Buscar

os-efeitos-da-atividade-fisica-na-aprenoizagem-e-no-desenvolvimento-motor-infantil-jessica-madeira-machado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA 
IBMR - LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
Jéssica Madeira Machado 
 
 
 
 
OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA APRENDIZAGEM 
E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
JÉSSICA MADEIRA MACHADO 
 
 
 
 
 
 
OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA APRENDIZAGEM 
E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao IBMR - Laureate 
International Universities como requisito 
parcial para a obtenção do grau de Bacharel em 
Educação Física 
 
 
 
 
 
ORIENTADOR: Profa. Dra. Liliane Peixoto Amparo 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
JÉSSICA MADEIRA MACHADO 
 
 
 
 
OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA APRENDIZAGEM 
E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao IBMR - Laureate 
International Universities como requisito 
parcial para a obtenção do grau de Bacharel em 
Educação Física 
 
 
 
 
ORIENTADOR: Profa. Dra. Liliane Peixoto Amparo 
 
Aprovada em _____ de _______________ de 2017. 
Grau obtido __________ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
Prof. Dr. Mauro Moraes Macedo 
 
Prof. Ddo. Roberto Poton 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta, bem como todas as minhas demais 
conquistas, aos meus amados pais Lídia e Ney, 
aos meus filhos Yuri e Yasmim que iluminam 
de maneira especial meus pensamentos e 
acalmam meu coração, e ao meu esposo Allex, 
com quem amo partilhar а vida. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente а Deus, por permitir que tudo isso acontecesse ao longo da 
minha vida. 
À professora Maria Lúcia Nogueira pelo suporte na elaboração deste trabalho. 
À minha orientadora, Liliane Peixoto Amparo, pelo incentivo e empenho dedicado à 
elaboração desta monografia. 
A todos os professores que me acompanharam durante а graduação, que foram tão 
importantes na minha vida acadêmica e consequentemente no desenvolvimento desta 
monografia. 
Aos meus colegas de classe e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da 
minha formação, о meu muito obrigado. 
Agradeço por último, e não menos importante, aos meus pais Ney e Lídia por tudo que 
fizeram e fazem tudo por mim, ao meu filho mais velho Yuri, pela compreensão da minha 
ausência em determinados momentos durante a graduação, a minha filha Yasmim que me 
mostrou o quanto posso ser perseverante, e ao meu esposo Allex que de forma especial е 
carinhosa me deu força е coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Atividade física não é apenas uma das mais 
importantes chaves para um corpo saudável. 
Ela é a base da atividade intelectual criativa e 
dinâmica." 
 
John F. Kennedy 
 
 
RESUMO 
 
 
Atividade física é bem conhecida pelos seus benefícios gerados à saúde, porém pouco 
se fala sobre seus efeitos sobre o desempenho motor, e principalmente sobre a aprendizagem 
infantil. Parece que a atividade física pode influenciar a cognição promovendo melhora do 
desempenho de diversas habilidades cognitivas e motoras. Então, no presente trabalho 
pretende-se buscar evidências sobre os efeitos da atividade física sobre aspectos cognitivos e 
motores em crianças com idade escolar, através de uma revisão integrativa de literatura e artigos 
que abrangem o período de 2013 a 2017. Sendo o principal foco neste trabalho associar a prática 
de atividade física, independente de qual seja, com o desempenho cognitivo e motor, bem como 
seu impacto no desempenho escolar. Utilizaram-se as bases de dados eletrônicas PubMed, 
SciELO e Capes com os seguintes descritores “Atividade Física”, “Desenvolvimento motor”, 
“Aprendizagem”, “Desempenho escolar”, sendo combinados em cada banco de dados. 
Utilizou-se como critério de exclusão títulos e resumos que deixavam claro não tratar do assunto 
proposto e/ou com indivíduos não saudáveis e/ou estudos realizados com animais e artigos de 
revisão. Então foram incluídos 4 artigos para análise. Por fim, parece que atividade física 
realmente é uma ferramenta capaz de influenciar positivamente no desenvolvimento motor e na 
aprendizagem infantil, podendo ser observado através do desempenho acadêmico, os quais se 
relacionam entre si. E faz-se necessário o desenvolvimento de mais formas de avaliar o 
desempenho motor, mas principalmente o cognitivo a fim de tornar o estudo do tema mais 
notável e influente. 
 
 
Palavras-chave: atividade física; aprendizagem; desenvolvimento motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Physical activity is well known for its health benefits, but little is said about its effects on motor 
performance, and especially about child learning. It seems that physical activity can influence 
cognition promoting improved performance of various cognitive and motor skills. This study 
intends to find evidence on the effects of physical activity on cognitive and motor aspects in 
school-age children through an integrative review of literature and articles that cover the period 
from 2013 to 2017. Being the main focus in this work associate the practice of physical activity, 
regardless of any, with cognitive and motor performance, as well as its impact on school 
performance. The electronic databases PubMed, SciELO and Capes were used with the 
following descriptors: "Physical Activity", "Motor Development", "Learning", "School 
Performance", being combined in each database. Exclusion criteria were titles and abstracts that 
made it clear that they did not deal with the proposed subject and / or with unhealthy subjects 
and / or animal studies and review articles. Then 4 articles were included for analysis. Finally, 
it seems that physical activity really is a tool capable of positively influencing motor 
development and child learning, and can be observed through academic performance, which 
are related to each other. And it is necessary to develop more ways to assess motor performance, 
but especially the cognitive one in order to make the study of the theme more notable and 
influential. 
 
