar em smartphones, internet e inúmeras outras 
evoluções, eletrônicas ou não, que foram divisores de água.
1Qual a sua visão e entendimento sobre tecnologia?
Mas se você parar para pensar: óculos não é uma tecnologia? A cadeira que 
você está sentado neste momento. É uma tecnologia? A lâmpada que ilumina 
o ambiente que você está agora. Também é? Claro que sim!
A questão é que esses ítens já existiam na sua vida desde seu nascimento, 
portanto não os vemos como tecnologia.
O Uber, por exemplo, é uma empresa de transporte ou de tecnologia? Airbnb, é uma empresa de acomodação ou de 
tecnologia? Alguns podem achar que sim, outros que não. Mas o fato é que Uber e Airbnb são empresas que usam a 
tecnologia para melhorar o seu negócio, e ao fazer isso, se tornaram referencia dentro das suas áreas de atuação 
centrais. Quando se analisa os números dessas duas empresas fica fácil perceber como elas crescem: 
Uber, atualmente avaliado em 41 bilhões de dólares, fundada em 2009 e já faz parte das 150 maiores empresas do 
mundo. E Airbnb avaliada em 13 bilhões, vale mais do que a metade dos hotéis Hilton, com uma pequena diferença: 
não possui nenhum quarto ou camareiros, hoje, em média 250 mil pessoas usam o Airbnb diariamente. 
2 O que é uma empresa tecnológica?
O questionamento que fica é:
Isso não é crescimento exponencial? 
Precisamos estar atentos a velocidade como as coisas estão 
avançando, seja qual for sua profissão ou estilo de vida, tudo está 
se desenvolvendo de forma exponencial, portanto, conhecer o 
conceito e estar pronto para lidar com ele é fundamental.
Na Perestroika brincamos que existem dois grupos de pessoas no mundo:
_ O primeiro grupo é formado por aquelas pessoas quesão inteligentes, criativas, tem 
muitas ideias, pensam em soluções para tudo, e então, pegam o seu caderninho ou 
abrem uma pasta no desktop intitulada ideias e anotam seu pensamentos e soluções.
_ O segundo grupo, formado também por pessoas que são inteligentes, criativas, que 
tem várias ideias e soluções porém que, ao invés de anotarem ou colocarem na pasta do 
desktop, elas vão lá e fazem , elas executam, elas agem a partir daquilo que pensaram.
Em qual desses grupos você se encaixa?
Para compreender o processo de tomada de decisão no nosso cérebro é importante entender que 
nosso raciocínio vem de uma hierarquia informacional, utilizada principalmente nos campos da ciência 
da informação e gestão do conhecimento e que tem como premissa a sigla DIKW que significa -
data/information - knowledge - wisdom, ou seja, dados, informações, conhecimento e sabedoria.
Você já ouviu falar em pirâmide do conhecimento?
O termo pirâmide até faz sentido pois cada camada acrescenta certos atributos as seguintes. 
Aqui vamos trabalhar com o conceito de espiral do conhecimento após algumas adaptações. 
Você já ouviu falar em pirâmide do Conhecimento? O termo pirâmide até faz sentido pois 
cada camada acrescenta certos atributos as seguintes. Aqui vamos trabalhar com o 
conceito de espiral do conhecimento após algumas adaptações. 
Na base da espiral do conhecimento temos o 
"mundo real”, que é auto explicativo, afinal, é o 
ambiente em que estamos inseridos.
1“MUNDO REAL"
Segundo a autora francesa, Anais Nin: “nós não vemos o mundo 
como ele é, vemos o mundo como nós somos” o que explica a 
segunda fase da espiral, estamos constantemente observando 
tudo que acontece conosco e tudo que nos rodeia.
2 OBSERVAÇÕES
Nesta etapa, os dados nada mais são do que a materialização 
das nossas observações, é quando transformamos o que 
observamos em números, imagens, e fatos que nos ajudam a 
entender melhor o que está acontecendo ao nosso em torno. 
