Buscar

Tipos de Fácies e suas Características

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
• Fácies: expressão facial do indivíduo e que, por suas 
características peculiares, pode lembrar ao médico 
determinadas doenças. Quando não lembra 
nenhuma doença, é dita “fácies atípica”. 
• De um modo geral, os estados fisiológicos e os 
patológicos refletem-se na fácies. Os doentes 
melancólicos, os preocupados, os excitados, os 
apavorados, os tristes, os que sofrem dores 
intensas, estampam seus males na fisionomia de tal 
modo que prescindem de qualquer explicação. 
• Uma mudança qualquer na disposição morfológica 
do rosto será suficiente para imprimir-lhe um novo 
aspecto fisionômico. 
• A face não tem que contribuir em todos os casos 
para o diagnóstico. Exagerar na valorização da 
fácies pode também conduzir a erros. 
 TIPOS DE FÁCIES 
Destacamos os seguintes tipos de fácies: 
Fácies Pseudobulbar: Caraterizada por 
crises de choro ou riso, involuntárias, 
mas conscientes, dando um aspecto 
espasmódico à fácies. Aparece 
geralmente na paralisia pseudobulbar. 
Fácies da depressão: Cabisbaixo, olhos 
com pouco brilho e fixos em um 
ponto distante. Sulco nasolabial 
acentuado e o canto da boca 
rebaixado. Visível na síndrome da 
depressão. 
Fácies hipocrática: rosto magro, com 
ossos bem salientes, traços 
fisionômicos afilados, olhos fundos, 
palidez (pele de cor pálido-terrosa), 
olhar vago e inexpressivo; uma ligeira 
contração dos músculos da mímica 
(que se exaltam por qualquer 
movimento) aumenta a expressão de 
dor e de angústia; “Batimentos das 
asas do nariz” também costumam ser observados. 
Quase sempre o rosto está coberto de suor. discreta 
cianose la bial. Esse tipo de fácies 
indica doença grave, ex. desnutrição 
grave, desidratação; face "pré-
agônica". 
Fácies renal: edematosa, pele pálida, 
edema bipalpebral. É observada nas 
doenças renais, particularmente na 
síndrome nefrótica e na 
glomerulonefrite aguda. 
Fácies leonina ou lepromatosa: 
as alterações que a compõem são 
produzidas pelas lesões da 
hanseníase. A pele, além de espessa, 
apresenta um grande número de 
lepromas de tamanhos variados e 
confluentes, em maior número na 
fronte. Os supercílios caem, o nariz se 
espessa e se alarga. Os lábios tornam-
se mais grossos e proeminentes. As 
bochechas e o mento se deformam 
pelo aparecimento de nódulos. A 
barba escasseia ou desaparece. Essas 
alterações em conjunto conferem ao 
rosto do paciente um aspecto de cara 
de leão, origem de sua denominação. 
Fácies adenoidiana: os elementos 
fundamentais são o nariz pequeno e 
afilado e a boca sempre entreaberta. 
Aparece nos indivíduos com hipertrofia 
das adenoides, as quais dificultam a 
respiração pelo nariz ao obstruírem os 
orifícios posteriores das fossas nasais 
Fácies parkinsoniana: representada 
por uma fisionomia inexpressiva, 
mímica facial diminuída; olhar parado, 
vago e fixo, supercílios elevados e 
fronte enrugada; cabeça um pouco 
inclinada para frente; esse conjunto dá 
a impressão de uma figura de máscara: 
"fácies de máscara". A fácies 
parkinsoniana é observada na síndrome ou na doença 
de Parkinson. 
Fácies basedowiana: pálpebras muito 
abertas, olhos salientes (exoftalmia) e 
brilhantes, que, somando-se ao estado 
de nervosismo do doente, em geral, do 
sexo feminino, dão à fisionomia uma 
aparência de terror; tremores, pele 
quente e fina; excitabilidade 
psíquica (euforia); magreza. 
Outro elemento que salienta as 
características da fácies 
basedowiana é o bócio, que 
indica hipertireoidismo. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
Fácies mixedematosa: observa-se intumescimento 
difuso (infiltração edematosa) do rosto, pálpebras 
semicerradas, tornando os olhos pequenos; lábios 
grossos, boca semi-aberta com macroglossia; pele 
pálida e seca, face inexpressiva e sonolenta; apatia, 
expressão letárgica, indiferente, sem vivacidade; 
supercílios escassos; madarose (queda dos supercílios 
nos terços externos); a alteração da pele é o sinal que 
chama mais atenção- observa-se uma tumefação 
difusa, lembrando uma almofada (diferente do edema 
comum, não cede à pressão digital), principalmente na 
face e dorso das das mãos; a pele do rosto é amarelada, 
com poucos pêlos, rosto com expressão sonolenta. 
Esse tipo de fácies aparece no hipotireoidismo ou 
mixedema; 
Fotografias de uma mesma pessoa mostrando como certas doenças 
imprimem na face traços característicos. A. São evidentes os 
elementos que caracterizam fácies mixedematosa. B. Após 
tratamento, a paciente apresenta fácies normal. 
Fácies acromegálica: proeminência 
dos ossos frontais e malares; há 
acentuado desenvolvimento da 
mandíbula (maxilar inferior); 
evidente crescimento do nariz, da 
língua (macroglossia) e dos lábios 
(lábios volumosos = macroqueilia) e 
orelhas, dando à fisionomia um 
aspecto grosseiro; pálpebras 
espessas; espessamento e 
alongamento das orelhas; as 
sobrancelhas longas, duras e 
espessas se reúnem no centro sobre 
o nariz (sinofre ou sinofridia); há 
crescimento excessivo das partes 
moles distais do corpo (onde 
existem condroblastos, há 
crescimento), principalmente extremidades; 
hiperpituitarismo. 
Fácies cushingoide ou de lua cheia: 
chama a atenção de imediato o 
arredondamento do rosto, com 
atenuação dos traços faciais; rosto 
arredondado devido ao depósito de 
gordura; pele brilhante e mais ou 
menos rosada; acne e hirsutismo 
podem ser observados; não há 
intumescimento das pálpebras e os 
olhos permanecem com aspecto 
natural, diferindo da fácies renal e 
mixedematosa, em que há infiltração 
das pálpebras. Este tipo de fácies é 
observado nos casos de síndrome de 
Cushing por hiperfunção do córtex 
suprarrenal. Pode ocorrer também nos 
pacientes que fazem uso prolongado de 
corticosteroides. 
Fácies mongoloide: está na fenda 
palpebral seu elemento 
característico, uma prega cutânea 
(epicanto) que torna os olhos 
oblíquos, bem distantes um do 
outro, lembrando o tipo de olhos 
dos chineses. Acessoriamente, 
nota-se um rosto redondo, boca quase sempre 
entreaberta e uma expressão fisionômica de pouca 
inteligência. É observada no mongolismo, trissomia do 
par 21 ou síndrome de Down. 
 