 
Keywords: physical activity; learning; motor development 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Fig. 1 - Relação entre atividade física e saúde ......................................................................... 13 
Fig. 2 - Fatores que interferem no desenvolvimento motor ..................................................... 19 
Fig. 3 - Modelo de fatores associados ao melhor desempenho acadêmico .............................. 22 
Fig. 4 - Principais neurotransmissores beneficiados pelo exercícios ....................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA QUADROS 
 
 
Quadro 1 - Fluxograma: etapas de seleção das publicações a compor a revisão sistemática......28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Publicações que investigaram os efeitos da atividade física na aprendizagem e nodesenvolvimento infantil...........................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 15 
2.1 Atividade Física ......................................................................................................... 15 
2.2 Aprendizagem ............................................................................................................ 17 
2.3 Desenvolvimento Motor ............................................................................................ 18 
2.4 Atividade física, Aprendizagem e Desenvolvimento Motor ...................................... 21 
3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................... 26 
3.1 Bases de Dados consultadas....................................................................................... 26 
3.2 Critérios de inclusão .................................................................................................. 26 
3.3 Critérios de exclusão .................................................................................................. 26 
3.4 Estratégia de busca ..................................................................................................... 26 
4. RESULTADOS ................................................................................................................ 28 
5. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 31 
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 34 
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 35 
12 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Tornou-se de conhecimento geral os benefícios da prática de atividade física regular 
por qualquer ser humano. Sabe-se que esta prática, em um âmbito geral, proporciona diversos 
benefícios biológicos, fisiológicos e até mesmo psicológicos. Entre eles podemos incluir 
benefícios cardiopulmonares, aumento da densidade mineral óssea, diminuição do risco de 
doenças crônico-degenerativas, controle de peso, redução da pressão arterial e elevação da 
lipoproteína de alta densidade (HDL), entre outros. No aspecto psicológico, ocorre melhoria da 
autoestima, autoconceito, autoimagem e diminuição da ansiedade e depressão. 
 
Dados epistêmicos mostram que a inatividade física é provavelmente um fator de risco 
para a hiperlipidemia, hipertensão, obesidade e o diabetes. Pessoas inativas, em geral, são mais 
hipertensas, hiperlipidêmicas, com a maior percentual de gorduras e propensão de tornarem-se 
diabéticas não dependentes de insulina. Ao passo que, pessoas ativas fisicamente tem maiores 
possibilidades de prevenir essas patologias (ACHOUR, 1996). 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (2010), a falta de atividade física 
foi identificada como o quarto principal fator de risco para a mortalidade global (6% das mortes 
em todo o mundo). Além disso, a inatividade física é estimada como a principal causa para 
aproximadamente 21-25% de câncer de mama e cólon, 27% de diabetes e aproximadamente 
30% de doença cardíaca isquêmica. 
 
Visto isto, sabe-se que o sedentarismo traz consequências negativas, e está ligada ao 
desenvolvimento várias doenças, tais como: doença coronariana, osteoporose, câncer de cólon, 
depressão, etc. (JENOVESI et al., 2004). E a prática regular de atividade física é bem conhecida 
por promover várias mudanças positivas na saúde, incluindo benefícios cardiovasculares 
respiratórios, aumento da densidade mineral óssea e menor risco de doenças crônicas 
degenerativas (GARBER et al., 2011). 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
Abaixo podemos visualizar um esquema da relação entre atividade física e saúde: 
 
 Fig. 1 - Relação entre atividade física e saúde 
 
 Fonte: ARAÚJO e ARAÚJO, p.194-203 (2000) 
 
Já é de conhecimento também, que uma criança ativa, possivelmente será um adulto 
fisicamente ativo e consequentemente terá menor predisposição à doenças (GUEDES, 2001). 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2010), também constata-se que jovens fisicamente 
ativos adotam mais rapidamente outros comportamentos saudáveis (como evitar o uso de 
tabaco, álcool e drogas) e apresentam um melhor desempenho escolar. 
 
Destacando a ótica de saúde pública e medicina de prevenção, proporcionar meios para 
a realização de atividade física na infância e na adolescência, instaura uma estreita relação para 
a redução da predominância de sedentarismo em adultos, contribuindo desta forma para uma 
melhor qualidade de vida (LAZZOLI et al., 1998). 
 
Relacionando com o desempenho cognitivo, tem sido sugerido que a atividade física 
provoca efeitos benéficos sobre este. A atividade física parece influenciar a cognição 
promovendo melhora do desempenho de diversas habilidades cognitivas como, por exemplo, 
na memória, raciocínio lógico, entre outras. Além disso, há evidência do efeito da atividade 
14 
 
 
 
física sobre o desempenho acadêmico. Vale ressaltar que há diferença entre desempenho 
acadêmico e desempenho cognitivo. Considera-se desempenho acadêmico a parte do cotidiano 
infantil que está relacionada ao desempenho nas atividades escolares, e desempenho cognitivo 
a capacidade de adquirir conhecimento; diz respeito à razão, à memória e à inteligência 
emocional. 
 
Então, no presente trabalho pretende-se buscar evidências sobre os efeitos da atividade 
física sobre aspectos cognitivos e motores em crianças com idade escolar, através de uma 
revisão integrativa de literatura e artigos. Sendo o principal foco neste trabalho associar a 
prática de atividade física, independente de qual seja, com o desempenho cognitivo e motor, 
bem como seu impacto no desempenho escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1 Atividade Física 
 
O termo atividade física, baseado na literatura, pode ser definido, como qualquer 
atividade que tenha uma demanda energética além dos níveis de repouso, podendo ser 
exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos, atividades laborais e 
deslocamentos. É compreendida também como brincadeira, utilizando brinquedos e jogos, pois 
é um momento em que a criança desenvolve sua parte cognitiva, social e intelectual. 
 
Pode ser entendida como qualquer movimento corporal, produzido pela musculatura 
esquelética, que resulta em gasto energético, tendo componentes e determinantes de ordem 
biopsicossocial, cultural e comportamental. 
 
