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Olá queridos alunos :) Esse material é uma espécie de resumão do curso Fui Lá e Fiz. Um material de consulta que tem como objetivo te ajudar a desenvolver sua capacidade de realização. O termo Vai Lá e Faz é muito mais do que um curso. Tudo começou com um texto no blog da Perestroika em 2007, escrito pelo Felipe Anghinoni, intitulado "Foi Lá e Fez”. Depois disso virou palestra, desafio, aula, grito de guerra até se tornar o mantra da Perestroika. DE ONDE VEM O CONCEITO VAI LÁ E FAZ? Tudo começou lá no dia 07 de Outubro de 2007, quanto o seguinte texto foi publicado no blog da Perestroika, intitulado: FOI LÁ E FEZ F O I L Á E F E Z "Eu tenho a impressão que quanto mais tempo a gente leva pensando, menos tempo a gente se envolve fazendo. Claro, pensar e planejar é importante, nem vou entrar muito nesse mérito. O que diferencia o ser humano de todos os outros animais é justamente a capacidade de raciocinar. Mas, talvez, o que diferencie uma pessoa de todos os outros seres humanos seja a capacidade de realizar. Já vi muito departamento de planejamento de agência, e às vezes a agência como um todo, gostar de ficar intelectualizando, questionando, ruminando, pensando e repensando. Uma punheta mental que às vezes até gera um trabalho bem esclarecido, bem defendido. Mas que nunca funciona muito quando colocado em prática. Se até as regras da física que a gente aprende no colégio são para abstrair e não funcionam na prática como nos livros, imagina no universo da imaginação e criatividade, onde as bases são bem mais subjetivas e abstratas. Acho que se o Ronaldinho pensasse muito, não tentaria fazer os dribles maravilhosos que ele faz. Quem pensa muito, não pula na piscina porque a água tá fria. Quem fica pensando muito, sempre pede mais uma cerveja antes de chegar na mulher que já tá encarando há mais de 10 minutos. Só pra ver um outro filho da puta chegar e levar a mina (é só um exemplo, não que tenha acontecido comigo). Se você parar pra pensar em todas as conseqüências possíveis, provavelmente não vai entrar vestido de vaca em uma sala de aula. Se parar pra pensar, já tem tanta faculdade de comunicação e publicidade, ninguém vai querer fazer a Perestroika. Se você parar pra pensar, vai ver que todos os seus projetos geniais ficam guardados na gaveta porque no fundo você tem medo do que pode dar errado. De tentar fintar e perder a bola. De tomar um fora. Mas a grande verdade, a grande verdade que eu acredito, pelo menos, é que a linha que separa a genialidade do fiasco é muito fina. Muito tênue. E que as poucas pessoas que se arriscam a andar em cima dessa linha, podem cair pros dois lados. Mas passar um pouco de vergonha ou de frio na barriga não é nada perto da recompensa de ser realmente genial. Lembrem-se que até mesmo os grandes pensadores também tinham que ser grandes escritores. Pense nisso. Mas só um pouquinho, tá?” Felipe Anghinoni, 2007. F O I L Á E F E Z DE ONDE VEM O CONCEITO VAI LÁ E FAZ? Não é necessário gastar muito tempo explicando e provando que estamos passando por um momento de grandes transformações. Basta olharmos para os nossos hábitos, para o desenvolvimento da tecnologia e para o mercado empresarial para entendermos isso. Muitos estudiosos e pensadores se referem ao momento em que estamos passando como uma nova era, e costumam chamá-la de ERA DOS FAZEDORES. Nunca foi tão fácil fazer! Como assim, fazer o que? TUDO! Hoje, diferentemente do que em qualquer outra época na história da humanidade nunca foi tão fácil fazer algo. Se parar para pensar, temos acesso a informação para fazermos absolutamente tudo. E mais, isso está muitas vezes a um clique de distância. Um exemplo disso é quando pesquisamos algo no Google ou Youtube. Você terá acesso a uma infinidade de conteúdos, dos mais simples aos mais complexos, a informação está ali, muitas vezes de forma gratuita e simples