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Psicopatologia da Afetividade e Humor

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1 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Afetividade e Humor 
Introdução 
A afetividade é um termo genérico que compreende 
várias modalidades de vivências afetivas. Na tradição 
psicopatológica distinguem-se 5 tipos básicos destas: 
Humor ou estado de ânimo: 
É definido como tônus afetivo do sujeito. Nesse sentido, 
trata-se do estado emocional basal e difuso em que se 
encontra a pessoa em determinado momento e que é 
capaz de ampliar ou reduzir o impacto das 
experiências reais, modificando, muitas vezes, a 
natureza e o sentido das experiências vivenciadas. 
Emoções: 
São reações afetivas momentâneas e agudas, de curta 
duração, desencadeadas por estímulos significativos, 
internos ou externos, conscientes ou inconscientes. 
São geralmente acompanhadas de reações 
somáticas, corporais (neurovegetativas, motoras, 
hormonais, viscerais e vasomotoras). 
OBS: Humor: é uma experiência tanto psíquica quanto 
somática. 
Sentimentos: 
São estados e configurações afetivas estáveis, de 
menor intensidade e menos reativos que as emoções. 
Configuram um fenômeno muito mais mental do que 
somático, estando comumente associados a 
conteúdos intelectuais, valores e representações. 
Podem variar a depender da cultura e do universo 
semântico linguístico de cada povo. 
Pode-se classificar e ordenar os sentimentos em vários 
grupos: 
- Sentimento da esfera da tristeza: melancolia, 
saudade, tristeza, nostalgia, vergonha, aflição, culpa, 
etc; 
- Sentimentos da esfera da alegria: euforia, 
contentamento, satisfação, confiança, esperança, 
etc; 
- Sentimentos da esfera da agressividade: raiva, 
revolta, rancor, ciúme, ódio, inveja, etc; 
- Sentimentos relacionados à atração pelo outro: amor, 
atração, tesão, carinho, amizade, apego, respeito, 
etc; 
- Sentimentos associados ao perigo: medo, temor, 
receio, abandono, rejeição, etc; 
- Sentimentos do tipo narcísico: vaidade, orgulho, 
superioridade, etc. 
Paixões: 
É um estado afetivo extremamente intenso, que 
domina a atividade psíquica do sujeito, captando e 
dirigindo a atenção e o interesse deste em uma só 
direção. 
Afetos: 
Define-se como a qualidade e o tônus emocional que 
acompanham uma ideia. Capacidade de o sujeito 
expressar/externalizar seu humor, sua emoção, sua 
afetividade, seu sentimento por meios além da fala. 
Reação afetiva 
Tendo em vista que a vida afetiva ocorre em um 
contexto de relações do eu com o mundo e com as 
pessoas, a afetividade caracteriza-se por sua 
dimensão de reatividade. Nesse contexto, há 2 
dimensões da resposta ou reação afetiva de um 
sujeito: 
- Sintonização afetiva: capacidade do sujeito ser 
influenciado afetivamente por estímulos externos, 
entrando em sintonia com o ambiente. 
- Irradiação afetiva: capacidade do sujeito de 
transmitir, irradiar ou contaminar o outro com seu 
estado afetivo momentâneo. 
OBS: Na rigidez afetiva, o sujeito não deseja ou tem 
dificuldade ou impossibilidade tanto na sintonização 
afetiva como na irradiação afetiva. Portanto, trata-se 
de uma característica das pessoas que tem alteração 
de afeto (embotamento afetivo, distanciamento 
afetivo, etc). 
Tipos e classificações das emoções 
Emoções positivas: 
São aquelas que promovem bem-estar, favorecem a 
socialização e resultam de gratificações quando um 
desejo ou necessidade é satisfeito. 
Emoções negativas: 
Resultam ou interferem nas desavenças nas relações 
interpessoais. Relacionam-se, portanto, com as 
sensações de repulsa, raiva e agressividade. 
Sistemas de valência 
Sistemas de valência negativa: 
Incluem as respostas às situações aversivas, como 
resposta a ameaça aguda ou medo, resposta a 
ameaça potencial ou ansiedade, resposta a ameaça 
constante, experiências de perda e não recompensa. 
 
