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HÉRNIAS = tumor “Protrusão de um órgão ou parte dele através de um defeito na parede da cavidade anatômica onde situa- se o órgão” (SLATTER, 2007) Hérnias verdadeiras 1. Saco herniário é a projeção do peritônio parietal 2. Anel herniário delimitações da abertura 3. Conteúdo herniário tecidos ou órgãos Hérnias “falsas” ✓ Não possuem constituintes, ou seja, saco, anel e conteúdo herniários ausentes. ✓ Geralmente, traumáticas: 1. Diafragmática 2. Hérnias ventrais 3. Eventrações 4. Hérnias incisionais CLASSIFICAÇÃO DAS HÉRNIAS ✓ Hérnias abdominais externas: são todas aquelas que conseguimos ver o de volume. Podem ser: 1. Ventrais (na região epigástrica) e umbilicais (na cicatriz umbilical), 2. Caudais: Inguinal, escrotal, femoral 3. Costais ✓Hérnias abdominais internas: Diafragmáticas 1. Congênitas e hereditárias Cães com hérnias congênitas podem apresentar: ✓ Criptorquidismo ✓ Pectus excavatum ( esterno está afundado no tórax em formato de V ) ✓ Trato urinário (persistência de úraco) 2. Traumáticas ✓ Quadro clínico potencialmente grave (agudos ou crônicos) 1. Redutível Conteúdo herniário retorna à cavidade abdominal mediante pressão externa 2. Irredutível está encarcerada Q U A N TO A E TI O LO G IA Q U A N TO A R ED U Ç Ã O hérnias peritônio-pericárdicas Não tem alteração de suprimento sanguíneo FISIOPATOLOGIA HÉRNIAS ABDOMINAIS ✓ Efeitos de “ocupação de espaço”: Diafragmática: tamponamento cardíaco (↓ DC); Obstrução intestinal e/ou urinária ✓ Alteração da função dos órgãos: Aderências ✓ Encarceramento: Distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobase ✓ Estrangulamento: Morte tecidual, ruptura de órgãos, toxemia, choque ✓ Óbito HÉRNIA UMBILICAL ✓ Etiopatogenia ✓ Pouca importância clínica ✓ Geralmente congênito/hereditário ✓ Onfaloflebites, traumatismos Sinais Clínicos ✓Aumento de volume na região da cicatriz umbilical ✓Forma Globosa ✓Geralmente Redutível ✓Indolor ✓Macia ✓Palpação do anel após redução Hérnia Umbilical Complicada Sinais Clínicos ✓Aumento de volume dolorido ✓Região eritematosa, quente ✓Irredutível ✓Vômito, anorexia, sinais de choque séptico Diagnóstico ✓ Clínico ✓ Inspeção, palpação ✓ Dor ✓ Radiografia e ultrassonografia ✓ Buscar outras alterações congênitas Q U A N TO A V IA B IL ID A D E D O C O N TE Ú D O H ER N IÁ R IO Tem alteração no suprimento sanguíneo e prejuízos na nutrição Tratamento cirúrgico em caninos e felinos ✓ Herniorrafia ✓ Técnica para redutíveis ou irredutíveis ✓ Castração ✓ Cuidados pós-operatórios HÉRNIA INGUINAL ✓ Etiopatogenia ✓ Incidência: fêmeas (cadelas) ✓ Fatores predisponentes: Anatômicos, hormonais e metabólicos ✓ Conteúdo: Intestino delgado, Útero (histerocele) Sinais Clínicos ✓ Aumento volume inguinal ✓ Sistêmicos : intestinos, bexiga, útero Diagnóstico ✓ Inspeção ✓ Palpação (consistência e redução) ✓ Sinais de encarceramento ✓ Sondagem vesical e RX Tratamento cirúrgico ✓ Herniorrafia HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL Maior ocorrência em machos ✓Pode ser: Direta ou indireta Hérina Inguino- Escrotal Direta hérnia inguinal ✓ Mais comum Hérina Inguino- Escrotal Indireta hérnia escrotal ✓ Conteúdo herniário dentro do processo vaginal (túnica vaginal) ✓ Rara e potencialmente grave ( porque tem um anel herniário menor e pré-dispõe encarceramento e estrangulação de alças intestinais) GRANDES DEFEITOS HERNIÁRIOS Da para fazer retalhos musculares. Ex.: retalho do músculo grande dorsal. Para não ter tensão na sutura, se faz um retalho do músculo ou uso de tecido sintético (malha de polipropileno). HÉRNIA PERINEAL É a passagem de vísceras abdominais através do diagrama pélvico e acumulo na região perianal. Etiologia/Patogenia ✓Fragilidade do diafragma pélvico Cães idosos, machos não castrados ✓Pressão abdominal elevada Prostatomegalia (hiperplasia benigna) INDIRETA DIRETA Na descida dos testículos, tem o Processo Vaginal, que os leva até o saco escrotal. Na hora de fechar a hérnia, não se fecha por completo o anel ingnal, pois ali estão passando vasos epigástricos que irão nutrir o testículo. Geralmente deixa 2/3. O macho a partir dos 5 anos já tem pré-disposição a ter hiperplasia prostática benigna. A partir dos 9 anos, todos os cães vão ter uma hiperplasia prostática benigna. As fêmeas desenvolvem menos porque o músculo coccígeo lateral e elevador do ânus são mais desenvolvidos. 