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Saude Mental suicidio

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Saúde Mental | Suicídio 
1 Júlia Ornellas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O suicídio não visa acabar com a vida, mas acabar 
com a dor.’’ 
 
→ A pessoa não necessariamente quer morrer, mas 
sim acabar com o sofrimento e em um momento 
de impulsividade termina se suicidando. 
→ O “suicida” é paradoxal, tem uma ambivalência 
em que ao mesmo tempo que quer viver e quer 
morrer, então muitas vezes diante desse dilema 
tem um ato impulsivo e concretiza o ato. 
 
“To be or not to be? That is the question (Ser ou não 
ser? Eis a questão) 
to die, to sleep – no more – and by a sleep to say 
we end.” (Morrer, dormir - nunca mais - e pelo sono 
dizemos que acabou) 
 
hamlet, act 3, scene 1 
 
 
O paciente NÃO É suicida ad eternum, apenas ESTA 
suicida, pois passando o momento de agonia e 
aflição, repensa a vida e retorna ao seu cotidiano. 
→ É preciso falar e conscientizar a população 
sobre os fatores de risco do comportamento 
suicida, além de orientar o tratamento dos 
transtornos mentais associados. 
→ Acredita-se que o suicídio seja uma morte 
evitável, e está muito associado a transtornos 
mentais. 
 
 
 
 
BASE DE DADOS 
→ Suicídio, religião e cultura: reflexões a partir 
da obra “Sunset Limited” (Anna Bárbara de 
Freitas Carneiro - Círculo Psicanalítico de 
Minas Gerais) 
→ Suicídio: informando para prevenir (ABP) 
→ Comportamento suicida: conhecer para 
prevenir (ABP) 
→ Emergências Psiquiátricas (ABP) 
APRESENTAÇÃO 
→ Todos os anos são registrados cerca de 10 mil 
suicídios no Brasil e mais de 1 milhão em todo o 
mundo. A cada dia, 32 pessoas se suicidam. 
→ Segundo a OMS 2019-2021, o Brasil é o vigésimo 
terceiro país em número absoluto de suicídios. 
O Afeganistão ocupa a liderança. 
→ Há muita subnotificação 
→ 17% das pessoas no Brasil pensaram, em algum 
momento, em tirar a própria vida. 
IMPACTO MUNDIAL 
→ Segundo dados da OMS, mais de 800 mil pessoas 
morrem por suicídio a cada ano em todo o 
mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 
segundos, sendo que a cada três segundos uma 
pessoa atenta contra a própria vida. 
→ Estudos indicam que cada caso de suicídio tem 
sério impacto na vida de pelo menos outras seis 
pessoas de forma direta 
→ Em 2012, o suicídio foi a segunda maior causa de 
morte entre os 15 e 29 anos de idade, em todas 
as regiões do mundo. (Ser jovem é fator de risco 
para suicídio) 
→ 75% dos suicídios ocorridos no mundo, no mesmo 
ano, foram em países de baixa e média renda. 
Também em 2012, o suicídio foi responsável por 
Conceito 
Índice 
Conceito 
Histórico 
Suicídio e transtornos mentais 
 
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
2 Júlia Ornellas 
 
1,4% de todas as mortes no mundo, tornando-se 
a 15ª causa de morte 
→ Cometer suicídio x morrer por suicídio: o termo 
cometer suicídio está entrando em desuso, a 
forma mais adequada seria morrer por suicídio. 
→ Durante os últimos anos tem-se controlado as 
taxas de suicídio, inclusive durante a pandemia 
não houve aumento de suicídio, em 
compensação percebeu-se aumento para 
taxas de depressão e ansiedade. 
 
