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NUTRIÇÃO FUNCIONAL E FITOTERAPIA APLICADA ÀS FASES DA VIDA NUTRICIONISTA TACIANA AMIM INTRODUÇÃO FITOTERAPIA Tema amplamente discutido por diversos profissionais da área clínica Proposta terapêutica para o SUS e discussão de Conselhos sobre a finalidade de tal aplicação Paciente em busca de novas soluções para disfunções orgânicas Capacitação profissional INTRODUÇÃO FITOTERAPIA Procura por medicamentos contendo princípios isolados DCNT são multifatoriais e com tratamento mais complexo, demandando de uma combinação de constituintes na fórmula prescrita. INTRODUÇÃO SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS X FITOTERÁPICOS Formulados de vitaminas, minerais, proteínas e aminoácidos, lipídeos e ácidos graxos, carboidratos e fibras associados entre si. Emprego de plantas ou parte de plantas, reconhecidas como eficazes e seguras para determinado sintoma agudo Fitoterapia não é suplementação alimentar. São áreas complementares à conduta dietética que norteará a recuperação nutricional do paciente FITOTERAPIA NÃO É SUPLEMENTAÇÃO! Quando penso em plantas, preciso enxergar que estou trabalhando com fitoquímicos que tem seu uso limitado e no paciente certo Malefícios ou benefícios? Por quanto tempo? OBSERVANDO... 1) NÃO ESTAMOS LIDANDO COM NUTRIENTES 2) ESTAMOS FALANDO DE FITOQUÍMICOS E ÓRGÃOS DE AÇÃO NEM TODO FITOTERÁPICO É SEGURO! INFUSÃO HÁBITOS CURATIVOS POR INTERMÉDIOS DE CHÁS SEM BENEFÍCIOS NÃO HÁ MALEFÍCIOS (IDEIA ILUSÓRIA) PRINCÍPIOS ATIVOS PODEM GERAR DESEQUILÍBRIOS ORGÂNICOS TOXICIDADE LEGISLAÇÃO • A Resolução nº 525 do Conselho Federal de Nutrição, de maio de 2013 revogou a Resolução nº 402/2007, regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da prescrição dietética e, dá outras providências. • O Art. 3º deixa claro que “a competência para a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais é atribuída ao nutricionista sem especialização, enquanto a competência para prescrição de fitoterápicos e de preparações magistrais é atribuída exclusivamente ao nutricionista portador de título de especialista ou certificado de pós-graduação lato sensu nessa área”. • Em resumo, a todos os profissionais nutricionistas é permitida a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais preparadas unicamente por decocção, maceração ou infusão. • E aos profissionais nutricionistas especialistas em fitoterapia são admissíveis também a prescrição sob forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, xarope, spray ou qualquer outra forma farmacêutica como extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, como medicamentos fitoterápicos comerciais ou em preparações magistrais. • O artigo 5ª dessa resolução diz que a prescrição fitoterápica realizada pelo nutricionista deverá conter obrigatoriamente: I. Nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular II. Parte utilizada III. Forma de utilização e modo de preparo IV. Posologia e modo de usar V. Tempo de uso BIOQUÍMICA DOS COMPOSTOS ATIVOS Princípios ativos Plantas medicinais Benefícios terapêuticos Substâncias inertes e princípios ativos que não são distribuídos de maneira uniforme na planta QUINN, J.C.; KESSELL, A.; WESTON, L.A. Secondary plant products causing photosensitization in grazing herbivores: their structure, activity and regulation. Int J Mol Sci; 15(1): 1441-65, 2014. PRINCÍPIO ATIVO • Grupo químico presente na droga vegetal responsável por efeitos terapêuticos previamente constatados; • Os benefícios dependem de questões prévias como preparação da droga vegetal (como momento da colheita, secagem), propriedades físico- químicas dos princípios ativos, concentração do mesmo na parte da planta utilizada e as propriedades farmacológicas. QUINN, J.C.; KESSELL, A.; WESTON, L.A. Secondary plant products causing photosensitization in grazing herbivores: their structure, activity and regulation. Int J Mol Sci; 15(1): 1441-65, 2014. METABOLISMO SECUNDÁRIO DE PLANTAS E PRODUÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS PRINCÍPIOS ATIVOS: exercem ações na fisiologia das plantas como corantes, substâncias aromáticas, reguladores de crescimento e protetores contra agentes agressores. Substâncias não nutritivas produzidas no metabolismo secundário da planta (PSM): • Via alimentação: destoxificação hepática com ativação do citocromo P450 e enzimas da fase II – glutationa S-transferase • Atividade antioxidante e anti-inflamatória • Em contato humano, ativação hepática e renal, além de diversos órgãos, podendo ser benéfica ou tóxica. Agressores - Solo - Umidade - Seca - Vento - microorganismos Planta Defesa - Terpenos - Flavonoides - Catequinas - Antioxidantes - Glicosídeos Metabolismo secundário Respostas orgânicas humanas diferentes Efeito farmacológico do princípio ativo Importante: conhecer a química dos grandes grupos de PSMs, assim como a farmacodinâmica. ÁCIDOS ORGÂNICOS • As raízes liberam muitos ácidos orgânicos, cuja concentração depende de fatores genéticos da planta e das condições de estresse às quais são submetidas; • Têm sido identificados em muitas plantas como alfafa, nabo, soja, feijão, dente-de-leão, caruru, castanhas, melancia, laranja, ginkgo e cranberrie; • Influenciam as propriedades organolépticas do vegetal. FARMACODINÂMICA Auxiliam na diminuição do risco de doenças crônicas por seu papel antioxidante, atuando na redução do estresse oxidativo; Malato e citrato ÁCIDOS ORGÂNICOS Efeitos alcalinizantes após o metabolismo, reduzindo acidose metabólica inerente ao consumo de dieta ocidental; Atua na modulação de AGCC produzidos no intestino grosso; Estudo em ratos: dieta rica em fibras suplementada com citrato de potássio diminuiu succinato e aumentou butirato Butirato Importante para a saúde do cólon e pode aumentar potencialmente a absorção de minerais, principalmente cálcio e magnésio, por diminuir o pH intestinal ÁCIDO CÍTRICO, SUCCÍNICO E FUMÁRICO ÁCIDO TARTÁRICO E OXÁLICO ÁCIDOS ORGÂNICOS Participam do ciclo de Krebs e se especula seus efeitos benéficos em processos degenerativos e oxidativos Efeito diurético e laxante Ácidos cítrico e tartárico aumentam a salivação e possuem atividade bacteriostática, contribuindo para a saúde bucal. ALCALOIDES • Compostos nitrogenados, presentes em diversas partes do vegetal e geralmente combinados com ácidos orgânicos ou taninos; • Essa classe de compostos bioativos representam 0,3% a 1% do peso seco de uma planta. Embora se apresente em baixas concentrações, possui intensa atividade. FARMACODINÂMICA Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP): Possuem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica e de exibir ação depressora ou estimulante sobre o SNC e SNP. Vale lembrar da