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Gametogênese e Meiose

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MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO 7 
 
 
 
Quando se fala na produção de gametas masculinos, 
chama-se espermatogênese e produção de gametas 
femininos: ovogênese. O intuito desse processo é a 
formação de células sexuais para a fecundação com a 
metade da quantidade de cromossomos de uma célula 
“normal” (somática), por isso o tipo de divisão celular 
presente é a meiose, assim quando há a união dos dois 
gametas, a nova célula voltará a ter quantidades 
normais, sendo assim diploide. 
Meiose 
A meiose é o tipo de divisão celular que ocorre apenas 
nas células germinativas. 
• Primeira divisão meiótica: 
É um tipo de divisão celular reducional, pois ao seu 
final a célula haverá metade da quantidade de 
cromossomos. Lembrando que no início a célula 
duplica a quantidade de DNA, na fase interfase, 
deixando os cromossomos, agora, com cromátides 
duplas. Assim aumenta-se o número de DNA, mas 
não de cromossomos. E cada cromossomo vai para 
uma nova célula, agora haploide, de forma 
aleatória. Essa primeira divisão possui 4 fases: 
Prófase I: Duplicação dos centríolos – formação 
das fibras de fuso – início da condensação do DNA 
– crossing Over (paquíteno) – sinapses – carioteca 
e nucléolo desaparecem 
Metáfase I: formação do plano equatorial 
(cromossomo em pares e organizados no meio da 
célula) – conexão das fibras de fuso com os 
cromossomos – condensação máxima do DNA 
Anáfase I: separação dos cromossomos 
homólogos (um para cada polo da célula) 
Telófase I: Citocinese - voltam carioteca e nucléolo 
– um centríolo vai para cada célula – 
“descondensação” 
• Segunda divisão meiótica: 
É um tipo de divisão equacional, no seu final a 
quantidade de cromossomos será exatamente a 
metade da célula-mãe, sendo assim uma célula 
haploide (n). Aqui também possui 4 fases: 
Prófase II: Igual (mas não tem crossing over) 
 
 
 
 
 
