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APOSTILA FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL

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PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E 
INSTITUCIONAL 
 
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA 
 
 “A Psicopedagogia é uma nova área de atuação profissional que busca uma 
identidade, e que requer uma formação de nível interdisciplinar, o que já é sugerido no 
próprio termo Psicopedagogia”. (Bossa, 1995, p.31) 
 
Breve Histórico da Psicopedagogia 
Os primeiros centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa (1946) por 
Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica unindo conhecimento na 
área da Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com 
comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar, e atender crianças com 
dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes (BOSSA, 2000, p39). 
Esta corrente europeia influenciou a Argentina. Buenos Aires foi a primeira 
cidade a oferecer o curso de psicopedagogia. 
A Psicopedagogia chegou ao Brasil, na década de 70, com a colaboração de 
Jorge Visca. Nessa década já havia algum movimento científico / acadêmico em Porto 
Alegre. 
Os primeiros cursos formais de Psicopedagogia eram denominados de 
Reeducação Psicopedagógica, Psicopedagogia Terapêutica, Dificuldades Escolares, 
entre outros. Esses cursos ocorreram primeiramente em Porto Alegre, Rio de Janeiro e 
São Paulo. 
 
O percurso da Psicopedagogia brasileira foi: 
 
- Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo (1980), posteriormente 
Associação Brasileira de Psicopedagogia (1985), 
 Conceitos 
Psicopedagogia. 
Segundo o Dicionário Aurélio, é definido como “aplicação da psicopedagogia 
experimental à pedagogia”. 
Bossa diz que a psicopedagogia, como área de aplicação, antecede o status de área 
de estudos, a qual tem procurado sistematizar um corpo teórico prático próprio, definir 
o seu objeto de estudo, delimitar o seu campo de atuação, e para isso recorrer à 
Psicologia, Psicanálise, Linguística, Fonoaudiologia, Medicina e a Pedagogia. 
 
Para Maria M. Neves, “ falar sobre psicopedagogia é, necessariamente, falar sobre a 
articulação entre educação e psicologia, articulação essa que desafia estudiosos e 
práticos dessas duas áreas”. 
 
Para Kiguel, que também tem contribuído nesse processo de construção do saber 
psicopedagógico, “historicamente a Psicopedagogia surgiu na fronteira entre a 
Pedagogia e a Psicologia, a partir das necessidades de atendimento de crianças com 
distúrbios de aprendizagem”, afirma ainda que o fracasso escolar não é só Pedagógico 
e psicológico, mas também da desnutrição. 
 
Scoz, diz que o objeto de estudo da psicopedagogia deve ser entendido a partir de dois 
enfoques: preventivo e terapêutico. O primeiro considera o objeto do estudo de 
psicopedagogia o ser humano em desenvolvimento enquanto educável, e o segundo 
uma identificação, análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento 
das dificuldades de aprendizagem. 
 
Do ponto de vista de Weiss, “a psicopedagogia busca a melhoria das relações 
com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria 
aprendizagem de alunos e educadores”. 
 
Segundo Jorge Visca, a psicopedagogia, perfilou-se como um conhecimento 
independentemente e complementar, possuída de um objeto de estudo – o processo 
aprendizagem – e de recursos diagnósticos, corretos e preventivos próprios. 
 
Para Bossa a psicopedagogia estuda as características da 
aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagem varia 
evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações 
na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. 
 
Atualmente a psicopedagogia trabalha com uma concepção de aprendizagem 
de acordo com a relação do sujeito com o meio, suas disposições afetivas e intelectuais. 
Como já vimos anteriormente, na Psicopedagogia pode ser trabalhado o clínico e o 
preventivo. Como preventivo podem ser trabalhadas as questões didático-
metodológicas, bem como a formação e orientação dos professores e aconselhamento 
dos pais. Diminuir e tratar os problemas já instalados. Como clínico, o psicopedagogo 
precisa conhecer o sujeito, quais os recursos de conhecimento que ele dispõe e como 
aprende e produz conhecimento. 
É preciso que o psicopedagogo saiba o que é ensinar e o que é aprender. 
Leda Barone no II Encontro Psicopedagógico enfatiza que o psicopedagogo deve 
assumir a polaridade do seu papel como: 
o Levar em conta o papel da família como transmissor de cultura e, matriz dos primeiros 
modelos de aprendizagem; 
 
o Reconhecer a escola como um espaço onde o sujeito adquire conhecimentos que se 
transformam em saber; 
 
o Considerar a instituição hospitalar como elemento fundamental na realização de 
diagnósticos para a identificação de dificuldades de aprendizagem; 
 
o Favorecer a aprendizagem do sujeito ao assumir novas funções em seu contexto de 
trabalho. 
 
