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Aula 03
IBAMA (Nível Médio) Legislação Geral e
do Setor do Meio Ambiente 2021
(Pós-Edital)
Autor:
André Rocha, Monik Begname de
Castro
04 de Dezembro de 2021
48656321404 - Rafaela Dias Barbosa
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Sumário 
1 - Repartição de Competências em Matéria Ambiental...................................................................... 3 
2 - Objetivos Fundamentais ....................................................................................................................... 4 
3 - Instrumentos de Cooperação Institucional ........................................................................................ 4 
4 - Atuação Supletiva e Subsidiária .......................................................................................................... 5 
6 - Competências ........................................................................................................................................ 6 
6.1 - Competência Administrativa no Tocante ao Licenciamento Ambiental ............................. 12 
7 - Áreas de Preservação Ambiental (APAs) ......................................................................................... 13 
8 - Considerações Finais .......................................................................................................................... 17 
Lista de Questões .......................................................................................................................................... 18 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 22 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 23 
Memorex ......................................................................................................................................................... 35 
Competência Administrativa no Tocante ao Licenciamento Ambiental ...................................... 40 
 
 
André Rocha, Monik Begname de Castro
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Olá, pessoal! 
Tópicos mais importantes: 
➢ Repartição de competências em matéria ambiental; 
➢ Repartição de competências para o licenciamento ambiental (especialmente União); 
➢ Regras sobre o Licenciamento Ambiental. 
Instagram: @profrosenval 
Bons estudos!!! 
Prof. Rosenval Jr. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 - Repartição de Competências em Matéria Ambiental 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu em seu art. 23, III, VI e VII a competência comum entre União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios para a atuação em matéria ambiental, reservando à lei complementar 
a fixação de normas de cooperação entre os mesmos (art. 23, parágrafo único). 
 
Sabemos que todos os entes federados possuem competência para fiscalizar, licenciar atividades e 
empreendimentos e combater a poluição (Competência comum). 
A LC 140/2011 veio regulamentar o referido artigo da Constituição e fixar normas para a cooperação entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício 
dessa competência comum relativa à proteção ambiental. 
Sobre o licenciamento ambiental, as normas estabelecidas na Resolução 237/1997 foram ratificadas, com 
pequenas alterações. Assim, permanece o sistema único de licenciamento pelos órgãos executores do 
Sistema Nacional de Meio Ambiente, com a garantia de manifestação não vinculante dos órgãos ambientais 
das outras esferas federativas. 
O conceito de licenciamento ambiental já previsto na Resolução CONAMA 237/97 também é mantido em 
sua essência. 
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A LC 140/2011 trouxe inovações como os instrumentos de cooperação (a exemplo das comissões tripartites 
e bipartites e para a delegação de atribuições), estabelece as ações de cooperação para cada ente, e elenca 
as hipóteses de atuação supletiva e subsidiária. 
A lei 6.938/81 sofreu alterações e alguns parágrafos foram revogados (Art. 10, § 1°, 2º 3º, 4º e art. 11, § 1º). 
Assim vocês devem baixar a lei atualizada. A Resolução CONAMA 237/1997 permanece em vigor naquilo que 
não for contrário à Lei Complementar 140/2011. 
2 - Objetivos Fundamentais 
Consoante a LC 140/2011, constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, no exercício da competência comum: 
I - proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão 
descentralizada, democrática e eficiente; 
II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente, 
observando a dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais 
e regionais (Desenvolvimento Sustentável); 
III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes 
federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente; 
IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais 
e locais. 
3 - Instrumentos de Cooperação Institucional 
Como dissemos, a Lei Complementar 140/11 dispôs sobre instrumentos de cooperação institucional entre 
os entes federados, dentre eles: 
I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor; 
II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do 
Poder Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal; (Os convênios podem ser firmados com prazo 
indeterminado.) 
III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal; 
A Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental 
compartilhada e descentralizada entre os entes federativos. 
As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes 
Executivos da União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental 
compartilhada e descentralizada entre os entes federativos. 
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A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes 
Executivos da União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada 
e descentralizada entre esses entes federativos. 
IV - fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos; 
V - delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos na Lei 
Complementar 140/11; 
VI - delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro, respeitados os 
requisitos previstos na Lei Complementar 140/11. 
O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas 
na LC 140/11, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a 
executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente. 
O órgãoambiental capacitado é aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente 
habilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas. 
4 - Atuação Supletiva e Subsidiária 
A LC 140/11 trouxe formas de atuação entre os entes da Federação, com destaque para: 
Atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo 
originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas Lei Complementar 
140/11. 
 
Atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das 
atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo 
originariamente detentor das atribuições definidas na Lei Complementar 140/11. 
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6 - Competências 
Acerca da competência para realizar o licenciamento ambiental, como regra, temos 2 critérios: da 
abrangência (dimensão) do impacto ambiental e outro da dominialidade do bem público. 
Assim, de acordo com o critério da abrangência do impacto temos: se local, cabe aos municípios (desde que 
definidos pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente); se ultrapassa mais de um município dentro de um 
mesmo estado, caberá ao estado o licenciamento; já no caso de ir além das fronteiras do estado ou do país 
caberá ao órgão ambiental federal competente. 
Competência MUNICIPAL - Impacto LOCAL 
Competência ESTADUAL - Impacto além de um município e nos limites de 1 estado. 
Competência FEDERAL (IBAMA) - Impacto Nacional ou Regional (território de 2 ou mais 
estados). 
Já de acordo com o critério da dominialidade do bem público, temos a distribuição da competência 
conforme a titularidade do bem. 
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Competência MUNICIPAL - Bens públicos MUNICIPAIS 
Competência ESTADUAL - Bens públicos ESTADUAIS 
Competência FEDERAL (IBAMA) - Bens públicos FEDERAIS 
Em unidades de conservação (UC) as competências foram definidas segundo o critério do ente federativo 
instituidor (criador) da UC. Com exceção das APAs, que possuem regras próprias, de acordo com o art. 12, 
da LC 140/11. 
Competências 
UNIÃO (Art. 7º, da LC 140/2011) 
I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do Meio Ambiente; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitos nacional e 
internacional; 
IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política Nacional do Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, 
divulgando os resultados obtidos; 
VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de Recursos Hídricos, 
Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras; 
VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da administração pública dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente 
(Sinima); 
IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública 
para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou 
autorizar, ambientalmente, for cometida à União; 
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XIV - Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: 
Localizados ou desenvolvidos 
a) conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; 
b) No mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; 
c) em terras indígenas; 
d) em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
e) em 2 (dois) ou mais Estados. 