2 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Sistemas de valência positiva: 
Incluem respostas anímicas e comportamentais 
positivas, como motivação para aproximação, 
avaliação de recompensas, aprendizado positivo de 
recompensas. 
Características da emoção 
Podem ser divididas em 3 grupos: primária, secundárias 
e de fundo. 
Emoções universais, primárias ou básicas: 
São aquelas que podem ser identificadas através de 
comportamentos faciais específicos universalmente 
compartilhados. 
Inicialmente foi postulado que havia 6 emoções 
humanas básicas e universais: 
- Alegria; 
- Tristeza; 
- Medo; 
- Raiva; 
- Nojo; 
- Surpresa. 
Contudo, ao longo dos anos, vários estudiosos 
propuseram novas emoções consideradas básicas. 
Importante salientar que não existe necessariamente 
apenas uma expressão facial para cada emoção, mas 
uma variedade de manifestações discretamente 
diferentes para cada uma delas, a chamada família 
de emoções. 
Emoções secundárias ou sociais (não universais): 
São mais aprendidas socialmente e mais variáveis 
entre subgrupos. 
Elas seriam construídas com mesclas de emoções 
primárias, de fundo e outras emoções sociais. 
Alguns exemplos são: 
- Vergonha; 
- Culpa; 
- Remorso; 
- Simpatia; 
- Compaixão; 
- Orgulho; 
- Ciúmes; 
- Inveja; 
- Admiração; 
- Desprezo. 
Emoções de fundo: 
São estados basais. Compreendem as sensações de 
bem ou mal-estar, fadiga, ter menos energia, etc. 
OBS: Emoções não conscientes: são emoções 
processadas de forma automática, não controlada e 
ultrarrápida, de modo que ocorrem sem que haja 
tomada de consciência pelo sujeito. 
Alterações de humor 
Distimia: 
Na prática, é um diagnostico que se refere a um 
transtorno depressivo leve e crônico. Em 
psicopatologia, é o termo que designa alteração 
básica do humor, tanto no sentido da inibição como no 
sentido da exaltação. 
Disforia: 
Alteração de humor acompanhada de uma tonalidade 
afetiva desagradável. É sinônimo de irritabilidade 
elevada. Ou seja, diz respeito à distimia acompanhada 
de uma tonalidade afetiva desagradável. 
Irritabilidade patológica: 
Há uma hiperreatividade desagradável, hostil e 
agressiva a estimulos do meio exterior. Nesses casos, 
qualquer estimulo é sentido como perturbador e o 
sujeito reage prontamente de forma disfórica. 
Sintoma bastante frequente e inespecífico, indicando, 
não raramente, quadro de natureza orgânica. 
É importante diferenciar do quadro de irritabilidade 
primária, a qual é oriunda de um transtorno mental 
(depressão, ansiedade, mania, esquizofrenia, etc) da 
irritabilidade secundária, que é relacionada a um 
transtorno Neurocognitivo. 
OBS: Esse termo é muitas vezes substituído por Disforia, 
visto que ambos correspondem a um estado de 
irritabilidade anormalmente elevada. 
Euforia: 
É um estado de humor morbidamente elevado, no 
qual predomina um estado de alegria intensa e 
desproporcional às circunstâncias. 
 
