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Cerâmicas Odontológicas Nos últimos anos a odontologia estética apresentou inúmeros avanços e desenvolvimentos nos seus materiais e protocolos. Com o objetivo de proporcionar resultados mais estéticos, funcionais e duradouros com cada vez menos custo biológico. Com isso, as restaurações livres de metal assumiram grande destaque e são hoje parte da imensa maioria dos planos de tratamento. CERÂMICAS Excelente biocompatibilidade Inércia química Manutenção a longo prazo de textura e cor Boa resistência a abrasão Possibilidade de serem cimentadas adesivamente Emulam o esmalte Com um correto preparo dentário e a correta seleção dos materiais, as cerâmicas podem oferecer excepcional longevidade, estética e reprodução dos efeitos ópticos dentais. PASSADO Preparos dentários invasivos Infraestruturas metálicas Baixa resistência Limitadas indicações Cerâmicas reforçadas do técnico em prótese total PRESENTE Restaurações com preparos mínimos Infraestruturas cerâmicas Elevada resistência Amplo leque de indicações Cerâmicas reforçadas e translucidez Sistemas CAD/CAM Se por um lado essa multiplicidade de indicações oferece vários caminhos e possibilidades, por outro exige conhecimento dos sistemas cerâmicos existentes de forma a realizar a melhor escolha possível para cada caso clínico. CERÂMICAS VÍTREAS -> São divididas em feldspáticas e sintéticas. FELDSPÁTICAS Usualmente utilizadas na produção de restaurações estéticas aderidas e como cerâmica de recobrimento sobre infraestruturas metálicas ou cerâmicas. São as que apresentam menor resistência flexural. Podem conter alguma adição de partículas cristalinas, como baixa quantidade de leucitas, usada para o ajuste de coeficientes de expansão térmica. REFORÇADAS POR LEUCITAS Cristais de leucita, agora em maior quantidade dispersos na matriz vítrea Aumentam a resistência flexural sem comprometer a estética da cerâmica REFORÇADAS POR DISSILICATO DE LÍTIO Cristais de dissilicato de lítio ocupam até 70% do volume da cerâmica e aumentam suas propriedades mecânicas a ponto do material ser indicado tanto para restaurações anatômicas como para infraestruturas. REFORÇADAS POR SILICATO DE LÍTIO E ZIRCÔNIA Introduzidas mais recentemente no mercado. Contém cristais de silicato de lítio e até 10% de zircônia dispersos na fase vítrea, o que eleva suas propriedades mecânicas. ALUMINA INFILTRADA POR VIDRO Durante anos foi um material muito utilizado para a produção de infraestruturas cerâmicas, como exemplo comercial mais importante pode-se citar o In Ceran (VITA.) Nesse sistema uma estrutura de alumina era infiltrada por um vidro de lantânio Apesar de uma fase vítrea, essa é muito baixa Caíram em desuso com o desenvolvimento e crescente uso das cerâmicas policristalinas, especialmente a zircônia. CERÂMICAS POLICRISTALINAS Não apresenta fase vítrea, mas uma estrutura cristalina de grânulos finos que empresta ao material alta tenacidade a fratura. Tem como principal indicação a produção de infraestruturas cerâmicas, que receberão uma cerâmica de revestimento. ALUMINA Consiste de alumina pura densamente sinterizada ZIRCÔNIA Estrutura policristalina de zircônia estabilizada na fase tetragonal (forma de cristal) pela adição de ítrio (Y-TZP) CERÂMICAS DE MATRIZ RESINOSA São materiais restauradores de matriz resinosa com grande carga inorgânica São amplamente utilizados na forma de blocos processados pelo sistema CAD/CAM PICN (Cerâmica infiltrada por matriz resinosa) Arcabouço cerâmico com partículas interconectadas que tem seus espaços interpenetrados por material resinoso COM CONTEÚDO DE CARGA DISPERSA Matriz resinosa com carga dispersa com carga cerâmica adicionada dispersa na matriz resinosa SENSIBILIDADE AO ÁCIDO FLUORÍDRICO É um ácido utilizado para o condicionamento de peças cerâmicas, e tem a finalidade de criar microrretenções durante o processo de cimentação adesiva. O condicionamento com ácido fluorídrico dissolve os componentes vítreos e cristalinos desse tipo de cerâmica, alterando de forma significativa sua morfologia superficial, promovendo irregularidades representadas por microporos retentivos, fendas e sulcos. De modo geral, as cerâmicas da matriz vítrea são sensíveis ao ácido fluorídrico, enquanto as cerâmicas policristalinas são ácido-resistentes. PROCESSO PRODUTIVO Atualmente, a produção de restaurações cerâmicas é realizada, na maioria dos casos, por um dos três principais processos produtivos ou associações destes. CONDENSAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO/MÉTODO CONVENCIONAL Neste processo o pó cerâmico é misturado com um líquido (água destilada com associados), formando uma pasta, que é aplicada com pincel sobre uma infraestrutura (metálica ou cerâmica) ou um troquel refratário. As camadas de cerâmica são condensadas umas sobre as outras, permitindo ao ceramista utilizar massas de diversas cores e graus de translucidez. Uma vez aplicadas as massas cerâmicas, a restauração é levada ao forno cerâmico sob calor e vácuo. Essa queima se chama sinterização. PASSAGEM SOB CALOR (INJEÇÃO) Cera perdida Um enceramento da restauração indireta é realizado sobre um modelo e um padrão de cera (junto a um conduto de alimentação ou sprue) incluído em um revestimento específico O conjunto é aquecido para a eliminação da cera, deixando dentro do revestimento o espaço da restauração e uma via para a injeção de cerâmica. Um lingote cerâmico é então aquecido, e ao atingir a temperatura adequada, apresenta alta fluidez, então é prensado por um êmbolo para dentro do revestimento, ocupando o espaço da cera perdida. Após o resfriamento, o revestimento é removido e a restauração indireta acabada.
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