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, 
aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar 
no 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material 
radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e 
aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou 
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão 
Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou 
empreendimento; 
XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: 
✓ florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas 
pela União, exceto em APAs; e 
✓ atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União; 
XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e de espécies sobre - 
explotadas no território nacional, mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as 
atividades que conservem essas espécies in situ; 
XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasoras que possam ameaçar 
os ecossistemas, habitats e espécies nativas; 
XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em ecossistemas naturais 
frágeis ou protegidos; 
XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na forma de espécimes 
silvestres da flora, micro-organismos e da fauna, partes ou produtos deles derivados; 
XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas; 
XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no inciso XVI; 
XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional; 
XXIII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado, respeitadas as 
atribuições setoriais; 
XXIV - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtos perigosos; e 
XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou terrestre, de produtos 
perigosos. 
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Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização compreenda 
concomitantemente áreas das faixas terrestre e marítima da zona costeira será de atribuição da União 
exclusivamente nos casos previstos em tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de 
proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza 
da atividadeou empreendimento. 
 
Competências 
ESTADOS (Art. 8º, da LC 140/2011) 
I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e demais políticas 
nacionais relacionadas à proteção ambiental; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de Meio Ambiente; 
IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da 
administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à 
proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional e Estadual de 
Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, 
divulgando os resultados obtidos; 
VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual de 
Informações sobre Meio Ambiente; 
VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima; 
IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com os zoneamentos de 
âmbito nacional e regional; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública 
para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou 
autorizar, ambientalmente, for cometida aos Estados; 
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XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos 
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7º e 9º; (Competência residual ou remanescente) 
XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou 
desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção 
Ambiental (APAs); 
XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: 
a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção 
Ambiental (APAs); 
b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7º; e 
c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Estado; 
XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção no respectivo território, 
mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies 
in situ; 
XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadas à implantação de 
criadouros e à pesquisa científica, ressalvado o disposto no inciso XX do art. 7º; 
XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre; 
XX - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito estadual; e 
XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos perigosos, ressalvado o 
disposto no inciso XXV do art. 7º. 
 
Competências 
MUNICÍPIOS (Art. 9º, da LC 140/2011) 
I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e 
demais políticas nacionais e estaduais relacionadas à proteção do meio ambiente; 
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; 
III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente; 
IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração 
pública federal, estadual e municipal, relacionados à proteção e à gestão ambiental; 
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional, Estadual e 
Municipal de Meio Ambiente; 
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, 
divulgando os resultados obtidos; 
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VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente; 
VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e 
Nacional de Informações sobre Meio Ambiente; 
IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais; 
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; 
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública 
para a proteção do meio ambiente; 
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei; 
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou 
autorizar, ambientalmente, for cometida ao Município; 
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, 
promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos 
respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial 
poluidor e natureza da atividade; ou 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção 
Ambiental (APAs); 
XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar: 
a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas 
municipais e unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção 
Ambiental (APAs); e 
b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentos 
licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município. 
 
Competências 
DISTRITO FEDERAL (Art. 10, da LC 140/2011) 
São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8º (Estados) e 9º (municípios). 
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6.1 - Competência Administrativa no Tocante ao Licenciamento Ambiental 
Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um ÚNICO ente 
federativo. Ou seja, não é exigido que um mesmo empreendimento seja licenciado pelo munícipio, pelo 
estado e pela União, por exemplo. 
A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 dias da expiração 
de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este prazo automaticamente prorrogado até 
a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. 
Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial, bem 
como em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido 
pelo órgão ambiental competente. 
As exigências de complementação oriundas da análise do empreendimento ou atividade devem ser 
comunicadas pela autoridade licenciadora de uma única vez ao empreendedor, ressalvadas aquelas 
decorrentes de fatos novos. 
As exigências de complementação de informações,documentos ou estudos feitos pela autoridade 
licenciadora suspendem o prazo de aprovação, que continua a fluir após o seu atendimento integral pelo 
empreendedor. 
O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita nem 
autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva conforme 
especificado abaixo: 
Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na 
autorização ambiental, nas seguintes hipóteses: 
I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, 
a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação; 
II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve 
desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e 
III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União 
deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos. 
Com isso, fica evidenciado que não é permitido o licenciamento ambiental tácito ou por decurso de prazo. 
Se assim não fosse, teríamos inúmeros empreendimentos licenciados sem a devida análise; pois, como 
sabemos, há uma carência de estrutura e de recursos humanos nos órgãos ambientais, motivo pelo qual 
atrasos são frequentes. 
A ação administrativa subsidiária dos entes federativos ocorrerá por meio de apoio técnico, científico, 
administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação. Essa ação subsidiária deve ser 
solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos termos da LC 140/11. 
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Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um 
empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para 
a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou 
autorizada. 
Além disso, a supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais também é autorizada pelo 
ente federativo licenciador. 
Assim, a competência para a fiscalização ambiental, em regra, passa a ser do ente licenciador. Isso não 
impede, todavia, o exercício da fiscalização pelos demais entes federativos, prevalecendo o auto de infração 
ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização. 
Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou 
autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento 
ambiental. 
Logo, percebemos que o disposto na LC 140/11 objetivou dar prioridade ao órgão ambiental licenciador 
para o exercício do poder de polícia para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo 
administrativo. O que não impede a atuação dos demais entes federativos, pois a competência para 
proteção ambiental é COMUM! 
Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver 
conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando 
imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. 
7 - Áreas de Preservação Ambiental (APAs) 
O licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados em APAs passou a ter regramento 
próprio, não se aplicando o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação para a definição 
de competência, conforme art. 12, da LC 140/2011. 
Dessa forma, para estabelecer a competência não importa saber se a APA foi instituída pela União, por um 
Estado, pelo DF ou pelo Município. 
A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma unidade de conservação de uso sustentável definida na Lei nº 
9.985/00, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). 
As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grandes grupos: Unidades de Proteção 
Integral e Unidades de Uso Sustentável. O primeiro grupo tem como objetivo básico preservar a natureza, 
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos em lei. 