 
3 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Elação: 
Estado em que há, além da alegria patológica, a 
expansão do Eu, uma sensação subjetiva de grandeza 
e de poder. 
Hipotimia: 
Representa a diminuição do humor. 
Puerilidade: 
Alteração do humor que se caracteriza pelo aspecto 
infantil e regredido. O sujeito ri ou chora por motivos 
banais, sua vida afetiva é superficial, sem afetos 
profundos e duradouros. 
Pode estar presente em pacientes com esquizofrenia 
(hebefrênica principalmente), déficit intelectual, 
transtorno de personalidade histriônica, etc. 
OBS: Moria: é uma forma de alegria muito pueril, 
ingênua e boba, a qual pode estar presente em 
pacientes com lesões extensas de frontal, deficiência 
mental ou quadros demenciais. 
Estado de êxtase: 
Sensação de fusão entre eu e o mundo, em que o 
sujeito perde a noção de onde termina seu corpo e 
onde o mundo começa. 
OBS: Catatimia: termo usado para se referir a 
importante influência que a vida afetiva, sobretudo, o 
estado de humor, exerce constantemente sobre as 
demais funções psíquicas (atenção, tempo, memória, 
sensopercepção, vontade, etc). 
OBS1: Ansiedade: estado de apreensão em relação ao 
futuro, inquietação internadesagradável. Inclui 
manifestações somáticas e fisiológicas (dispneia, 
taquicardia, tensão muscular, tremores, sudorese, 
tontura, etc) e manifestações psíquicas (desconforto 
mental, expectativa ruim quanto ao futuro, etc). 
OBS2: Angústia: relaciona-se diretamente à sensação 
de aperto no peito e na garganta, de compressão e 
de sufocamento. Assemelha-se muito à ansiedade, 
mas tem conotação mais corporal, ou seja, é uma 
ansiedade corporificada. São, portanto, reações 
corporais secundárias ao desconforto mental. Já o 
medo, é caracterizado por referir-se a um objeto mais 
ou menos preciso (é medo de algo). 
Alterações das emoções e dos sentimentos 
Medo: 
É um estado de progressiva insegurança, de 
impotência e de invalidez crescentes, ante a 
impressão iminente de que sucederá algo que o sujeito 
quer evitar. 
Em geral, é uma condição fisiológica. 
Pode ser dividido em 6 fases de acordo com o grau de 
extensão e intensidade que nele alcançam as 
manifestações de inativação. São elas: 
- Prudência; 
- Cautela; 
- Alarme; 
- Ansiedade; 
- Pânico: medo intenso; 
- Terror: medo mais intenso ainda. 
Fobias: 
São medos desproporcionais e incompatíveis com as 
possibilidades de perigo real, oferecidas pelos 
desencadeantes, chamados de objetos ou situações 
fobígenas. 
Comumente, o sujeito fóbico, o contato com os 
objetos ou essas situações desencadeia uma intensa 
crise de ansiedade. 
Existem vários tipos de fobias classificadas de acordo 
com o objeto ou situação fobígenos, dentre as quais se 
destacam: 
- Fobia simples: medo intenso e desproporcional de 
determinados objetos, geralmente pequenos animais; 
- Fobia social: medo de contato e interação social; 
- Claustrofobia: medo de entrar e ficar preso em 
espaços fechados; 
- Agorofobia: corresponde ao medo de estar em locais 
de difícil escapatória, nos quais há sensação de perda 
de controle e de que, caso fosse necessário, seria difícil 
conseguir ajuda. Por exemplo: espaços com grande 
circulação de pessoas, engarrafamentos, etc. 
 
Pânico: 
O pânico se manifesta quase sempre através de crises 
de pânicos, as quais são crises agudas e intensas de 
ansiedade, caracterizadas por uma sensação de 
morte iminente e medo de perder 
controle/enlouquecer. 
 