3 DADOS
O próximo ponto da espiral chamamos de conhecimento, afinal, 
no momento em que você chega a alguma conclusão, seja ela 
qual for, você transformou informações em conhecimento, pois 
combinou repertórios antigos e experiências passadas.
4 CONHECIMENTO
A penúltima fase da espiral do conhecimento, a sabedoria, 
permite avaliar as possíveis opções que você tem pela 
frente para aí sim partir para a última etapa.
5 SABEDORIA
A última etapa da espiral é a ação. Precisamos 
escolher uma opções dentro do nosso conhecimento 
e repertório para de fato lidar com o desafio.
6 AÇÃO
DE ONDE VEM A 
MOTIVAÇÃO?
A neurociência explica que a motivação vem de um lugar chamado: CORPO ESTRIADO.
Corpo estriado é uma espécie de central telefônica do nosso cérebro. Ele é responsável por 
re-transmitir os comandos do córtex pré-frontal (onde são tomadas as decisões) para os 
gânglios da base (onde surgem os movimentos e as emoções).
Em "Mais Rápido e Melhor”, o autor Charles 
Duhingg, fala de alguns fatos sobre isso:
FATO 1
Estudos realizados com diversos pacientes que foram levados a médicos por 
parentes indicando falta de motivação apontaram um PADRÃO. Todos esses 
pacientes possuíam pontos minúsculos de vasos rompidos no corpo estriado.
Um experimento realizado na Universidade de Pittsburg submeteu voluntários a um jogo simples de 
adivinhação e contava com um aparelho de ressonância magnética funcional monitorando as sensações 
neurológicas de empolgação e expectativa dos participantes. Os pesquisadores que monitoravam a 
atividade viram o corpo estriado das pessoas se iluminar sempre que os participantes jogavam, qualquer 
que fosse o resultado. Ou seja, ele sabia que aquele tipo de atividade no corpo estriado estava 
associado a reações emocionais — em especial sentimentos de expectativa e empolgação.
FATO 2
A partir daí, descobriu-se que o corpo estriado é o responsável por traduzir decisões em ações e exerce um 
papel importante na regulação do humor. Ou seja, quando algo não está 100% normal nessa região, temos 
dificuldade em transformar nossas vontades/pensamentos/decisões, em AÇÕES.
O mais interessante disso tudo é quando mudamos a maneira pela qual nos relacionamos com a motivação. A 
partir disso, podemos afirmar que a motivação é uma habilidade, e é aí que tudo muda.
Semelhante a ler, escrever ou até mesmo tocar um instrumento, motivação é algo que pode ser aprendido e 
aperfeiçoado. Assim como descobriu-se a neuroplasticidade, capacidade de adaptação do nosso cérebro a partir 
dos estímulos que recebe, que provou ser possível desenvolvermos a nossa criatividade. Também descobriu-se 
que podemos estimular e desenvolver o nosso corpo estriado, e assim, consequentemente, nossa motivação.
Daniel Pink, em seu TED de 2009 já trazia algumas conclusões a respeito disso, especialmente no 
âmbito profissional, Pink é categórico:
“Há um desencontro entre o que a ciência sabe e o que fazemos nos negócios.”
Durante décadas fomos educados que para motivar pessoas precisávamos oferecer-lhes uma 
recompensa. E essa premissa foi utilizada como base para sustentar atitudes, mindsets e modos 
operandis de 99,9% das empresas assim como seus líderes e gestores. A máxima era: se você 
quiser que sua equipe performe melhor, você precisa aumentar a sua recompensa financeira.
Pesquisas e experimentos desenvolvidos pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) 
comprovaram que recompensas estreitam nosso foco e concentram nossa mente em um ponto 
específico. Ou seja, se quisermos resolver problemas claros e específicos, recompensas podem 
até funcionar, mas não existe uma garantia comprovada de que isso funcione.