Por sua vez, o segundo grupo tem como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso 
sustentável de parcela de seus recursos naturais. 
O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de 
conservação: 
I - Estação Ecológica; 
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II - Reserva Biológica; 
III - Parque Nacional; 
IV - Monumento Natural; 
V - Refúgio de Vida Silvestre. 
Já o Grupo das Unidades de Uso Sustentável é composto pelas seguintes categorias de unidade de 
conservação: 
I - Área de Proteção Ambiental (APA); 
II - Área de Relevante Interesse Ecológico; 
III - Floresta Nacional; 
IV - Reserva Extrativista; 
V - Reserva de Fauna; 
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e 
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. 
A Lei Complementar nº 140/2011 estabeleceu critérios de competência administrativa para o licenciamento 
ambiental e supressão de vegetação em unidades de conservação. 
Como regra compete ao órgão ambiental do ente federativo instituidor da unidade de conservação conferir 
o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades nela desenvolvidas, bem como autorizar a 
supressão de vegetação naquela área. Assim, se a União instituiu determinada unidade de conservação 
caberá a ela promover o licenciamento de atividade nessa área. 
Levando em conta apenas essa regra, caberia à União promover o licenciamento ambiental de 
empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela 
União. No entanto, no que diz respeito às Áreas de Proteção Ambiental (APA), a LC 140/2011, 
expressamente, prevê a seguinte exceção: 
“Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob 
qualquer forma, de causar degradação ambiental, e para autorização de supressão e 
manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação 
não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs). 
Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e 
autorização a que se refere o caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas 
alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7º, no inciso XIV do art. 8º e na alínea 
“a” do inciso XIV do art. 9º. “ 
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Dessa forma, a regra não se aplica às Áreas de Proteção Ambiental, sendo necessário observar os critérios 
indicados no parágrafo único do art. 12, da LC 140/2011, transcrito acima. 
Assim, se o impacto for local, por exemplo, terá a competência de promover o licenciamento ambiental o 
município em que a APA se localiza, conforme o critério estabelecido no art. 9º, XIV, “a”, da LC 140/2011. 
Por outro lado, se estiver em mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva, por 
exemplo, aí será de competência da União, conforme art. 7º, XIV, b da LC 140/11. 
Logo, a LC 140/2011 instituiu o critério do ente federativo instituidor para a concessão de licenciamento 
ambiental para todos os tipos de unidade deconservação, ressalvando apenas as Áreas de Proteção 
Ambiental (APAs). 
Jurisprudência 
PROCESSUAL CIVIL - ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. ÁREA PRIVADA. MATA ATLÂNTICA. DESMATAMENTO. 
IBAMA. PODER FISCALIZATÓRIO. POSSIBILIDADE. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. EXISTÊNCIA. PRECEDENTES. 1. Não há falar em competência exclusiva de 
um ente da federação para promover medidas protetivas. Impõe-se amplo aparato de fiscalização a ser 
exercido pelos quatro entes federados, independentemente do local onde a ameaça ou o dano estejam 
ocorrendo, bem como da competência para o licenciamento. 2. A dominialidade da área em que o dano ou 
o risco de dano se manifesta é apenas um dos critérios definidores da legitimidade para agir do parquet 
federal. 3. A atividade fiscalizatória das atividades nocivas ao meio ambiente concede ao IBAMA interesse 
jurídico suficiente para exercer seu poder de polícia administrativa, ainda que o bem esteja situado dentro 
de área cuja competência para o licenciamento seja do município ou do estado. Recurso especial 
parcialmente provido. 
(STJ - REsp: 1326138 SC 2012/0112858-3, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento: 
06/06/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 14/06/2013) 
 
AMBIENTAL. PROCESSUAL CIVIL. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL. ZONA DE AMORTECIMENTO DO PARQUE NACIONAL DE JERICOACOARA. LEGITIMIDADE ATIVA 
AD CAUSAM. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Em se tratando de proteção ao meio ambiente, não há falar 
em competência exclusiva de um ente da federação para promover medidas protetivas. Impõe-se amplo 
aparato de fiscalização a ser exercido pelos quatro entes federados, independentemente do local onde a 
ameaça ou o dano estejam ocorrendo, bem como da competência para o licenciamento. 2. O domínio da 
área em que o dano ou o risco de dano se manifesta é apenas um dos critérios definidores da legitimidade 
para agir do parquet federal. Ademais, o poder-dever de fiscalização dos outros entes deve ser exercido 
quando a atividade esteja, sem o devido acompanhamento do órgão competente, causando danos ao meio 
ambiente. 3. A atividade fiscalizatória das atividades nocivas ao meio ambiente concede ao IBAMA interesse 
jurídico suficiente para exercer seu poder de polícia administrativa, ainda que o bem esteja situado em área 
cuja competência para o licenciamento seja do município ou do estado. 4. Definida a controvérsia em sentido 
contrário à posição adotada no aresto estadual, deve ser provido o agravo regimental para dar provimento 
ao recurso especial, reconhecer a legitimidade do Ministério Público Federal e determinar o regular 
prosseguimento da ação. Agravo regimental provido. 
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(STJ - AgRg no REsp: 1373302 CE 2013/0068076-0, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de 
Julgamento: 11/06/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 19/06/2013) 
 
CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL. UTILIZAÇÃO DE LIXÃO IRREGULAR. INSTALAÇÃO DE 
ATERRO SANITÁRIO. RECUPERAÇÃO DOS DANOS AMBIENTAIS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO. MUNICÍPIO QUE FOI ADVERTIDO 
ANTERIORMENTE ACERCA DOS DANOS QUE ESTAVA CAUSANDO AO AMBIENTE. INÉRCIA. APLICAÇÃO DO 
ART. 23, VI, DA CF; ART. 47, II DA LEI 12.305/2010; ART. 10, LEI 6.938/81 (REDAÇÃO DA LC 140/2011). 
IMPOSIÇÃO DE MULTA DIÁRIA (ASTREINTES) AO MUNICÍPIO. POSSIBILIDADE. MULTA DIÁRIA (ASTREINTES). 
