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NEFROLITÍASE/ HPB/ CA DE PRÓSTATA E BEXIGA NFEROLITÍASE (CÁLCULO RENAL): Mais comum em homens. Fisiopatologia: O processo de formação de cálculos passa por 3 fases: o Supersaturação Nucleação (cristal) Crescimento e agregação (cálculo) o Tipos de cálculos renais: Jovens que bebem pouco líquido – Sais de cálcio Mulher com múltiplos episódios de ITU – Estruvita Homem mais velho com passado de artralgia ou gota – Ácido úrico Quadro clínico: Assintomáticos Cólica nefrética (dor lombar com irradiação para saco escrotal ou grandes lábios) Hematúria Complicações: o Piora prognóstico por redução do fluxo urinário o Infecção sepse o Obstrução total risco de IRA pós- renal o Esses pacientes com nefrolitíase complicada precisam de uma medida de urgência desobstrução da via urinária Diagnóstico: TC sem contraste (padrão-ouro) - imagem hiperdensa USG (bom para gestante) – imagem hiperecogênica com sombra acústica Tratamento: Terapia Aguda: o Analgesia: AINE (indometacina, cetorolaco, diclofenaco) ± opioide o Tamanho: ≤ 10 mm – Terapia Médica Expulsiva: a-bloqueador (tansulosina) ou BCC (Nifedipina) > 10 mm/ refratários – Intervenção urológica: A LECO, Nefrolitotripsia percutânea e ureteroscopia são procedimentos eletivos o Litíase complicada (infecção ou obstrução total): 1ª conduta – DESOBSTRUÇÃO - Cateter Duplo J/ Stent ureteral ou Nefrostomia percutânea Terapia crônica (prevenção): o Hidratação ≥ 2,5 L/dia o As outras medidas dependem do tipo de cálculo: Sais de cálcio: NÃO restringir cálcio na dieta Restringir sódio e proteína (reduz a mobilização de cálcio do osso) Diurético tiazídico Estruvita: Antibiótico para tratamento da ITU Refratário: ácido acetohidroxâmico NEFROLITÍASE/ HPB/ CA DE PRÓSTATA E BEXIGA (diminuir ação da uréase) Ácido úrico: Restringir purinas da dieta (difícil) Alcalinizar a urina (citrato de potássio) Refratário: Alopurinol HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA: Fisiopatologia: Com o envelhecimento há aumento dos receptores de androgênio causando aumento da próstata, que pode ser mais ou menos de acordo com cada homem A HPB começa normalmente na Zona de transição (região que abraça o ureter) Componente obstrutivo estático – obstrução mecânica pelo tecido hiperplásico Componente dinâmico – obstrução por maior tônus de músculo liso Hipertrofia do detrusor (bexiga) – menor capacidade de armazenamento Clínica (prostatismo): Sintomas obstrutivos (esvaziamento/ pós- miccional) o Jato fraco/ intermitente, gotejamento Sintomas irritativos (armazenamento) o Noctúria o Incontinência urinária o Urgência urinária HPB não tem relação com CA de próstata. Tratamento: baseado em sintomas (IPSS) IPSS < 8 (leve) – acompanhamento regular (não necessita tratar) IPSS ≥ 8 (moderado/grave) – opção de tratamento o Alfa-bloqueador: é mais usada, reduz tônus prostático Tansulosina Doxazosina o Inibidor 5-alfa redutase: diminuir a transformação da testosterona na forma ativa – reduz tamanho da próstata. Demora 4 – 6 meses para fazer efeito e deve ser usada naquele paciente que tem um aumento prostático quantificado Finasterida Dutasterida o Anticolinérgico: para sintomas graves de armazenamento Oxibutinina Tolterodina o Cirurgia (paciente não responsivos ou Complicações – retenção, hidronefrose, IRA): Ressecção transuretral (RTU) Prostatectomia subtotal (em casos maiores) CÂNCER DE PRÓSTATA (ADENOCARCINOMA): Tumor maligno mais comum no Brasil – 95% adenocarcinoma Baixa letalidade Fisiopatologia: Fatores de risco: o Idade avançada o História familiar o Negros o Dieta gordurosa rica em carnes vermelhas defumadas o Obesidade Localização: Zona periférica Para chegar a causar sintomas obstrutivos a doença tem que ser muito avançada Clínica: maioria dos pacientes são assintomáticos. A doença mais avançada pode gerar sintomas: Irritativos Obstrutivos Metástase óssea – dor Rastreamento: Pelas sociedades de Urologia valeria a pena rastrear. Pelos epidemiologistas não deveria rastrear, assim como o INCA – MS não rastreio. Definiu-se que deve ser oferecido ao paciente o rastreamento, mas não é consensual. Pode ser indicado para: o ≥ 50 anos OU ≥ 45 anos se houver fator de risco (negros ou HF positiva) o Desde que o paciente tenha pelo menos 10 anos de expectativa de vida NEFROLITÍASE/ HPB/ CA DE PRÓSTATA E BEXIGA Toque retal suspeito (nódulo, induração, irregularidades) Biópsia por USG transretal PSA ≥ 4 ng/ml (se < 60 anos o VR é > 2,5) Biópsia por USG transretal Refinamentos do PSA: para aqueles casos em que há um aumento mas não passou do limite, em que há dúvidas sobre o PSA (2,5 -4 ng/ml) o Velocidade > 0,75ng/ml/ano o Densidade > 0,15 afastar HPB O cálculo é feito pelo PSA/ Peso da próstata o Fração livre < 25% Estadiamento: PSA + Gleason + TNM PSA > 10 - maior a chance de doença mais avançada e mais grave Escore de Gleason: diferenciação histológica (somar as 2 histologias mais frequentes, x + y) o ≤ 6: diferenciado (baixo risco) o 7: risco intermediário (médio risco) o 8 – 10: indiferenciado (alto risco) TNM: o T – melhor parâmetro é ressonância magnética o N – linfadenectomia pélvica (se Gleason ≥ 8 ou PSA > 10) o M – metástase óssea – cintilografia óssea (se Gleason ≥ 8 ou PSA > 20) Tratamento: CÂNCER DE BEXIGA (CÉLULA TRANSICIONAL): Acomete mais homem e pacientes mais velhos. Fisiopatologia: Fatores de risco: o Idade avançada > 40 anos o Brancos o TABAGISMO (50 – 70%) o Irradiação pélvica o Exposição ocupacional a hidrocarbonetos (pintor, frentista, sapateiro) ou medicamentos Quando suspeitar: > 40 anos + hematúria macroscópica indolor Diagnóstico: Procurar projeção da parede da bexiga TC de vias urinárias (não fecha o diagnóstico e pode não ver algumas lesões) + Cistoscopia com biópsia (obrigatório para diagnóstico) com retirada de musculatura adjacente Citologia Tratamento: A maioria dos tumores de bexiga são superficiais (papilar), não ultrapassam a camada basal atingindo a muscular cura, mas recidiva o Ressecção ± terapia local (BCG) + acompanhamento Terapia local feita para paciente com maior chance de recidiva: lesão grande (>3cm), múltiplas lesões, lesões recorrentes, lesões mais planas o Seguimento de 3 em 3 meses Invasivo (muscular própria – T2): maior risco de disseminação o QT neoadjuvante 3 ciclos (pré- operatório) + Cistectomia radical com Linfadenectomia + QT adjuvante (3 ciclos) Metástases: o QT ± ressecção da doença residual (se houver diminuição)
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