cafeína! Atividade antimalárica: a quinina é analgésica, antitérmica, hipotensora; Atividade antioxidante: Peumus boldus, principal componente do chá de boldo; ALCALOIDES FARMACODINÂMICA Obesidade: ioimbina – promove lipólise; Gestação: quinidina – atividade antiarrítmica, parassimpatólica e antimalárica. Doses maiores pode provocar o aborto; Atividade anti-inflamatória: 140 tipos de alcaloides; Impotência sexual: ioimbina – segura e barata. ALCALOIDES HETEROSÍDEOS GLICOSÍDEOS - FLAVONOIDES • Representam o maior grupo dafamília dos compostos fenólicos, amplamente encontrados no reino vegetal; • Presentes em frutas, legumes, talos, flores, folhas, cascas de árvores, vinho, nozes, sementes, ervas e especiarias; • Grupos de flavonoides: flavonas, flavanonas, catequinas e antocianinas. Grupos de flavonoides Componentes individuais Alimentos fonte FLAVONAS Apigenina Chrisina Kaempferol Luteolina Miricetina Rutina Sibelina Quercetina Cascas de maçã Cerejas Brócolis Peles de frutas Cranberries Uvas Alfaces Oliva e Alho FLAVANONAS Fisetina Hesperetina Narigina Naringenina Taxifolina Frutas cítricas Peles de frutas cítricas CATEQUINAS Catequina Epicatequina Epigalocatequina galato Vinho tinto Chá ANTOCIANINAS Cianidina Delfinidina Malvidina Pelargonidina Peonidina Petunidina Cerejas Uvas e Framboesas Uvas vermelhas e Morangos Chá Peles de frutas com pigmentos escuros FARMACODINÂMICA (AÇÃO ANTIOXIDANTE) Boa biodisponibilidade intestinal; Neutraliza radicais livres, remoção de EROs; Inibição da oxidação de lipoproteínas de baixa intensidade (LDL); A quercetina tem a capacidade de elevar a atividade de enzimas antioxidantes, tais como glutationa redutase, glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase hepática. HETEROSÍDEOS GLICOSÍDEOS - FLAVONOIDES Modificações Radiação UV Poluição Estresse Nutrientes oxidados Tecido saudável Proteínas DNA Lipídios Tecido comprometido Proteínas (ligação cruzada, carbonilação, nitração) DNA (oxidação, mutações) Lipídios (peroxidação) Reparo Envelhecimento Doenças do envelhecimento Antioxidantes Reparo de proteína Reparo do DNA Reparo do lipídio Controle de qualidade dos alimentos INFLAMAÇÃO Dietas com alto índice glicêmico Dietas ricas em ácidos graxos saturados e trans Deficiência no consumo de ômega 3 Inadequado status de vitaminas e minerais Falta de fitoquímicos e antioxidantes Poluentes ambientais e endotoxinas Alergias alimentares Estresse Exercício físico intenso Radicais livres JNK/IKK NFκ-B Produção das citocinas inflamatórias Imunossupressão FARMACODINÂMICA (AÇÃO SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR) Sequestro de radicais livres; Redução da inflamação pela inativação da atividade de enzimas COX; Diminuição da oxidação de moléculas de LDL. HETEROSÍDEOS GLICOSÍDEOS - FLAVONOIDES FARMACODINÂMICA (AÇÃO ANTICARCINOGÊNICA) Coadjuvante de prevenção aliado a nutrição adequada; Ensaios in vitro demonstram a atividade da quercetina em exercer efeito inibitório sobre células cancerígenas; Controvérsias como coadjuvante em tratamento, pois pode reduzir os efeitos da radioterapia por supostamente protegerem células tumorais contra os danos da radiação. HETEROSÍDEOS GLICOSÍDEOS - FLAVONOIDES ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E NO SISTEMA IMUNE: (VER FIGURA); ATIVIDADE HEPATOPROTETORA: PROTEÇÃO CONTRA A TOXICIDADE DE XENOBIÓTICOS. HETEROSÍDEOS GLICOSÍDEOS - FLAVONOIDES “Qualquer substância química ou molécula estranha ao sistema biológico em questão, originada internamente ou externamente a ele.” HETEROSÍDEOS GLICOSÍDEOS - FLAVONOIDES ANTOCIANIDINAS E ANTOCIANINAS • Possuem papel antioxidante, neuroprotetor, fotoprotetor e anticancerígena; • Estudos apontam que o potencial antioxidante é maior que o dos carotenoides e das vitaminas E e C; • Papel anti-inflamatório, inibindo diversos mediadores inflamatórios (COX-1, COX-2, prostaglandinas, TNF-alfa e NF-kB). Todavia o grande complicador para a atividade in vitro é sua baixa biodisponibilidade no intestino humano; • Age nas fases 1 e 2 do processo de destoxificação, minimizando a exposição a xenobióticos, prevenindo doenças como o câncer. FITOHORMÔNIOS PRINCIPAIS GRUPOS: ISOFLAVONAS, LIGNANAS E OS COUMESTANOS ISOFLAVONAS: Fitoestrógenos presentes nas leguminosas como lentilha, ervilha, grão de bico e, principalmente na soja. Atividades antioxidante, antimicrobiana, anticarcinogênica, tratamento de diabetes mellitus tipo 2, osteoporose, efeito protetor para doenças cardiovasculares. Estudos epidemiológicos em populações que apresentam grande ingestão de soja têm demonstrado menores riscos de doenças como câncer de mama e próstata, dislipidemia, sintomas relacionados ao climatério, diabetes mellitus, doenças renais crônicas e saúde óssea. LIGNANAS • Os estudos estão voltados para o seu potencial na redução do risco de câncer de cólon, mama, próstata e doenças cardiovasculares; • São encontradas em frutas, grãos integrais e principalmente na semente de linhaça; • Estudos apontam que idosos, não-fumantes, vegetarianos, indivíduos com menor IMC possuem maior consumo desta substância através de bebidas como café, chás e vinho; legumes como vagens, cenoura e tomate; nozes e sementes como a semente de linhaça, gergelim e girassol; pães (integral, de centeio); e frutas como pera, laranja, morango e tangerina. EXTRATOS VEGETAIS PRINCIPAIS PROCESSOS EXTRATIVOS Preparações líquidas: extratos fluidos, glicólicos e tinturas; Semi-sólidas: extratos moles; Sólidas: extratos secos Os extratos são utilizados para concentrar uma determinada substância, reduzindo a posologia, aumentando o prazo de validade e conservação. PROCESSOS DE EXTRAÇÃO • Variam em função da finalidade de uso; • Os principais tipos de processos extrativos são: infusão, decocção, maceração, digestão, percolação, turbólise e extração contra corrente. INFUSÃO PROCESSO MAIS ANTIGO E TRADICIONAL 150 ml de água droga seca 4g a 5g 5 a 10 minutos droga fresca 8g a 10g Os chás disponíveis em saquinhos contém de 1g a 2g de ervas trituradas para 150ml de água, com tempo de infusão que pode variar de 3 a 5 minutos. Porém são mais expostos a fatores externos como umidade, podendo comprometer a qualidade. INFUSÃO CHÁS A GRANEL: o usuário pode verificar a qualidade da mistura, infestação por pragas, se há alto conteúdo de erva em pó e outros aspectos sensoriais; CHÁS EM SAQUINHOS: simplificação e praticidade de uso, porém em desvantagem, o material vegetal ser moído em pedaços muito finos, favorecendo uma grande área de superfície de contato, facilitando mudanças oxidativas; CHÁS SOLÚVEIS: não deveriam ser denominados chás, pois apresentam um veículo em sua constituição, geralmente maltodextrina ou lactose, aplicadas durante o processo de secagem. PRESCREVENDO