→ O suicídio é um fenômeno presente ao 
longo de toda a história da humanidade, 
em todas as culturas. 
→ É um comportamento com determinantes 
multifatoriais e resultado de uma complexa 
interação de fatores psicológicos e 
biológicos, inclusive genéticos, culturais e 
socioambientais. 
→ Na Europa antiga, especialmente na época 
do Império Romano, o suicídio era um ato 
aprovado e às vezes até honroso. 
→ “A opinião de que a morte não é por si um 
mal, defendida, por exemplo, por estóicos e 
epicuristas, acarretou a defesa de que, em 
algum momento da vida, em algum 
contexto, seria desejável, racional ou 
aceitável livrar-se dela.” (VAZ, 2014, apud 
SCARPAT, 2007, p. 79) 
→ Filósofos romanos como Sêneca 
consideravam o suicídio como o último ato 
de um homem livre. (Estoicismo/Hedonismo) 
→ Para Santo Agostinho o suicídio era 
essencialmente um pecado. 
→ Para Freud em Luto e melancolia 
(1917): perda do objeto amado torna-se 
intolerável sobrevém o desejo de 
autopunição e sadismo, pois o ego não 
tolera a perda, e a frustração se volta para 
o “eu” (narcisismo) 
→ Alta taxa de suicídios na Alemanha após a 
Primeira Guerra Mundial e após a Grande 
Depressão, que sucedeu a queda da bolsa 
de valores de Nova Iorque em 1929 
→ Durkheim (1897): é um fenômeno social, que 
reflete a frouxidão entre Estado, família e 
religião. 
→ Emma Bovary, de Flaubert, e Werther, de 
Goethe – o desejo de morrer 
→ Efeito werther: é a emulação de um outro 
suicídio do qual a pessoa que está tentando 
se suicidar tem ciência, seja devido a 
tradição e conhecimentos locais ou a 
representações do suicídio original em 
diferentes meios de comunicação, como 
televisão, livros e a internet. 
SETEMBRO AMARELO: 
 combater os estigmas é salvar vidas! 
→ A origem do Setembro Amarelo e todo esse 
movimento de conscientização contra 
suicídio começou com a história de Mike 
Emme, nos Estados Unidos. O jovem era 
conhecido por sua personalidade carinhosa 
e habilidade mecânica, tendo como sua 
marca um Mustang 68 que ele mesmo 
restaurou e pintou de amarelo. 
→ Porém, em 1994, Mike cometeu suicídio, 
com apenas 17 anos. Infelizmente nem a 
família, nem os amigos de Mike, 
perceberam os sinais de que ele pretendia 
tirar sua própria vida. 
→ No funeral, os amigos montaram uma cesta 
de cartões e fitas amarelas com a 
mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. A 
ação ganhou grandes proporções e 
expandiu-se pelo país. 
→ Diversos jovens passaram a utilizar cartões 
amarelos para pedir ajuda a pessoas 
próximas. A fita amarela foi escolhida como 
símbolo do programa que incentiva aqueles 
que têm pensamentos suicidas a buscarem 
ajuda. 
→ Em 2003, a Organização Mundial da 
Saúde(OMS) instituiu o dia 10 de setembro 
para ser o Dia Mundial da Prevenção do 
Suicídio. O amarelo do Mustang de Mike é a 
cor escolhida para representar essa 
campanha. 
→ O setembro Amarelo é a campanha de 
prevenção ao suicídio da Associação 
Brasileira de Psiquiatria - ABP, criada no ano 
de 2014 junto ao Conselho Federal de 
Medicina - CFM. Por meio dela, buscamos 
conscientizar a população sobre os fatores 
de risco para o comportamento suicida e 
orientar para o tratamento adequado dos 
transtornos mentais. 
→ Todo o mês de setembro são feitas ações no 
Brasil inteiro. Apesar das ações o mês inteiro, 
o dia 10 de setembro é o escolhido para a 
comemoração oficial. São feitas 
orientações sobre doenças mentais, e são 
divulgadas mensagens de apoio, além da 
realização de atividades científicas e 
culturais que atendam a população 
SUICÍDIO NO BRASIL 
→ Aumento de 60% nos últimos 45 anos, média de 
idade cada vez menor 
Histórico 
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
3 Júlia Ornellas 
 