Metáfase II: Igual (porém os cromossomos não são 
aos pares, formam fila única) 
Anáfase II: Igual (mas a separação é feita das 
cromátides irmãs) 
Telófase II: Igual 
Espermatogênese 
Todo o processo de surgimento dos espermatozoides 
acontece nos túbulos seminíferos dentro dos testículos. 
Esse processo é dividido em duas fases: 
espermatogênese (divisão celular) e espermiogênese 
(diferenciação e não há multiplicação). O processo de 
maturação inicia-se, normalmente, na puberdade. 
Esse processo total dura cerca de 2 meses para 
completar-se. 
• Fase espermatogônica: 
As espermatogônias são as células que posteriormente 
se transformarão em espermatozoides maduros. Elas 
permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos 
testículos durante os períodos fetal e pós-natal, 
aumentando de número durante a puberdade, por 
sucessivas mitoses. 
As espermatogônias se transformarão espermatócitos 
primários (46, diploides), que serão as maiores células 
dos túbulos seminíferos, devido ao processo de 
duplicação do DNA (interfase), estes, por sua vez, 
sofrerão a primeira divisão meiótica e formarão os 
espermatócitos secundários com a metade da 
quantidade de cromossomos (23, haploides). Em 
seguida, passarão pela segunda divisão meiótica e 
formarão quatro espermátides (23, haploides), com 
cerca da metade do tamanho dos espermatócitos 
secundários. 
Todo esse processo ocorre da periferia do túbulo 
seminífero para o seu lúmen, no início do 
desenvolvimento das espermatogônias, elas podem ser 
envolvidas pelas células de Sertoli. 
• Fase espermiogênese: 
As quatros espermátides haploides são gradualmente 
transformadas em quatro espermatozoides. Quando 
esse processo é completado os espermatozoides são 
jogados nos túbulos seminíferos, ainda são imóveis não 
conseguem fertilizar o óvulo. Após permanecer de 18 
até 24h no epidídimo, ele desenvolve a capacidade de 
mobilidade. 
GAMETOGÊNESE 
MARCELA DE CASTRO E CASTRO – MÓDULO 7 
A espermátide alongada dá origem a um 
espermatozoide alongado, com perca de citoplasma e 
a formação de um acrossomo, que contém enzimas 
que são liberadas no início da fecundação para auxiliar 
na penetração do espermatozoide. 
❖ As células de Sertoli, que revestem os túbulos 
seminíferos, auxiliam na nutrição e manutenção da 
vida das células germinativas. E os 
espermatozoides serão transportados pra o 
epidídimo, onde encontrarão sua forma 
funcionalmente ativa. 
❖ Partes do espermatozoide: Acrossomo (organela 
sacular que possui enzimas que afastam as células 
foliculares da corona radiata) – cabeça (contém o 
núcleo) – colo – peça intermediária da cauda – 
bainha mitocondrial (fornece o ATP pra a 
movimentação) – peça principal da cauda - peça 
terminal da cauda (a cauda tem 11 microtúbulos 
chamados de axonema) 
• Estocagem: 
Os dois testículos do adulto humano podem formar até 
120 milhões de espermatozoides por dia que pouca 
quantidade deles pode ser armazenada no epidídimo, 
assim a maioria é estocada no canal deferente. Eles 
podem permanecer estocado, sem perder a fertilidade 
por cerca de 1 mês, durante esse tempo eles ficam 
inativos devida a múltiplas substâncias inibitórias. 
As células de Sertoli e o epitélio do epidídimo secretam 
um líquido nutriente que ejaculado junto com os 
espermatozoides, contendo hormônios, enzimas e 
nutrientes. 
• Hormônios que influenciam: 
Testosterona, secretada pelas células de Leydig, 
essencial para o crescimento e a divisão das células 
germinativas. 
LH, secretado pela hipófise anterior, estimula as células 
de Leydig a secretar testosterona. 
FSH, também secretado pela hipófise anterior, estimula 
as células de Sertoli (sem essa estimulação a fase de 
diferenciação não ocorre). 
Estrogênios, formados a partir da testosterona pelas 
células de Sertoli, quando são estimuladas pelos FSH. 
GH, é necessário para controlar as funções 
metabólicas basais dos testículos. Ele, 
especificamente, promove a divisão precoce das 
espermatogônias, sem ele a espermatogênese é 
deficiente ou ausente. 
 
 
Ovogênese 
A ovogênese é a sequência de eventos pelos quais as 
ovogônias são transformadas em ovócitos maduros. 
Ainda no desenvolvimento fetal, ovogônias são 
liberadas e transformadas em ovócitos primários 
(células gigantes), a partir disso, células do tecido 
conjuntivo começam a rodear o ovócito e formam uma 
camada de células achatadas foliculares, sendo 
chamado de folículo primordial. 
Esse folículo vai iniciar o processo de meiose e durante 
a prófase I as células foliculares liberam um inibidor de 
maturação de ovócito que fazem “congelar” essa fase 
da meiose. As meninas nascem e quando se inicia a 
puberdade, a liberação de hormônios e o início dos 
ciclos as células foliculares se tornam cuboides ou 
cilíndricas, trazendo a denominação de folículo 
primário. Este folículo primário vai sofrer influência do 
FSH e vai se desenvolver. Em um dado momento, o LH 
age sobre o folículo e a meiose I continua seu curso, 
transformando-se em ovócito secundário e, finalmente, 
um folículo maduro. Além do ovócito secundário, forma-
se uma célula com diminuto citoplasma chamada de 
corpo polar primário, que é afuncional. Após a 
ovulação, o ovócito secundário inicia sua meiose e para 
na metáfase II, esperando a penetração do 
espermatozoide. Após ser penetrado, continua a 
meiose e forma um segundo corpo polar. 
• Hormônios que influenciam: 
O hormônio de liberação hipotalâmica, o hormônio 
liberador de gonadotrofinas (GnRH). 
Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o 
hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio 
luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à 
liberação de GnRH do hipotálamo. 
Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona 
que são secretados pelos ovários, em resposta aos 
dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior.

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