Caspersen et al. (1985, p.126-31), e posteriormente Shephard (1999, p.963-72), 
definem atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos 
músculos esqueléticos que resultem em gasto energético, não se preocupando com a 
magnitude desse gasto de energia, diferenciando atividade física e exercício físico 
pela intenção do movimento, considerando que o exercício físico é uma atividade 
física planejada, estruturada e repetitiva, tendo como propósito a manutenção ou a 
otimização do condicionamento físico (apud ARAUJO; ARAUJO, 2000, p.194-203). 
 
A prática de atividade física deve ser um hábito presente em pessoasde todas as idades, 
inclusive nas crianças, pois faz parte do desenvolvimento humano, e muitos benefícios 
começam com sua prática na fase da infância. 
 
A atividade física regular é bem conhecida por promover várias mudanças positivas 
na saúde, incluindo benefícios cardiovasculares respiratórios, aumento da densidade mineral 
óssea e menor risco de doenças crônicas degenerativas. (GARBER et al., 2011). 
 
Além dos benefícios físicos, como o desenvolvimento da coordenação motora, 
equilíbrio, força muscular, flexibilidade e função cardiorrespiratória; e da promoção à saúde, 
atuando na prevenção da obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, 
ansiedade, depressão e osteoporose; na infância, os esportes ajudam a desenvolver a 
inteligência, a formação de caráter e a afetividade, estimulam a socialização, oferecem melhora 
na qualidade de vida, auxiliando no domínio do próprio corpo e no aumento da autoestima. 
16 
 
 
 
No estudo de Jenovesi et al. (2004), viu-se que a atividade física contribui de forma 
notável para a economia de gastos em saúde pública, pois interfere na prevenção e no tratamento 
direto para saúde dos efeitos deletérios decorrentes do sedentarismo. Em algumas regiões do 
Brasil a prevalência de sedentarismo em adultos é em torno de 70% (OMS, 2014). 
 
A criança que é ativa fisicamente tem mais chance de se tornar um adulto ativo. 
Destacando a ótica de saúde pública e medicina de prevenção, proporcionar meios para a 
realização de atividade física na infância e na adolescência, instaura uma estreita relação para 
a redução da predominância de sedentarismo em adultos, contribuindo desta forma para uma 
melhor qualidade de vida (LAZZOLI et al., 1998). 
 
Devido aos seus efeitos favoráveis à saúde e ao desenvolvimento infantil é de suma 
importância encontrar meios de estimular as crianças a desenvolverem hábitos de vida 
saudáveis logo na primeira infância. 
 
Guedes et al. (2001) destacam que a prática de atividade física de forma regular, 
agregados durante a infância e adolescência possivelmente irão transpassar para idades adultas. 
Segundo o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM, 2007) a aptidão física para a 
criança e adolescente deve se propagar como um meio de incentivo a adesão de um estilo de 
vida adequado com a prática de exercícios por toda a vida, com o intuito de manter e 
potencializar condicionamento físico suficiente para melhoria da capacidade funcional e da 
saúde. 
 
A atividade física tem um impacto sobre as habilidades motoras, o bem-estar 
psicológico, as competências sociais e a maturidade emocional. Ao contrário, os 
comportamentos sedentários são considerados uma ameaça para o desenvolvimento cognitivo 
das crianças. Crianças em idade pré-escolar, que são inativas fisicamente correm mais riscos de 
ter dificuldades cognitivas na escola, como déficit de atenção, competências de linguagem 
limitadas, resultados escolares fracos. 
 
A infância é o momento ideal de proporcionar estímulos que causarão mudanças 
físicas e até mesmo genéticas, diz a Epigenética que consiste a ideia de que hábitos cotidianos 
e o ambiente podem alterar algumas características genéticas sem alterar a sequência de DNA. 
17 
 
 
 
Então, uma criança que foi estimulada durante a sua infância e adolescência a fazer exercícios, 
provavelmente vai se tornar um adulto mais ativo. 
 
Deve se considerar também que a prática de atividade física por crianças devem gerar 
oportunidades de vivências variadas, proporcionando um aumento de seu repertório motor; e 
não menos importante, esta, quando inserida de forma planejada e sistemática, deve ser 
orientada por um professor de educação física para que não gere malefícios. 
 
 
2.2 Aprendizagem 
 
Define-se como aprendizagem o processo contínuo, que ocorre durante toda a vida de 
um indivíduo, relacionado ao ato de aprender. É uma modificação do comportamento do 
indivíduo como resultado da experiência (PIAGET, 1974). No ramo da etologia humana, a 
aprendizagem é a fixação na memória das impressões ambientais, e é baseada na modificação 
de mecanismos do sistema nervoso central que, posteriormente, influem na conduta do ser. 
 
Toda experimentação que gera um aperfeiçoamento motor ou cognitivo é classificada 
como aprendizagem, sendo conceituada como resultado da interação das estruturas mentais 
com o meio ambiente, fazendo com que haja uma mudança no comportamento obtido através 
dessa experimentação. Essa aprendizagem é constituída por fatores emocionais, neurológicos, 
relacionais e ambientais, viabilizado pela plasticidade dos processos neurais cognitivos 
(BOMPA, 2002; ANDRADE et al., 2004). 
 
A aprendizagem escolar se distingue pelo caráter sistemático e intencional e pela 
organização das atividades (estímulos) que a desencadeiam, atividades que se inserem em um 
quadro de finalidades e exigências determinadas pela instituição escolar. 
 
Conforme Díaz (2011), é preciso que aconteça o estímulo para que a aprendizagem 
tenha valor. E a aprendizagem ocorre quando se torna significante para o aprendiz, 
transformando-se no prazer da descoberta. A aprendizagem é individual e deve ser provocada. 
 