RESPONSABILIADE PESSOAL DO AGENTE PÚBLICO (PREFEITO). IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PRECEITO 
LEGAL AUTORIZATIVO. UTLIZAÇÃO PARCIAL DA TÉCNICA PER RELATIONEM. REMESSA OFICIAL 
PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O STF no julgamento do AI 852.520 (AgRedD) entendeu que a fundamentação 
"per relationem" pode ser utilizada pelo julgador, sem que isso implique em negativa de prestação 
jurisdicional. Dessa forma, adota-se parte das razões da douta sentença guerreada como fundamento desta 
decisão, discordando apenas no que pertine à imposição de multa diária ao Prefeito do Município réu. 2. 
"Versam os autos acerca de ação civil pública ambiental, na qual o IBAMA deseja impedir a utilização de lixão 
irregular, a instalação de aterro sanitário licenciado, a recuperação dos danos ambientais e indenização por 
danos morais". 3. "(...) de acordo com art. 23, VI da Carta Magna é competência comum da União, Estados, 
DF e Municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. Por sua vez, 
o art. 47, II da Lei 12.305/2010 expressamente proíbe o lançamento de resíduos sólidos ou rejeitos in natura 
a céu aberto, exatamente como vem acontecendo na hipótese em exame. De outra parte, o art. 10, caput 
da Lei 6.938/81, na redação da LC 140/2011, estabelece que: (...) A construção, instalação, ampliação e 
funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou 
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão 
de prévio licenciamento ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 2011) 4."A despeito 
da indicada manutenção do lixão no Sítio Cajueiro, o Município de Condado não demonstrou, nem mesmo 
alegou, que tinha a licença de funcionamento, o que demonstra a irregularidade da sua conduta. Daí a 
necessidade de exigir-lhe a regular instalação de um aterro sanitário, devidamente licenciado pelo órgão 
competente, cabendo-lhe ainda a reparação dos danos ambientais causados pela sua atitude irregular". 5."O 
mesmo se diga quanto aos danos morais. Não foi a primeira vez que o Município de Condado praticou o 
combatido ato ilícito. Pelo contrário, outras duas vezes já foi advertido pela sua irregularidade, voltando, no 
entanto, a repeti-la. E tem razão o IBAMA ao argumentar que a alegação de falta de recursos financeiros não 
pode lhe socorrer, já que lhe é facultado contrair empréstimos, fazer parcerias, firmar convênios, etc. O fato 
é que a proteção do meio ambiente deveria ser uma prioridade municipal, o que infelizmente não aconteceu 
com o demandado. 6. "Quanto à competência para o licenciamento, é realmente da CPRH nesta situação, 
por ser o órgão estadual responsável. Deveras, um lixão irregular não causa impacto ambiental meramente 
local, não se aplicando ao caso o art. 6º da Resolução CONAMA 237/97. Pelo contrário, trata de impacto que 
alcança o limite territorial dos municípios vizinhos, incidindo o art. 5º da citada Resolução". 7. No que pertine 
à imposição da multa diária (astreintes) diretamente contra o agente público, a jurisprudência do STJ e desta 
Corte Regional vem entendendo pela sua impossibilidade, haja vista ausência de preceito legal autorizativo, 
devendo tal imposição, em caso de descumprimento de decisão judicial decorrente de obrigação de fazer ou 
não fazer, ser direcionada exclusivamente contra a Administração Pública. Precedentes: RESP 
200500736827, JORGE MUSSI, STJ - QUINTA TURMA, DJE DATA:26/04/2010; APELREEX 
00070949120104058400, Desembargador Federal Francisco Barros Dias, TRF5 - Segunda Turma, DJE - Data: 
30/06/2011 - Página: 242; AG 200905000985186, Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, 
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TRF5 - Terceira Turma, DJE - Data:05/03/2010 - Página:326; AG 200605000769087, Desembargador Federal 
Luiz Alberto Gurgel de Faria, TRF5 - Segunda Turma, DJ - Data: 08/01/2008 - Página: 547). 8. "(...) julgo 
PROCEDENTE o pedido, condenando o Município de Condado ao seguinte: 1) apresentar, em 02 meses, 
comprovante de projeto de aterro sanitário definitivo e de pedido de licença ambiental para o mesmoaterro, 
junto à CPRH e de acordo com suas orientações e parâmetros; 2) não mais despejar e depositar entulho, lixo 
e rejeitos de toda natureza não só no Sítio Cajueiro, mas também em qualquer lugar que não corresponda 
ao aterro sanitário licenciado pela CPRH, o que deverá acontecer depois de 02 meses, contados do término 
do prazo concedido no item 1 supra; 3) iniciar as obras de implantação do aterro sanitário após 06 meses da 
decisão da CPRH de licença ambiental; 4) concluir a referida obra no prazo de 06 meses, contados do prazo 
concedido no item anterior, de acordo com as especificações da CPRH; 5) apresentar projeto de recuperação 
de área degradada no prazo de 06 meses, contados do prazo mencionado no item 4; (...) Condeno o 
Município de Condado, ainda, ao pagamento de R$ 50.000,00 a título de dano moral ambiental, o que faço 
com base na gravidade do dano e na condição econômica do ofensor. A quantia deverá ser posteriormente 
revertida ao Fundo de que trata o art. 13 da Lei 7.347/85". 9. Remessa Oficial parcialmente provida, apenas 
para afastar a aplicação da multa diária ao Prefeito do Município de Condado/PE. 
(TRF-5 - REO: 8414420114058306 , Relator: Desembargador Federal Manoel Erhardt, Data de Julgamento: 
05/09/2013, Primeira Turma, Data de Publicação: 12/09/2013) 
8 - Considerações Finais 
Alunos e alunas, 
Fechamos mais um tema importante e que irá ser decisivo para a sua aprovação! 
Fiquem com Deus, grande abraço e até a próxima aula. 
Instagram: @profrosenval 
Prof. Rosenval 
“Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer na vida. Acredite. Lute. Conquiste. 
E acima de tudo, seja feliz! ” 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA) Acerca da competência ambiental, regulada pela Lei 
Complementar nº 140/2011, julgue o item abaixo. 
Em caso de emissão de autorização ambiental, inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio 
ambiente no município, o estado deve desempenhar as ações administrativas municipais. 
2 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA) A exploração da carcinicultura após o vencimento da 
licença não constituiu infração administrativa, uma vez que a licença vencida fica prorrogada até que seja 
emitida a decisão definitiva do órgão licenciador, podendo o requerimento de renovação ser apresentado 
até um ano após a expiração do prazo de validade da licença anterior. 