 O psicopedagogo, no Brasil, ocupa-se das seguintes atividades conforme Lino de 
Macedo: 
 
1 - Orientação de estudos – organizando a vida escolar da criança quando esta não 
sabe fazê-lo espontaneamente como ler um texto, como escrever, como estudar, etc. 
 
2 - Apropriação dos conteúdos escolares – propiciar o domínio de disciplinas escolares 
que a criança não vem atingindo bons resultados; 
 
3 - Desenvolvimento do raciocínio – Os jogos são muito utilizados, criando um contexto 
de observação e diálogo sobre processos de pensar e de construir o conhecimento. 
 
4 - Atendimento a criança – Atende a deficientes mentais, autistas, hiperativos ou com 
comportamentos orgânicos mais graves, podendo até substituir o trabalho da escola. 
 
Para Alicia Fernández, esse saber só é possível com uma formação que se oriente 
sobre três pilares: 
 
o Prática clínica: em consultório individual, grupal e familiar; 
 
o Construção teórica: permeada pela prática; 
 
o Tratamento psicopedagógico-didático: construção do olhar e da escuta clínica. 
 
 Quem é o Psicopedagogo? 
Síntese extraída do Projeto de Lei nº 3124/97 do Deputado Barbosa Neto que 
regulamenta a profissão do Psicopedagogo. 
Poderão exercer a profissão de Psicopedagogo no Brasil os portadores de certificado 
de conclusão em curso de especialização em Psicopedagogia em nível de pós-
graduação, expedido por instituições devidamente autorizadas nos termos da legislação 
pertinente. 
O Psicopedagogo: 
 
1. Possibilita intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo 
como enfoque o aprendiz ou a instituição de ensino público ou privado; 
 
2. Realiza o diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando métodos, 
instrumentos e técnicas próprias da Psicopedagogia; 
 
3. Atua na prevenção dos problemas de aprendizagem. 
 
4. Desenvolve pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de 
aprendizagem e seus problemas; 
 
5. Oferece assessoria aos trabalhos realizados em espaços institucionais; 
 
6. Orienta, coordena e supervisiona cursos de especialização de psicopedagogia, em 
nível de pós-graduação expedidos por instituições, devidamente autorizadas ou 
credenciadas nos termos da legislação vigente. 
 