de ser encontrada. Não existe desculpa para não fazer. E isso ajuda a justificar o porque estamos vivendo a ERA DE FAZEDORES. Antes para se ter acesso ao conhecimento, por mais técnico e complexo que fosse era preciso que alguém fisicamente te ensinasse ou era necessário ir atrás da informação em algum livro ou curso especializado para se ter acesso ao conhecimento. Paralelo a essas transformações e novas formas de acesso à informação, temos também o surgimento dos Makers Spaces, que são espaços específicos para você FAZER algo, montar seu protótipo Ao somar acesso à informação e o surgimento de espaços que oferecem oportunidade de fazer algo, surgem outros movimentos que caracterizam essa era de fazedores: coding, internet das coisas, e até mesmo o crowdfunding, todos são movimentos que tem como conceito a prática, o FAZER ALGO. O ato de fazer está presente nas bases mais fundamentais do ser humano. Se estamos vivendo a era dos fazedores, a única coisa que não podemos deixar de fazer é FAZER. POR ISSO, VAI LÁ E FAZ. Para quem ainda não está familiarizado com o termo EXPONECIALIDADE é quase impossível não citar o inventor e futurista, Ray Kurzweil. Além de estar envolvido em campos como reconhecimento óptico de caracteres, síntese de texto para fala, tecnologia de reconhecimento de fala e instrumentos de teclado eletrônico ele é co-fundador da Singularity University. Fundada em 2008, a Singularity é uma corporação do Vale do Silício, B-Corp que oferece programas educacionais e uma incubadora de empresas. Ela se concentra no progresso científico e nas tecnologias “exponenciais” Na medida em que nosso pensamento e, até então, a evolução das empresas, mercados e indústrias se dava de maneira linear, hoje, com a tecnologia crescendo exponencialmente, precisamos estar atentos ao mundo de transformações, transformações essas, cada vez mais rápidas. Conceito de Exponencialidade, muito citado dentro da Singularity: Mas para quem acha que em nada a tecnologia impacta o seu negócio, trabalho ou dia-a-dia é necessário refletir sobre dois pontos: Geralmente a nossa visão sobre tecnologia está diretamente ligada a gadges e acessórios que surgiram com o avanço da tecnologia e hoje fazem parte do cotidiano. Quando se pensa em tecnologia, podemos falar em smartphones, internet e inúmeras outras evoluções, eletrônicas ou não, que foram divisores de água. 1Qual a sua visão e entendimento sobre tecnologia? Mas se você parar para pensar: óculos não é uma tecnologia? A cadeira que você está sentado neste momento. É uma tecnologia? A lâmpada que ilumina o ambiente que você está agora. Também é? Claro que sim! A questão é que esses ítens já existiam na sua vida desde seu nascimento, portanto não os vemos como tecnologia. O Uber, por exemplo, é uma empresa de transporte ou de tecnologia? Airbnb, é uma empresa de acomodação ou de tecnologia? Alguns podem achar que sim, outros que não. Mas o fato é que Uber e Airbnb são empresas que usam a tecnologia para melhorar o seu negócio, e ao fazer isso, se tornaram referencia dentro das suas áreas de atuação centrais. Quando se analisa os números dessas duas empresas fica fácil perceber como elas crescem: Uber, atualmente avaliado em 41 bilhões de dólares, fundada em 2009 e já faz parte das 150 maiores empresas do mundo. E Airbnb avaliada em 13 bilhões, vale mais do que a metade dos hotéis Hilton, com uma pequena diferença: não possui nenhum quarto ou camareiros, hoje, em média 250 mil pessoas usam o Airbnb diariamente. 