→ Crescimento de cerca 10% nas taxas de suicídio 
no Brasil nos ultimos anos 
→ Falta de suporte social (journal of affective 
disorders, diminui em até 30% as taxas de 
suicídio), políticas públicas em involução 
(fechamento de leitos psiquiátricos), dificuldade 
na prevenção, estratégia de abordagem 
terapêutica deficitária, carência de profisionais 
especializados 
→ Em Salvador temos o NEPS (Núcleo de estudo e 
prevenção ao suicidio) 
Pergunta: Caso chegue um paciente e declare 
abertamente desejo de morrer, o que um psiquiatra 
faria? 
Prof.: A gente senta e bate um papo, ouve a pessoa, 
valida as ideias dela. É um custo muito alto, você 
deixar de existir. Geralmente as pessoas caem nos 
clichês e não param para ouvir os problemas do 
paciente. Todos querem dar uma opinião e acabam 
caindo na “mesmice”. Frases como “você precisa se 
ajudar”, a única forma da pessoa se ajudar é 
procurando um psicólogo para elas serem ajudadas 
a se ajudarem. ninguém consegue se ajudar sozinho. 
Pq se conseguisse se ajudar sozinho ela nao estariaprecisando de ajuda. 
Mostrar pra pessoa que tem tratamento, que as 
coisa na vida mudam, trazer esperança. Não é por 
que a vida não vale a pena hoje que ela não vai 
valer amanhã. 
Pergunta: Tem algum caso que precise de 
intervenção medicamentosa? 
Alguns sim, uma boa parte. 
DESAFIOS ENCONTRADOS 
→ Ausência de serviços (aqui em salvador há 
apenas um NEPS com apenas um psiquiatra 
para dar conta de toda a cidade) 
→ Falta de comunicação (a mídia costuma abafar 
o caso Ex.: morte de Chorão) 
→ Inadequação de recursos (devido a grande 
demanda dos serviços) 
→ No Brasil há muita falta de suporte e de políticas 
públicas, a estratégia de abordagem é muito 
deficitária. Hoje os estudantes de medicina 
recebem aula sobre prevenção ao suicidio, 
diferentemente de antigamente que não havia. 
FATORES DE RISCO 
→ A assistência prestada a pessoas que tentaram 
o suicídio é uma estratégia fundamental na 
prevenção da vida. Pacientes que tentaram 
suicídio previamente têm entre cinco a seis vezes 
mais chances de tentar suicídio novamente, 
caracterizando-os como um grupo de maior 
risco. 
→ A existência de um transtorno mental é 
considerada um forte fator de risco para o 
suicídio. Uma revisão de 31 artigos científicos 
publicados entre 1959 e 2001, englobando 
15.629 suicídios na população geral, demonstrou 
que em 96,8% dos casos caberia um diagnóstico 
de transtorno mental à época do ato fatal 
(Bertolote e Fleischmann, World Psychiatry, 2002) 
 
→ Depressão: Ao longo da vida, até 25% das 
mulheres e até 10% a 12% dos homens também 
farão pelo menos um episódio depressivo. 
Segundo a OMS, é a segunda mais importante 
causa de incapacidade no mundo. A 
depressão é a doença mental que mais está 
associada ao suicídio. 
→ Transtorno Bipolar (TB): O TB é o transtorno mental 
mais associado ao comportamento suicida. 
Estima-se que até 50% dos portadores tentam o 
suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% 
efetivamente o cometem. 
→ No caso de TB é preciso alertar a família para 
que a mesma fique vigilante quanto ao 
paciente, administrar a dose de forma 
supervisionada e registrar isso em prontuário. 
→ Acima de tudo vale ressaltar a importância da 
relação médico paciente como fator positivo 
para adesão ao tratamento. 
→ Transtorno relacionado ao uso de álcool e outras 
substâncias: A segunda doença mental mais 
Suicídio e transtornos mentais 
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
4 Júlia Ornellas 
 
associada ao suicídio, após os transtornos do 
humor (depressão e transtorno bipolar). Cerca 
de 5% a 10% das pessoas dependentes de álcool 
terminam suas vidas pelo suicídio. 
→ Esquizofrenia: é uma doença crônica que afeta 
1% da população e ocorre em todas as 
sociedades e localidades no mundo. A 
esquizofrenia está associada com aumento de 
10 vezes do risco de morte por suicídio, e 50% dos 
pacientes esquizofrênicos podem tentar o 
suicídio em algum ponto do curso da doença. 
→ Transtorno de personalidade: Os TP apresentam 
risco aumentado de suicídio em até 12 vezes 
para homens e 20 vezes para mulheres, 
especialmente os transtornos de personalidade 
antissocial e Borderline. 
→ Mente tentam mais suicidio que homens, porém 
os homens morrem mais por suicidio que 
mulheres pois seus métodos são mais violentos e 
assertivos. 
FATORES DE RISCO 
→ Os dois principais fatores de risco são a tentativa 
prévia e a presença de transtorno mental, mas 
outros aspectos também estão diretamente 
ligados aos índices de suicídio: 
→ Uso de álcool e outras drogas. 
→ Desesperança e desespero: busca de 
sentido existencial, razão para viver, falta de 
habilidade de resolução de problemas. 
→ Isolamento social, ausência de amigos 
íntimos. 
→ Possuir acesso a meios letais. 
→ Impulsividade 
 