 TEORIAS QUE EMBASAM O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO 
 
Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia requer refletir sobre suas origens 
teóricas, revisando os impasses conceituais na ação da Pedagogia e da Psicologia no 
processo ensino-aprendizagem, os quais envolvem tanto o social quanto o individual, 
tanto transformadores quanto reprodutores. 
A psicopedagogia ainda se encontra em fase embrionária e seu corpo teórico encontra-
se em plena construção. A cada dia surgem novas ideias, novas situações e mais 
transformações. 
Bossa diz que podemos caracterizar a psicopedagogia como uma área de confluência 
do psicólogo (a subjetividade do se humano como tal) e do educacional (atividade 
especificamente humana, social e cultural). (200,p.28). O psicopedagogo ensina como 
aprendee, para isso, necessita aprender o aprender e a aprendizagem. 
Na aprendizagem o indivíduo ao se apropriar de conhecimentos e técnicas, constrói na 
sua interiorização um universo de representações simbólicas. 
Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, 
uma vez que acredita que muitas dificuldades de aprendizagem se devem a 
inadequação da psicopedagogia institucional e familiar. Devido a complexidade do seu 
objeto de estudo são importantes à Psicopedagogia conhecimentos específicos de 
diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus objetos de estudos: 
Como seres humanos, nos diferenciamos pela nossa capacidade de aprender, mudar, 
fazer história, na qual o pensar alicerça esse processo de mutação. Pensar envolve 
duvidar, perguntar, questionar. É uma maneira de investigar, pesquisar o mundo e as 
coisas, por isso mesmo encerra algo que perturba, provoca mal-estar, insegurança, 
porque aquilo que nos parecia seguro foi atingido em nosso pensamento. 
A Epistemologia e a Psicologia Genética se encarregam de analisar e descrever o 
processo construtivo do conhecimento pelo sujeito em interação com os outros e com 
os objetos. 
A linguística traz a compreensão da linguagem como um dos meios que caracterizam 
tipicamente o humano e cultural: a língua enquanto código disponível a todos os 
membros de uma sociedade e a fala como fenômeno subjetivo, evolutivo e historiado 
de acesso a estrutura simbólica. 
A Pedagogia contribui com as diversas abordagens do processo ensino-aprendizagem, 
analisando-o do ponto de vista de quem ensina. 
Os fundamentos na Neuropsicologia possibilitam a compreensão dos mecanismos 
cerebrais que subjazem ao aprimoramento das atividades mentais, indicando-nos a que 
correspondem do ponto de vista orgânico, todas as evoluções ocorridas no plano 
psíquico. 
Neste trabalho de ensinar e aprender, o psicopedagogo recorre a critérios diagnósticos 
no sentido de compreender a falha na aprendizagem. A investigação diagnóstica 
envolve a leitura de um processo complexo: como o individual, o familiar atual e 
passado, o sociocultural, o educacional e a aprendizagem. 
Atualmente, a Psicopedagogia refere-se a um saber, e a um saber a fazer, as condições 
subjetivas e relacionais especialmente familiares e escolares – as inibições, atrasos e 
desvios do sujeito ou grupo a ser diagnosticado. O conhecimento 
psicopedagógico avalia a possibilidade do sujeito, a disponibilidade afetiva de saber e 
de fazer, reconhecendo que o saber é próprio do sujeito. 
O trabalho clínico não deixa de ser preventivo, pois ao tratar alguns transtornos de 
aprendizagem, pode evitar o aparecimento de outros. 
 Na sua função preventiva, cabe ao psicopedagogo: 
 
o Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem; 
 
o Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, a fim de favorecer o 
processo de integração e troca; 
 
o Promover orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e 
grupos; 
 
o Realizar processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma 
individual ou grupal. 
 
Historicamente, a Psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, 
mas está cada vez mais voltada para uma ação preventiva. 
Devido a complexidade do seu objeto de estudo, são importantes à Psicopedagogia 
conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus 
objetos de estudos: 
 CAMPO DE ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA 
 
Historicamente tanto na prática preventiva como na clínica, o profissional deve estar 
embasado em referencial teórico na sua função preventiva, onde cabe ao 
psicopedagogo: 
 Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem; 
 Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, a fim de favorecer 
processos de integração e troca; 
 Promover orientações metodológicas de acordo com as características dos 
indivíduos e grupos; 
 Realizar processos de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na 
forma individual quanto em grupo. 
 
O QUE O PSICOPEDAGOGO OBSERVA NO INDIVÍDUO 
 Coordenação motora ampla; 
 Aspectos sensório motor; 
 
 Dinâmica lateral; 
 
 Desenvolvimento rítmico; 
 
 Desenvolvimento motor fino; 
 
 Criatividade; 
 
 Evolução do traçado e do desenho; 
 
 Percepção e discriminação visual e auditiva; 
 
 Percepção espacial; 
 
 Percepção Viso-motor; 
 
 Orientação e relação espaço – temporal; 
 
 Aquisição e articulação de sons; 
 
 Aquisição de palavras novas; 
 
 Elaboração e organização mental; 
 
 Atenção e concentração; 
 
 Expressão plástica; 
 
 Aquisição de conceitos; 
 
 Discriminação e correspondência de símbolos; 
 
 Raciocínio lógico matemático. 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA 
 
 A psicopedagogia em seu desejo de conhecer mais sobre o outro para poder 
ajudá-lo a vencer suas dificuldades, superar seus problemas de aprendizagem e 
compreender os elementos que interferem nesse processo, em busca da autoria de 
pensamento, tem como o seu maior desafio: aprender a conhecer, aprender a fazer, 
aprender a conviver e aprender a ser. 
A busca do autoconhecimento, a busca da autonomia, permeada pela dimensão 
social, no que se refere aos valores e atitudes, a dimensão pessoal, no que se refere 
aos afetos, sentimentos e preferências dos indivíduos, todos esses fatos aliados ao 
desenvolvimento global explicam a importância crescente da Psicopedagogia que, na 
sua concepção atual, já nasce com uma perspectiva globalizadora condizente com os 
rumos da aprendizagem nesse século. Ela ocupa um espaço privilegiado justamente 
porque não está em um único lugar. 
Portanto, o olhar, a escuta e as intervenções psicopedagógicas estão voltadas aos 
movimentos subjetivos entre ensinante e aprendente frente ao conhecimento, no 
decorrer da construção do sujeito no ato de aprender, tendo como finalidade a autoria 
do pensamento, que é a descoberta da originalidade, da diferença, da marca, e a partir 
daí , abrir espaços para a criatividade. 
 Aprender significa mudar, crescer, tendo o passado como referência para 
descobrir o futuro e assim construir uma nova história, diferente daquela vivida 
até então: 
 “Necessitamos um modo diferente de analisar a relação entre o futuro e o passado 
para entender o que acontece em todo processo de aprendizagem. Aprender é construir 
espaços de autoria e, simultaneamente, é um modo de ressituar-se diante do passado”. 
(Fernández,2001:69). 
 