1. A próstata hiperplásica, oclui parcialmente a cavidade pélvica, fazendo com que o reto tenha sua passagem comprimida. O que faz que o animal tenha dificuldade para defecar (faz mais força abdominal), como também, comprime a uretra, dificultando na micção (faz mais força para urinar). 2. E esse fato de fazer força, faz com que a musculatura do diafragma pélvico enfraqueça. 3. As células prostáticas acabam produzindo um hormônio, a RELAXINA, que irá provocar uma fragilidade da musculatura do diafragma pélvico. 4. E tudo isso culmina com o aumento de fragilidade da musculatura da região do períneo. Próstata Normal Hiperplasia prostática No macho essa musculatura, quando ocorre a cópula, faz a muita força para manter o pênis preso na vagina da fêmea. Geralmente a hérnia ocorre entre o elevador do anus e o coccígeo. Pode ser do lado direito ou esquerdo. Sinais Clínicos ✓Depende do conteúdo ✓Hérnia apenas aderida ou estrangulada? ✓Bexiga Disúria, Anúria + sinais de uremia Retroflexão ✓Reto Disquesia, constipação, tenesmo Aquesia + sinais de toxemia Diagnóstico ✓Resenha Macho, idoso ✓Anamnese Disquezia, disúria ou anúria ✓Palpação do saco herniário Redutível? Consistência flutuante (bexiga) Firme (próstata) ✓Toque retal Desvio do reto e aumento da Próstata ✓Sondagem uretral Redução do aumento de volume = bexiga ✓Radiografia e ultrassonografia Tratamento 1.Conservativo ✓Aliviar constipação e disúria ✓Amolecedores fecais: metamucil ✓Alterações dietéticas: fibras ✓Enemas periódicos ✓Cateterização vesical ✓Tratar a causa primária Prostatomegalia, Orquiectomia 2.Cirúrgico ✓Emergencial (alterações sistêmicas) ✓Eletivo (sem alterações sistêmicas) ✓Cuidados pré-operatórios Esvaziamento do reto Enema c/ água morna ou flit enema Sutura em bolsa de tabaco no ânus Esvaziar Bexiga Antibioticoterapia profilática Posicionamento adequado mesa inclinada Se a bexiga estiver com conteúdo, o animal pode estar com disúria ou anúria, devido a bexiga fazer uma retroflexão Por manter as fezes no corpo 1º tem que esvaziar a bexiga do paciente. Em algumas situações, consegue-se reposicionar ela para a cavidade. No toque retal, consegue palpar o ísquio e o púbis. Palpa e vai trazendo com o dedo, como se fosse um gancho. Consegue entrar com o dedo com o anel herniário. E se não conseguir sondar? Faz a punção guiado pelo US O objetivo do tratamento conservativo é principalmente para aqueles pacientes que não permitem uma anestesia (animais idosos). Técnica cirúrgica 1. Herniorrafia tradicional SIMPLES basicamente é a aproximação da musculatura, com pontos interrompidos simples. 2. Transposição do músculo obturador Interno coloca na posição correta, faz a bolsa de tabaco, protege o anus (para que não volte conteúdo fecal). Incisão sob o aumento de volume herniário (incisão em elipse) e observa-se o conteúdo (bexiga, de próstata e omento). Então, se devolve essas estruturas para cavidade. Então: 1º: Aproximar esfíncter anal externo e elevador do anus (pontos separados simples). 2º: Liberar o músculo obturador Interno. 3º: Suturar m. obturador no esfíncter anal ✓4º: Suturar m. obturador no coccígeo e elevador do anus ↓ tensão local ↓ desvio lateral do anus ↓ chances de recidivas 3. Técnica cirúrgica alternativa Transposição do músculo semitendinoso Indicado para hérnia perineal bilateral complicada Cuidados pós-operatórios ✓Dieta especial Dieta líquida por três dias Dieta pastosa por 15 dias ✓Antibioticoterapia de amplo espectro ✓Analgésico: tramadol, meloxicam ✓Limpeza criteriosa da ferida ✓Avaliação diária ✓ Vermelhidão, dor, inchaço, secreção Complicações ✓Infecção e abscesso ✓Recorrência ✓Incontinência fecal ✓Sutura do lúmen anal ✓Aprisionamento do ciático na sutura ✓Hemorragia Associado com a herniorrafia, temos que fazer a orquiectomia! Pois tem que haver uma progressiva da próstata.
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