4 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
As crises geralmente duram alguns minutos (10-15 
minutos) e tendem a se repetir em uma periocidade 
variável. O medo de ter uma nova crise é uma 
característica marcante. 
As crises de pânico podem ocorrer após a exposição a 
desencadeantes, por exemplo, contato com objetos 
fobígenos, morte de alguém próximo e/ou estresse 
intenso, mas em muitos casos não se consegue 
identificar o que desencadeou. Quando não há motivo 
claro, denominados síndrome do pânico. 
Apatia: 
É a diminuição da excitabilidade emocional. Nesse 
caso, apesar de saberem a importância afetiva que 
determina experiência deveria ter para eles, não 
conseguem sentir nada. 
OBS: Hipomodulação: o sujeito tem uma incapacidade 
de modular sua resposta de acordo com os estimulos 
externos, embora ainda consiga sentir. 
OBS1: Abulia: a pessoa tem sentimento, fica triste, mas 
não tem vontade de fazer nada. 
Sentimento de falta de sentimento: 
É a vivência de incapacidade para sentir emoções, 
experimentada de forma muito penosa pelo sujeito. 
O paciente, nesses casos, queixa-se de se sentir morto 
por dentro. Diferentemente da apatia, é vivenciado 
com muito sofrimento. 
 Anedonia: 
É a incapacidade total ou parcial de sentir prazer com 
determinadas atividades ou experiências de vida que 
antes eram prazerosas. 
Indiferença afetiva e bela indiferença: 
Trata-se de certa frieza afetiva incompreensível diante 
dos sintomas que o paciente apresenta por conta de 
déficits psicogênicos e/ou potencialmente reversíveis. 
A bela indiferença da histeria contrapõe-se à tristeza 
indiferença do paciente depressivo com apatia 
marcante e à pálida indiferença do sujeito com 
esquizofrenia crônica, que perde aspectos 
fundamentais de sua vida afetiva em virtude dos 
sintomas negativos. 
Labilidade afetiva e incontinência afetiva: 
Estados nos quais ocorrem mudanças súbitas e 
imotivadas de humor, sentimentos ou emoções. São 
formas de hiperestesia emocional, indicando exagero 
e inadequação da reatividade afetiva. 
Na labilidade afetiva, o sujeito oscila de forma abrupta, 
rápida e inesperada de um estado afetivo para outro. 
Já na incontinência, o sujeito não consegue conter de 
forma alguma sua reação afetiva, essa reação ocorre 
geralmente por consequência a estimulos apropriados, 
mas é sempre muito desproporcional. 
Podem ocorrer em quadros de depressão ou mania, 
estados graves de ansiedade e esquizofrenia. 
Redução dos afetivos nas psicoses 
Hipomodulação do afeto: 
Incapacidade do paciente de modular a resposta 
afetiva de acordo com a situação, indicando uma 
rigidez afetiva na sua relação com o mundo. 
Verifica-se Hipomodulação do afeto, sobretudo em 
pacientes com esquizofrenia, mas também em alguns 
quadros depressivos graves, transtorno obsessivo-
compulsivo e em alguns pacientes com demências. 
Distanciamento afetivo e pobreza de sentimentos: 
Perda progressiva e patológica de vivências afetivas. 
Há um empobrecimento relativo à possibilidade de 
vivenciar alternâncias e variações sutis da esfera 
afetiva. 
Ocorre nas síndromes psico-orgânicas, nas demências 
e em alguns pacientes com esquizofrenia. 
Embotamento afetivo e devastação afetiva: 
Perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. Isso 
não significa necessariamente que o sujeito não sente, 
mas sim que ele não consegue transmitir o que está 
sentido. 
Afetos qualitativamente alterados nas psicoses 
Ambivalência afetiva: 
Caracteriza-se pela experiência de sentimentos 
opostos em relação ao mesmo estimulo de modo 
simultâneo. 
Quando ocorre de forma radical e intensa, 
acompanhada de desarmonia profunda das vivências 
psíquicas, caracteriza um aspecto importante da 
experiência afetiva de alguns pacientes com 
esquizofrenia. 
Inadequação do afeto ou paratimia: 
Reação completamente incongruente a situações ou 
determinados conteúdos, revelando desarmonia 
profunda da vida psíquica. 
Ocorre em pacientes com esquizofrenia e transtorno 
de personalidade esquizotípica. 
 
 
5 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Neotimia: 
É a designação para sentimentos e experiências 
afetivas inteiramente novas, estranhas e bizarras, 
vivenciadas por pacientes psicóticos. 
Valor diagnóstico das alterações afetivas nos quadros 
de transtornos primários 
Transtorno depressivo: 
No Transtorno depressivo praticamente todas as 
alterações afetiva negativas podem ser vivenciadas. 
A tristeza pode ser mais ou menos central, intensa e 
explicita, podendo haver, entretanto, depressão sem 
tristeza. 
Os sentimentos de culpa e arrependimento são 
frequentes, além disso, há uma baixa autoestima. 
Mania: 
A mania se caracteriza por humor alegre, eufórico ou 
exaltado, mas pode existir uma irritabilidade ou mesmo 
agressividade. O paciente tende a sentir seu Eu 
expandido, poderoso. 
Esquizofrenia: 
Nas fases agudas da esquizofrenia podem surgir 
sentimentos de estranhamento. O paciente apresenta 
Neotimia e ambivalência afetiva. 
Sentimentos e vivências recorrentes de perseguição e 
insegurança, ao longo da evolução do transtorno, 
marcam muitos quadros de esquizofrenia. 
Com o avançar da doença, o paciente apresenta 
mudança qualitativa da afetividade, em que a apatia, 
anedonia, Hipomodulação do afeto e indiferença 
afetiva encaminham o sujeito para um estado afetivo 
grave, com verdadeiro embotamento. 
Transtornos da personalidade: 
- Transtorno de personalidade borderline: humor 
disfórico e sentimentos crônicos ou recorrentes de 
vazio. O humor e as reações afetivas podem ser 
descontrolados e instáveis. 
- Transtorno de personalidade histriônica:humor 
infantilizado, superficial e maior vulnerabilidade e a 
estimulos emocionais do ambiente. 
- Transtorno de personalidade esquizoide e 
esquizotipica: vivências próximas a esquizofrenia.

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