3 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Sobre o licenciamento ambiental, instrumento da Política 
Nacional do Meio Ambiente, a Lei Complementar no 140, de 08/12/2011, dispõe que a atuação supletiva 
ou subsidiária é aquela pela qual o ente da Federação se substitui ao ente federativo originariamente 
detentor da competência para exercer o licenciamento ambiental. 
4 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Cabe aos Municípios o licenciamento ambiental das atividades 
ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme 
tipologia definida pelos respectivos conselhos estaduais do meio ambiente, segundo critérios fixados 
nesta Lei. 
5 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Cabe aos Municípios o licenciamento ambiental das atividades 
ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme 
tipologia definida pelo respectivo Conselho Municipal do Meio Ambiente, segundo critérios fixados nesta 
Lei. 
6 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) A supressão de vegetação será sempre autorizada pelo Estado. 
Todavia, se a União for o ente federativo competente para o licenciamento ambiental, a ela caberá 
conceder a autorização para a supressão da vegetação. 
7 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Sobre o licenciamento ambiental, instrumento da Política 
Nacional do Meio Ambiente, a Lei Complementar nº 140, de 08/12/2011, dispõe que a cooperação dos 
entes federativos no licenciamento ambiental se dará apenas por meio de convênios. 
8 – (Elaborada pelo Professor) A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência 
mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, 
ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. 
9 - (Elaborada pelo Professor) São ações administrativas da União: promover o licenciamento ambiental 
de empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país 
limítrofe; localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica 
exclusiva; localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; localizados ou desenvolvidos em unidades de 
conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); localizados ou 
desenvolvidos em 2 ou mais Estados. 
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10 - (Elaborada pelo Professor) Compete à União elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos 
ambientais. 
11 - (Elaborada pelo Professor) Os municípios não poderão organizar e manter um Sistema Municipal de 
Informações sobre Meio Ambiente, uma vez que compete somente à União organizar as informações 
ambientais através do CONAMA. 
12 - (Elaborada pelo Professor) Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer 
forma, de causar degradação ambiental, e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério 
do ente federativo instituidor da unidade de conservação será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental 
(APAs). 
13 – (CESPE / UnB – Analista Ambiental) A repartição constitucional das competências ambientais 
privilegia a observância das peculiaridades regionais e locais; logo, a uniformidade da política ambiental é 
inadequada no Brasil, devido à grande diversidade paisagística e cultural. 
14 - (CESPE / UnB – Analista Ambiental – ICMBio) Os licenciamentos ambientais de empreendimentos 
situados em terras indígenas e localizados integralmente em determinado estado da Federação são de 
competência desse mesmo estado. 
15 – (FGV- II EXAME DE ORDEM – OAB) Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação 
entre a união e os estados, o distrito federal e os municípios para o exercício da competência comum de 
defesa do meio ambiente. 
16 – (FGV- IX EXAME DE ORDEM – OAB) A Lei Complementar n. 140 de 2011 fixou normas para a 
cooperação entre os entes da federação nas ações administrativas decorrentes do exercício da 
competência comum relativas ao meio ambiente. Sobre esse tema, assinale a afirmativa correta. 
a) compete à união aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em 
áreas de preservação ambientais - APAS. 
b) compete aos estados e ao distrito federal controlar a introdução no país de espécies exóticas 
potencialmente invasoras que possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas. 
c) compete aos municípios gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado, 
respeitadas as atribuições setoriais. 
d) compete à união aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em 
ecossistemas naturais frágeis ou protegidos. 
17 – (FGV- XI EXAME DE ORDEM – OAB) Técnicos do IBAMA, autarquia federal, verificaram que 
determinada unidade industrial, licenciada pelo Estado no qual está localizada, está causando degradação 
ambiental significativa, vindo a lavrar auto de infração pelos danos cometidos. 
Sobre o caso apresentado e aplicando as regras de licenciamentoe fiscalização ambiental previstas na Lei 
Complementar n. 140/2011, assinale a afirmativa correta. 
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(A) Há irregularidade no licenciamento ambiental, uma vez que em se tratando de atividade que cause 
degradação ambiental significativa, o mesmo deveria ser realizado pela União. 
(B) É ilegal a fiscalização realizada pelo IBAMA, que só pode exercer poder de polícia de atividades licenciadas 
pela União, em sendo a atividade regularmente licenciada pelo Estado. 
(C) É possível a fiscalização do IBAMA o qual pode, inclusive, lavrar auto de infração, que, porém, não 
prevalecerá caso o órgão estadual de fiscalização também lavre auto de infração. 
(D) Cabe somente à União, no exercício da competência de fiscalização, adotar medidas para evitar danos 
ambientais iminentes, comunicando imediatamente ao órgão competente, em sendo a atividade licenciada 
pelo Estado. 
18 – (FGV- XV EXAME DE ORDEM – OAB) Antes de dar início à instalação de unidade industrial de produção 
de roupas no Município X, Julio Cesar consulta seu advogado acerca dos procedimentos prévios ao começo 
da construção e produção. Considerando a hipótese, assinale a afirmativa correta: 
a) caso a unidade industrial esteja localizada em terras indígenas, ela não poderá ser instalada. 
b) caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois estados da federação, ambos terão 
competência para o licenciamento ambiental. 
c) caso inserida em qualquer unidade de conservação, a competência para o licenciamento será do IBAMA. 
d) caso o impacto seja de âmbito local, a competência para o licenciamento ambiental será do município. 
19 – (Vunesp – Tecnólogo em Gestão Ambiental) A renovação de licença de operação de um 
empreendimento ou atividade que vence em 20 de agosto de 2016 deve ser requerida até 
(A) 20 de abril de 2016. 
(B) 20 de maio de 2015. 
(C) 20 de junho de 2016. 
(D) 20 de julho de 2016. 
(E) 05 de agosto de 2016. 
20 – (Procurador – PGE - AC – 2017) Denomina-se de supletiva, a ação do ente da Federação que visa a 
auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo 
ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas na Lei Complementar n° 140/11. 
21 – (CESPE - Auditoria de Obras públicas - TCE-PE – 2017) De acordo com as resoluções do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA.), o processo de licenciamento ambiental requer um tipo de licença 
ambiental específico para cada fase dos empreendimentos de infraestrutura de transportes. Tendo essa 
informação como referência e considerando que um empreendedor deseje obter nos órgãos competentes 
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as licenças ambientais necessárias para a construção e posterior operação de uma estrada de rodagem 
com duas faixas de rolamento, julgue o item subsequente. 