2 O que é uma empresa tecnológica? O questionamento que fica é: Isso não é crescimento exponencial? Precisamos estar atentos a velocidade como as coisas estão avançando, seja qual for sua profissão ou estilo de vida, tudo está se desenvolvendo de forma exponencial, portanto, conhecer o conceito e estar pronto para lidar com ele é fundamental. Na Perestroika brincamos que existem dois grupos de pessoas no mundo: _ O primeiro grupo é formado por aquelas pessoas quesão inteligentes, criativas, tem muitas ideias, pensam em soluções para tudo, e então, pegam o seu caderninho ou abrem uma pasta no desktop intitulada ideias e anotam seu pensamentos e soluções. _ O segundo grupo, formado também por pessoas que são inteligentes, criativas, que tem várias ideias e soluções porém que, ao invés de anotarem ou colocarem na pasta do desktop, elas vão lá e fazem , elas executam, elas agem a partir daquilo que pensaram. Em qual desses grupos você se encaixa? Para compreender o processo de tomada de decisão no nosso cérebro é importante entender que nosso raciocínio vem de uma hierarquia informacional, utilizada principalmente nos campos da ciência da informação e gestão do conhecimento e que tem como premissa a sigla DIKW que significa - data/information - knowledge - wisdom, ou seja, dados, informações, conhecimento e sabedoria. Você já ouviu falar em pirâmide do conhecimento? O termo pirâmide até faz sentido pois cada camada acrescenta certos atributos as seguintes. Aqui vamos trabalhar com o conceito de espiral do conhecimento após algumas adaptações. Você já ouviu falar em pirâmide do Conhecimento? O termo pirâmide até faz sentido pois cada camada acrescenta certos atributos as seguintes. Aqui vamos trabalhar com o conceito de espiral do conhecimento após algumas adaptações. Na base da espiral do conhecimento temos o "mundo real”, que é auto explicativo, afinal, é o ambiente em que estamos inseridos. 1“MUNDO REAL" Segundo a autora francesa, Anais Nin: “nós não vemos o mundo como ele é, vemos o mundo como nós somos” o que explica a segunda fase da espiral, estamos constantemente observando tudo que acontece conosco e tudo que nos rodeia. 2 OBSERVAÇÕES Nesta etapa, os dados nada mais são do que a materialização das nossas observações, é quando transformamos o que observamos em números, imagens, e fatos que nos ajudam a entender melhor o que está acontecendo ao nosso em torno. 3 DADOS O próximo ponto da espiral chamamos de conhecimento, afinal, no momento em que você chega a alguma conclusão, seja ela qual for, você transformou informações em conhecimento, pois combinou repertórios antigos e experiências passadas. 4 CONHECIMENTO A penúltima fase da espiral do conhecimento, a sabedoria, permite avaliar as possíveis opções que você tem pela frente para aí sim partir para a última etapa. 5 SABEDORIA A última etapa da espiral é a ação. Precisamos escolher uma opções dentro do nosso conhecimento e repertório para de fato lidar com o desafio. 6 AÇÃO DE ONDE VEM A MOTIVAÇÃO? A neurociência explica que a motivação vem de um lugar chamado: CORPO ESTRIADO. Corpo estriado é uma espécie de central telefônica do nosso cérebro. Ele é responsável por re-transmitir os comandos do córtex pré-frontal (onde são tomadas as decisões) para os gânglios da base (onde surgem os movimentos e as emoções). Em "Mais Rápido e Melhor”, o autor Charles Duhingg, fala de alguns fatos sobre isso: FATO 1 Estudos realizados com diversos pacientes que foram levados a médicos por parentes indicando falta de motivação apontaram um PADRÃO. Todos esses pacientes possuíam pontos minúsculos de vasos rompidos no corpo estriado. Um experimento realizado na Universidade de Pittsburg submeteu voluntários a um jogo simples de adivinhação e contava com um aparelho de ressonância magnética funcional monitorando as sensações neurológicas de empolgação e expectativa dos participantes. Os pesquisadores que monitoravam a atividade viram o corpo estriado das pessoas se iluminar sempre que os participantes jogavam, qualquer que fosse o resultado. Ou seja, ele sabia que aquele tipo de atividade no corpo estriado estava associado a reações emocionais — em especial sentimentos de expectativa e empolgação. FATO 2 A partir daí, descobriu-se que o corpo estriado é o responsável por traduzir decisões em ações e exerce