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Patologia PATOLOGIA PULMONAR Alterações circulatórias: Embolia pulmonar Edema pulmonar Infarto pulmonar EMBOLIA PULMONAR Quase sempre ela leva para o Infarto pulmonar. Ela pode ser de 4 tipos: Tromboembolismo: Êmbolos que geralmente se destacam da circulação venosa de membros inferiores ou da região abdominal pélvica principalmente, que se desprende de grandes vasos principalmente da região poplítea, esse embolo caminha pela circulação venosa e vai até o pulmão obliterando ramos da artéria pulmonar, levando então ao infarto pulmonar. Presença do trombo na circulação sanguínea pode levar a morte súbita, necrose isquêmica pulmonar. Ocorre: em paciente pós-operatório, ou paciente acamado que pode desenvolver uma tromboflebite das veias dos membros inferiores. Embolia gordurosa: Causada por fratura de ossos longos e cirurgias. Grave, porém menos grave que o tromboembolismo. Embolia gasosa: “Mal de mergulhadores”. Pequenas bolhas de gás nitrogênio. Quando o mergulhador vai a grandes profundidades pela pressão o nitrogênio fica comprimido, se ele vem a superfície muito rápido, ou seja, faz uma descompressão rápida aquele nitrogênio comprimido pela pressão pode se transformar em pequena bolhas e formar a embolia gasosa. Tratamento: colocar o paciente em uma cama hiperbárica, para dissolver o nitrogênio. Clinica: Dores nas articulações, principalmente joelho e cotovelo. Posição de lutador. Embolia amniótica: Acidente obstétrico. Ruptura da bolsa amniótica e cai o líquido amniótico na circulação. Problema dessa embolia é Diátese hemorrágica, paciente começa a sangrar muito, porque o liquido amniótico é rico em tromboplastina que impede a coagulação sanguínea. Alterações de coagulação. Diagnostico só se faz se identificamos no pulmão presença de lanugem de células da epiderme fetal. Infarto vermelho ou hemorrágico. Patologia EDEMA PULMONAR 1. Edema pulmonar cardiogênico: Normalmente por insuficiência cardíaca principalmente do coração esquerdo, levando a uma retenção de sangue no território pulmonar. Essa retenção de sangue vai haver aumento da pressão hidrostática dentro do capilar alveolar e vai ser eliminado principalmente plasma. Transudação para os alvéolos pulmonares. Vai sair inicialmente só liquido de edema (só o transudato) depois as hemácias dentro dos capilares vão ganhar a luz alveolar e pode se fragmentar e também haver presença de hemossiderina (componente da hemácia). O edema pulmonar cardiogênico NÃO gera inflamação. 2. Aumento da permeabilidade alvéolo-capilar (DAD - Dano Alveolar Difuso ou SARA - Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto): Ocorre principalmente em caso de choque/isquemia. Vai haver uma lesão isquêmica do capilar alveolar e pneumócitos 1, levando então um acumulo/afluxo de neutrófilos provocando uma reação inflamatória aguda que vai levar de 3 a 4 dias. Fases: 1 → Exsudativa: 3 a 4 dias - necrose do pneumócitos 1 , necrose da célula endotelial e presença de neutrófilos. O neutrófilo liberando proteases fagocitando ativamente restos celulares vai formar a membrana hialina, essa membrana vai revestir internamente o alvéolo impedindo a troca gasosa. 2 → Proliferativa: Final da 1ª semana - proliferação de pneumócitos 2 que tenta regenerar o pneumócito 1 , macrófago e fibroblastos. 3 → Fibrótica: Início 3 a 4 semanas – deposito de colágeno no tecido conjuntivo fibrosando o pulmão. Função do pneumócito 2: produz surfactante e regenerar pneumócito 1 DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS - DPOC Obstrução ao fluxo do ar na árvore respiratória. Pode haver tanto obstrução na entrada quando na saída do ar. 1. Enfisema: Ocorre na árvore respiratória distal, isto é, a partir dos bronquíolos terminas. O pulmão é divido em lobos, em segmentos e na extremidade tem os lóbulos pulmonares e mais terminal tem o ácino pulmonar. Então o lóbulo pulmonar é delimitado pelo bronquíolo terminal. O bronquíolo vai dar origem a vários bronquíolos respiratórios, cada bronquíolo respiratório vai formar um ácino pulmonar, então um lóbulo é um conjunto de ácinos pulmonares. Destruição da parede dos bronquíolos terminais ou respiratórios. 