Por outro lado, resolver questões que exigem uma visão periférica, complexa e criativa, o efeito 
é inverso. Recompensas além de não funcionar, podem prejudicar o nosso desempenho.
Se analisarmos o desenvolvimento da tecnologia e sua velocidade exponencial, é fácil perceber 
que esse tipo de tarefa: operacional, repetitiva e segmentada, se já não foi, rapidamente será 
substituída por máquinas. E aí, haja fôlego para resolver questões complexas e criativas.
A motivação é ativada quando fazemos escolhas que 
demonstram para nós mesmos que estamos no controle. E a 
melhor forma de exercitar isso é TOMANDO DECISÕES.
1SENSAÇÃO DE CONTROLE
Para ajudar a desenvolver a motivação
é importante observar 3 pontos:
“Cada escolha, por menor que seja, reforça a 
percepção de controle e eficácia pessoal” 
Psychological Science
O primeiro passo para desenvolver a motivação é criar oportunidades 
de escolha que nos dêem a sensação de autonomia e controle.
Precisamos aprender a encarar nossas escolhas não apenas como 
uma expressão de controle, mas como uma AFIRMAÇÃO DE 
NOSSOS VALORES E OBJETIVOS.
2CONEXÃO COMO PROPÓSITO
Explicar “por que” fazemos algo, nos ajuda a lembrar que essa tarefa é mais do que ela parece 
ser. Em muitos casos é apenas um passo, que faz parte de um caminho maior. Claro que se 
perguntar o motivo pelo qual fazemos o que fazemos ajuda a encontrar nosso propósito de 
vida, mas isso também funciona para tarefas diárias, simples e aparentemente chatas.
Por que faz o que faz todos os dias? Você tem essa resposta?
3CALIBRAR O SEU ESTADO DE FLUXO
Fluxo (do inglês: flow) é um estado mental de operação em que a pessoa 
está totalmente imersa no que está fazendo, caracterizado por um 
sentimento de total envolvimento e sucesso no processo da atividade.
Wikipedia
O conceito de calibragem de fluxo foi desenvolvido pelo professor e psicólogo 
Mihaly Csikszentmihalyi, e tem sido utilizado em diversos campos de estudos. 
Segundo ele, essas duas variáveis são determinantes para atingirmos nosso 
estado de fluxo. Ao colocar isso em um gráfico, cinco grupos de sentimentos se 
manifestam de acordo com a intensidade de cada variável. Os sentimentos são:
DESAFIO x HABILIDADE
Se você já estiver convencido(a) de que a motivação podeser desenvolvida, a BOA 
NOTÍCIA é que você também pode ajustar o seu estado de FLOW.
E isso só depende de uma pessoa: VOCÊ.
Pessoas que possuem algum dom ou talento especial irão destacar-se tanto na vida académica 
como na profissional. A psicóloga e investigadora da Universidade de Stanford, Carol Dweck, que 
estuda motivação e perseverança desde os anos 60, garante que ao focarmos apenas na inteligência 
e no talento pode deixar as crianças desmotivadas e com medo de aprender, enquanto que valorizar 
o progresso e a persistência irá produzir grandes lutadores e empreendedores.
INTELIGÊNCIA vs ESFORÇO
Carol Dweck fez um estudo durante o período de dois anos. Nele, investigadores visitaram 53 
famílias para registrar suas rotinas. As crianças tinham 2 a 3 anos de idade no início do estudo.
Os investigadores observaram e registaram como os diferentes pais elogiavam as suas 
crianças: uns enalteciam o esforço, outros os traços de caráter e outros elogiavam de forma 
neutra com palavras como “Que bom!”, “Uau!”, “Muito bem”.
Depois de cinco anos estas mesmas crianças foram entrevistadas, agora com 7-8 anos de 
idade. As crianças que tinham recebido mais elogios pela sua persistência eram as mais 
interessadas em desafios. Para os perseverantes o foco do trabalho é encontrar os erros 
cometidos ao longo do processo e tentar corrigi-los para avançar.