um papel importante na regulação do humor. Ou seja, quando algo não está 100% normal nessa região, temos dificuldade em transformar nossas vontades/pensamentos/decisões, em AÇÕES. O mais interessante disso tudo é quando mudamos a maneira pela qual nos relacionamos com a motivação. A partir disso, podemos afirmar que a motivação é uma habilidade, e é aí que tudo muda. Semelhante a ler, escrever ou até mesmo tocar um instrumento, motivação é algo que pode ser aprendido e aperfeiçoado. Assim como descobriu-se a neuroplasticidade, capacidade de adaptação do nosso cérebro a partir dos estímulos que recebe, que provou ser possível desenvolvermos a nossa criatividade. Também descobriu-se que podemos estimular e desenvolver o nosso corpo estriado, e assim, consequentemente, nossa motivação. Daniel Pink, em seu TED de 2009 já trazia algumas conclusões a respeito disso, especialmente no âmbito profissional, Pink é categórico: “Há um desencontro entre o que a ciência sabe e o que fazemos nos negócios.” Durante décadas fomos educados que para motivar pessoas precisávamos oferecer-lhes uma recompensa. E essa premissa foi utilizada como base para sustentar atitudes, mindsets e modos operandis de 99,9% das empresas assim como seus líderes e gestores. A máxima era: se você quiser que sua equipe performe melhor, você precisa aumentar a sua recompensa financeira. Pesquisas e experimentos desenvolvidos pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) comprovaram que recompensas estreitam nosso foco e concentram nossa mente em um ponto específico. Ou seja, se quisermos resolver problemas claros e específicos, recompensas podem até funcionar, mas não existe uma garantia comprovada de que isso funcione. Por outro lado, resolver questões que exigem uma visão periférica, complexa e criativa, o efeito é inverso. Recompensas além de não funcionar, podem prejudicar o nosso desempenho. Se analisarmos o desenvolvimento da tecnologia e sua velocidade exponencial, é fácil perceber que esse tipo de tarefa: operacional, repetitiva e segmentada, se já não foi, rapidamente será substituída por máquinas. E aí, haja fôlego para resolver questões complexas e criativas. A motivação é ativada quando fazemos escolhas que demonstram para nós mesmos que estamos no controle. E a melhor forma de exercitar isso é TOMANDO DECISÕES. 1SENSAÇÃO DE CONTROLE Para ajudar a desenvolver a motivação é importante observar 3 pontos: “Cada escolha, por menor que seja, reforça a percepção de controle e eficácia pessoal” Psychological Science O primeiro passo para desenvolver a motivação é criar oportunidades de escolha que nos dêem a sensação de autonomia e controle. Precisamos aprender a encarar nossas escolhas não apenas como uma expressão de controle, mas como uma AFIRMAÇÃO DE NOSSOS VALORES E OBJETIVOS. 2CONEXÃO COMO PROPÓSITO Explicar “por que” fazemos algo, nos ajuda a lembrar que essa tarefa é mais do que ela parece ser. Em muitos casos é apenas um passo, que faz parte de um caminho maior. Claro que se perguntar o motivo pelo qual fazemos o que fazemos ajuda a encontrar nosso propósito de vida, mas isso também funciona para tarefas diárias, simples e aparentemente chatas. Por que faz o que faz todos os dias? Você tem essa resposta? 3CALIBRAR O SEU ESTADO DE FLUXO Fluxo (do inglês: flow) é um estado mental de operação em que a pessoa está totalmente imersa no que está fazendo, caracterizado por um sentimento de total envolvimento e sucesso no processo da atividade. Wikipedia O conceito de calibragem de fluxo foi desenvolvido pelo professor e psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, e tem sido utilizado em diversos campos de estudos. Segundo ele, essas duas variáveis são determinantes para atingirmos nosso estado de fluxo. Ao colocar isso em um gráfico, cinco grupos de sentimentos se manifestam de acordo com a intensidade de cada variável. Os sentimentos são: DESAFIO