OBS: Lembrar que o comportamento suicida é um 
ato repleto de ambivalência entre o querer morrer e 
o querer viver de maneira diferente. 
OMS: Ambivalência, Impulsividade, Rigidez. 
 
OBS2: Os óbitos por suicídio são em torno de três 
vezes maiores entre os homens do que entre 
mulheres. Inversamente, as tentativas de suicídio são, 
em média, três vezes mais frequentes entre as 
mulheres 
 
QUAL A ORIGEM DA IMPULSIVIDADE? 
 
 
 Afeto 
 Cognição (dificuldade no sistema inibitório) 
 Empatia 
→ A pessoa age de uma forma impulsiva 
justamente pela desesperança de não ver um 
futuro e se ela usa um meio agressivo ela tem 
maior chance de morrer por suicídio. 
 PROBLEMAS NO AFETO 
→ Problemas com a Cognição (dificuldade no 
sistema inibitório) 
→ Falta de empatia por parte das pessoas em 
relação a pessoa que atentou contra a própria 
vida. 
FATORES DE RISCO 
→ Doenças clínicas não psiquiátricas foram 
associadas ao suicídio de maneira 
independente. 
→ As taxas de suicídio são maiores em 
pacientes com 
→ Câncer; 
→ HIV 
→ Doenças neurológicas, como esclerose 
múltipla, doença de Parkinson, doença de 
Huntington e epilepsia 
→ Doenças cardiovasculares, como infarto 
agudo do miocárdio e acidente vascular 
encefálico 
→ Doença pulmonar obstrutiva crônica 
→ Doenças reumatológicas, como o lúpus 
eritematoso sistêmico. 
→ Os sintomas não responsivos ao tratamento 
e os primeiros meses após o diagnóstico 
também constituem situações de risco. 
→ Maus tratos, abuso físico e sexual, pais 
divorciados, transtorno psiquiátrico familiar, 
entre outros fatores, podem aumentar o 
risco de suicídio. 
→ O risco de suicídio aumenta entre aqueles 
com história familiar de suicídio ou de 
tentativa de suicídio. Estudos de genética 
epidemiológica mostram que há 
componentes genéticos, assim como 
ambientais envolvidos. 
→ O risco de suicídio aumenta entre aqueles 
que foram casados com alguém que se 
suicidou. 
→ Trauma, amputação, invalidez. 
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
5 Júlia Ornellas 
 
 
 
FUNCIONAMENTO MENTAL 
→ O funcionamento mental gira em torno de três 
sentimentos: intolerável (não suportar); 
inescapável (sem saída); e interminável (sem 
fim). 
→ Existe uma distorção da percepção de 
realidade com avaliação negativa de si mesmo, 
do mundo e do futuro. Há um medo irracional e 
uma preocupação excessiva. 
 
 
 
FATORES PROTETORES 
→ Autoestima elevada 
→ Bom suporte familiar; 
→ Laços sociais bem estabelecidos com família e 
amigos 
→ Religiosidade independente da filiação religiosa 
e razão para viver 
→ Ausência de doença mental 
→ Estar empregado 
→ Ter crianças em casa 
→ Senso de responsabilidade com a família 
→ Gravidez desejada e planejada 
→ Capacidade de adaptação positiva 
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
6 Júlia Ornellas 
 
→ Capacidade de resolução de problemas 
→ Acesso a serviços e cuidados de saúde mental 
OBS: A religiosidade pode ser benéfica como 
também maléfica, quando tem alienação 
excessiva, pode correr o risco de o paciente 
cometer automutilação. 
COMO ABORDAR O PACIENTE? 
→ Todo paciente que fala sobre suicídio tem risco 
em potencial e merece investigação e atenção 
especial. São fundamentais a escuta e o bom 
julgamento clínico. Não é verdade que “quem 
fala que vai se matar, não se mata”. Por 
impulsividade ou por erro de cálculo da 
tentativa, a fatalidade acontece. 
→ O profissional de saúde não deve ficar receoso 
de investigar se aquele paciente tem risco de 
suicídio. O tema deve ser abordado com 
cautela, de maneira gradual. 
 