UMA INFUSÃO NOME DO PACIENTE: _______________________ Infusão fitoterápica Planta (nome científico) ___ dose (em gramas ou unidade caseira, como colher) _____ quantidade de água pré-fervente para cada dose (em ml). Modo de preparo: para infusão, aqueça a água a uma temperatura que não haja fervura. Coloque a água na xícara com a dose da planta. Deixe tampado por ___ minutos, coe e beba ainda morno. Posologia: quantas xícaras utilizar, quantas vezes por dia, por quantos dias. DECOCÇÃO • É o processo de cozimento das plantas medicinais que são colocadas em recipiente adequado (não metálico). Essa técnica é utilizada para plantas como casca, raiz e folhas muito duras; • Os intervalos de tempo médio estabelecidos para as ervas em fogo brando são: folhas e flores: 2 minutos; raízes e caules: 7 minutos; planta toda: 10 minutos. NOME DO PACIENTE: _______________________ Decocção fitoterápica Planta (nome científico) ___ dose (em gramas ou unidade caseira, como colher) _____ quantidade de água pré-fervente para cada dose (em ml). Modo de preparo: para decocção, leve aágua e a planta ao fogo e deixe cozinhar em panela de vidro tampada por ___ minutos. Coe e beba quando morno. Posologia: quantas xícaras utilizar, quantas vezes por dia, por quantos dias. PRESCREVENDO UMA DECOCÇÃO TINTURA • Preparações líquidas alcoólicas ou hidroalcoólicas, obtidas normalmente de uma droga vegetal ou animal; • São límpidas, entretanto, assim como os extratos fluidos, podem apresentar sedimento (corpo de fundo) durante o período de armazenagem. NOME DO PACIENTE: _______________________ Tintura vegetal Planta 1 (nome científico) ____ porcentagem na preparação (ex. 40%) Planta 2 (nome científico) ____ porcentagem na preparação (ex. 35%) Planta 3 (nome científico) ____ porcentagem na preparação (ex. 25%) Posologia: tomar ___ gotas (cada 20 gotas = 1 ml) diluídas em água, número de vezes ao dia, por quantos dias. PRESCREVENDO UMA TINTURA NOME DO PACIENTE: _______________________ Tintura vegetal Alecrim (Rosmarinus officinalis) ----------20% Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia)------40% Guaçatonga (Casearia sylvestris) ---------40% Posologia: tomar 10 gotas diluídas em água, 3 vezes ao dia, por 30 dias. PRESCREVENDO UMA TINTURA Estimular células de Globet (reduzir LPS), estimular a produção de mucina EXTRATO SECO • São tipos de extratos mais utilizados e indicados nas preparações de diversos produtos na área de medicamentos e alimentos; • Normalmente apresentam menor carga bacteriana quando comparados aos outros tipos de extratos, podendo ainda ser esterilizados por radiação. PRESCREVENDO UM EXTRATO SECO NOME DO PACIENTE: _______________________ Fitoterápico via oral 1 dose Planta 1 (nome científico) forma (pó ou extrato padronizado) ___dose (em mg) Planta 1 (nome científico) forma (pó ou extrato padronizado) ___dose (em mg) Posologia: tomar 1 dose (cápsula), quantas vezes ao dia, por quantos dias. FITOTERÁPICOS: CUIDADOS COM A PROCEDÊNCIA DE MATÉRIAS-PRIMAS E TOXICIDADE • Produtos naturais = inofensivos! • Uso indiscriminado gera efeitos adversos; • Presença de contaminantes, tais como, metais pesados, pesticidas, microrganismos patogênicos, insetos ou outras pragas, agrotóxicos. TIPOS DE CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICAS Presença de bactérias, vírus, fungos, leveduras, entre outros microrganismos; Partes como folhas e flores são as mais contaminadas; As raízes possuem alto nível de contaminação por fungos; Devido a incidência de contaminação microbiana ser alta, é importante ter cuidado com a administração em imunodeprimidos, podendo causar infecção e colocar em risco o tratamento de doenças imunossupressoras (SIDA). FÍSICO-QUÍMICAS MICOTOXINAS: mais encontradas são fumonisinas, aflotoxinas e citrinina; Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), tais substâncias são potencialmente carcinogênicas, nefrotóxicas, neurotóxicas, tetratogênicas e imunotóxicas. TIPOS DE CONTAMINAÇÃO RISCOS DIETÉTICOS (MICOTOXINAS) Aflotoxinas Mercúrio Fumosinas Acrilamida Edulcorantes AGROTÓXICOS Fungicidas: extremamente tóxico Bactericidas: altamente tóxico Inseticidas: medianamente tóxico Herbicida: pouco tóxico Os fungicidas são da família dos Organoclorados (OC), estrutura química que promove inúmeros efeitos adversos por ser lipofílico. A longo prazo, pode gerar lesões hepáticas, renais, cerebrais, musculares, modificar o DNA favorecendo o aparecimento de câncer. TIPOS DE CONTAMINAÇÃO TEIA DE INTERCONEXÕES METABÓLICAS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL A Teia das Interrelações é um arcabouço proposto pelo Institute for Functional Medicine que auxilia o entendimento da integração metabólica que ocorre individualmente nos pacientes; Considerando que todos os pacientes são únicos, porém suas respostas bioquímicas e ao meio ambiente são individuais, a fitoterapia será trabalhada nesse contexto, relembrando não somente as contraindicações quanto ao uso de plantas, mas como forma de tratamento de DCNT e também a compreensão às respostas sistêmicas que as mesmas podem trazer. COMO A PRÁTICA DA FITOTERAPIA SE ENGAJA NESSE SISTEMA DE ANÁLISE? • É sabido que a fitoterapia deve ser utilizada para tratamento de sintomas agudos e não isoladamente, no tratamento de doenças crônicas; • Para entendimento, as plantas medicinais é a ação concomitante com dois ou mais sistemas em disfunção; • O uso de plantas apenas reflete o que o profissional nutricionista já trabalha na prática clínica, ou seja, uma visão completa do organismo. Peumus boldus Matricaria chamomila É possível trabalhar com 3 plantas de forma sinérgica em um paciente obeso com dislipidemia, problemas de digestão e compulsividade, desencadeados por processo de estresse mental. Exemplo: Cynara scolymus PEUMUS BOLDUS: Ação nos processos digestivos, auxílio na produção de ácido clorídrico, atua diminuindo gatilhos como aumento de permeabilidade intestinal e desequilíbrio hepático por excesso de xenobióticos; MATRICARIA CHAMOMILA: Ação antioxidante, auxilia na melhora de sinais e sintomas associados aos problemas digestivos, inflamação e obesidade; CYNARA SCOLYMUS: Protetora hepática. ANALISANDO... Foram utilizadas substâncias antiobesogênicas? A população está cada vez mais em busca de suplementos e fitoterápicos que solucionem a obesidade Solução: a fitoterapia irá trabalhar com sintomas agudos que estão causando as disfunções de maneira crônica. Obs.: a obesidade está sendo mantida por um processo de inflamação, tendo o intestino (via aumento de permeabilidade) e o fígado, já com sinais de disfunção (manifestado pela dislipidemia), os principais pontos. O QUE DEVE SEMPRE NORTEAR SUAS APLICAÇÕES É A SOMATÓRIA DE PONTOS QUE ESTÁ NO QUADRO