O trabalho psicopedagógico pode ter um caráter preventivo, no sentido de 
reconstruir processos, definir papéis, valorizando novos conhecimentos, novas formas 
de aprender, novas formas de avaliar o conhecimento, pessoas, papéis, processos, 
produtos e objetivos. 
A Psicopedagogia Clínica e Institucional 
 
Dependendo da natureza da Instituição, a Psicopedagogia pode contribuir trabalhando 
vários contextos: 
— Psicopedagogia Familiar – resgatando a família no papel educacional, diferenciando 
as múltiplas formas de aprender, respeitando as diferenças dos filhos. 
— Psicopedagogia Empresarial – resgatando a visão do todo, 
a função humanística, as múltiplas inteligências, desenvolvendo sentimentos, 
trabalhando a criatividade e resgatando o diálogo. 
 
— Psicopedagogia Hospitalar– possibilitando o lúdico e as oficinas. 
 
— Psicopedagogia Escolar 
 
 Diagnóstico da Escola; 
 
 Busca da identidade da escola; 
 
 Definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, 
diante do aprender; 
 
 Instrumentalização de professores, coordenadores, orientadores e diretores 
sobre a prática e reflexões diante de novas formas de aprender; Reprogramação curricular, implantação de programas e sistemas avaliativos; 
 
 Oficinas para vivências de novas formas de aprender; 
 
 Análise de conteúdos e reconstrução conceitual; 
 
 Releitura, ressignificando sistemas de recuperação e reintegração do aluno no 
processo; 
 
 O papel da escola no diálogo com a família. 
 
OBJETIVOS DA PSICOPEDAGOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
 
1. Descrição da gênese e mudanças de conduta. 
Consiste na descrição da gênese das condutas psicomotoras, afetivas, 
cognitivas e sociais, e do processo de mudanças dessas condutas ao longo da vida. 
Estabelece relações entre os eventos do ambiente e o comportamento humano. Ex. O 
sorriso. 
Os verdadeiros sorrisos aparecem por volta da terceira semana de vida, provocados por 
estimulação externa, voz humana, chocalho, etc. Na sexta semana o estímulo é a face 
humana e na sétima semana é a familiarização. 
2. Fatores que afetam o desenvolvimento das condutas. 
Refere-se à descoberta de fatores, mecanismos e processos responsáveis pelo 
aparecimento das condutas e das mudanças. 
São genéticos e ambientais como comportamentos inatos ou aprendidos, instintivos ou 
inteligentes, de maturação ou aprendizagem. 
Essa classificação dicotômica coloca a discussão dos determinantes do comportamento 
em duas posições antagônicas: A primeira é que cada pessoa nasce com um conjunto 
de aprendizagem social. 
Os fatores genéticos = estrutura herdada. E a segunda é capacidade de organização 
do desenvolvimento de cada um. 
O ser humano nasce com um repertório inicial de comportamento e capacidades que 
irão mediar sua interação com o ambiente. Repertório inicial: sucção, gustação, tato, 
visão, audição, são sensíveis ao estímulo fornecido pelo corpo da mãe. 
O bebê apresenta desde o nascimento uma organização perceptiva muito elaborada 
que pode ser identificada pela discriminação e preferências por certos estímulos visuais 
e auditivos. A interação, organismo-meio, o conduz ao desenvolvimento da relação 
social. 
O primeiro ano de vida – comunicação basicamente não verbal. 
 