18 
 
 
 
Assim, a aprendizagem é um processo de assimilação ativa de determinados 
conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no processo ensino 
aprendizagem para compreendê-los e aplicá-los consciente e autonomamente; é a criação de 
uma forma de conhecimento humano – relação cognitiva entre aluno e matéria de estudo – 
desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino, que não existe por si 
mesmo, mas na relação com a aprendizagem, e está diretamente relacionada com o 
desenvolvimento cognitivo (DÍAZ, 2011). 
 
Atualmente, a aprendizagem é entendida como um processo global, dinâmico, 
contínuo, individual, gradativo e cumulativo. De acordo com as características escolares, há a 
necessidade de que o aluno seja um processador ativo da informação que lhe é transmitida, não 
basta apenas ser um receptor passivo do conhecimento, o aluno precisa decodificar o que lhe é 
ensinado e assim absorver este conhecimento. Portanto, permite ao sujeito ter melhor 
compreensão das coisas que estão à sua volta, seus companheiros, a natureza e a si mesmo, 
capacitando-o a ajustar-se ao seu ambiente físico e social (ANDRADE et al., 2004). 
 
Segundo Piaget (1974) em sua teoria cognitiva o desenvolvimento cognitivo se 
originava da adaptação da criança ao seu ambiente, e assim buscando promover sua 
sobrevivência por meio da tentativa de aprender sobre seu ambiente. Isso transforma a criança 
em alguém que busca o conhecimento e a compreensão do mundo, mas com uma característica 
importante, que é o fato da criança operar ativamente sobre este mundo. 
 
Para Vygotsky (1978), a aprendizagem está sempre relacionada com o 
desenvolvimento. Ambos são expressões que se inter-relacionam reciprocamente, e que não é 
possível um acontecer sem o outro. O desenvolvimento pleno e complexo do ser humano 
depende da aprendizagem que se realiza em um dado grupo cultural, a partir da interação com 
os outros indivíduos (FONSECA, 2007). 
 
 
2.3 Desenvolvimento Motor 
 
O desenvolvimento geral do indivíduo será resultado de seu potencial genético e, 
sobretudo, das habilidades aprendidas durante as várias fases da vida. É um processo que se 
19 
 
 
 
inicia na concepção do ser e cessa apenas no final de sua vida; e revela-se, principalmente, por 
mudanças no comportamento dos movimentos ao longo do tempo. (GALLAHUE; OZMUN; 
GOODWAY, 2013) 
 
O desenvolvimento motor é a mudança contínua do comportamento motorao longo 
do ciclo da vida, provocada pela interação entre as exigências da tarefa motora, a 
biologia do indivíduo e as condições do ambiente. O desenvolvimento e o refinamento 
de padrões motores e de habilidades motoras são influenciados de maneiras 
complexas. (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013) 
 
Para Gallahue, Ozmun, e Goodway (2013), o desenvolvimento motor se caracteriza 
pelas mudanças progressivas no comportamento do movimento, envolvendo a maturação do 
sistema nervoso central e a interação com o ambiente através dos estímulos proporcionados 
durante as fases iniciais da vida e sofrerá alterações por toda ela, aprimorando o movimento e 
a capacidade de movimentar-se. Esse desenvolvimento se traduz em um processo de 
aperfeiçoamento e aquisição das habilidades que vão sendo escritos ao longo da experiência. 
 
Fig. 2 - Fatores que interferem no desenvolvimento motor 
 
Fonte: GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY (2013, p.49) 
 
O desenvolvimento infantil se inicia ainda na vida uterina, com o crescimento físico, 
a maturação neurológica, a construção de habilidades relacionadas ao comportamento e as 
esferas cognitiva, afetiva e social (VINHAES; TREVISAN, 2014). Tem como produto tornar a 
criança competente para responder às suas necessidades e às do seu meio, considerando seu 
20 
 
 
 
contexto de vida. Ainda, segundo Vinhaes e Trevisan (2014), a primeira infância, que abrange 
a idade entre zero a cinco anos, é a fase em que a criança se encontra mais receptiva aos 
estímulos vindo do ambiente e o desenvolvimento das habilidades motoras ocorre muito 
rapidamente. 
 
(...)na segunda infância e idade escolar, segundo Lineburguer et al. (2004, p. 20-5), 
há um incremento nas aptidões física e motora, quando a criança desenvolve 
consciência de si e do mundo exterior, conquistando sua independência e adaptação 
social, caracterizando rápidos progressos na aprendizagem. De acordo com Rosa Neto 
(1996), isso mostra que a aquisição de um bom controle motor permite à criança 
construir as noções básicas para seu desenvolvimento intelectual (apud ROSA NETO, 
2007, p.45-51). 
 
De acordo com Gallahue, Ozmun e Goodway (2013), a criança bem desenvolvida 
motoramente não vai ser beneficiada apenas pela execução uniforme dos movimentos, mas por 
toda a vida, sendo menos suscetível a desenvolver doenças de cunho psicológico devido a 
isolamento e exclusão, assim como a propensão a continuar a prática da atividade física na 
juventude, evitando dessa forma desenvolver patologias ligadas ao sedentarismo como a 
obesidade e doenças cardiovasculares tão comuns hoje no âmbito infantil. 
 
Uma observação a ser feita, é que, o desenvolvimento está relacionado com a idade, 
mas não depende dela, cada ser tem sua individualidade. A herança genética (ontogenia), e a 
similaridade (filogenia) entre os seres humanos, que é a predisposição de o desenvolvimento 
humano acontecer de maneira ordenada e previsível, são fatores biológicos que afetam esse 
padrão previsível do desenvolvimento motor (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013). 
 
Consideram-se três grandes áreas de desenvolvimento infantil: motor, cognitivo e 
emocional. Estas três grandes áreas de desenvolvimento interligam-se, influenciam-se e 
acontecem simultaneamente. 
 