ABAIXO - Particularidades bioquímicas e fisiológicas do paciente atendido - Ajustes alimentares e condutas dietoterápicas - Escolha de suplementos alimentares que agirão em conjunto com a conduta - Conhecimento dos princípios ativos das plantas escolhidas, suas ações farmacológicas, bem como suas possíveis interações e toxicidade. DEFESA E REPARO: DISFUNÇÃO IMUNOLÓGICA E INFLAMATÓRIA • Fitoterapia: através de substâncias imunomoduladoras para prevenção e cura de diversas enfermidades; • Constituintes ativos das plantas medicinais são considerados recursos promissores em esquemas terapêuticos voltados para o tratamento de estados imunossupressivo e imunodeficiente. IMUNOMODULAÇÃO • Com a descoberta dos imunomoduladores, tornou-se possível a manipulação do sistema imune em favor de um estado saudável; • Dentre os imunomoduladores, destacam-se os produtos de origem vegetal com destaque para a Echinacea angustifólia, Allium Sattivum e Curcuma zedoaria. RESPOSTA INFLAMATÓRIA • A capacidade de desencadear uma resposta inflamatória é fundamental à sobrevivência, embora possa ser exagerada ou provocada inapropriadamente por uma doença autoimune; • Houve grande evolução no entendimento da bioquímica da patofisiologia inflamatória, estimulando assim a descoberta de novos agentes anti- inflamatórios. ALHO Nome botânico: Allium sativum L. Parte utilizada: bulbo Posologia: • 2g a 5g do bulbo de alho cru • 0,5g a 1,5g do pó seco • 2mg a 5mg do óleo de alho • 300mg a 1000mg do extrato de alho • 2ml a 4ml de tintura de alho (até 3 vezes ao dia diluídos em água) AÇÕES FARMACOLÓGICAS Anti-inflamatório Bactericida Antiviral Vermífugo Antifúngico Vasodilatador Anti-hipertensivo Antiagregante plaquetário Hipoglicemiante ALHO UNHA-DE-GATO Nome botânico: Uncaria tomentosa Parte utilizada: caule e raiz Posologia: • Extrato seco: 100 a 300mg/dia • Tintura: 10ml a 20ml, divididos em 2 a 3 doses diárias, diluídos em água • Decocto: 8g a 10g de raízes ou entrecascado cipó seco (1 colher de sopa para cada xícara de água), até 3 vezes ao dia • Extrato líquido ou alcoólico: 1 a 3ml, 3 vezes ao dia AÇÕES FARMACOLÓGICAS Anti-inflamatório Moduladora do sistema imunológico Antioxidante Indicada para casos de inflamação crônica, gastrite, úlcera gástrica, doenças inflamatórias intestinais e artrite reumatoide. o Deve ser tomada com alimentos, o que intensifica sua absorção o Pode existir efeitos colaterais gastrointestinais iniciais e temporários, como flatulência, distensão abdominal, náuseas e diarreia. UNHA-DE-GATO ANGUSTIFOLIA (ECHINACEA) Nome botânico: Echinacea angustifolia DC Parte utilizada: raiz Posologia: • Chá ou raiz desidratada: 1g a 2g, 3 vezes ao dia • Planta liofilizada: 325mg a 650mg, 3 vezes ao dia • Tintura (1:5): 3ml a 4ml, 3 vezes ao dia • Extrato líquido (1:1): 1ml a 2ml, 3 vezes ao dia • Extrato seco (3,5% de equinacosídeo): 100mg a 250mg, 3 vezes ao dia. ANGUSTIFOLIA (ECHINACEA) AÇÕES FARMACOLÓGICAS Coadjuvante terapêutico em casos de infecção e inflamações crônicas por terem uma forte ação antiinflamatória, cicatrizante, estimulante do sistema imunológico e, possivelmente, sobre infecções provocadas por vírus e bactérias; Há 3 espécies para fins medicinais: E. augustifolia; E. purpurea e a E. pallida. E. purpurea: somente prescrição médica GARRA DO DIABO Nome botânico: Harpagophytum procumbens D.C. Parte utilizada: tubérculos Posologia: • Extrato seco padronizado (1 a 3% de harpagosideos): 600mg a 6000mg • Pó: 1-3g • Decocção: 5g a 15g em 500ml de água • Tintura (10%): 2-5ml AÇÕES FARMACOLÓGICAS A ação amarga fornecida pelos glicosídeos aumenta a produção de ácido gástrico e estimula a digestão; Significativa ação antioxidante; Hipoglicemiante Como o extrato consegue estimular a secreção de ácido gástrico, seu uso não é recomendado para pessoas com úlceras gastrointestinais. GARRA DO DIABO GENGIBRE Nome botânico: Zingiber officinale Roscoe Parte utilizada: rizoma Posologia: • Extrato seco padronizado (16-32mg de gingeróis): 200mg a 400mg • Pó de raiz: 1 a 2g • Tintura: 2 a 10ml • Decocção: 1-4g do rizoma AÇÕES FARMACOLÓGICAS Digestivo Espasmolítico Anti-inflamatório Antiemético GENGIBRE ENERGIA E ESTRESSE OXIDATIVO FATORES DESENCADEANTES Yeum KJ, 2004 FATORES DESENCADEANTES ALIMENTAÇÃO Restrição calórica Aumento de proteína A longo prazo pode prejudicar a função antioxidante, imunológica e o desempenho Proteína animal: antibióticos e hormônio de crescimento *Câncer GENTON et al., 2010 ALIMENTAÇÃO pH Nitrato e metais pesados Alumínio: neurotóxico Disruptores endócrinos (78% garrafa PET e 33% em garrafas de vidro) Neurotóxico Os compostos organofosforados e carbamatos agem na enzima do sistema nervoso central: colinesterase. COLOSIO et al., 2003 DISRUPTORES ENDÓCRINOS • CLASSE ESPECÍFICA DE TOXINAS QUE MIMETIZAM OU INTERFEREM NA PRODUÇÃO, LIBERAÇÃO, TRANSPORTE, METABOLISMO, LIGAÇÃO AO RECEPTOR, AÇÃO OU ELIMINAÇÃO DE HORMÔNIOS NATURAIS QUE SÃO RESPONSÁVEIS PELA HOMEOSTASIA E ESSENCIAIS PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO. Lipofílicos e resistentes ao metabolismo, facilmente estocados no tecido adiposo e atravessam a barreira placentária, o que permite seu acúmulo nos tecidos fetais e no sangue do cordão umbilical. DISRUPTORES ENDÓCRINOS • POSSUEM GRAVES REPERCUSSÕES NA SAÚDE: PROBLEMAS REPRODUTIVOS, INCLUINDO FERTILIDADE REDUZIDA, ANORMALIDADES NO TRATO REPRODUTIVO MASCULINO E FEMININO; PERDA DE FETOS; PROBLEMAS DE MENSTRUAÇÃO; MUDANÇAS NOS NÍVEIS HORMONAIS; PUBERDADE PRECOCE; PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E CEREBRAIS, INCLUSIVE FUNÇÕES IMUNITÁRIAS AFETADAS, ALÉM DO FAVORECIMENTO DE DIVERSOS TIPOS DE CÂNCERES. • DROGAS FARMACÊUTICAS E PLÁSTICOS; • PRODUTOS DE LIMPEZA, HIGIENE PESSOAL E COSMÉTICOS (AEROSSOL); • METAIS TÓXICOS, CADMIO, MERCÚRIO, ARSÊNICO E CHUMBO; • HORMÔNIOS SINTÉTICOS E TOXINAS EM ALIMENTOS; • PESTICIDAS, FUNGICIDAS E HERBICIDAS. Disruptores endócrinos ESTRESSE OXIDATIVO E DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS Danos oxidativos causados nas macromoléculas são irreparáveis, acumulam-se e levam a desequilíbrios funcionais da células, aumentando o risco de desenvolvimento de disfunções orgânicas. DISFUNÇÕES ORGÂNICAS Desordens neurodegenerativas: doença de Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, perda de memória e depressão; Cardiovasculares: aterosclerose, hipertensão, doença isquêmica cardíaca; Pulmonares: asma e doença pulmonar obstrutiva crônica; Renais: falência renal crônica, uremia, glomerulonefrite; Gastrointestinais: úlcera péptica, colite e doença inflamatória intestinal; Doenças autoimunes (artrite reumatóide), câncer (pulmão, mama, ovário, próstata), SIDA, infertilidade, envelhecimento precoce. LIPOPOLISSACARÍDEOS (LPS) O aumento dos níveis de LPS provoca sintomas como febre, tremores, vertigens, vômitos, diarreia, cãimbras estomacais e intestinais, podendo chegar até sepse. Esses sintomas foram relatados por 30-50% de maratonistas que apresentam melena possivelmente devido à permeabilidade intestinal. O LPS é o maior gatilho in vivo da resposta imunológica através da ativação de citocinas. JEUKENDRUP, A.E.; VET-JOOP,K.; STURK, A. et al. Relationship between gastro-intestinal complaints and endotoxaemia, cytokine release and the acute-phase reaction during and after a long-distance triathlon in highly trained men. Clin Sci; 98: 47- 55, 2000. Entrada por difusão não mediada de moléculas de tamanho superior a 150 Da por meio dos desmossomos em direção ao espaço intersticial. SISTEMAS DE DEFESA ANTIOXIDANTE 1. ENZIMÁTICO SUPERÓXIDO DISMUTASE (SOD) CATALASE (CAT) GLUTATIONA PEROXIDASE (GPX) Agem na prevenção, impedindo ou controlando a formação de espécies reativas FITOTERÁPICOS QUE MODULAM A FAMÍLIA DA GLUTATIONA SILIMARINA (Silybum marianum L.) Extrato seco padronizado (75% a 80% de silimarina): 140 – 800mg Decocto da droga vegetal: 5g a 10g Ação: antioxidante, quimioprotetora dos hepatócitos. Parece aumentar os níveis de glutationa e diminuir o estresse oxidativo. ALHO (Allium sativum L.) Aumenta o conteúdo de glutationa de várias células, importante na prevenção da oxidação de lipídios, proteínas e DNA, protegendo assim, contra doenças como câncer e aterosclerose. CÚRCUMA (CURCUMA LONGA) Extrato padronizado (95% de curcuminoides): 300mg a 600mg por dia Tintura: 0,5ml a 1ml, 3 vezes ao dia Decocto: 1g a 3g do rizoma, 2 a 3 vezes ao dia Forma fresca: 3g a 9g ao dia FITOTERÁPICOS QUE MODULAM A FAMÍLIA DA GLUTATIONA POTENCIAL EFEITO ANTICÂNCER, ANTIAGULANTE E ANTI-HEPATÓXICO. CURCUMINOIDES SÃO INDUTORES DA REGENERAÇÃO DE ENZIMAS ANTIOXIDANTES 2. SISTEMA DE DEFESA NÃO ENZIMÁTICO COMPOSTOS ANTIOXIDANTES DE ORIGEM DIETÉTICA: o VITAMINAS oMINERAIS o COMPOSTOS BIOATIVOS o FITOQUÍMICOS Alto índice ORAC: O Índice ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity, ou capacidade de absorção dos radicais oxigenados) é um método de quantificação das capacidades antioxidantes nas amostras biológicas. Fonte: HAN, A.R. et al. Inhibitory effect of Opuntia humifusa fruit water extract on solar ultravioletinduced MMP-1 Expression. Int J Mol Sci. v. 19, n.9, p. 24, 2018. FITOQUÍMICOS MODULADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO FLAVONOIDES QUERCETINA RUTINA HESPERIDINA RESVERATROL PROANTOCIANIDINA BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO ESTILO DE VIDA E EXPOSIÇÃO A XENOBIÓTICOS fármacos, aditivos alimentares, pesticidas, toxinas, migrantes de embalagens, poluentes ambientais de diversos tipos ELIMINAÇÃO:DESTOXIFICAÇÃO HEPÁTICA XENOBIÓTICOS • QUESTIONAR SOBRE A EXPOSIÇÃO AOS XENOBIÓTICOS: • QUAIS UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS UTILIZA? QUAIS COSMÉTICOS UTILIZA? BIOTRANSFORMAÇÃO • ALTERAÇÃO QUÍMICA SOFRIDA PELOS XENOBIÓTICOS NO ORGANISMO, COMUMENTE SOB AÇÃO DE ENZIMAS ESPECÍFICAS E/OU INESPECÍFICAS QUE RESULTA EM METABÓLITOS COM PROPRIEDADES DIFERENTES DAS DROGAS ORIGINAIS E COM CARACTERÍSTICAS MAIS HIDROFÍLICAS, TENDO POR OBJETIVO A EXCREÇÃO PELO ORGANISMO. AS FASES DA DESTOXIFICAÇÃO 60% 20% O PROCESSO DE DESTOXIFICAÇÃO DE TOXINAS INCLUI FASES I, II E III Reações de Fase I: Aumento da polaridade dos xenobióticos por meio da inserção de novos grupos funcionais a suas moléculas Reações de Fase II: Conjugação a moléculas endógenas hidrofílicas resultando no aumento da polaridade e hidrosolubilidade Reações de fase III: Processo de transporte mediado por proteínas transportadoras transmembranosas, que removem um grande numero de xenobióticos BAK, M.; KICINSKA-KROGULSKA, M.; CZERNIAK, P.; et al. Toxic liver injuries--a current view on pathogenesis. Part II. Med Pr; 62(2):203-10, 2011. FITOTERÁPICOS DESTOXIFICANTES E HEPATOPROTETORES SILIMARINA: Hepatoprotetora ALCACHOFRA (Cynara scolymus) Extrato padronizado (1% de ácido cafeoilquinico): 500mg por dia Tintura: 5ml a 25ml por dia Infusão: 2g da droga vegetal até 3x ao dia ALHO (alicina): antiviral, antifúngica e antibiótica DENTE-DE-LEÃO (TARAXACUM OFFICINALE) Extrato seco: 140mg a 520mg Tintura: 0,5ml a 1ml, 3 vezes ao dia Decocto da droga vegetal: 3g a 4g, até 3 vezes ao dia Ação hepatoprotetora Fonte de vitaminas e minerais como betacaroteno, vitaminas C e D, vitaminas do complexo B, colina, ferro, silício, magnésio, sódio, potássio, manganês, zinco, cobre e fósforo. FITOTERÁPICOS DESTOXIFICANTES E HEPATOPROTETORES BOLDO (PEUMUS BOLDUS) Extrato padronizado (0,10% a 0,15% de boldina): 400mg por dia Tintura: 10ml a 20ml por dia Infusão: 1g a 2g d droga vegetal até 2x por dia Efeitos benéficos na digestão; Indicado para disfunções hepatobiliares. GATILHOS AMBIENTAIS Regulação hormonal Regulação neuronal Desequilíbrios orgânicos Surgimento de doenças COMUNICAÇÃO: HORMÔNIOS E NEUROTRANSMISSORES HOMEOSTASE A modulação hormonal e neuronal por meio da nutrição e da fitoterapia pode ser realizada com o propósito de minimizar o impacto do ambiente no desenvolvimento de diversas doenças. IMPORTANTE: o nutricionista deve, inicialmente, buscar introduzir no planejamento alimentar de seu paciente nutrientes com características modulatórias. FITOTERÁPICOS ASSOCIADOS À MODULAÇÃO DO ESTRESSE ESTRESSE FÍSICO E MENTAL ELEVADO oDificuldade em adequar-se à prescrição nutricional o Alterações no trato gastrointestinal (absorção inadequada de nutrientes – microbiota intestinal o Alterações no sistema imunológico o Controlar o estresse ESTRESSE FISIOLÓGICO E PSICOLÓGICO Restrição calórica Cirurgia Privação do sono Excesso de exercícios oDores de cabeça, doenças cardíacas, deficiências imunológicas e problemas no trato digestório. oFitoterápicos adaptógenos FITOTERÁPICOS CONSIDERADOS ADAPTÓGENOS GINSENG COREANO (PANAX GINSENG) Extrato padronizado (27% de ginsenosídeo): 150mg a 1000mg por dia Decocto: 1g a 2g do rizoma, 3 a 4 vezes ao dia Pó: 5g a 10g GINSENG SIBERIANO (ACANTHOPANAX SENTICOSUS) Extrato seco padronizado (0,8% de eletherosídeos): 300mg até 3x ao dia ALCAÇUZ (GLYCYRRHIZA GLABA) Extrato padronizado (4% de glicirrizina): 400mg, 1 a 3x ao dia Decocto: 2g a 4g, para 100 ml, 3 a 4 vezes ao dia Pó: 5g a 15g por dia Devido a ação mineralocorticoide da glicirrizina, a dose média diária não pode exceder 5% a 15% da planta seca (equivalente a 200mg a 600mg de glicirrizina) e o programa de tratamento não deve exceder 4 a 6 semanas. FITOTERÁPICOS CONSIDERADOS ADAPTÓGENOS ASHWAGANDHA (WITHANIA SOMNIFERA) Extrato seco: 200mg-600mg por dia Decocto: 1g a 3g por dia Não deve ser utilizado por mais de 3 meses Estudos apontam melhora importante no comportamento