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BUSCA ATIVA E CÂNCER DE BOCA

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BUSCA ATIVA E CÂNCER DE BOCA: OS DESAFIOS DAS EQUIPES DE SAÚDE BUCAL
Busca ativa: termo muito usado em vigilância em saúde, tem como objetivo a identificação precoce de casos suspeitos e uma rápida confirmação para orientar adequadamente a aplicação de medidas de controle. É ir contra o automatismo da demanda espontânea, evitar o diagnóstico tardio e minimizar os danos. Para trabalhar nessa lógica da busca ativa é necessário que se observe o conceito de território.
Como fazer a busca ativa no câncer de boca?
Com a criação do Brasil Sorridente houve uma ampliação e qualificação da atenção básica, dessa forma foram colocadas algumas “dicas” relacionadas ao câncer de boca:
1. Realizar rotineiramente exames preventivos para detecção precoce do câncer de boca, garantindo a continuidade da atenção em todos os níveis de complexidade, mediante negociação e pactuação com representantes das três esferas do governo (referência e contra-referência).
Ou seja, todo paciente que senta na nossa cadeira, que participa dos nossos grupos, que é visitado por nossa equipe de saúde bucal deve ter seus tecidos moles examinados. 
E com relação às metas? Em primeiro lugar o compromisso com o cuidado integral faz parte do exame clínico (tecidos moles) e quando incluímos esse exame na rotina somos surpreendidos com os resultados: há um aumento na detecção de lesões benignas, aumento nos tratamentos clínicos, aumento nos encaminhamentos para CEOs e aumento nos indicadores. 
Alguns alertas: Hoje o perfil do paciente com câncer de boca mudou, o número de câncer de boca em pacientes jovens não tabagistas aumentou, além de outros aspectos de risco como uso de narguilé, o HPV, ressurgimento da sífilis que tem aumentado bastante e câncer de boca em idosos não tabagistas e não etilistas.
2. Oferecer oportunidade de identificação de lesões bucais (busca ativa) seja em: visitas domiciliares, campanhas ou grupos tabagistas.
Visitas domiciliares: Forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo e à família ou à coletividade que é prestada nos domicílios ou junto a diversos recursos sociais locais, visando a maior equidade da assistência em saúde. Ou seja, é uma grande oportunidade de pelo menos lembrar aos moradores que eles podem ir ao posto de saúde para ser examinados, que os profissionais da atenção básica são confiáveis e darão uma atenção adequada, a partir de uma simples pergunta como por exemplo se há algum incômodo na boca do paciente.
Essas visitas domiciliares têm como principais objetivos:
· Conhecer o domicílio e suas características ambientais, identificando características socioeconômicas e culturais
· Verificar a estrutura e a dinâmica familiares
· Identificar fatores de risco individuais e familiares
· Prestar assistência ao paciente no seu próprio domicílio, especialmente em casos de acamados
· Intervir precocemente na evolução para complicações e internações hospitalares
· Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, agravos e doenças não transmissíveis, estimulando adesão ao tratamento, seja ele medicamentoso ou não
· Propiciar ao indivíduo e à família a participação ativa no processo saúde-doença
· Estimular a independência e a autonomia do indivíduo e de sua família, incentivando práticas para o autocuidado
· Adequar o atendimento às necessidades e expectativas do indivíduo e de seus familiares 
O treinamento dos agentes comunitários de saúde é um grande desafio, é necessário incorporar temas de saúde bucal na rotina deles, estabelecer vínculo entre os profissionais da atenção básica e os agentes comunitários, promover capacitações para esses agentes comunitários e estar sempre disponível para eles. 
Momento oportuno para realização de exames de saúde bucal: campanhas de vacinação
Grupos prioritários como hipertensos, diabéticos e gestantes são aqueles que devemos dedicar maior cuidado, além de não esquecer de examinar os tecidos moles.
3. Acompanhar casos suspeitos e confirmados através da definição e, se necessário, criação de serviço de referência, garantindo-se o tratamento e reabilitação desses usuários. 
Apenas 50% dos CEOs do Brasil possuem protocolo clínico para estomatologia, ou seja, o paciente pode demorar indo em diversos profissionais do SUS para ter um diagnóstico e tratamento adequado. Além disso, menos de 50% dos CEOs do Brasil registram os casos de câncer de boca.
4. Estabelecer parcerias para prevenção, diagnóstico, tratamento e recuperação do usuário acometido por câncer de boca com universidades e outras organizações

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