A renovação da licença de operação (LO) da estrada de rodagem com duas faixas de rolamento deverá ser 
requerida com antecedência de, pelo menos,120 dias antes do término da sua data de validade. 
22 – (Vunesp – PROCURADOR – PGE SP – 2018) Compete aos Municípios, dentre outras atribuições, 
aprovar a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas 
municipais e unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental. 
23 – (Vunesp – PROCURADOR – PGE SP – 2018) A Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo lavrou 
auto de infração ambiental em face de infrator, por suprimir vegetação sem autorização do órgão 
competente, em um imóvel rural particular não inserido em área qualificada como Unidade de 
Conservação. Ato contínuo, enquanto o infrator se preparava para sair do local, fiscais do Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA lavraram auto de infração em 
razão dos mesmos fatos. A sanção cominada, por ambos os entes, foi exclusivamente a de multa. Diante 
dessa situação, os dois autos de infração devem ser mantidos, inclusive com as sanções daí decorrentes, 
que serão concorrentes e admitirão a futura cobrança das multas respectivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 - C 2 - E 3 - E 4 - C 5 - E 6 - E 7 - E 8 - C 9 - C 10 - E 
11 - E 12 - E 13 - E 14 - E 15 - E 16 - D 17 - C 18 - D 19 - A 20 - E 
21 - C 22 - C 23 - E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA) Acerca da competência ambiental, regulada pela Lei 
Complementar nº 140/2011, julgue o item abaixo. 
Em caso de emissão de autorização ambiental, inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de 
meio ambiente no município, o estado deve desempenhar as ações administrativas municipais. 
Comentários: 
Consoante o art. 15, II, da LC 140/2011, inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio 
ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação. 
Lembrando que a ação supletiva é aquela em que o ente da Federação substitui o ente federativo 
originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas na Lei Complementar 140/11. 
Gabarito: Certo. 
2 - (CESPE / UnB – Técnico Administrativo – IBAMA) A exploração da carcinicultura após o vencimento da 
licença não constituiu infração administrativa, uma vez que a licença vencida fica prorrogada até que seja 
emitida a decisão definitiva do órgão licenciador, podendo o requerimento de renovação ser apresentado 
até um ano após a expiração do prazo de validade da licença anterior. 
Comentários: 
Art. 13, da LC 140/11. 
“Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único 
ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. 
§ 3º. O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão 
tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva 
referida no art. 15. 
§ 4º A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e 
vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este 
automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente”. 
Notem que o requerimento de renovação da licença deve ser feito com antecedência mínima de 120 dias 
da expiração de seu prazo de validade. 
O item afirma que o requerimento de renovação pode ser apresentado até um ano após a expiração do prazo 
de validade da licença anterior, o que está ERRADO, de acordo com a LC 140/11. 
Gabarito: Errado. 
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3 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Sobre o licenciamento ambiental, instrumento da Política 
Nacional do Meio Ambiente, a Lei Complementar no 140, de 08/12/2011, dispõe que a atuação supletiva 
ou subsidiária é aquela pela qual o ente da Federação se substituiao ente federativo originariamente 
detentor da competência para exercer o licenciamento ambiental. 
Comentários: 
Item tratou a atuação supletiva e a subsidiária como sendo sinônimos. A supletiva substitui. A subsidiária 
auxilia. 
LC 140/11, art. 2º, II e III: 
“Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se: 
Atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor 
das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar; 
Atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições 
decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das 
atribuições definidas nesta Lei Complementar”. 
Gabarito: Errado. 
4 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Cabe aos Municípios o licenciamento ambiental das atividades 
ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme 
tipologia definida pelos respectivos conselhos estaduais do meio ambiente, segundo critérios fixados 
nesta Lei. 
Comentários: 
Art. 9º, XIV, a, da LC 140/11: “Art. 9º, São ações administrativas dos Municípios: XIV - observadas as 
atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento 
ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de 
âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, 
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade”. 
Gabarito: Certo. 
5 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Cabe aos Municípios o licenciamento ambiental das atividades 
ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme 
tipologia definida pelo respectivo Conselho Municipal do Meio Ambiente, segundo critérios fixados nesta 
Lei. 
Comentários: 
Conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos ESTADUAIS de Meio Ambiente e não municipais 
como afirma o item! 
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e
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Art. 9º, XIV, a, da LC 140/11: “Art. 9º São ações administrativas dos Municípios: XIV - observadas as 
atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento 
ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de 
âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, 
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade” 
Gabarito: Errado. 
6 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) A supressão de vegetação será sempre autorizada pelo Estado. 
Todavia, se a União for o ente federativo competente para o licenciamento ambiental, a ela caberá 
conceder a autorização para a supressão da vegetação. 
Comentários: 
A primeira parte está errada, pois não é sempre autorizada pelo Estado. Poderá ser autorizada por qualquer 
dos entes da federação, de acordo com o disciplinamento da LC 140/11. No caso de licenciamento ambiental, 
a supressão de vegetação é autorizada pelo ente federativo licenciador. 
“Art. 7º São ações administrativas da União: 
XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: 
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União, 
exceto em APAs; e 
b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União; 
Art. 8º São ações administrativas dos Estados: 
XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: 
a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção 
Ambiental (APAs); 
b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7º (atribuições da União) e 
c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Estado; 
Art. 9º São ações administrativas dos Municípios: 
XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar: 
a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas 
municipais e unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental 
(APAs); e 
b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentos 
licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município. 
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Art. 11. A lei poderá estabelecer regras próprias para atribuições relativas à autorização de manejo e 
supressão de vegetação, considerada a sua caracterização como vegetação primária ou secundária em 
diferentes estágios de regeneração, assim como a existência de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de 
extinção. 
Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos 
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental, e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor 
da unidade de conservação não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs). 
Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único 
ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. 
§ 1º Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou 
autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental. 
Art. 13, § 2º A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente 
federativo licenciador”. 
Gabarito: Errado. 
7 - (FCC – Promotor de Justiça – MPE – AP) Sobre o licenciamento ambiental, instrumento da Política 
Nacional do Meio Ambiente, a Lei Complementar no 140, de 08/12/2011, dispõe que a cooperação dos 
entes federativos no licenciamento ambiental se dará apenas por meio de convênios. 