de depressão e ansiedade causados pelo isolamento social. FITOTERÁPICOS CONSIDERADOS ADAPTÓGENOS FITOTERÁPICOS CONSIDERADOS ADAPTÓGENOS RHODIOLA (RHODIOLA ROSEA) Extrato padronizado (rosavina): 50mg a 200mg por dia Estimula o sistema nervoso, diminuindo depressão, melhorando o desempenho do trabalho e eliminando a fadiga. FITOTERÁPICOS NA DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA (DSF) CONDIÇÃO COMPLEXA E MULTIFATORIAL ESTROGÊNIO MENOPAUSA ALCAÇUZ (GLYCYRRHIZA GLABA) ASHWAGANDHA (WITHANIA SOMNIFERA) VITEX (VITEX AGNUS-CASTUS) Extrato padronizado (0,5% de agnusídeos): 30mg a 60mg por dia Tintura: 1ml a 5ml por dia Fruto seco: 0,5g a 1g, 3 vezes ao dia FITOTERÁPICOS NA DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA (DSF) • VITEX (VITEX AGNUS-CASTUS) Flavonoides e óleos essenciais Ação na acne, distúrbios menstruais, prurido, eritematomas e rash cutaneo Problemas gastrointestinais, dor de cabeça, vertigem, cansaço e boca seca CIMICIFUGA (CIMICIFUGAE RACEMOSA) Extrato padronizado (2,5% de triterpenoides): 40mg a 320mg por dia Tintura: 2ml a 4ml por dia oMenopausa e disfunções hormonais o Flavonoides INTEGRIDADE ESTRUTURAL DO INDIVÍDUO Sistema estrutural Organização de células refletindo na formação de órgãos Principais sinais e sintomas: dor, flacidez de pele, fragilidade capilar MUSCULOESQUELÉTICAS • DOR INTENSA • INCAPACIDADE DE INTERAÇÃO COM O AMBIENTE Deficiências nutricionais Estresse físico FITOTERÁPICOS (SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO) GINSENG COREANO (PANAX GINSENG) Estudos apontam seu efeito sobre os danos musculares induzidos por exercícios físicos e respostas inflamatórias GENGIBRE (ZINGIBER OFFICINALE ROSCOE) Efeito antiinflamatório sob a dor muscular CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS) Extrato padronizado (20% a 50% de polifenóis): 100mg a 600mg por dia Infusão da droga vegetal: 5g a 10g o Ação antioxidante e seu possível efeito na fadiga crônica ALHO (ALLIUM SATIVUM L.) o Possível efeito sob a fadiga provocada pelo exercício prolongado FITOTERÁPICOS (SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO) RHODIOLA (RHODIOLA ROSEA) Parece exercer efeito positivo na melhora da função cognitiva e redução da fadiga mental Promotor de performance física e possui efeito antioxidante FITOTERÁPICOS (SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO) • A fitoterapia vem se firmando como uma estratégia terapêutica de prevenção e tratamento de diversas desordens estéticas, dentre elas as que afetam o aparelho digestório; • Seu uso destina-se a corrigir a causa do desequilíbrio e não apenas amenizar os sintomas. • O uso de plantas pode ser menos tóxico que o uso de medicamentos sintéticos, e os vegetais possuem menos efeitos colaterais. ASSIMILAÇÃO: DISBIOSE E DISFUNÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL ALTERAÇÕES GASTRINTESTINAIS O intestino apresenta um complexo sistema imune associado à mucosa, o que permite tolerar a chegada de uma grande quantidade de antígenos dietéticos e dos microrganismos que colonizam o trato gastrintestinal, sendo capaz de reconhecer e rejeitar microrganismos enteropatogênicos que possam desafiar a defesa imunológica. BOURLIOUX P,KOLETZKO B, GUARNER F; 2002 ; ONDE TEMOS MICROBIOTA? • PELE; • INTESTINO; • URETRA; • VAGINA; • VIAS RESPIRATÓRIAS; • BOCA; • ESTÔMAGO. Comunicação SISTEMA IMUNE MICROBIOTA INTESTINAL • PRODUÇÃO DE ANTIBIÓTICOS E ANTIFÚNGICOS NATURAIS • ESTIMULAM A GALT E MALT • EFEITO IMUNO-MODULADORES • EFEITOS ANTIMUTAGÊNICOS, ANTITUMORAIS E ANTINEOPLÁSICOS • CONTROLE SOBRE A PERMEABILIDADE INTESTINAL AÇÕES DA MICROBIOTA PATOGÊNICA • DESTRUIÇÃO DE VITAMINAS; • INATIVAÇÃO DE ENZIMAS; • PRODUÇÃO DE TOXINAS, PROMOTORES TUMORAIS E CARCINÓGENOS; • DESTRUIÇÃO DA MUCOSA INTESTINAL COM INATIVAÇÃO DAS ENZIMAS DA BORDA EM ESCOVA. Má alimentação Supercrescimento de bactérias e fungos Declínio da função digestória Disbiose intestinal Permeabilidade intestinal Disbiose intestinal Hiperpermeabilidade intestinal Células espaçadas Qualidade das bactérias não está adequada DISBIOSE INTESTINAL DISBIOSE INTESTINAL Aumento das bactérias patogênicas no intestino Mudanças da qualidade e da quantidade da microbiota intestinal, da sua atividade metabólica e do seu local de distribuição Alteração da mucosa, provocando aumento da permeabilidade e diminuição da seletividade na absorção de toxinas COMO CHEGAMOS AO ESTADO DE DISBIOSE INTESTINAL? TUDO INICIA NO PARTO Crianças que nascem de parto cesáreo tem conteúdo de lactobacilos e bifdobactérias (bactérias probióticas) significativamente inferior aos das crianças nascidas de parto normal oUso indiscriminado de antibióticos, que matam tanto as bactérias úteis como as nocivas; oUso de antiinflamatórios; o abuso de laxantes; o consumo excessivo de alimentos processados em detrimento de alimentos crus; oExcessiva exposição a toxinas ambientais; oDoenças consumptivas, como câncer e síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); o Estresse. • Algumas pesquisas têm demonstrado que o estresse psicológico pode acarretar a diminuição da microbiota intestinal; • Diminuição na produção do suco gástrico, barreira química para os microrganismos potencialmente patogênicos; • Alteração dos movimentos peristálticos, favorecendo a obstipação e o consequente aumento da absorção de toxinas pelas fezes retidas; OUTROS FATORES DESENCADEANTES DA DISBIOSE • Idade; • O tempo de trânsito e ph intestinal; • Disponibilidade de material fermentável; • O estado imunológico do hospedeiro e a má digestão no qual é um forte concorrente para o desequilíbrio intestinal. Muitas vezes o estômago não está ácido o suficiente para destruir as bactérias patogênicas CONSEQUÊNCIAS DA DISBIOSE • Diminuição das enzimas pancreáticas, biliares e ácido clorídrico; • Diminuição de serotonina (alteração de humor); • Hipovitaminose; • Baixa imunidade; • Constipação; diarréia • Infecção vaginal recorrente; (candidíase); • Pouca memória (toxinas no cérebro); • Fadiga; • Rinite alérgica e outras alergias. PERMEABILIDADE INTESTINAL • A permeabilidade intestinal se refere à função de barreira exercida pelo epitélio intestinal, capaz de permitir ou não a passagem de moléculas por mecanismos de difusão não mediada; • Essa função pode ser afetada por doenças, hormônios, drogas, dieta, citocinas e fatores ambientais. Essas alterações podem provocar maior permeação de antígenos à mucosa intestinal, iniciando ou prolongando processos inflamatórios locais. FATORES ASSOCIADOS AO AUMENTO DA PERMEABILIDADE INTESTINAL • Disbiose; • Carência de fibras dietéticas, de frutas e vegetais; • Excesso de CHO de alto índice glicêmico (maltodextrina) e proteínas; • Dieta hiperlipídica (aumenta as bactérias