O estudo do desenvolvimento motor perpassa os campos da fisiologia do exercício, 
biomecânica, aprendizado e controle motor, assim como os campos da psicologia do 
desenvolvimento e da psicologia social (THOMAS; THOMAS, 1989). 
 
"Tanto o processo (como ocorre) quanto o produto (movimento observável) de um 
movimento de um indivíduo estão enraizados em um ambiente experimental e genético peculiar, 
21 
 
 
 
conectados às exigências específicas da tarefa motora." (GALLAHUE; OZMUN; 
GOODWAY, 2013) 
 
 
2.4 Atividade física, Aprendizagem e Desenvolvimento Motor 
 
Os efeitos da prática sistemática da atividade física, do esporte, das brincadeiras e 
jogos podem ser constatados em todas as etapas de nossa vida. A prática de esportes e as 
brincadeiras ao ar livre aprimoram não só o autoconhecimento do ponto de vista físico, mas 
também a habilidade que cada jovem tem de raciocinar e tomar decisões. 
 
O movimentar-se é de grande importância biológica, psicológica, social e cultural, 
pois é através da execução dos movimentos que as pessoas interagem com o meio 
ambiente, relacionando-se com os outros, apreendendo sobre si, seus limites, 
capacidades e solucionando problemas. (ROSA NETO et al., 2007, p. 45-51) 
 
O movimento corporal assume um papel importante na formação global da criança, 
pois irá intervir nos fatores físicos, cognitivos e sociais, ampliando os aspectos relevantes ao 
desenvolvimento dela (HAGEMANN; RODRIGUES, 1991). 
 
Tanto a prática regular de esportes, quanto o esforço físico decorrente das brincadeiras, 
podem contribuir bastante com a capacidade de aprendizado de crianças, e adolescentes (LE 
BOULCH, 1985). Vale ressaltar que atividade física pode ser entendida e compreendida 
também como brincadeira, utilizando brinquedos e jogos, pois é um momento em que a criança 
desenvolve sua parte cognitiva, social e intelectual. 
 
A criança que não brinca é fechada para si, não se desenvolve intelectual e socialmente 
como precisa. A criança que não participa de atividades físicas é introspectiva e pode apresentar 
defasagem em seu desenvolvimento. 
 
Recentemente tem sido sugerido que a atividade física estimula o desempenho 
cognitivo infantil. A atividade física parece influenciar a cognição promovendo melhora do 
desempenho de diversas habilidades cognitivas como, por exemplo, na memória, raciocínio 
lógico, entre outras. Além disso, há evidência do efeito da atividade física sobre o desempenho 
acadêmico. Vale lembrar que há diferença entre desempenho acadêmico e desempenho 
22 
 
 
 
cognitivo. Considera-se desempenho acadêmico a parte do cotidiano infantil que está 
relacionada ao desempenho nas atividades escolares, e desempenho cognitivo a capacidade de 
adquirir conhecimento; diz respeito à razão e a memória. 
 
Conforme sugerido por Cezário (2008), as atividades físicas são propícias para um 
trabalho cognitivo bem consolidado e um bom desempenho acadêmico de crianças. Portanto, 
se torna importante o trabalho de ação motora e psíquica com a intenção de aperfeiçoar o 
desenvolvimento da aprendizagem, beneficiando os estudantes. A prática da educação motora 
tem influência no desenvolvimento de crianças com dificuldades escolares, como problema de 
atenção, leitura, escrita, cálculo e socialização. 
 
Além disso, promovendo a aptidão física e a saúde metabólica, o exercício físico pode 
contribuir para a melhoria de funções cognitivas específicas em adultos (MASLEY et al., 2009) 
e crianças (CHADDOCK et al., 2011; DIAMOND e LEE, 2011). Entre os benefícios cognitivos 
de um estilo de vida ativo, parece que o exercício físico pode beneficiar especificamente as 
funções executivas (HILLMAN et al., 2008), que compreendem controle inibitório, 
planejamento, memória operacional, tomada de decisão e flexibilidade cognitiva (MIYAKE et 
al., 2000). Mais especificamente, as funções executivas principais são inibição, memória de 
trabalho e flexibilidade cognitiva (DIAMOND, 2013). Essas funções cognitivas são necessárias 
para o desempenho das atividades diárias, sendo particularmente importante para o 
desenvolvimento cognitivo e motor (MIYAKE et al., 2000). 
 
 
Fig. 3 - Modelo de fatores associados ao melhor desempenho acadêmico 
 
Fonte: DONNELLY e LAMBOURNE (2011) 
 
23 
 
 
 
De maneira geral, a prática de esportes e atividades físicas estimula a criança a 
desenvolver não só a capacidadede reconhecer seu corpo, suas limitações e o seu potencial 
físico, mas também a sua habilidade de raciocinar e de tomar decisões; isso porque a criança 
acaba criando um caminho de condução do estímulo entre o cérebro e os músculos ainda mais 
eficiente. Esta capacidade se desenvolve ao longo dos anos e facilita o processo de 
aprendizagem em diferentes níveis cognitivos e motores. 
 
Lopes et al. (2011) alertam que o papel do movimento para o desenvolvimento das 
crianças é por vezes muito subestimado; a falta de movimento pode não só restringir o corpo 
do seu desenvolvimento motor, como também influenciar aspectos da personalidade como a 
percepção, a cognição, o discurso, as emoções e o comportamento social. Gregório et al. (2002, 
p. 250-255) declaram ainda que a prática da educação motora tem influência no 
desenvolvimento de crianças com dificuldades escolares, como problema de atenção, leitura, 
escrita, cálculo e socialização (apud ROSA NETO et al., 2007). 
 
