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Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Prognatismo (mandíbula alongada). Maxila normal e mandíbula mais para frente. Formam vesículas ou bolhas que lembram as de queimadura. Grupo de quatro doenças de baixa mortalidade que afetam animais de produção. Sinais clínicos, lesões macro e micro indistinguíveis = lesões idênticas. Causam vesículas na cavidade oral. Grande importância econômica. Diminui ingestão de alimento – emagrecimento – perdas produtivas. Aftosa – picornavírus – ruminantes e suínos +, equinos -. Estomatite vesicular – rhabdovírus - + bovinos, + suínos, + equinos. Exantema vesicular – calicivírus – ruminantes -, + suínos, - equinos. Doença vesicular dos suínos – enterovírus – ruminantes -, suínos + e equinos -. Doenças inflamatórias da cavidade oral: Estomatite: inflamação da mucosa da cavidade oral. Gengivite: inflamação da gengiva. Causas: agentes infecciosos (vírus ++), agentes químicos, traumas, intoxicações, doenças sistêmicas, doenças auto-imunes. Sinais clínicos relacionados: anorexia (não conseguem comer devido a dor), ptialismo (aumento na salivação). Estomatites vesiculares: Estomatites vesiculares virais: Todas essas doenças são de notificação obrigatória (MAPA): Suínos desenvolvem todas delas. Equinos – estomatite vesicular. Ruminantes – aftosa e estomatite vesicular. Palatosquise (fenda palatina). Queilosquise (lábio leporino). Braquignatismo superior (encurtamento da maxila). Mais comum. Desejável em algumas raças. Bulldog, pequenês, shih tzu.. Problemas de oclusão – aumento de incidência de tártaro. Cavidade oral: A cavidade oral deve ser sempre examinada na clínica e na necropsia. A importância clinico-patológica das lesões orais varia muito. Algumas lesões da cavidade oral podem ser consequências de doenças sistêmicas. Um cão com uremia frequentemente tem úlceras na língua. Simétricas bilaterais – doença renal. Doenças congênitas da cavidade oral: Fendas: Falhas lineares – deixam de se formar. Podem aparecer isolados ou juntos no mesmo animal. Falha de fusão dessas estruturas na vida intra- uterina. Pneumonia aspirativa. Anormalidades no crescimento da mandíbula/maxila: Patologia do Sistema Digestório Braquignatismo inferior (encurtamento da mandíbula). Não desejável. Problemas de oclusão – aumento de incidência de tártaro. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Diagnóstico: Diagnóstico virológico – tecidos e fluidos do animal infectado (fragmentos do epitélio e fluido coletado das vesículas não rompidas). No caso das lesões suspeitas de aftosa, o material para diagnóstico virológico deve ser enviado a um laboratório credenciado. Transmissão por contato direto ou indireto. Aparência idêntica macro e microscopicamente. Raramente fatais. Causam grandes perdas econômicas aos produtores. A aftosa e exantema vesicular podem causar lesões nos cascos e claudicações. Características gerais: As características de alta transmissibilidade dos vírus das doenças vesiculares e sérias implicações sanitárias da infecção requerem um diagnóstico urgente e preciso. Como se formam as vesículas: o vírus entra em contato direto com a mucosa da cavidade oral, infecta, mata algumas das células e acaba vazando um pouco de plasma do sangue (líquido inflamatório – transudato) formando uma vesícula com líquido claro, translúcido e incolor. Ao romper essa vesícula, forma-se uma úlcera. Diagnósticos diferenciais: presença de úlceras – podem ser originárias de uma vesícula que estourou. Espaço em branco é a vesícula. Líquido rico em partículas virais. Estomatite vesicular em bovino com salivação grave. Febre aftosa. Erosão – perda de parte das camadas do epitélio. Úlcera – perda de todas as camadas do epitélio. Pode haver ambas misturadas. Estomatites erosivas e ulcerativas: Macroscopia: área de alteração de cor, geralmente um pouco avermelhada – hemorragia, pode ter áreas brancas em decorrência da fibrina. Bactérias comensais acabam se proliferando e invadindo também. Cão com uremia com úlceras bilaterais na língua. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Doença viral oral e respiratória dos gatos. Muitas vezes também associada ao herpesvírus felino – espirros, secreção nasal purulenta. Baixa mortalidade. Altamente transmissível – causando úlceras orais na cavidade oral de gatos. Diagnóstico: swab dessas lesões – laboratório de virologia. Calicivirose felina (calicivírus felino): Perda de continuidade do epitélio – área infiltrada por neutrófilos com bastante fibrina, bactérias invasoras criando uma infecção local. Doenças virais sistêmicas graves de bovinos. Mortalidade alta. Causam outros sinais clínicos associados incluindo diarréia, prostração e anorexia. Febre, etc. Causas: Virais, traumáticas, uremia, outros (intoxicações por plantas). Febre catarral maligna (herpesvírus bovino tipo 2) e Diarreia viral bovina (vírus da diarréia viral bovina). Febre catarral maligna: Doença viral sistêmica grave de ovinos. Mortalidade alta. Causa outros sinais clínicos associados incluindo dispnéia. Causa abortos. Língua azul (vírus da língua azul): Aumento dos níveis de uréia circulante. Uréia é Tóxica para os vasos. Causa vasculite que leva a necrose do tecido pelo vaso acometido. Úlceras orais (língua ++). Úlcera específica – úlceras bilaterais simétricas na superfície ventral da língua. Planta tóxica (cogumelo). Doença é chamada mal do eucalipto. Causa úlceras orais e esofágicas, lesões de pele. Regride após a retirada da planta. Uremia: Intoxicação por Rammaria- flavobrunescens: Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Glossite bacteriana em bovinos – língua de pau. Inflamação da língua – fica extremamente rígida e pouco móvel. Actinobacillus lignieresii – bactéria comensal da cavidade oral – lesões traumáticas em cavidade oral – rigidez do alimento. Inflamação piogranulomatosa. Pode acometer linfonodos locais. Importante conhecer os padrões de lesão para levantar as suspeitas clínicas. Outras estomatites: Actinobacilose: Zoonóticas. Pápulas na pele, narinas, lábios ou cavidade ora. Inclusões virais na histologia. Pápula – região levemente elevada e sólida – ocasionada pela proliferação do epitélio. Na histologia se vê degeneração hidrópica – queratinócitos das células epiteliais se enchem de líquido (células se degeneram e se enchem de líquido). Estomatites papulares: Duas principais doenças por Parapoxvírus: - Estomatite papular (bovinos – vírus da estomatite papular bovina). - Ectima contagioso (ovinos – vírus do ectima contagioso dos ovinos – notificação obrigatória). Bovinos, ovinos e suínos. Difteria dos terneiros. Língua com vários nódulos firmes com superfície ulcerada. Histologia – inflamação piogranulomatosa – bactérias ao centro – Reação de Splendore Hoeppli. Estomatites necrosantes: Estágio terminal de todas as formas de estomatite complicada por uma infecção secundária com Fusobacterium necrophorum. Também comensal – bactéria oportunista. Cheiro pútrido pela proliferação da bactéria e necrose. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Má oclusão. Anomalias do desenvolvimento dos dentes. Desgaste anormal. Doença periodontal. Doenças dos dentes: Má oclusão: Causa desconhecida. Diagnóstico – biópsia. Histologia: lesões ricas em eosinófilos. Úlcera levemente elevada frequentemente observada em região de lábio superior. Estomatites eosinofílicas: Complexo granuloma eosinofílico felino: Necrose focalmente extensa em superfície dorsal da língua. Doença idiopática, regiões vermelhas, tumefeitas na gengiva geralmente ao redor dos dentes. Halitose forte. Diagnóstico – biópsia. Geralmente esses gatos tem outras doenças como periodontite bacteriana. Estomatite linfoplasmocítica felina: Complexo gengivite-estomatite-faringite felina: Terneiros infectados pelo vírus da diarréia viral bovina em vida uterina. Hipoplasia do esmalte dentário: Animais jovens com dentes permanentes ainda em formação– infectados pelo vírus da cinomose – infecta as células que formam o esmalte dentário – dentes permanentes com faixa escura. Sem importância clínica, apenas indica que o animal teve cinomose antes dos 6 meses. Desgaste anormal dos dentes: Comum em equinos. Má oclusão associada ao desgaste anormal acaba formando pontas que acabam cortando a língua do animal. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Multifocal e homogênea na cavidade – maxila, mandíbula, caninos, molares, incisivos, etc. Constituídos de tecido hiperplásico. Comuns em cães velhos, raça boxer ++. Importância maior em cães. Consequência do acúmulo de tártaro. Acúmulo geralmente começa da base do dente em direção ao ápice. Doença multifatorial. Placa dental – mole e sai com escovação. Placa dental mineralizada – tártaro dental. Biofilme de bactérias junto com saliva e restos de alimentos. Gengivite - acúmulo de bactérias. Sinais clínicos: dor, dificuldade de mastigação, halitose. Consequências: perdas dos dentes, abscessos, fístulas oro-nasais (alimento – reflexo de espirro), bacteremia e endocardite. Doença periodontal: Hiperplasias. Neoplasias benignas. Neoplasias malignas. Dificuldade na ingestão de alimentos. Sangramento. Destruição tecidual. Metástases para órgãos distantes. Lesões proliferativas da cavidade oral: Virtualmente qualquer tecido presente na cavidade oral pode dar origem a neoplasmas. O diagnóstico das neoplasias é feito por meio de exame citológico ou biópsia. Consequências: Hiperplasia de gengiva (hiperplasia fibrosa): Aumentos de volume não neoplásicos na gengiva de cães. Papilomavírus canino tipo 1. Auto-limitantes. Regridem espontaneamente. Aspecto de couve-flor. Podem acometer pele ou cavidade oral. Pequeno – 1cm , 1,5cm. Papilomas: Primeiro neoplasma maligno mais comum na cavidade oral de cães. Rato em gatos. Se origina do melanócito. Áreas pigmentadas – rico em melanina. Invasivo e metastático. Investigar linfonodos regionais. Neoplasias malignas: Melanoma: Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 2 - 1 1 - 2 0 2 1 Cavidade oral, esôfago e entrada do rúmen. Ingestão crônica de Samambaia. Planta tóxica com efeito carcinogênico. Lesões comuns em bovinos – papilomas orais. Primeiro neoplasma maligno mais comum na cavidade oral de gatos. Segundo mais comum de cavidade oral em cães. Vem das células epiteliais que recobrem a cavidade oral. Qualquer local da cavidade oral – língua, gengiva, faringe. Invasão óssea extensa na imagem. Histologia: células neoplásicas e muitas delas com melanina (pigmentadas). Carcinoma de células escamosas (CCE): Hiperplasia de gengiva (não neoplásica). Papiloma. Melanoma. Carcinoma de células escamosas. Fibrossarcoma. Ameloblastoma acantomatoso – benigno mas invasivo. Carcinoma de células escamosas. Fibrossarcoma. Histologia: queratinócitos neoplásicos proliferados. As vezes produzem queratina (estrutura rósea central). Lesões comuns em cães e gatos: Tumores comuns em cães: Tumores comuns em gatos: Nódulos ou massas com distribuição assimétrica.
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