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• H é r n i a s e m p e q u e n o s a n i m a i s • ✦ Celiotomia Nome dado a incisão cirúrgica feita na cavidade abdominal com fins de tratamento ou diagnóstico (laparotomia exploratória). - feito geralmente em casos de abdômen agudo (com afecções agudas como por exemplo: hemoperitônio, uroperitônio, etc.) Acesso: 1) posicionar o paciente em decúbito dorsal, tricotomia e antissepsia ampla 2) incisar a pele e divulsionar o subcutâneo 3) localizar a linha alba próximo ao umbigo, pois quanto mais próximo ao púbis mais fina e mais propício a lesionar o músculo reto abdominal. 4) incisão ventral na linha alba, desde o processo xifóide até o púbis. Nos machos lembre-se de lateralizar o pênis!! Celiorrafia: - sutura interrompida simples ou contínua - fio absorvíveis ou inabsorvíveis - apertar o suficiente sem estrangular. DICA: CONTAR COMPRESSAS E GAZES ANTES E DEPOIS DE COLOCAR NA CAVIDADE ABDOMINAL PARA NÃO ESQUECER NENHUMA DENTRO DO PACIENTE!!!! Complicações mais comuns: - deiscência (abertura dos pontos), podendo causar hérnia incisional, eventração ou evisceração - feridas infeccionadas - desequilíbrios hidroeletrolíticos - anemias, hipoproteinemia, imunossupressão Hérnias Abdominais. Trata-se do deslocamento de um órgão ou tecido através de uma abertura anormal. Há diferentes tipos de hérnias que se classificam em: 1) Externas = se projetam para fora do corpo - protrusão de conteúdo abdominal, hérnias umbilicais 2) Internas = se mantêm dentro do corpo, confinada dentro do abdômen ou do tórax 3) Verdadeiras = possuem o conteúdo incluído em um saco peritoneal 4) Falsas = protrusão de órgãos fora de uma abertura, inexistência de um saco hernial ✦ Hérnia umbilical C l í n i c a C i rú r g i c a As hérnias umbilicais podem ter origem congênita ou traumática (ex: mordedura) ↪ podem causar estrangulação quando algum órgão (intestino) entra nessa cavidade ou obstrução de órgãos próximos. Nesse caso será considerado emergência ↪ Diagnóstico: palpação profunda e imagem (us para revelar o conteúdo/rx) Pode ocorrer fechamento espontâneo até o 6º mês de vida, caso não ocorra... ↪ Tratamento cirúrgico: retira-se todo conteúdo e o saco herniário. Sutura das extremidades do músculo com o uso de malhas sintéticas ou não (opcional) - suturas absorvíveis resistentes ou inabsorvíveis Fêmeas com pretensão de gestação devem retirar a hérnia pois a mesma pode distender a parede abdominal quando prenhe ✦ Hérnia Inguinal As hérnias inguinais se distinguem em três tipos: 1) inguinal = protrusão através do canal inguinal adjacente ao processo vaginal. 2) escrotal = protrusão do conteúdo para o interior do processo vaginal, adjacente ao cordão espermático. Tem tamanho maior, entretanto é mais raro 3) femoral = defeitos no canal femoral (incomum) Assim como a umbilical, pode ter origem congênita ou traumática. Podem ser uni ou bilaterais, sendo mais comum em cadelas inteiras e jovens ↪ em caso de encarceramento pode causar: inchaço dolorido, vômito, letargia, dor e depressão - inchaço mole e sem dor = omento - inchaço flutuante = bexiga, útero gravídico ou piometra - inchaço firme com coloração preto-azulada = estrangulamento intestinal ↪ o diagnóstico é feito através de exames de imagem, onde o US é necessário para avaliar vascularização e descartar diagnósticos diferenciais, que podem ser: - tumores de mama, cisto mamário, lipoma, bloco de gordura, linfonodomegalia, hematomas e abscessos ↪ o tratamento é cirúrgico e de correção imediata associada da castração. - Se o animal possuir testículos ectópicos recomenda-se a retirada de ambos (ipsilaterais também) pois