Comentários: 
Vide artigo 4º, da LC 140/11. Há outros instrumentos de cooperação institucional como consórcios públicos, 
comissão tripartite nacional, comissões tripartites estaduais, comissão bipartite do DF, delegação, fundos 
públicos e privados e outros instrumentos econômicos. 
Gabarito: Errado. 
8 - (Elaborada pelo Professor) A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência 
mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, 
ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. 
Comentários: 
Literalidade do art. 14, § 4º da LC 140/2011. 
Gabarito: Certo. 
9 - (Elaborada pelo Professor) São ações administrativas da União: promover o licenciamento ambiental 
de empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país 
limítrofe; localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica 
exclusiva; localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; localizados ou desenvolvidos em unidades de 
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conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); localizados ou 
desenvolvidos em 2 ou mais Estados. 
Comentários: 
Art. 7º, a, b, c, d, e da LC 140/11. 
Gabarito: Certo. 
10 - (Elaboradapelo Professor) Compete à União elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos 
ambientais. 
Comentários: 
Art. 9º, IX da LC 140/2011. É uma das competências dos Municípios, inclusive com previsão constitucional e 
regulamentação no Estatuto da Cidade. 
Gabarito: Errado. 
11 - (Elaborada pelo Professor) Os municípios não poderão organizar e manter um Sistema Municipal de 
Informações sobre Meio Ambiente, uma vez que compete somente à União organizar as informações 
ambientais através do CONAMA. 
Comentários: 
Art. 9º, VII da LC140/2011- São ações administrativas dos Municípios organizar e manter o Sistema 
Municipal de Informações sobre Meio Ambiente. 
Lembrando que de acordo com o art. 8º, VII, os Estados também deverão organizar e manter, com a 
colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual de Informações sobre Meio Ambiente. 
Gabarito: Errado. 
12 - (Elaborada pelo Professor) Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos 
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer 
forma, de causar degradação ambiental, e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério 
do ente federativo instituidor da unidade de conservação será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental 
(APAs). 
Comentários: 
Art. 12, da LC 140/2011. NÃO será aplicado às APAs o critério do ente federativo instituidor da unidade de 
conservação. 
Cuidado com questões longas, nas quais o erro pode estar no final da afirmativa. 
Gabarito: Errada. 
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13 – (CESPE / UnB – Analista Ambiental) A repartição constitucional das competências ambientais 
privilegia a observância das peculiaridades regionais e locais; logo, a uniformidade da política ambiental é 
inadequada no Brasil, devido à grande diversidade paisagística e cultural. 
Comentários: 
Assim, como a CF/88, a política ambiental também considera as peculiaridades regionais e locais. Inclusive a 
LC 140/2011 veio disciplinar as competências ambientais, elencando ações para a União, Estados, DF e 
Municípios. 
Confiram o art. 3º, IV da LC 140/11: 
"Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no 
exercício da competência comum a que se refere esta Lei Complementar: 
IV – garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais 
e locais." 
Gabarito: Errado. 
14 – (CESPE / UnB – Analista Ambiental – ICMBio) Os licenciamentos ambientais de empreendimentos 
situados em terras indígenas e localizados integralmente em determinado estado da Federação são de 
competência desse mesmo estado. 
Comentários: 
Conforme art. 7º, XIV, “c” da LC 140/11, é competência da União promover o licenciamento ambiental de 
empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos em terras indígenas. 
Gabarito: Errado. 
15 – (FGV-II EXAME DE ORDEM – OAB) Deverá ser editada lei ordinária com as normas para a cooperação 
entre a união e os estados, o distrito federal e os municípios para o exercício da competência comum de 
defesa do meio ambiente. 
Comentários: 
De acordo com o parágrafo único, do artigo 23, da CF/88, leis complementares fixarão normas para a 
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
No que tange à cooperação para a proteção ambiental, temos a LC 140/11, que fixa normas, nos termos dos 
incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23, da Constituição Federal, para a cooperação entre 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da 
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao 
combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. 
Gabarito: Errado. 
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16 – (FGV-IX EXAME DE ORDEM – OAB) A Lei Complementar nº 140 de 2011 fixou normas para a 
cooperação entre os entes da federação nas ações administrativas decorrentes do exercício da 
competência comum relativas ao meio ambiente. Sobre esse tema, assinale a afirmativa correta. 
a) compete à união aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras 
em áreas de preservação ambientais - APAS. 
b) compete aos estados e ao distrito federal controlar a introdução no país de espécies exóticas 
potencialmente invasoras que possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas. 
c) compete aos municípios gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado, 
respeitadas as atribuições setoriais. 
d) compete à união aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em 
ecossistemas naturais frágeis ou protegidos. 
Comentários: 
A – Errado. Art. 7º, XV, da LC 140/11. 
Compete à União aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: 
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União, 
exceto em APAs; e 
b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União. 
De acordo com o artigo 12, da LC 140/11, para fins de licenciamento ambiental de atividades ou 
empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, 
sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, e para autorização de supressão e manejo de 
vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação não será aplicado às Áreas de 
Proteção Ambiental (APAs). A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização a 
que se refere o caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do 
inciso XIV do art. 7º, no inciso XIV do art. 8º e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9º, da LC 140/11. 
B – Errado. Conforme artigo 7º, XVII, da LC 140/11, compete à União controlar a introdução no País de 
espécies exóticas potencialmente invasoras que possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies 
nativas. 
C – Errado. Ainda de acordo com o artigo 7º, da LC 140/11, temos em seu inciso XXIII que é competência da 
União gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado, respeitadas as 
atribuições setoriais. 
D – Certo. De fato, conforme dispõe o artigo 7º, XVIII, da LC 140/11, compete à União aprovar a liberação 
de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em ecossistemas naturais frágeis ou protegidos. 
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Dica: memorizem as competências previstas no artigo 7º, que tratam de ações administrativas da União. 
Conhecendo as competências da União, que são as mais cobradas, é possível acertar questões de múltipla 
escolha por eliminação. 
Gabarito: Letra D. 
17 – (FGV – XI Exame de Ordem – OAB) Técnicos do IBAMA, autarquia federal, verificaram que 
determinada unidade industrial, licenciada pelo Estado no qual está localizada, está causando degradação 
ambiental significativa, vindo a lavrar auto de infração pelos danos cometidos. 