3. Identificação de estágios ou fases no desenvolvimento 
Diz respeito ao estabelecimento de períodos críticos no processo de desenvolvimento. 
A maioria dos estudiosos admite que o desenvolvimento humano ocorre por estágios ou 
etapas que se diferenciam pela qualidade da cognição (processo integração), do 
comportamento (resultado das intervenções disciplinares), das relações pela qualidade 
da cognição, do comportamento, das relações afetivas, etc. 
 OS CASOS COMUMENTES ENCONTRADOS NA ESCOLA 
 
 ANSIOSO – caracteriza-se por ansiedade, depressão, sentimento de inferioridade, 
solidão ou infelicidade. 
 
 IMATURO – é agitado, descuidado, passivo, falta-lhe iniciativa e interesse. Apresenta 
reações afetivas sem razão aparente, como chorar ou gargalhar;. 
 
 HIPERATIVIDADE – Tem um tempo de concentração curto, é incansável; 
 
 EXPLOSIVO – Não controla seus impulsos agressivos, tem atitudes destrutivas com 
relação ao material escolar, resiste a submeter-se a regras. 
 
AUTISMO – caracteriza-se por respostas anormais e estímulos auditivos ou visuais e 
por problema grave quanto à compreensão da linguagem falada. 
 
AGRAFIA – Impossibilidade de escrever e reproduzir os seus pensamentos por escrito. 
 
DISCALCULIA – Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente 
ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, agnosias digitais e deficiente 
estruturação espaço-temporal. 
 
DISGRAFIA – Escrita manual extremamente pobre ou dificuldades de realização dos 
movimentos motores necessários a escrita. 
 
 DISLEXIA – A criança é inteligente e criativa, porém, apresenta dificuldades de leitura, 
escrita e soletração. Lê repetidas vezes mas não entende o texto. Tem dificuldades para 
colocar os pensamentos em palavras. Dificuldades de lateralidade . Excelente memória 
para experiências, lugares e rostos. 
 
DISORTOGRAFIA – Dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por 
fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na 
compreensão e na expressão da linguagem escrita. 
 
 CADA PESSOA É COMO UM DIAMANTE QUE PRECISA SER LAPIDADO 
 
A lapidação é um trabalho que exige sabedoria, precisão e paciência. Cada 
pessoa é um diamante, que vem ao mundo em estado bruto. O trabalho de cada um de 
nós é descobrir como se lapidar para se transformar numa pedra preciosa de muito 
valor. 
Nascemos e crescemos com determinadas características: mais explosivos, 
mais impacientes, tímidos, egoístas, intolerantes, malvados, irritadiços, medrosos ou 
impulsivos. 
No decorrer da vida, muitas pessoas, situações e acontecimentos participam 
ativamente desse processo de lapidação: Os pais e os familiares que nos influenciam, 
o grupo social que nos encoraja ou nos oprime, o ambiente de estudo e de trabalho que 
nos exige, amoldam, direciona... 
O que temos em excesso que precisamos abrandar? O que nos falta que 
precisamos desenvolver ou expandir? 
É preciso que cada um de nós pense assim: Qual será o trabalho de lapidação 
necessária para que eu me coloque no caminho do equilíbrio interior, que vai me 
proporcionar paz, harmonia, serenidade e força? 
Esse é um trabalho de vida inteira; é para crianças, jovens, adultos e velhinhos. 
E ninguém se iluda: Esse trabalho é cansativo e, às vezes, dói bastante. Mas é o que 
nos permite atravessar os períodos difíceis sem nos quebrar por dentro e que nos 
permite viver com mais alegria os períodos fáceis. 
 
Referências: 
 
ROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbios de Aprendizagem, 2ª edição. São 
Paulo, Ática, 1995. 
 
JOSÉ, Elisabete da Assunção & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem, 
11ª edição. São Paulo, Ática, 1999. 
 
PAIN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem, 4ª edição. 
Porto Alegre, Artes Médicas, 1992. 
 
Revista Nova Escola. São Paulo, Fundação Victor Civita. Setembro 2000. 
 
SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e Realidade Escolar – O Problema Escolar e de 
Aprendizagem, 3a edição. Petrópolis, Vozes, 1996. 
 
HALLOWELL, Edward M. & RATEY, John J. (1992) Cinquenta Dicas para Administração 
de Problemas de Déficit de Atenção na Sala de Aula. Disponível em Internet: 
http://www.colegiosaojose.com.br/arquivos/ssores_4473.pdf. Acesso em 10/12/2013.

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