x HABILIDADE Se você já estiver convencido(a) de que a motivação podeser desenvolvida, a BOA NOTÍCIA é que você também pode ajustar o seu estado de FLOW. E isso só depende de uma pessoa: VOCÊ. Pessoas que possuem algum dom ou talento especial irão destacar-se tanto na vida académica como na profissional. A psicóloga e investigadora da Universidade de Stanford, Carol Dweck, que estuda motivação e perseverança desde os anos 60, garante que ao focarmos apenas na inteligência e no talento pode deixar as crianças desmotivadas e com medo de aprender, enquanto que valorizar o progresso e a persistência irá produzir grandes lutadores e empreendedores. INTELIGÊNCIA vs ESFORÇO Carol Dweck fez um estudo durante o período de dois anos. Nele, investigadores visitaram 53 famílias para registrar suas rotinas. As crianças tinham 2 a 3 anos de idade no início do estudo. Os investigadores observaram e registaram como os diferentes pais elogiavam as suas crianças: uns enalteciam o esforço, outros os traços de caráter e outros elogiavam de forma neutra com palavras como “Que bom!”, “Uau!”, “Muito bem”. Depois de cinco anos estas mesmas crianças foram entrevistadas, agora com 7-8 anos de idade. As crianças que tinham recebido mais elogios pela sua persistência eram as mais interessadas em desafios. Para os perseverantes o foco do trabalho é encontrar os erros cometidos ao longo do processo e tentar corrigi-los para avançar. No estudo foi desenvolvido dois tipos de mindset. O primeiro deles é o de CRESCIMENTO, desenvolvido pelas crianças que foram estimulas e elogiadas pelo seu esforço e dedicação. Ou seja, não apenas pelo resultado final, mas sim pelo trajeto. Já o segundo mindset, é o ESTÁTICO, para aquelas crianças que apenas foram elogiadas pelo resultado final, seguindo uma lógica cognitiva e talento e inteligência. O estudo foi aplicado para crianças, mas se quisermos desenvolver o nosso próprio mindset ou ainda de equipes, por exemplo, de que forma os feedbacks e resultados estão sendo analisados? Fique atento ao tipo de elogios. Em vez de enaltecer apenas os resultados, elogie o processo para chegar ao resultado. “Que bom teres tentado diferentes estratégias para conseguir resolver isso”, ” Eu vi que você não desistiu mesmo sendo uma tarefa tão difícil .” “Parabéns pela nota do teste, compensou o esforço!” PAIXÃO A palavra PAIXÃO vem do latim PASSIO, cuja tradução seria algo como “sofrimento, ato de suportar”; de pati, “sofrer, aguentar”; do grego pathe, “sentir ”. Com o tempo, entretanto, no século XIV, ela passou a designar também “forte emoção, desejo”, e mais tarde ainda, “entusiasmo, grande apreço, predileção”. Steve Jobs ficou famoso por trazer o conceito de paixão para o mundo empreendedor: “As pessoas costumam dizer que você precisa ser apaixonado pelo que faz, e é totalmente verdadeiro. A razão disso é que é tudo tão difícil que se você não for apaixonado, você vai desistir. qualquer pessoa racional faz isso. É realmente muito difícil, e você precisa tentar durante muito tempo. Então, se você não ama, se não se diverte fazendo, você vai desistir. Se você analisar profissionais de sucesso, vai ver que todos amam o que fazem por que eles perseveram, mesmo quando fica difícil. E aqueles que não amam, desistem, por que são normais, racionais.” Melissa Cardon, Doutora em Comportamento Organizacional da Universidade de Columbia já escreveu inúmeros artigos sobre o tema e afirma que a paixão é um fator fundamental para a auto-identidade das pessoas. Ela define: “Ela (paixão) é despertada não por acaso, não porque é inerente aos empreendedores de sucesso, mas sim porque eles se engajam em algo que diz respeito a uma auto-identidade importante e marcante para eles.” Melissa vai mais longe e ainda aponta as justificativas pelas quais a paixão empreendedora é determinante para profissionais de sucesso: 1 Quando estamos apaixonados investimos mais tempo, mais vontade e alcançamos melhores performances. 