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→ Inspeção estática – paciente em ortostatismo. Observar o paciente, desde o momento em que ele entrar no consultório: - Deambulação (se o paciente apoia nas pontas dos dedos ou calcanhar para caminhar). - Posição antálgica - Irregularidades nas extremidades - Necessidade de dispositivos auxiliares - Posição (sentado, em pé e em movimento) - Nível de conforto (fácies de dor) - Conduta do paciente durante a entrevista e o exame (anormal ou exagerada) - Assimetria no pescoço, ombros, costas, quadril e pernas. Avaliar os pontos de vista anterior, posterior e lateral. - Pele: inspeção para a procura de cicatrizes, escoriações, equimoses ou hematomas, sugestivas de lesões ligamentares ou fraturas. Observar também a presença de lesões, manchas e edemas/depressões. - Anormalidades da curvatura da coluna (hiperlordose, cifose ou escoliose) – postura e alinhamento colunar. → Inspeção dinâmica – variações no movimento. 1- Avaliar a amplitude dos movimentos: de pé com as mãos na cintura, solicitar que ele realize os seguintes movimentos: flexão lombar, extensão, movimentos laterais (ambos os lados), rotação e, às vezes, extensão com rotação lateral (ambos os lados). Observar limitações nos movimentos e presença de dor. A amplitude da flexão na coluna lombar varia de 40º a 60º, a extensão de 20º a 35º, a inclinação lateral de 15ºa 20º e a rotação de 3º a 18º. 2- Avaliação de L4, L5 e S1: solicitar ao paciente que agache e levante, caminhe apoiado sobre os calcanhares e em seguida caminhe na ponta dos pés. Dificuldade para agachar e levantar indica compressão de L4. Dificuldade em andar apoiado no calcanhar indica compressão/lesão de L5. Dificuldade em andar na ponta dos pés indica compressão/lesão de S1. → Palpação: paciente de pé. 40º - 60º 20º - 35º Palpar a área da coluna lombo-sacra, especialmente nos processos espinhosos, no sacro e na espinha ilíaca póstero-superior para determinar se isso desencadeia algum sintoma no paciente. Palpar também as espinhas ilíacas anterossuperiores e póstero-superiores para verificar a posição da pelve. Buscar deformidades dos processos espinhosos, espasmos musculares, nodulações e pontos de desencadeamento de dor na área dos músculos paravertebrais. O nervo ciático deve ser palpado em toda extensão, desde a região da nádega até a região poplítea, identificando a presença de compressões vertebrais fora do canal e forame vertebral. → Testes especiais para coluna lombar - Teste de Schober modificado: avaliação da amplitude dos movimentos – mobilidade lombossacra. Com o paciente em ortostatismo, delimitar um espaço de 15 cm, marcado com uma caneta um ponto na linha da coluna na altura do processo espinho de L5, outro ponto 10 cm acima deste e outro 5cm abaixo. Pedir para o examinado flexionar ventralmente a coluna e medir a distância entre os pontos marcados. A distância deve aumentar pelo menos 6 cm, passando para pelo menos 21 cm. Aumento de pelo menos 21 cm Resultado: Positivo se o aumento for menor que 6 cm, indicando limitação funcional (idosos e obesos podem ter essa limitação). - Teste da elevação do membro inferior: paciente em decúbito dorsal. Realiza-se elevação passiva do MI pelo tornozelo, com o joelho em completa extensão até 70º (após 70º a maioria sente dor). A tensão do nervo ciático ocorre entre os 35º e 70º da flexão do quadril, e a partir dos 70º o estresse localiza-se na coluna lombar. A partir de 35º a 70º, os pacientes que possuem radiculopatia secundária a compressão das raízes nos níveis L4-L5 ou L5-S1 tem seus sintomas exacerbados. As doenças das coxas ou dos músculos isquiotibiais podem dar origem aos sintomas durante o teste, e podemos utilizar a manobra para esclarecer: abaixar o MI até a posição sem sintomatologia e depois realizar a dorsiflexão passiva do