No estudo foi desenvolvido dois tipos de mindset. O primeiro deles é o de 
CRESCIMENTO, desenvolvido pelas crianças que foram estimulas e elogiadas pelo seu 
esforço e dedicação. Ou seja, não apenas pelo resultado final, mas sim pelo trajeto. Já o 
segundo mindset, é o ESTÁTICO, para aquelas crianças que apenas foram elogiadas 
pelo resultado final, seguindo uma lógica cognitiva e talento e inteligência. 
O estudo foi aplicado para crianças, mas se quisermos desenvolver o nosso 
próprio mindset ou ainda de equipes, por exemplo, de que forma os feedbacks e 
resultados estão sendo analisados? 
Fique atento ao tipo de elogios. Em vez de enaltecer apenas os resultados, elogie 
o processo para chegar ao resultado. “Que bom teres tentado diferentes 
estratégias para conseguir resolver isso”, ” Eu vi que você não desistiu mesmo 
sendo uma tarefa tão difícil .” “Parabéns pela nota do teste, compensou o esforço!”
PAIXÃO
A palavra PAIXÃO vem do latim PASSIO, cuja tradução seria algo como “sofrimento, ato 
de suportar”; de pati, “sofrer, aguentar”; do grego pathe, “sentir ”. Com o tempo, 
entretanto, no século XIV, ela passou a designar também “forte emoção, desejo”, e mais 
tarde ainda, “entusiasmo, grande apreço, predileção”.
Steve Jobs ficou famoso por trazer o conceito de paixão para o mundo empreendedor:
“As pessoas costumam dizer que você precisa ser apaixonado pelo que faz, e é totalmente 
verdadeiro. A razão disso é que é tudo tão difícil que se você não for apaixonado, você vai desistir. 
qualquer pessoa racional faz isso. É realmente muito difícil, e você precisa tentar durante muito 
tempo. Então, se você não ama, se não se diverte fazendo, você vai desistir. Se você analisar 
profissionais de sucesso, vai ver que todos amam o que fazem por que eles perseveram, mesmo 
quando fica difícil. E aqueles que não amam, desistem, por que são normais, racionais.”
Melissa Cardon, Doutora em Comportamento Organizacional da Universidade 
de Columbia já escreveu inúmeros artigos sobre o tema e afirma que a paixão 
é um fator fundamental para a auto-identidade das pessoas. Ela define:
“Ela (paixão) é despertada não por acaso, não porque é inerente aos 
empreendedores de sucesso, mas sim porque eles se engajam em algo que 
diz respeito a uma auto-identidade importante e marcante para eles.”
Melissa vai mais longe e ainda aponta as justificativas pelas quais a 
paixão empreendedora é determinante para profissionais de sucesso:
1
Quando estamos apaixonados 
investimos mais tempo, mais vontade e 
alcançamos melhores performances. 
1
Quando estamos apaixonados 
investimos mais tempo, mais vontade e 
alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos.
1
Quando estamos apaixonados 
investimos mais tempo, mais vontade e 
alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos.
3 Somos mais criativos para resolver problemas.
1
Quando estamos apaixonados 
investimos mais tempo, mais vontade e 
alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos.
3 4Somos mais criativos para resolver problemas. Mais persuasivos.
1
Quando estamos apaixonados 
investimos mais tempo, mais vontade e 
alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos.
3 4
5
Somos mais criativos 
para resolver problemas.
Mais persuasivos.
Paixão é contagiosa, te ajuda a 
contratar melhor, conseguir 
investimentos e bons negócios.
A paixão empreendedora se faz presente ao investir mais tempo e vontade para alcançar seu 
objetivo. Não desistir, apesar de toda a dificuldade do cenário. Se forçar para ser mais criativo 
resolvendo problemas e usando seu poder de persuasão. No final, dará certo. 
CORAGEM
Confundir coragem com ausência de medo é comum, mas coragem vai muito além 
disso. A palavra coragem vem do latim, e significa “agir com o coração”, ou seja, 
agir de acordo com o que sentimos verdadeiramente. 