Diversos motivos têm levado ao aumento pelo interesse nos estudos e competências a 
respeito do desenvolvimento motor. É possível evidenciar as relações existentes entre ele e o 
desenvolvimento cognitivo. Há uma forte associação entre o que a criança aprende por meio do 
fator cognitivo e o que realiza usando o seu fator motor (ROSA NETO et al., 2010). 
 
As relações entre exercícios e cérebro estão no centro das atenções da neurociência 
por suas implicações agudas e crônicas na vida das pessoas. As vantagens começam com a 
elevação na oxigenação e no fluxo sanguíneo no corpo como um todo. 
 
Segundo Tarantino e Oliveira (2012), há maior produção de neurônios e um aumento 
das substâncias que atuam na nutrição e desenvolvimento dessas quando submetidos a 
atividades regulares. O exercício aumenta a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas 
conexões, a chamada neuroplasticidade. Em estudos com ressonância magnética feitos em 
indivíduos foi possível também observar que quem se exercita regularmente produz uma intensa 
atividade no hipocampo, região relacionada à memória e à aprendizagem, e lá estão 
armazenadas as células-tronco que darão origem aos novos neurônios. 
 
24 
 
 
 
Ainda de acordo com Tarantino e Oliveira (2012), o incremento da circulação também 
estimula a comunicação mais eficiente entre os neurônios. A atividade física aumenta ainda a 
produção e a liberação de neurotransmissores. Os neurotransmissores dopamina e serotonina, 
por exemplo, são responsáveis pela liberação e controle de hormônios que auxiliam na da 
qualidade do sono, autoestima, cognição, aprendizagem, concentração, reduzem a ansiedade e 
os riscos de depressão (Fig. 4). 
 
 Fig. 4 - Principais neurotransmissores beneficiados pelos exercícios 
 
 Fonte: TARANTINO e OLIVEIRA (2012) 
 
Torna-se importante o estímulo à a atividade física como também a preocupação pela 
redução dos tempos de educação física nas escolas, que acaba por ter um impacto prejudicial 
não só na forma física das crianças como no seu desempenho acadêmico. 
 
Para que ocorra, seja qual for o tipo de aprendizagem, seja ela de leitura, de escrita ou 
de operações lógico‑matemáticas, torna-se importante uma estreita relação perceptivo‑motora 
desenvolvida entre a criança e o meio. O aperfeiçoamento perceptivo motor por parte da criança 
25 
 
 
 
proporcionará circunstâncias que beneficiam o amadurecimento de suas disposições cognitivas 
(ALVIM, 2009). 
 
Nessa relação, Maciel et al. (2010) ressaltam a importância de a criança ter acesso a 
vivências direcionadas para evolução motora, de forma satisfatória, tanto no ambiente escolar 
quanto fora. Deve-se atentar para oferecer bases requeridas para o estímulo e prática de domínio 
das habilidades fundamentais do movimento, envolvendo também as demais bases necessárias 
à formação global do ser como um todo (cognitivo afetivo e psicomotor). 
 
Quanto maior o número de experiências motoras e psicossociais que a criança 
experimenta menor vai ser sua dificuldade em aprender as habilidades escolares (FONSECA, 
2007; ROSA NETO, 2007; GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2013). O desenvolvimento 
motor e a aprendizagem do sujeito serão influenciados pelo meio, pois apenas os conteúdos 
genéticos não são suficientes para explicar como isso ocorre ao longo do tempo (VIGOTSKY, 
1978). 
 
Visando discutir e esclarecer alguns dos aspectos do desenvolvimento motor e da 
aprendizagem escolar, a proposta é buscar uma associação entre estes à prática de atividade 
física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
Trata-se de um estudo de revisão de literatura, realizado nas bases de dados 
multidisciplinares e nas bases específicas da área de saúde no período de Abril de 2017 a Maio 
de 2017. 
 
 
3.1 Bases de Dados consultadas: 
 
As bases de dados usadas foram: 
- Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/ PubMed); 
- Scientific Electronic Library Online (SciELO); 
 
 
3.2 Critérios de inclusão 
 
- Artigos científicos de revistas indexadas em português e inglês que abrangem o período de 
2013 a 2017; 
- Artigos que descrevam ou mencionem o tema abordado; 
 
 
3.3 Critérios de exclusão 
 
- Artigos científicos nos demais idiomas; 
- Estudos realizados com animais 
- Artigos de revisão 
 
 
3.4 Estratégia de busca 
 
O principal descritor utilizado foi “Atividade Física” a partir dos Keywords de artigos. 
No entanto, outros descritores foram usados, como: “Desenvolvimento motor”, 
27 
 
 
 
“Aprendizagem”, “Desempenho escolar”. Acrescenta-se que, para otimização da pesquisa os 
descritores foram combinados em cada banco de dados. 
Na estratégia de busca utilizada na base de dados PubMed, os descritores utilizados 
foram "physical activity" AND "motor development"; "physical activity" AND "school 
performance"; e "physical activity" AND "learning" AND "motor development" 
 
 Na estratégia de busca utilizada na base de dados SciELO e Capes, os descritores 
utilizados foram "atividade física" AND "desenvolvimento motor"; "atividade física" AND 
"desenvolvimento motor" AND "aprendizagem"; e "atividade física" AND "desenvolvimento 
motor" AND "aprendizagem" AND "desempenho acadêmico" 
 
Devido à carência de estudos que abordam o tema, outra estratégia de busca adotada 
foi acrescentar artigos por meio de autores ou de referências citados em artigos científicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
4. RESULTADOS 
 
 
Foram encontradas publicações nas bases PubMed (21), Scielo (13), e 16 por meio de 
referências, somando um total de 50 artigos. Após excluídas aquelas que se encontravam em 
duplicidade (6), mantiveram-se 44 estudos. 
 