tornozelo, provocando o reaparecimento dos sintomas quando existe irritação da raiz nervosa. Pode também ser realizada a flexão ativa da coluna cervical, solicitando o paciente que posicione o mento sobre o tórax, tendo reaparecimento dos sintomas nas situações em que exista doença radicular. - Manobra de Lasegue: paciente em decúbito dorsal com as pernas estendidas. Fazer uma flexão do joelho do paciente em 90º com relação ao quadril. Em seguida, realizar a extensão progressiva do joelho. O teste será positivo caso o paciente refira dor indicando provavelmente presença de radiculopatia compressiva no nível lombar. - Teste de Patrick ou Fabere: paciente em decúbito dorsal. Posicionar o maléolo lateral de um pé na patela contralateral e pressionar para baixo o joelho da perna fletida, estabilizando a pelve contralateral com a outra mão. Resultado: positivo caso o paciente refira aparecimento da dor ou exacerbação da mesma. Dor na região anterior: acometimento da articulação coxofemoral. Dor na região posterior: acometimento da articulação sacro-ilíaca. → Testes para detectar simulação - Teste de Hoover: paciente em posição supina. Solicita-se elevação dos membros inferiores, sustentando os seus calcanhares. Normalmente, o paciente realiza força para baixo com o membro oposto ao que está levantando e a ausência dessa força para baixo sugere simulação. → Exame neurológico – Posicionamento: sentado na maca. 1. Motor (força muscular) 2. Sensibilidade – verificado sempre no ponto mais distal, pois assim avaliará toda a extensão do nervo. Sempre pedir que o paciente feche os olhos. 3. Reflexo – avaliação dos dermátomos L4, L5 e S1. - Dermátomo L4: 1. Força muscular: avaliar músculo tibial anterior. Solicita ao paciente que realize uma inversão do pé. Aplicar força de resistência na extremidade medial do pé. 2. Sensibilidade: verificar sensibilidade com o pincel na região medial do pé desde a sua extremidade no sentido distal para proximal. 3. Reflexo: utilizar o martelo e verificar reflexo patelar. O tendão patelar do paciente deverá ser percutido, o reflexo se evidencia por uma extensão súbita de sua perna. - Dermátomo L5: 1. Força muscular: avaliar músculo extensor longo do hálux. Solicitar ao paciente para realizar uma extensão do hálux. Aplicar força de resistência sobre a hálux. 2. Sensibilidade: no dorso do pé, deslizando o pincel no sentido distal para proximal desde a extremidade do pé. 3. Reflexo: não há. - Dermátomo S1: 1. Força muscular: avaliar os músculos fibulares longo e curto. Solicitar ao paciente que realize uma eversão do pé. Aplicar força de resistência na extremidade lateral do pé. 2. Sensibilidade: região lateral do pé. Deslizar o pincel no sentido distal para proximal desde a extremidade do pé. 3. Reflexo: tendão de aquiles. O pé do paciente deverá ser apoiado na sua extremidade pela mão do examinador, em seguida, o tendão avaliado é percutido. O reflexo se evidencia pela movimentação do pé em direção à superfície plantar (flexão plantar). - Teste para o reflexo aquileu: tornozelo em posição neutra. Utilizar o martelo para percutir o tendão de Aquiles. O teste é considerado alterado quando há ausência ou diminuição de flexão do pé (comparando com o pé contralateral). Comparação dos achados clínicos observados na doença degenerativa do disco intervertebral e hérnia de disco Degeneração discal Hérnia de disco Dor lombar + + Irradiação para o MI - + Rigidez matinal e dor + + Mobilização alivia sintoma piora sintoma Exercício dor piora após dor piora durante e após Posição ereta piora pouco piora muito Marcha alivia piora Assento firme alivia piora Assento não firme agrava agrava Decúbito alivia alivia somente em algumas posições Flexão lombar indolor dolorosa Laségue - + Sinais neurológicos - +
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