Sobre o caso apresentado e aplicando as regras de licenciamento e fiscalização ambiental previstas na Lei 
Complementar n. 140/2011, assinale a afirmativa correta. 
(A) Há irregularidade no licenciamento ambiental, uma vez que em setratando de atividade que cause 
degradação ambiental significativa, o mesmo deveria ser realizado pela União. 
(B) É ilegal a fiscalização realizada pelo IBAMA, que só pode exercer poder de polícia de atividades 
licenciadas pela União, em sendo a atividade regularmente licenciada pelo Estado. 
(C) É possível a fiscalização do IBAMA o qual pode, inclusive, lavrar auto de infração, que, porém, não 
prevalecerá caso o órgão estadual de fiscalização também lavre auto de infração. 
(D) Cabe somente à União, no exercício da competência de fiscalização, adotar medidas para evitar danos 
ambientais iminentes, comunicando imediatamente ao órgão competente, em sendo a atividade 
licenciada pelo Estado. 
Comentários: 
A – ERRADO. O simples fato de uma degradação ambiental ser significativa não exige obrigatoriamente que 
o licenciamento ambiental seja realizado pela União. Apenas o caso concreto analisado de acordo com as 
competências previstas na LC 140/11 pode se determinar a quem compete o licenciamento, se à União, ao 
Estado, ao DF ou ao Município. 
B – ERRADO. De acordo com o art. 17, da LC 140/11, compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou 
autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e 
instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo 
empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. Ou seja, a regra é: quem licencia tem a competência 
para lavrar auto de infração. 
Entretanto, isso não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da 
conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de 
recursos naturais com a legislação ambiental em vigor. Mas, neste caso prevalece o auto de infração 
ambiental lavrado pelo órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização. 
C – CERTO. Conforme art. 17, § 3º, da LC 140/11, não há impedimento para o exercício pelos entes 
federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva 
ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor. No 
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entanto, deve prevalecer o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de 
licenciamento ou autorização. 
No caso da questão, como foi o Estado o ente federativo que licenciou a atividade, deverá prevalecer o auto 
desse ente. 
D – ERRADO. Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo 
que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, 
comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. É o que dispõe o artigo 
17, § 2º, da LC 140/11. 
Ademais, conforme § 1º, desse mesmo artigo, qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar 
infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva 
ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão competente para efeito do exercício de 
seu poder de polícia. 
Gabarito: Letra C. 
18 – (FGV – XV – EXAME DE ORDEM – OAB) Antes de dar início à instalação de unidade industrial de 
produção de roupas no Município X, Julio Cesar consulta seu advogado acerca dos procedimentos prévios 
ao começo da construção e produção. Considerando a hipótese, assinale a afirmativa correta: 
a) caso a unidade industrial esteja localizada em terras indígenas, ela não poderá ser instalada. 
b) caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois estados da federação, ambos terão 
competência para o licenciamento ambiental. 
c) caso inserida em qualquer unidade de conservação, a competência para o licenciamento será do 
IBAMA. 
d) caso o impacto seja de âmbito local, a competência para o licenciamento ambiental será do município. 
Comentários: 
A – Errado. Pessoal, essa alternativa foi mal elaborada. Vamos analisar juntos. Embora seja competência da 
União licenciar atividades em terras indígenas (conforme LC 140/2011, art. 7º, XIV, c), o STF já considerou 
haver limitações e impedimentos às atividades econômicas de terceiros nestas áreas, com exceção da 
mineração e do aproveitamento de recursos hídricos (231, § 3º, CF), condicionadas à prévia autorização do 
Congresso Nacional, à oitiva das comunidades afetadas e à garantia de participação nos resultados da lavra. 
Diante disso, é possível a realização de determinadas atividades em áreas indígenas, mas entre essas 
atividades não há permissão para uma fábrica de roupas. Logo, não estaria errado afirmar que não se pode 
instalar a fábrica de roupas nesta área. Mesmo assim, a Banca considerou o item errado. 
B – Errado. A competência, neste caso, será da União. (Art. 7º, XIV, e, da LC 140/2011). Além disso, de acordo 
com o art. 13, da LC 140/11, os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, 
ambientalmente, por um único ente federativo. Logo, não caberia o licenciamento realizado por dois entes 
da federação, como sugere o item. 
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C – Errado. Vai depender se a Unidade de Conservação é federal, estadual, Municipal ou ainda uma unidade 
criada pelo DF. Em regra, é o ente que criou a unidade que faz o licenciamento. Ou seja, o licenciamento em 
unidades de conservação segue o critério do ente federativo instituidor da unidade, com exceção das Áreas 
de Proteção Ambiental (APAs), pois estas seguem uma regra específica. 
Assim, seguindo a regra. Se a Unidade for criada pela União, caberá ao órgão federal do SISNAMA a 
competência para licenciar, neste caso seria o IBAMA. 
D – Certo. Observem que o enunciado não ofereceu nenhuma informação que pudesse enquadrar a 
atividade como sendo licenciamento da União, ou do Estado, por exemplo. Notem que o comando da 
questão diz apenas que se trata da instalação de uma unidade industrial de produção de roupas no Município 
X. Sendo assim, analisando apenas essas informações, se o impacto for de âmbito local, a competência para 
o licenciamento ambiental será do município, conforme o art. 9º, XIV, a, da LC 140/2011. 
Gabarito: Letra D. 
19 – (Vunesp – Tecnólogo em Gestão Ambiental) A renovação de licença de operação de um 
empreendimento ou atividade que vence em 20 de agosto de 2016 deve ser requerida até 
(A) 20 de abril de 2016. 
(B) 20 de maio de 2015. 
(C) 20 de junho de 2016. 
(D) 20 de julho de 2016. 
(E) 05 de agosto de 2016. 
Comentários: 
Segundo o artigo 13, § 4º, da LC 140/11, a renovação de licenças ambientais deve ser requerida com 
antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva 
licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental 
competente. 
Sendo assim, no caso em análise, o limite seria 20/4/16, pois a licença venceria em 20/8/16. 
Gabarito: Letra A. 
20 – (Procurador – PGE - AC – 2017) Denomina-se de supletiva, a ação do ente da Federação que visa a 
auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo 
ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas na Lei Complementar n° 140/11. 
Comentários: 
Art. 2º, da LC 140/11. 
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Não confundam supletiva com subsidiária!!! 
Atuação supletiva: ação do ente da Federação que

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