1 Quando estamos apaixonados investimos mais tempo, mais vontade e alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos. 1 Quando estamos apaixonados investimos mais tempo, mais vontade e alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos. 3 Somos mais criativos para resolver problemas. 1 Quando estamos apaixonados investimos mais tempo, mais vontade e alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos. 3 4Somos mais criativos para resolver problemas. Mais persuasivos. 1 Quando estamos apaixonados investimos mais tempo, mais vontade e alcançamos melhores performances. 2 Não desistimos. 3 4 5 Somos mais criativos para resolver problemas. Mais persuasivos. Paixão é contagiosa, te ajuda a contratar melhor, conseguir investimentos e bons negócios. A paixão empreendedora se faz presente ao investir mais tempo e vontade para alcançar seu objetivo. Não desistir, apesar de toda a dificuldade do cenário. Se forçar para ser mais criativo resolvendo problemas e usando seu poder de persuasão. No final, dará certo. CORAGEM Confundir coragem com ausência de medo é comum, mas coragem vai muito além disso. A palavra coragem vem do latim, e significa “agir com o coração”, ou seja, agir de acordo com o que sentimos verdadeiramente. A origem da palavra PAIXÃO, por definição, significa sofrimento, ato de suportar, mas com o passar do tempo foi romantizada e passou a expressar sentimentos positivos. Já com a palavra CORAGEM, o que aconteceu foi o inverso. Inverter os conceitos dificulta a forma de encarar desafios e principalmente de como ENTENDER coragem. Nós, seres humanos, fomos ensinados que as rotinas, processos pré-estabelecidos e planejamento são a melhor forma de conquistar estabilidade e até mesmo sucesso. Fomos ensinados que errar é errado, e que não devemos enfrentar nossos medos. Mas a realidade hoje é diferente. É preciso encarar e enfrentar o medo. E para isso, precisamos de CORAGEM, só que coragem como qualidade crítica que nos ajuda a controlar esses medos. Existe uma diferença clara entre pessoas corajosas ou intrépidas e pessoas destemidas. DESTEMIDO é aquele que não sente medo. CORAJOSO é aquele que aprende a lidar com situações desconfortáveis e prosperar apenas do medo. CORAGEM tem tudo a ver com PERSISTÊNCIA. A Harvard Business Review Press fez uma pesquisa com inúmeros empreendedores, homens e mulheres, para identificar qual é a importância da coragem dentro das suas trajetórias: _ Muitos demonstravam uma certa habilidade de agir diante do risco. Uma habilidade para indicar algo e dar o primeiro passo. _ Alguns demonstravam persistência. Um força de vontade incansável para seguir em frente, apesar das dificuldades e desafios. _ Poucos demonstraram uma habilidade em reconhecer a necessidade de se adaptar e a partir daí de evoluir. 1CORAGEMDE INICIAR Coragem para dar o primeiro passo, para sair da inércia e iniciar algo. Muitas vezes percebemos que existe uma grande necessidade de mudança, mas ficamos bloqueados, precisando de coragem para sair da inércia e dar o primeiro passo. 2CORAGEMDE PERSISTIR É sobre suportar o teste do tempo. Existe um paradoxo quando estamos empreendendo: encontrar um equilíbrio entre negar o fracasso ou aceitar que deu errado. Segundo Vince Lombardi “nós precisamos adotar uma postura onde odiar perder deve ser maior do que amar vencer." Quando a derrota acontece, ela deve ser a catalisadora para a próxima tentativa, a faísca para a persistência para treinar mais e determinado para enfrentar os próximos desafios. 