pode atrapalhar o percurso do ducto deferente ↪ o canal inguinal é uma abertura diagonal na parede do abdômen para passagem de: - cordão espermático nos machos - ligamento redondo nas fêmeas juntamente com nervos, artérias e veia genitofemoral e vaso pudendo externo ↪ técnica cirúrgica: - paciente em decúbito dorsal - incisão no eixo do aumento de volume inguinal Congênitas - rebater a pele e visualizar o saco herniário, retirando-o mesmo - sutura separada ou contínua simples ✦ Hérnia Perineal Ocorre quando os músculos perineais se separam permitindo que o conteúdo da cavidade abdominal se extravase para essa região - causa deslocamento do reto, dificultando a evacuação ↪ a hérnia perineal pode ser causada por hormônios masculinos, esforço para evacuar ou atrofia dos músculos perineais ↪ são mais comuns em machos (+ 5 anos) já que as fêmeas têm esses músculos mais resistentes devido a possibilidade de gestação ↪ consideradas hérmias verdadeiras por possuírem saco herniário (fina camada de fáscia) que se forma através da distensão da fáscia que sobra quando o músculo se desloca ↪ pode ocorrer estrangulação do intestino delgado ↪ Sinais clínicos: - constipação (fezes retidas) - obstipação (causa da constipação) - disquesia (dor) - tenesmo - incontinência fecal - prolapso retal - estrangúria/anúria - vômito - flatulência ↪ Diagnóstico feito através da palpação, us, e raio-x. Observa-se intumescência retal e presença de fezes na ampola retal - diag. diferenciais = neoplasia, hiperplasia das glândulas, saculite, atresia e tumores de vagina ↪ O tratamento é cirúrgico e deve ser feito imediato para prevenir constipação, estrangulamento e disúria. Lembrando sempre tratar os fatores causadores - indica-se realizar castração nos machos para controle hormonal ↪ Técnicas cirúrgicas - incisão curvilínea próximo ao músculo esfíncter externo - cuidado com a próstata pois pode estar diferente do comum, nesse caso, fazer biopsia ✦ Hérnia Diafragmática Quando há uma continuidade do diafragma e os órgãos abdominais migram para aquele espaço Adquiridas Técnica cirúrgica - são mais incomuns, consideradas hérnias verdadeiras por possuírem saco herniário - podem ser classificadas de acordo com sua localização: → hérnia peritônio-pericárdica → hérnia de hiato → hérnia pleuro-peritoneal (rara) ↪ se manifestam através de sinais clínicos intermitentes, tais como: - gastrointestinais (cães), cardíacos e/ou respiratórios (gatos) por serem sintomas inespecíficos, o diagnóstico é demorado ↪ Diagnóstico: ultrassonografia, radiografia e tomografia, sendo o último o métodos mais definitivo ↪ Tratamento: estabilizar o paciente e corrigir cirurgicamente - normalmente são de origem traumática, onde ocorre uma ruptura do diafragma, podendo acontecer de forma direta ou indireta ↳ quando a pressão intra abdominal aumenta e desloca os órgãos cranialmente. ↪ Sinais clínicos: - dispnéia, tosse, cansaço fácil - posições que auxiliam a respiração - taquicardia, taquipnéia - mucosas pálidas ou cianóticas - anorexia, êmese, diarreia - na ausculta: sons abafados e borborigmos ↪ Diagnóstico: raio-x ou tomografia contrastados, us intercostal ↪ diferencial: qualquer distúrbio que cause anormalidade respiratória ↪ Tratamento imediato: estabilizar o paciente!!!!! - aporte de oxigênio (máscara, insuflação nasal ou na caixa) - posicionar em decúbito esternal com membro anteriores elevados - toracocentese em caso de efusão pleural - fluidoterapia, analgesia e ATB. ↪ TTO cirúrgico: - laparotomia pela linha média. - máximo de cuidado com a movimentação cardíaca - anestesia inalatória
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