AS SEIS PERGUNTAS: 
1. Você tem planos para o futuro? 
2. A vida vale a pena ser vivida? 
3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? 
4. Você está pensando em se machucar/se 
ferir/fazer mal a você/em morrer? 
5. Você tem algum plano específico para 
morrer/se matar/tirar sua vida? 
6. Você fez alguma tentativa de suicídio 
recentemente? 
• Escuta acolhedora para compreensão e 
amenização de sofrimento, que o possibilite falar 
e clarificar sua situação de crise e sofrimento. 
Investimentonos possíveis fatores protetivos do 
suicídio. 
Não julgue, nem dê conselhos 
Demonstre que está disponível para ajudar 
Demonstre empatia, não faça comparações! 
Não mude de assunto, fuja dos clichês! (“anime-
se!”) 
PREOCUPAÇÕES: DESPREPARO PROFISSIONAL 
→ 75% das pessoas que tentaram suicídio 
procuraram um serviço de cuidados primário 
antes do ato 
→ Em média 80% dos suicidas haviam procurado 
atendimento médico um mês antes do ato. 
→ Metade dos que morrem por suicídio foram a 
uma consulta médica em algum momento do 
período de seis meses que antecederam a 
morte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
7 Júlia Ornellas 
 
 
SUICÍDIO NA EMERGÊNCIA 
 
RISCO IMINENTE 
 
Problemas-chave 
1. Intenção 
2. Acesso a meios 
3. Gravidade da doença psiquiátrica 
4. Presença de psicose 
5. Desesperança 
6. Falta de recursos pessoais, familiares, sociais 
7. Tentativas prévias de suicídio 
8. Internação psiquiátrica 
RISCO IMINENTE ASSOCIADO A: 
→ Transtorno mental grave com psicose 
→ Tentativas anteriores com graves repercussões 
→ Doenças clínicas Co mórbidas 
→ Impossibilidade de tratamento ambulatorial 
→ Se houver necessidade de 
eletroconvulsoterapia 
→ Necessidade de vigilância constante pelo alto 
risco 
→ Suporte familiar e social insuficiente 
AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL 
→ Plano, método e intenção de suicídio reduzidos 
→ Suporte familiar e social adequados 
→ Paciente demonstra possibilidade de adesão ao 
tratamento com sua equipe médica 
APÓS A TENTATIVA, O QUE FAZER? 
 
→ Portaria n 1.271, de 6 de junho de 2014 (Lista 
Nacional de Notificação Compulsória de 
Doenças): tentativa de suicídio como 
notificação compulsória imediata que deverá 
ser realizada em até 24h (CFM/ABP, 2014) 
→ Encaminhamento: ambulatório? Internação 
(alto risco/frágil suporte social)? 
→ Introdução do tratamento psicofarmacológico 
→ Encaminhar para psicoterapia 
→ Esclarecer à família sobre proposta terapêutica 
POSVENÇÃO: OS SOBREVIVENTES 
→ Luto por suicídio: 48.000.000 a 500.000.000 de 
pessoas/ ano (OMS) 
→ A prevenção inclui as habilidades e estratégias 
para cuidar de si mesmo ou ajudar outra pessoa 
a se curar após pensamentos suicidas, 
planejamento ou morte 
→ Estratégias com foco no suporte aos familiares 
parecem ser as mais promissoras (recrutamento 
ativo dos familiares / grupo de apoio ao luto) 
→ Culpa (médico assistente / família) 
Extras: 
CVV (Centro de Valorização a Vida) - Telefone 188 
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf
/proto-sm-risco.pdf 
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/proto-sm-risco.pdf
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/proto-sm-risco.pdf
 
 
 Saúde Mental | Suicídio 
8 Júlia Ornellas 
 
https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.pd
f 
https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-
revisao61.pdf 
 
 
 
 
https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.pdf
https://subpav.org/download/prot/Guia_Suicidio.pdf
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf

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