A origem da palavra PAIXÃO, por definição, significa sofrimento, ato de suportar, mas com o 
passar do tempo foi romantizada e passou a expressar sentimentos positivos. Já com a 
palavra CORAGEM, o que aconteceu foi o inverso. Inverter os conceitos dificulta a forma de 
encarar desafios e principalmente de como ENTENDER coragem. 
Nós, seres humanos, fomos ensinados que as rotinas, processos pré-estabelecidos e planejamento 
são a melhor forma de conquistar estabilidade e até mesmo sucesso. Fomos ensinados que errar é 
errado, e que não devemos enfrentar nossos medos. Mas a realidade hoje é diferente. É preciso 
encarar e enfrentar o medo. E para isso, precisamos de CORAGEM, só que coragem como qualidade 
crítica que nos ajuda a controlar esses medos. 
Existe uma diferença clara entre pessoas corajosas ou intrépidas e pessoas destemidas. DESTEMIDO é 
aquele que não sente medo. CORAJOSO é aquele que aprende a lidar com situações desconfortáveis e 
prosperar apenas do medo. CORAGEM tem tudo a ver com PERSISTÊNCIA. 
A Harvard Business Review Press fez uma pesquisa com inúmeros empreendedores, homens 
e mulheres, para identificar qual é a importância da coragem dentro das suas trajetórias:
_ Muitos demonstravam uma certa habilidade de agir diante do risco.
Uma habilidade para indicar algo e dar o primeiro passo. 
_ Alguns demonstravam persistência.
Um força de vontade incansável para seguir em frente, apesar das dificuldades e desafios. 
_ Poucos demonstraram uma habilidade em reconhecer a necessidade de se adaptar e a 
partir daí de evoluir. 
1CORAGEMDE INICIAR
Coragem para dar o primeiro passo, para sair da inércia e iniciar algo. Muitas vezes 
percebemos que existe uma grande necessidade de mudança, mas ficamos 
bloqueados, precisando de coragem para sair da inércia e dar o primeiro passo. 
2CORAGEMDE PERSISTIR
É sobre suportar o teste do tempo. Existe um paradoxo quando estamos empreendendo: encontrar 
um equilíbrio entre negar o fracasso ou aceitar que deu errado. Segundo Vince Lombardi “nós 
precisamos adotar uma postura onde odiar perder deve ser maior do que amar vencer." Quando a 
derrota acontece, ela deve ser a catalisadora para a próxima tentativa, a faísca para a persistência 
para treinar mais e determinado para enfrentar os próximos desafios. 
3 CORAGEMDE EVOLUIR
É uma habilidade de protagonizar uma mudança interna. Mudar de opinião, aceitar a derrota e 
responder apropriadamente à novas informações sem perder e permitir que nosso orgulho destrua os 
fatos é fundamental. Odiar perder é diferente de aceitar perder, é possível ter esses dois sentimentos 
ao mesmo tempo. O primeiro nos mantem persistente e determinado. E o segundonos coloca numa 
posição de vulnerabilidade e resiliência para encontrar aprendizado e evoluir a partir da derrota. 
Coragem é persistência, foco e disciplina para seguir em frente. Seja para dar o primeiro 
passo, seja para avançar ou para mudar e se adaptar. Não se apegue ao conhecido e ao 
familiar, dê as boas-vindas as novas situações e desafios. Encare como oportunidades. 
Coragem de iniciar com convicção e persistir para que no final tenha coragem de evoluir. 
JOGO DA VELHA
Mahatma Ghandi resume exatamente o que muitos chamam de propósito.
“Propósito nada mais é do que é a sua missão como ser humano, o seu 
norte, o sentido de sua existência.“
Falar de propósito sem citar Simon Sinek e os conceitos do Golden Circle são inevitáveis.