aeróbias); • Deficiência de zinco (hipocloridria); • Microdesnutrição (vitaminas e minerais): provoca aumento da permeabilidade; • Mastigação insuficiente (macromoléculas que agridem a musoca); • Consumo de líquidos junto a refeições (dilui sucos digestórios, aumento do ph e formação de macromoléculas que agridem a mucosa); The role of the immune system in governing host-microbe interactions in the intestine. Eric M Brown, Manish Sadarangani & B Brett Finlay Affiliations Nature Immunology 14, 660–667 (2013) doi:10.1038/ni.261) Célula M Célula de reconhecimento; Estimula a produção de linfócitos B e IgA secretória. Controle da microbiota. IgA 1ª barreira. Células de Goblet Capacidade de produção de MUCO Defensinas Defesa imune inata (produção natural para defesa). Células de Paneth Exclusivas do intestino delgado Produção de DEFENSINAS (a partir de células-tronco intestinais)/peptídeos antimicrobianos. TIGHT JUNCTIONS “JUNÇÕES FORTES” IMPEDEM A PASSAGEM DE COMPOSTOS PROTEICOS ENTRE AS CÉLULAS (AUMENTA A SINALIZAÇÃO IMUNOLÓGICA). ↑ Interleucinas Inflamatórias. Melhora a resposta imune à uma gripe por exemplo, resposta imune melhor. Maior susceptibilidade a doenças POSSIBILIDADE DE NOVAS HIPERSENSIBILIDADES ALIMENTARES MODULAÇÃO INTESTINAL OPÇÕES DE FÓRMULAS UTILIZADAS PARA MODULAR AS DESORDENS GASTROINTESTINAIS L-glutamina --------5 a 10g ou 0,08g/kg/peso para crianças e adultos, inclusive gestante Posologia: tomar 1 vez ao dia, preferencialmente em jejum. Dica: incluir no shot antioxidante com limão + própolis verde ou própolis alcoólico. No uso crônico de corticoide, prescrever 0,2g/kg/peso CONTINUAÇÃO... Para reparo da barreira gastrointestinal, podemos também prescrever colágeno. Colágeno hidrolisado, 10 a 20g/dia, associado com vitamina C para potencializar seu efeito. Mix probiótico potencializado Lactobacillus acidophillus..............333 milhões de ufc Lactobacillus casei..............333 milhões de ufc Lactobacillus rhamnosus..............333 milhões de ufc Lactobacillus bulgaricus..............333 milhões de ufc Lactobacillus reuteri..............333 milhões de ufc Streptococcus faecium..............333 milhões de ufc Bifidobacterium bifidum..............333 milhões de ufc Bifidobacterium breves..............333 milhões de ufc Bifidobacterium lactis..............333 milhões de ufc Aviar 30 doses em cápsulas gastrorresistentes Posologia: tomar 1 dose antes de dormir, por 30 dias. Lembrando que essa fórmula é apenas uma dica. A escolha das cepas depende do caso do paciente, precisando ter no mínimo 5 cepas (3 lactobacillus e 2 bifidobacterias. A quantidade é 1 bilhão para cada cepa (1 BLH de UFC), Podendo ser aumentada (ex. 2, 3, 4 BLH de UFC) A conduta é sua, nutri! Ômega 3 (330mg de EPA e 220mg de DHA) --------1 a 2g/dia Posologia: ingerir juntos com as principais refeições Concentrações de DHA são fundamentais em idosos e gestantes, ou para tratamento de perda de memória. Nesse caso, prescrever com maior concentração de DHA. Pesquisar produtos afins, certificando que apresente na sua composição vitamina E, pois evita oxidação do ômega; e livre de metais pesados. o Coenzima Q10 ------100 a 200mg Posologia: ingerir 1 dose ao dia A coenzima minimiza dano oxidativo, melhora biomarcador de diabetes e atua na proteção cardiovascular o Biointestil ------- 600mg Posologia: ingerir 1 dose antes de dormir. Ingerir 1 vez ao dia, por 4 semanas (dose de ataque). A partir da 5ª semana, usar em dias alternados por até 12 semanas. Enzimas digestivas Bromelina-----100mg Protease------50mg Pancreatina---150mg Papaína------80mg Lipase-------50mg Preparar 60 doses. Ingerir 1 dose junto as principais refeições. Quando for apenas prevenção, ingerir apenas 1 dose ao dia Enzimas digestivas Para intolerância à lactose Lactase------200mg Bromelina----100mg Preparar 30 doses Ingerir 1 cápsula antes de consumir laticínios.DESORDENS BUCAIS • As doenças periodontais estão entre as condições inflamatórias mais comuns vistas em adultos; • Alguns fitoterápicos e alimentos funcionais possuem efeitos terapêuticos significantes como: cranberry (Vaccinium oxycoccus), própolis, cacau (Theobroma cacao), café (Coffea arabica L.), chá verde (Camellia sinensis), alecrim (Rosmarinus officinalis) e probióticos. CRANBERRY (Vaccinium oxycoccus) Extrato seco padronizado (20% antocianidinas): 200mg a 400mg Suco: 30g a 300mg o Estudos apontam que o suco de cranberry é benéfico na prevenção de cáries e periodontite. PRÓPOLIS Não é fitoterápico, é subproduto produzido por abelhas; Há trabalhos bem documentados sobre a ação antibacteriana do extrato de própolis; O extrato alcoólico consegue reduzir em 81% a quantidade de S. mutans, utilizada em bochechos, auxiliando na menor adesão bacteriana aos dentes; Ação antimicrobiana e antioxidante. CACAU, CAFÉ, CHÁ VERDE Veobroma cacao, Coffea arabica e Camelia sinensis Vários compostos fenólicos apresentam efeito anticariogênico; Erva doce, cominho, pimenta preta Foeniculum vulgare ou Pimpinella anisum; Cuminum Cyminum L.; Piper migrum Atividade antibacteriana quando usados sob forma de óleo essencial, de maneira isolada ou combinada com óleo essencial de Thymus vulgaris (tomilho), exercendo efeitos antibacterianos sobre várias bactérias. ERVA DOCE (Foeniculum vulgare ou Pimpinella anisum) Infusão: 0,5g a 1g, 2 a 3 vezes ao dia COMINHO (Cuminum Cyminum L.) Extrato seco: 300mg a 600mg PIMENTA PRETA (Piper migrum) Pó: 0,3g a 1,5g DISPEPSIA Dor persistente ou recorrente desconforto Náusea, pressão epigástrica, inchaço, flatulência e dor abdominal espasmódica, devido à deficiência na secreção de ácido gástrico, na produção biliar ou deficiência na secreção pancreática exócrina. • Uma longa lista de fitoterápicos vem sendo amplamente usada e indicada para o tratamento da dispepsia. Fitoterápico Possíveis princípios ativos Proposta de mecanismo de ação Cúrcuma (Curcuma longa) Óleos voláteis (turmerona) e compostos fenólicos (curcumina) Em humanos, houve o aumento na produção e secreção da bile e promoção da contratação da vesícula biliar. Os óleos voláteis agem como carminativos, melhorando a digestão. Alguns componentes também podem apresentar ação antiespasmódica Hortelã (Mentha sp.) Mentol e mentona Houve inibição das contrações do músculo liso devido à interação direta entre o óleo de hortelã e os canais de cálcio no músculo liso de humanos. Fonte: Adaptado de Thompson e Ernst ALCACHOFRA (Cynara scolymus) Extrato padronizado (1% de ácido cafeoilquinico): 500mg por dia Tintura: 5ml a 25ml por dia Infusão: 2g da droga vegetal até 3x ao dia Planta seca: 2g, 3 vezes ao dia Estudos eficazes no tratamento da dispepsia, porém é contraindicado para lactantes por apresentar efeito na redução da lactação. GASTRITE E ÚLCERA