Das publicações restantes procedeu-se a análise dos títulos e resumos, das quais foram 
excluídas 25, por não atenderem a proposta do estudo. Em seguida foi realizada a leitura na 
íntegra, das quais 8 foram removidas por não atenderem aos objetivos delineados; por serem 
artigos de revisão; por conterem estudos em animais; e sem grupo controle, permanecendo 4 
estudos para composição da amostra final, conforme exposto no Quadro 1. 
Quadro 1 – Fluxograma: etapas de seleção das publicações a compor a revisão sistemática 
 
Artigos em bases de dados: 
PubMed (21); Scielo (13) 
Total (34) 
 
Estudos removidos por não atenderem 
aos objetivos delineados; por serem 
artigos de revisão; por conterem 
estudos em animais; e sem grupo 
controle (8) 
Id
en
ti
fi
ca
çã
o
 
Tr
ia
ge
m
 
El
eg
ib
ili
d
ad
e
 
Estudosincluídos na revisão 
(4) 
 I
n
cl
u
sã
o
 
Publicações por meio de 
referências (16) 
 
Artigos restantes após remoção dos duplicados (44) 
Estudos mantidos após análise de 
título e resumo (19) 
 
Estudos excluídos com base no título e 
resumo (25) 
 
Estudos acessados na íntegra a partir 
dos critérios iniciais de elegibilidade 
(11) 
 
29 
 
 
 
Tabela 1 – Publicações que investigaram os efeitos da atividade física na aprendizagem e no desenvolvimento infantil 
Título do artigo Autor / Periódico Base de Dados Objetivos Metodologia Resultados 
Motor Coordination 
Correlates with 
Academic Achievement 
and Cognitive Function in 
Children 
 
Coordenação Motora se 
correlaciona com 
a realização acadêmica e 
função cognitiva 
em crianças 
FERNANDES, V. R. 
et al. 2016 
 
Frontiers in 
Psychology, 7, 318. 
2016 
 
PUBMED Investigar a relação 
entre habilidades 
motoras, função 
cognitiva e 
desempenho escolar. 
Estudo transversal, com 45 alunos 
com idade de 8-14 anos, para 
avaliar a coordenação motora 
(Touch Test Disc), a agilidade 
(Shuttle Run Speed - corrida de ida 
e volta), o desempenho escolar 
(Academic Achievement Test), o 
teste Stroop e seis sub-testes do 
Wechsler Intelligence Scale for 
Children-IV (WISC-IV). 
Os dados indicam que a coordenação motora 
visual e a atenção seletiva visual, mas não a 
agilidade, podem influenciar o desempenho 
acadêmico e a função cognitiva. Os resultados 
destacam a importância de investigar a 
correlação entre habilidades físicas e 
diferentes aspectos da cognição. 
Associação entre o nível 
de atividade física de 
lazer e o desempenho 
cognitivo em crianças 
saudáveis 
MEREGE FILHO, 
C.A.A. et al. 2013 
 
Rev. Bras. Educ. Fís. 
Esport., v.27, n.3, p. 
355-361. São Paulo. 
Jul./Set. 2013 
SciELO Avaliar a associação da 
atividade física de lazer 
sobre o desempenho 
cognitivo em crianças 
saudáveis. 
Estudo transversal, no qual 100 
crianças (10,8 ± 0,6 anos) foram 
divididas em dois grupos: 
"Insuficientemente Ativos" (IA) e 
"Ativos" (A). O desempenho 
cognitivo foi avaliado pelo Teste 
de Memória e Aprendizagem de 
Figuras, o Teste de Stroop e o 
Teste de Trilhas. 
Foi observada uma diferença estatisticamente 
significante entre os grupos para a condição de 
memória incidental do Teste de Memória e 
Aprendizagem de Figuras (IA: 6,6 ± 1,37 versus 
A: 7,1 ± 1,24; p = 0,03). Entretanto, não foram 
observadas diferenças estatisticamente 
significativas entre os grupos para todas as 
outras variáveis. Esses achados revelam uma 
influência positiva da atividade física de lazer 
sobre a memória incidental de crianças 
saudáveis, mas não a memória tardia, a 
flexibilidade mental e o controle inibitório. 
Estudos com maiores amostras e medidas 
diretas de avaliação de nível de atividade física 
precisam ser conduzidos para confirmar esses 
achados. 
30 
 
 
 
Efeito de um programa 
escolar de estimulação 
motora sobre o 
desempenho da função 
executiva e atenção em 
crianças 
CARDEAL, C.M. et 
al., 2013 
 
Rev. 
Motricidade v.9, n.
3, p. 44-56. Set. 
2013 
SciELO Verificar o efeito da 
estimulação motora, 
nas respostas da 
função cognitiva de 
crianças na faixa etária 
de 6 a 10 anos, de 
escolas públicas do 
Distrito Federal, Brasil. 
Foram formados 2 grupos 
controle (n = 40) e experimental (n 
= 40), avaliados antes e depois da 
intervenção, as variáveis 
analisadas: motricidade, função 
executiva, tempo de reação e 
atenção seletiva. A intervenção 
ocorreu durante 7 meses com 
aulas de educação física escolar 
Os resultados demonstraram que ocorreu uma 
diferença significativa entre os grupos nos 
testes de função executiva [F(1, 118)= 13.768; 
p = .001], tempo de reação [F(1, 118)= 18.352; 
p = .001] e atenção seletiva [F(1, 64)= 14.531; 
p = .001]. Desse modo, foi observado que, o 
grupo que sofreu intervenção melhorou não 
somente o aspecto motor, mas também 
melhorou de forma significativa o 
desempenho das funções cognitivas testadas. 
Associação da aptidão 
física e desempenho 
acadêmico de escolares 
FERRARI, G.L. M. et 
al., 2014 
 