Sinek percebeu que: 100% das pessoas e organizações no mundo sabem O QUE FAZEM, 
algumas sabem COMO FAZEM e quase nenhuma POR QUE FAZEM.
Sinek percebeu que não só empresas, mas líderes e pessoas inspiradoras, independente de tamanha 
e área de atuação, aplicam o Golden Circle ao contrário. Ou seja, se comunicam de dentro pra fora. 



“Pessoas não compram O QUE você faz mas O PORQUE você faz."
O mais interessante nessa descoberta é relacionar de forma fisiológica. 

Quando analisamos nosso cérebro, podemos perceber 3 camadas:
1
2
3
Cérebro Proto-reptiliano: Instinto
Sistema límbico: Emoção
Neocórtex: Analítico, racional. 
É por isso que muitas vezes ao tomar decisões não temos explicação racional para aquilo. 
É a emoção e instinto falando mais alto que o lado racional. 

Propósito pode ser a combinação de duas coisas: Fazer sentido e fazer sentir.
Fazer sentido: Encontrar o nosso “Porquê”. O motivo pelo qual estamos fazendo o que 
estamos fazendo. Esse sentido deve ser maior do que simplesmente “ganhar dinheiro”. 
Esse sentido deve ser genuíno e fazer sentido para você.
Com fazer sentir: é sobre ter atitudes apaixonadas. Porque atitudes apaixonadas são 
atitudes apaixonantes. São o combustível para o sucesso. Além disso, o fazer sentir é 
tomar atitudes e se posicionar, para ser amado por muitos você será odiado por alguns.
Não siga apenas sua paixão, siga sua melhor forma de contribuição. Para isso utilize a 
ferramenta do JOGO DA VELHA. O Jogo da Velha é composto por 4 pontos:
O jogo da velha é composto por 4 pontos:
1
2
3
4
O que eu amo fazer
(precisa fazer sentido)
O que eu faço bem
(precisa fazer sentir)
Qual o problema eu vou resolver
(precisa fazer sentido)
O que estou disposto a abrir mão
(precisa fazer sentir)
ZONA DE CONFORTO
Geralmente o ponto mais intrigante do jogo da velha é o último: o que você está 
disposto a abrir mão? Sempre que estamos pensando em fazer algo diferente, 
planejamos tudo o que pode acontecer de bom, mas sempre deixamos de lado os 
possíveis problemas, ou aquilo que teremos que abrir mão caso algo aconteça. Isso tem 
relação com o que tem sido muito falado nos últimos anos: a ZONA DE CONFORTO.
A ZONA DE CONFORTO é pessoal e intransferível, não existe melhor ou pior zona de 
conforto, o que existe é a sua zona de conforto. Dentro dela existem várias experiências 
as quais você se sente confortável. Da mesma forma como existem coisas fora da sua 
zona de conforto, as quais você se sente desconfortável em fazer. 
ZONA DE CONFORTO
O objetivo é ilustrar que de passo em passo ampliamos nossa ZONA DE CONFORTO criando novos 
desafios ao praticar novas experiências e novas oportunidades que vão surgir na nossa vida. Crescer 
rápido demais causa estrias. A lógica da zona de conforto funciona da mesma forma. Se você esticar 
algo rápido demais, pode ser que arrebente. Se sairmos da zona de conforto de forma muito intensa é 
possível que um trauma na sua vida. Se desafie sem gerar trauma. 
MEDO
Existe uma diferença fundamental entre medo e pânico. Quando falamos de 
medo, nos referimos aquele embrulho no estômago, aquela sensação de dúvida. 

- Será que eu apresento essa ideia?
- Devo levantar a mão e fazer uma pergunta que acho importante? 
Pânico, por outro lado, é algo que te bloqueia, que você teme a ponto de surtar. 
Enfrentar um pânico de maneira errada pode gerar um trauma maior. Por isso a 
importância de diferenciar esses dois sentimentos.