2. Bronquite crônica: Inflamação da parede dos brônquios, principalmente da mucosa brônquica. Consequência do tabagismo, ele induz uma reação inflamatória do brônquio levando então a produção excessiva de muco e também inflamação parede do Macrófagos cardíacos – células cardíacas Patologia brônquio, em uma situação terminal há destruição da parede brônquica. Não dá para fazer um diagnóstico anatômico, porque só se consegue fazer esse tipo de diagnóstico em cadáveres. Então seu diagnóstico é clinico. Paciente com tosse matinal, produtiva, durante 3 meses consecutivos intercalados em um período de 2 anos, escarro purulento ou não; 3. Asma: Hipersensibilidade do tipo 1 (alérgica), liberação principalmente de histamina. A histamina aumenta a produção de muco e contrai a musculatura lisa brônquica. A asma é uma doença obstrutiva por hipersensibilidade. Presença de eosinófilos e espirais de Curshmann. 4. Bronquiectasia: Geralmente é consequente a bronquite crônica em fase terminal, com destruição da parede dos brônquios, os brônquios se dilatam (permanentemente por conta da destruição do brônquio) o ar entra e não consegue sair, com isso o ar residual aumenta no brônquio destruído. Dilatação permanente da parede do brônquio por destruição da parede em casos de inflamação crônica. ENFISEMA Enfisema Centriacinar (centrolobular): Destruição do bronquíolo respiratório (se for ácino) ou terminal (se for lóbulo). Causado principalmente pelo tabagismo. O cigarro contém alcatrão que vai induzir a lesão o epitélio respiratório, vai ter um afluxo de neutrófilos e os neutrófilos vão liberar hidrolases ácidas, uma delas é a elastase que vai destruir a elastina que é um componente da fibra elástica. Problema inflamatório por destruição da fibra elástica. Ocorre mais nos lobos superiores dos pulmões, podendo com tempo envolver todo pulmão. Paciente tem dispneia. Enfisema Pan-acinar (panlobular): destrói o ácino todo, não só os bronquíolos como também os alvéolos. Deficiência da proteína alfa-1-antitripsina (protege os bronquíolos impedindo que a elastase aja em cima da fibra elástica, ela é uma antielastase). Ocorre nos lobos inferiores, podendo depois se expandir para outros lobos. Paciente tem dispneia. Enfisema Acinar-distal (parasseptal): Destruição do ácino mais na periferia do pulmão levando a formação de bolha. Enfisema Bolhoso. Devido inflamações ou tabagismo. Comum em pessoas jovens. Não tem "preferência" de lobos, ele é subpleural, mas pode considerar em lobos superiores. Complicação desse enfisema é a ruptura de uma bolha subpleural levando ao aparecimento do pneumotórax espontâneo. Paciente não tem dispneia. Patologia Enfisema Irregular (paracicatricial): Ocorre onde tem cicatrizes pulmonares (tuberculose, pneumonias ou fibroses), devido ao processo inflamatório. PNEUMONIAS É uma inflamação do pulmão. Causas quase sempre por bactérias (mais comuns), mas pode ter pneumonias virais e por fungos. Qualquer pneumonia pode levar ao aparecimento de uma reação inflamatória da pleura (pleurite), quase sempre purulenta ou fibrina purulenta. Broncopneumonia: Ocorre principalmente nas regiões maisperiféricas, nos lóbulos e nos ácinos, isto é, nos bronquíolos terminais e respiratórios. Ela se inicia quase sempre nos brônquios, mas a inflamação junto com as bactérias vai até a periferia formando nódulos e ácinos, chamados de lesão acinodular do pulmão. Quase sempre é bacteriana ou fúngica. Também pode ser classificado como pneumonia nosocomial (contraída em ambientes hospitalares – mais graves) e pneumonia da comunidade. Quase sempre ocorre nas bases pulmonares e nas porções posteriores das bases. Pneumonia Lobar: Processo infeccioso do pulmão que só ocorre inflamação de um lobo do pulmão. Causada por duas bactérias principais: Klebsiella pneumoniae (aspecto mucóide) e Streptococcus pneumoniae. Vai evoluir se não for tratada com antibioticoterapia em 4 fases distintas: 1ª fase congestão; 2ª hepatização vermelha; 3ª hepatização (consistência de fígado) cinzenta e 4ª resolução. Pneumonia Intersticial: Inflamação do interstício. Quase sempre tem uma etiologia