3 CORAGEMDE EVOLUIR É uma habilidade de protagonizar uma mudança interna. Mudar de opinião, aceitar a derrota e responder apropriadamente à novas informações sem perder e permitir que nosso orgulho destrua os fatos é fundamental. Odiar perder é diferente de aceitar perder, é possível ter esses dois sentimentos ao mesmo tempo. O primeiro nos mantem persistente e determinado. E o segundonos coloca numa posição de vulnerabilidade e resiliência para encontrar aprendizado e evoluir a partir da derrota. Coragem é persistência, foco e disciplina para seguir em frente. Seja para dar o primeiro passo, seja para avançar ou para mudar e se adaptar. Não se apegue ao conhecido e ao familiar, dê as boas-vindas as novas situações e desafios. Encare como oportunidades. Coragem de iniciar com convicção e persistir para que no final tenha coragem de evoluir. JOGO DA VELHA Mahatma Ghandi resume exatamente o que muitos chamam de propósito. “Propósito nada mais é do que é a sua missão como ser humano, o seu norte, o sentido de sua existência.“ Falar de propósito sem citar Simon Sinek e os conceitos do Golden Circle são inevitáveis. Sinek percebeu que: 100% das pessoas e organizações no mundo sabem O QUE FAZEM, algumas sabem COMO FAZEM e quase nenhuma POR QUE FAZEM. Sinek percebeu que não só empresas, mas líderes e pessoas inspiradoras, independente de tamanha e área de atuação, aplicam o Golden Circle ao contrário. Ou seja, se comunicam de dentro pra fora. “Pessoas não compram O QUE você faz mas O PORQUE você faz." O mais interessante nessa descoberta é relacionar de forma fisiológica. Quando analisamos nosso cérebro, podemos perceber 3 camadas: 1 2 3 Cérebro Proto-reptiliano: Instinto Sistema límbico: Emoção Neocórtex: Analítico, racional. É por isso que muitas vezes ao tomar decisões não temos explicação racional para aquilo. É a emoção e instinto falando mais alto que o lado racional. Propósito pode ser a combinação de duas coisas: Fazer sentido e fazer sentir. Fazer sentido: Encontrar o nosso “Porquê”. O motivo pelo qual estamos fazendo o que estamos fazendo. Esse sentido deve ser maior do que simplesmente “ganhar dinheiro”. Esse sentido deve ser genuíno e fazer sentido para você. Com fazer sentir: é sobre ter atitudes apaixonadas. Porque atitudes apaixonadas são atitudes apaixonantes. São o combustível para o sucesso. Além disso, o fazer sentir é tomar atitudes e se posicionar, para ser amado por muitos você será odiado por alguns. Não siga apenas sua paixão, siga sua melhor forma de contribuição. Para isso utilize a ferramenta do JOGO DA VELHA. O Jogo da Velha é composto por 4 pontos: O jogo da velha é composto por 4 pontos: 1 2 3 4 O que eu amo fazer (precisa fazer sentido) O que eu faço bem (precisa fazer sentir) Qual o problema eu vou resolver (precisa fazer sentido) O que estou disposto a abrir mão (precisa fazer sentir) ZONA DE CONFORTO Geralmente o ponto mais intrigante do jogo da velha é o último: o que você está disposto a abrir mão? Sempre que estamos pensando em fazer algo diferente, planejamos tudo o que pode acontecer de bom, mas sempre deixamos de lado os possíveis problemas, ou aquilo que teremos que abrir mão caso algo aconteça. Isso tem relação com o que tem sido muito falado nos últimos anos: a ZONA DE CONFORTO. A ZONA DE CONFORTO é pessoal e intransferível, não existe melhor ou pior zona de conforto, o que existe é a sua zona de conforto. Dentro dela existem várias experiências as quais você se sente confortável. Da mesma forma como existem coisas fora da sua zona de conforto, as quais você se sente desconfortável em fazer. ZONA DE CONFORTO O objetivo é ilustrar que de passo em passo ampliamos nossa ZONA DE CONFORTO criando novos desafios ao praticar novas experiências e novas oportunidades que vão surgir na nossa vida. Crescer rápido demais causa estrias. A lógica da zona de conforto funciona da mesma forma. Se você esticar algo rápido demais, pode ser que arrebente. Se sairmos da zona de conforto de forma muito intensa é possível que um trauma na sua vida. Se desafie sem gerar trauma. MEDO Existe uma diferença fundamental entre medo e pânico. Quando falamos de medo, nos referimos aquele embrulho no estômago, aquela sensação de dúvida. - Será que eu apresento essa