Distúrbio do trato digestório em que há uma inflamação no epitélio estomacal, resultado de diversos tipos de agressão advindos do uso prolongado de anti-inflamatórios, abuso de álcool, refluxo de bile para o estômago, estresse e xenobióticos. ESPINHEIRA SANTA (MAYTENUS ILICIFOLIA E MAYTENUS AQUIFOLIA MART.) Extrato padronizado (3,5% de ácido titânico): 300mg a 600mg Tintura: 10ml a 30 ml Infusão: 2-5g 3 vezes Planta seca: 3g a 20g o Analgésica, anti-inflamatória e antiulcerogênica. o Efeitos de redução no esvaziamento gástrico e tempo de trânsito intestinal, ajudando em estados de diarreia. o melhora da digestão para reduzir a distensão abdominal, flatulência e dores. CAMOMILA (MATRICARIA CHAMOMILLA L.) Extrato padronizado (0,3% de apigenina): 300mg a 1000mg Tintura: 3ml a 10 ml, até 3x ao dia Infusão da droga vegetal: 5g até 3 vezes Pó: 2g a 4g até 3x ao dia o Flatulência, diarreia nervosa, espasmos, colite, gastrite e hemorroidas; oDois tipos de preparação são adequados para gastrite e úlcera: flores de camomila para fazer infusão e beber 1 xícara três ou quatro vezes ao dia, beber lentamente. Para extratos líquidos e especialidades farmacêuticas, são equivalentes a 30 gotas em uma xícara de água morna. ALCAÇUZ (GLYCYRRHIZA GLABA) o Anti-inflamatória, antiúlcera, antimicrobiana e ansiolítica; o Antiulcerogênica: redução da adesão da H. Pylori e efeito anti- inflamatório. CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS) o As catequinas podem inibir o crescimento in vitro de uma série de microrganismos e possui atividade antibacteriana (H. pylori) e bactericida; oOutros fitoquímicos e alimentos funcionais têm ação na H. pylori, tais como: vinho tinto, brotos de brócolis, alho e probióticos, reduzindo a inflamação gástrica. COMINHO (CUMINUM CYMINUM L.) oO óleo essencial extraído já se mostrou eficaz na inibição do crescimento de diversas bactérias patogênicas responsáveis por infecções e sua eficácia é comparável de maneira igual ou superior a utilização de antibióticos, com uso de doses bem pequenas. oO extrato alcoólico mostrou efeito antibacteriano sobre H. pylori, juntamente com o própolis. GENGIBRE (ZINGIBER OFFICINALE) o Estimula o trato gastrointestinal, aumentando o peristaltismo e tônus do músculo intestinal; o Estimula enzimas digestivas; o Evitar em pacientes com sudorese excessiva, pois pode aumentar a transpiração; o Doses muito elevadas podem causar arritmias e depressão do sistema nervoso. INCHAÇO E FLATULÊNCIA EFEITO CARMINATIVO: Útil para expelir gases com o objetivo de aliviar a flatulência, reduzindo cólicas e desconforto abdominal; O mecanismo decorre pela presença de óleos essenciais e flavonoides que relaxam a musculatura lisa do trato gastrointestinal; Devem ser administrados no início das refeições ou logo após as mesmas. COMINHO (CUMINUM CYMINUM L.) ERVA DOCE (PIMPINELLA ANISUM L.) o Efeito antioxidante; o O uso via oral do óleo essencial da erva doce deve ser evitado em gravidez, crianças menores de 6 anos de idade, pacientes com úlceras e gastrites, síndrome do intestino irritável, colites em geral, hepatopatias crônicas. HORTELÃ (MENTHA PIPERITA) Tintura: 2ml a 3ml Infusão da droga vegetal: 1g a 3g, até 3 vezes ao dia o Fitoterápico seguro para distúrbios inflamatórios da boca, faringe, intestino, fígado e vesícula biliar, assim como para desordens gastrointestinais como náuseas, vômitos, diarreia, cólicas, verminose, flatulência, gastrite e dispepsia; o Pode reduzir a produção de leite. Não usar na gravidez e nem no aleitamento. FUNCHO (FOENICULUM VULGARE) Tintura: 5ml a 25ml Infusão da droga vegetal: 5g a 7g Pó: 1g a 5g o Laxativo, no tratamento de desordens digestivas leves por ter atividade estimulatória sobre a motilidade. ALECRIM (ROSMARINUS OFFICINALIS) Tintura: 3ml a 8,5ml Infusão da droga vegetal: 2g a 4g o Favorece a expulsão de gases e a digestão especialmente de lipídios, diminuindo a distensão abdominal, flatulência e dores; o Efeitos antioxidantes, antiaterogênicos, além de melhora da memória e atuação na detoxificação. OBSTIPAÇÃO INTESTINAL Não é enfermidade Afeta mais mulheres e idosos - Fezes duras e muito volumosas - Sensação de evacuação incompleta - Necessidade de manobras manuais - Menos de 3 evacuações semanais ESCALA FECAL DE BRISTOL SENE (CASSIA ANGUSTIFOLIA) Extrato padronizado (6% de senosídeos): 70 – 150mg Tintura: 5ml a 25ml Infusão da droga vegetal: 1g a 2g de folhas o CUIDADO: efeitos colaterais como cólicas abdominais, diarreia com perda de potássio. o Não deve ser usado na gravidez, lactação e em crianças com menos de 7 anos. Os constituintes do sene passam para o leite materno. CÁSCARA SAGRADA (RHAMNUS PURSHIANA) Extrato padronizado(0,5%): 50mg – 100mg Tintura: 2ml a 3ml Decocto: 2g até 2x ao dia Pó: 2g a 5g por dia o Preparações como extratos e extratos líquidos são usadas, mas não é adequado seu uso como chá devido ao seu odor desagradável; o Recomenda-se utilizar à noite para que as bactérias intestinais possam converter os glicosídeos neste período e proporcionar um efeito cerca de 8 horas depois. FUNCHO (FOENICULUM VULGARE) oOs frutos e folhas do funcho contém uma quantidade grande de flavonoides. o É utilizado como laxativo, no tratamento de desordens digestivas leves por ter atividade estimulatória sobre a motilidade e em altas concentrações tem efeito antiespasmódico. DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS MENTAL, EMOCIONAL E ESPIRITUAL Taquicardia Insônia Irritação Ansiedade Intolerância Isolamento social Fobias OS EFEITOS PSICOSSOMÁTICOS PODEM LEVAR A ANORMALIDADES NO FUNCIONAMENTO DE UM ÓRGÃO DE FORMA ISOLADA Ex.: a estimulação do parassimpático que inerva o estômago pode causar secreção tão aumentada de sucos gástricos que eles chegam a produzir uma lesão na parede do estômago ou na parte superior do intestino, condição chamada de úlcera péptica. MULUNGU (ERYTHRINA VELUTINA/ E. MULUNGU MART.) Tintura: 5ml a 20ml Decocção: 5g da droga vegetal CAMOMILA (MATRICARIA CHAMOMILLA L.) MARACUJÁ (PASSIFLORA INCARNATA L.) Extrato padronizado (2,5% de flavonoides calculados como vitexina): 300mg a 400mg até 3x ao dia Tintura: 0,5ml a 2ml, 3 a 4 vezes ao dia Infusão: 3g a 5g da droga vegetal, 2 a 3 vezes por dia. o A camomila apresenta atividade carminativa e antiinflamatória para distúrbios gastrointestinais, podendo ser usado desde a primeira infância; oO mulungu tem seu uso no intuito de diminuir ansiedade, combater insônia e outras desordens do sistema nervoso central; o Passiflora incarnata L. é um importante fitoterápico, usado no tratamento da ansiedade, nervosismo, insônia, palpitações, hipertensão, disfunção sexual e menopausa. RECEITAS DE CHÁS DICAS DE LEITURA
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