vírus. Na imagem temos uma pneumonia que se transformou em abscesso, uma bactéria piogênica (Staphylococcus aureus) ele tem essa característica provoca uma necrose liquefativa, presença de pus e também de hemorragia. O abscesso pulmonar é uma coleção purulenta localizada no parênquima pulmonar, se essa pneumonia fizer uma pleurite purulenta ela pode se localizar na pleura e vai provocar a presença de pus no espaço pleural (empiema). Os abscessos pleurais podem ser provocados por bactérias piogênicas ou por superinfecção bacteriana da bronquiectasia ou até mesmo por aspiração de vômito (é comum em paciente alcoólatra na aspiração de conteúdo alimentar) Pneumonia causada por fungos, na imagem é a Candia sp (C. albicans), geralmente em indivíduos imunocomprometidos Patologia TUBERCULOSE PULMONAR (pneumonia crônica) Tuberculose primária: Ocorre em indivíduos que nunca tiveram contato com o bacilo (individuo anérgico). - Complexo primário de Ghon (cancro de inoculação + linfangite + linfadenite) Tuberculose secundária: Ocorre em indivíduos que já tiveram contato com bacilo (hiperérgico). Pode evoluir para tuberculose secundária progressiva ou tuberculose miliar. - Ocorre em pacientes previamente sensibilizados (hiperérgico), habitualmente surgindo como nódulo com menos de 2,0 cm de diâmetro, no ápice do lobo superior a cerca de 1 a 2 cm da pleura. - Pode ser devida a reativação do nódulo quiescente ou reinfecção. - Morfologia: Nódulos circunscritos com graus variáveis de caseação central, granulomas e fibrose periférica - Tuberculose pulmonar progressiva (adultos mais velhos ou pessoas imunossuprimidas): os nódulos apicais expandem-se para as porções adjacentes dos pulmões, erodindo brônquios e vasos, criando uma cavidade irregular e provocando hemoptise, podendo se disseminar por via canalicular, linfática ou vascular sanguíneas. A cavidade pleural é envolvida e pode desenvolver derrames pleurais seroros, empiema tuberculoso ou pleurite fibrosa obliterante. - Tuberculose miliar: os bacilos entram nos vasos linfáticos, caem na circulação sanguínea e voltam ao pulmão. Pode se disseminar para outros órgãos – gravíssima. PNEUMOCONIOSES Presença de corpo estranho principalmente de minerais no parênquima pulmonar, se dando quase sempre por aspiração desse material. Antracose: poluição ambiental. Precipitação de carvão dado por motores de combustão. Não causa grandes problemas. Pneumoconiose dos mineradores de carvão: carvão mineral vai se depositando no pulmão e vai provocando uma reação inflamatória (porque ele não é absorvido) e uma fibrose. É grave Patologia Silicose (dióxido de sílica cristalino): indivíduos que trabalham em obra/construção civil que manipulam muita areia. Geralmente causa uma fibrose pulmonar mais periférica. A sílica cristalina se deposita no pulmão desenvolve uma reação inflamatória e fibrosa. Asbestose (silicatos hidratados cristalinos) – Fibrose e câncer (câncer da pleura – mesotelioma pleural e carcinoma pulmonar) NEOPLASIAS PULMONARES Hamartoma – lesão benigna. Tumor formado pelos componentes do próprio tecido. “Sinal da moeda” Carcinoma epidermóide espinocelular – conhecido também por carcinoma das células escamosas. Originam-se quase sempre nos brônquios centrais, próximo ao hilo. Seguimento clássico de câncer de células escamosas: metaplasia → displasia → carcinoma. Tumor maligno. Causas: tabagismo Adenocarcinoma (bronquíolo-alveolar): ocorre mais na periferia do pulmão, em pessoa idosas, não tem uma relação tão grande com tabagismo. Tumor de malignidade intermediaria. Lembra uma as vezes uma pneumonia. Carcinoma de grandes células: originam-se das células de revestimento dos brônquios e ela tem atividade endócrina (às vezes secreta hormônios), tumor de malignidade intermediária. Tem tropismo para dar metástase cerebral. Devido ao tabagismo. Carcinoma de células pequenas: altamente malignos. Causa muita síndrome paraneoplásica. Tumor carcinóide: Pode levar a síndrome carcinóide. Produz histamina e serotonina. Não se sabe se é um tumor verdadeiramente maligno ou benigno. Mesotelioma: ocorre na pleura (mesotélio pleural), tumor maligno que veio lá da asbestose.