Fácies tetânica ou sardônica: observa-se contratura 
muscular da face, com acentuação dos sulcos naturais, 
enrugamento da região frontal e modificação do 
aspecto da boca (lábios distendidos transversalmente 
como para sorrir = riso "cínico" produzido pela 
contratura tônica 
dos músculos 
faciais- dos 
músculos 
masseteres e 
peribucais); 
sobrancelhas 
contraídas; olhar 
fixo e angustiado; o conjunto dá ao doente a aparência 
de quem esboça um riso forçado (trismo), pela 
hipertonia dos músculos da mímica, o que constitui o 
chamado "riso sardônico". É observada no tétano. 
 
 
 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
Fácies miastênica ou de 
Hutchinson: ptose 
palpebral bilateral, com 
enrugamento da testa; 
paralisia de certos 
músculos (distúrbio na 
transmissão 
neuromuscular)- fraqueza 
muscular acometendo 
principalmente a 
musculatura ocular; essa 
fácies apresenta a 
particularidade de não 
ser permanente, pois o 
doente geralmente, pela 
manhã tem a face normal e no decorrer do dia, ela se 
transforma, aparecendo blefaroptose bilateral, mais 
acentuada de um lado; ptose: achado mais freqüente; 
os olhos são imóveis (olho sonolento de Hutchinson) e 
o doente, para enxergar, é obrigado a elevar a cabeça 
para trás; completa a fácies a debilidade dos músculos 
dos lábios e das bochechas; também pode ser 
reconhecida no acidente ofídico crotálico ou elapídico 
= ambas as serpentes veiculam agentes neurotóxicos 
através de sua peçonha. 
 
Fácies lúpica: 
eritema facial 
em asa de 
borboleta(vespertílio). 
 
 
Fácies de paralisia facial: 
evidente assimetria do rosto, 
desvio da comissura labial para o 
lado são (paralisia dos músculos 
antagônicos), aumento da fenda 
palpebral e desaparecimento 
dos sulcos faciais do lado 
paralisado; na paralisia facial 
periférica, o doente não consegue 
enrugar a testa do lado lesado por 
comprometimento do nervo facial 
superior, o que não ocorre na 
paralisia central. 
 
 
 
Referências: 
BICKLEY, L.S. BATES – Propedêutica Médica. 12ª ed. Guanabara 
Koogan, 2018. PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de 
Janeiro.

Continue navegando