O MEDO existe pois fomos ensinados que errar é errado, portanto tememos o erro. Hoje isso não 
faz mais sentido. Se você perguntar para investidores quais são os atributos que eles mais 
analisam ao decidir se vão investir dinheiro em alguma empresa é se o líder ou a líder já falhou 
alguma vez, se já errou. Se nunca errou, significa que nunca tentou fazer algo diferente.
das startups quebram no seu 
primeiro ano de existência.
90%
das startups quebram no seu 
primeiro ano de existência.
90%
Desiste de empreender.
80%
das startups quebram no seu 
primeiro ano de existência.
90%
Desiste de empreender.
80%
dos que tentam novamente e persistem 
têm sucesso, afinal eles estavam a um 
passo de atingir o sucesso. 
90%
Como lidar com o 
ERRO?
1Esteja disposto a ERRAR, criando espaços para que o erro não coloque tudo a perder.
1Esteja disposto a ERRAR, criando espaços para que o erro não coloque tudo a perder.
2 Se apaixone pelo ERRO, zoom in/ zoom Out, para identificar o porque do erro e aprender com o erro.
1Esteja disposto a ERRAR, criando espaços para que o erro não coloque tudo a perder.
2 Se apaixone pelo ERRO, zoom in/ zoom Out, para identificar o porque do erro e aprender com o erro.
3Tente novamente. AGIR.
ERRO
APRENDER
1- Zoom in/out
2- Aprendizado
3- Tentar 
novamente
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se isso já é uma vontade interna sua, faça acontecer pois o mundo já 
está rodando a partir dessa ótica. Estamos na era dos fazedores, e 
ficar parado agora vai fazer com que você seja atropelado.1
Não demore muito. Não planeje tanto. A velocidade de tudo 
que está a nossa volta mudou, a tecnologia está crescendo de 
forma exponencial, isso está impactando a tudo e a todos, 
portanto, tente acompanhar essa velocidade também.2
Preste atenção na sua jornada durante a tomada de decisão. Não se 
esqueça da armadilha que a espiral do conhecimento pode te trazer. 
Sabedoria é importante, lógico, mas não pare por aí, o mundo está cheio de 
pessoas com ideias e vontades, mas o que vai diferenciar você da multidão 
está naquilo que você FIZER, execute, rompa a última etapa e faça!
3
Motivação é um HABILIDADE. Comece internalizando isso que 
muita coisa vai mudar. Não é ela que encontra você, é você que a 
desenvolve. O caminho já está claro para você, VAI LÁ E FAZ.4
Inteligência é comodite, em um mundo cada vez mais competitivo como o de 
hoje, o que vai diferenciar você dos demais é o quanto você coloca a mais de 
esforço e dedicação. A PAIXÃO é o seu combustível e a CORAGEM é a 
faísca para que isso aconteça. Mas não pense que vai ser fácil.5
Não siga sua paixão apenas, siga sua melhor forma de contribuição. 
Pense no que você está disposto a abrir mão, isso vai te ajudar a 
entender melhor os próximos passos das suas AÇÕES.6
Um passo de cada vez, não esqueça, crescer rápido demais causa estrias, pode 
gerar traumas, o segredo da evolução e do crescimento não está na intensidade, 
e sim na constância, um passo para fora da zona de conforto. Não esqueça, 
sempre que estiver confortável, você não está crescendo.7
“Medo é o jeito do cérebro dizer que existe algo importante para você superar”. Saiba 
diferenciar isso de pânico. Frio na barriga, suor nas mão, ansiedade controlada, são sinais 
que seu cérebro está enviando para seu corpo saber que ele está saindo da zona de 
conforto. Comece a buscar isso, apaixone-se por essa sensação. Isso vai mudar 
completamente a sua relação com os desafios que aparecerem na sua vida.
8
Você vai errar, se não errar é porque não está tentando fazer algo 
realmente diferente. Errar faz parte, desde que você saiba lidar como 
ERRO. Erros calculados, lembra da regra, 80/20?9
VAI LÁ E FAZ!10