ideia? - Devo levantar a mão e fazer uma pergunta que acho importante? Pânico, por outro lado, é algo que te bloqueia, que você teme a ponto de surtar. Enfrentar um pânico de maneira errada pode gerar um trauma maior. Por isso a importância de diferenciar esses dois sentimentos. O MEDO existe pois fomos ensinados que errar é errado, portanto tememos o erro. Hoje isso não faz mais sentido. Se você perguntar para investidores quais são os atributos que eles mais analisam ao decidir se vão investir dinheiro em alguma empresa é se o líder ou a líder já falhou alguma vez, se já errou. Se nunca errou, significa que nunca tentou fazer algo diferente. das startups quebram no seu primeiro ano de existência. 90% das startups quebram no seu primeiro ano de existência. 90% Desiste de empreender. 80% das startups quebram no seu primeiro ano de existência. 90% Desiste de empreender. 80% dos que tentam novamente e persistem têm sucesso, afinal eles estavam a um passo de atingir o sucesso. 90% Como lidar com o ERRO? 1Esteja disposto a ERRAR, criando espaços para que o erro não coloque tudo a perder. 1Esteja disposto a ERRAR, criando espaços para que o erro não coloque tudo a perder. 2 Se apaixone pelo ERRO, zoom in/ zoom Out, para identificar o porque do erro e aprender com o erro. 1Esteja disposto a ERRAR, criando espaços para que o erro não coloque tudo a perder. 2 Se apaixone pelo ERRO, zoom in/ zoom Out, para identificar o porque do erro e aprender com o erro. 3Tente novamente. AGIR. ERRO APRENDER 1- Zoom in/out 2- Aprendizado 3- Tentar novamente CONSIDERAÇÕES FINAIS Se isso já é uma vontade interna sua, faça acontecer pois o mundo já está rodando a partir dessa ótica. Estamos na era dos fazedores, e ficar parado agora vai fazer com que você seja atropelado.1 Não demore muito. Não planeje tanto. A velocidade de tudo que está a nossa volta mudou, a tecnologia está crescendo de forma exponencial, isso está impactando a tudo e a todos, portanto, tente acompanhar essa velocidade também.2 Preste atenção na sua jornada durante a tomada de decisão. Não se esqueça da armadilha que a espiral do conhecimento pode te trazer. Sabedoria é importante, lógico, mas não pare por aí, o mundo está cheio de pessoas com ideias e vontades, mas o que vai diferenciar você da multidão está naquilo que você FIZER, execute, rompa a última etapa e faça! 3 Motivação é um HABILIDADE. Comece internalizando isso que muita coisa vai mudar. Não é ela que encontra você, é você que a desenvolve. O caminho já está claro para você, VAI LÁ E FAZ.4 Inteligência é comodite, em um mundo cada vez mais competitivo como o de hoje, o que vai diferenciar você dos demais é o quanto você coloca a mais de esforço e dedicação. A PAIXÃO é o seu combustível e a CORAGEM é a faísca para que isso aconteça. Mas não pense que vai ser fácil.5 Não siga sua paixão apenas, siga sua melhor forma de contribuição. Pense no que você está disposto a abrir mão, isso vai te ajudar a entender melhor os próximos passos das suas AÇÕES.6 Um passo de cada vez, não esqueça, crescer rápido demais causa estrias, pode gerar traumas, o segredo da evolução e do crescimento não está na intensidade, e sim na constância, um passo para fora da zona de conforto. Não esqueça, sempre que estiver confortável, você não está crescendo.7 “Medo é o jeito do cérebro dizer que existe algo importante para você superar”. Saiba diferenciar isso de pânico. Frio na barriga, suor nas mão, ansiedade controlada, são sinais que seu cérebro está enviando para seu corpo saber que ele está saindo da zona de conforto. Comece a buscar isso, apaixone-se por essa sensação. Isso vai mudar completamente a sua relação com os desafios que aparecerem na sua vida. 8 Você vai errar, se não errar é porque não está tentando fazer algo realmente diferente. Errar faz parte, desde que você saiba lidar como ERRO. Erros calculados, lembra da regra, 80/20?9 VAI LÁ E FAZ!10