 
Rev. Bras. Ci. e 
Mov. v. 22, n. 4, p. 
37-46. 2014 
 Avaliar a associação 
entre a aptidão física e 
o desempenho 
acadêmico em 
escolares do município 
de Ilhabela. 
A amostra consistiu em 226 
escolares (119 meninos e 107 
meninas) com idade entre 10 e 15 
anos. As variáveis 
antropométricas analisadas 
foram: índice de massa corporal, 
circunferência de cintura, 
somatória das sete dobras 
cutâneas (subescapular, bicipital, 
tricipital, supra ilíaca, axilar-
média, abdominal e panturrilha 
medial). As variáveis 
neuromotoras da aptidão física 
foram: força de membros 
superiores e inferiores, agilidade e 
força abdominal. O desempenho 
acadêmico (satisfatório vs. não 
satisfatório) foi analisado por 
meio das disciplinas de 
matemática, português, leitura e 
ciências cursadas no primeiro 
semestre de 2013. 
Os resultados corroboram com a literatura 
atual, indicando uma associação entre um 
componente da aptidão física (força muscular) 
e o desempenho escolar (disciplina de 
ciências) de crianças e adolescentes. 
Programas de incentivo à prática de atividade 
física, especialmente na escola, devem ser 
estimulados a fim de proporcionar os diversos 
benefícios da atividade física a essa população, 
como por exemplo, a possível melhora no 
desempenho escolar. 
 
31 
 
 
 
5. DISCUSSÃO 
 
 
Os achados de Fernandes, V. R. et al. (2016) sugerem que um aspecto específico das 
habilidades motoras, a saber, a coordenação motora, está diretamente relacionado ao 
desempenho acadêmico e, entre as variáveis investigadas, o melhor preditor foi a coordenação 
motora avaliada pelo Touch Test Disc (TTD). 
 
Nenhum dos testes de avaliação neuropsicológica apresentaram correlação 
significativa com Touch Test Disc (TTD) ou Agilidade. E viu-se que a Agilidade não se associa 
ao desempenho acadêmico e às habilidades cognitivas. 
 
A correlação entre coordenação motora e realização escolar, verificada neste estudo, 
parece estar relacionada à capacidade motora e à percepção visual necessária para a 
identificação e localização do objeto. 
 
Existem algumas limitações que precisam ser consideradas. Em primeiro lugar, o IMC 
teve uma grande variabilidade entre os indivíduos. No entanto, não houve diferença 
significativa entre os grupos de IMC entre as variáveis dependentes. Outra limitação é a falta 
de informações sobre a maturação das crianças, uma vez que houve uma grande variação de 
idade (8-14anos). 
 
Por fim, o presente estudo concluiu que a coordenação motora visual e a atenção 
seletiva visual, mas não a agilidade, podem influenciar o desempenho acadêmico e a função 
cognitiva. Porém viu-se a necessidade de pesquisas futuras que investiguem a relação entre 
diferentes habilidades motoras complexas (habilidades motoras finas, coordenação bilateral do 
corpo, coordenação mão-olho e coordenação pé-olho) com desempenho cronometrado, 
permitindo a avaliação da velocidade, atenção e qualidade do desempenho nas tarefas. Além 
disso, avaliará a influência das habilidades físicas na cognição e no desempenho acadêmico. 
 
Os resultados encontrados por Merege Filho, C.A.A. et al. (2013) sugerem que um 
maior nível de atividade física no tempo de lazer pode influenciar positivamente a memória 
incidental, porém não afeta as demais tarefas cognitivas avaliadas nesse estudo. 
32 
 
 
 
Tendo em vista que os níveis de atividade física geralmente se correlacionam 
positivamente com níveis de aptidão física, é possível especular que os achados deste estudo 
vão de encontro aos da literaturaque demonstram uma associação entre a aptidão física e o 
tempo de reação em tarefas que requerem um alto poder de controle inibitório, flexibilidade 
cognitiva e ativação cortical em crianças. 
 
No estudo, apenas a memória incidental mostrou-se susceptível a um maior nível de 
atividade física no tempo de lazer (p = 0,03). Esse e outros achados sugerem que crianças mais 
assiduamente engajadas em atividades físicas esportivas no tempo de lazer têm maior 
desempenho na memória de curto prazo. 
 
Neste estudo, contudo, não foi possível avaliar dados de desempenho escolar, bem 
como casos individuais de desinteligências domiciliares, os quais poderiam auxiliar na 
explicação dos nossos achados. Além disso, faz-se necessária a realização de estudos com 
amostras maiores, evitando possíveis erros estatísticos do tipo 2 (relato de ausência de 
significância, quando, de fato, a mesma existe). 
 
As crianças fisicamente ativas apresentaram melhor desempenho cognitivo do que 
aquelas insuficientemente ativas numa tarefa de memória incidental. Contudo, o nível de 
atividade física no tempo de lazer pareceu não afetar as demais respostas cognitivas, tais como 
a memória tardia, a flexibilidade mental e o controle inibitório. 
 
A partir dos resultados obtidos na avaliação motora, por Cardeal, C.M. et al. (2013), 
observa-se que o esquema corporal, a organização espacial e a organização temporal foram as 
que apresentaram o maior grau de defasagem para ambos os grupos. O processo de 
desenvolvimento do esquema corporal ocorre plenamente durante a infância, no qual, a criança 
toma consciência das partes que constituem o corpo e como essas podem se movimentar. Na 
sua fase final (entre 7 e 8 anos de idade), está intimamente associada com o desenvolvimento 
espacial. 
 
Tal estudo encontrou diferenças significativas entre dois grupos no que se refere ao 
tempo de reação, que pode estar associado com a atividade física, corroborando com 
(CHADDOCK et al., 2012). 
33 
 
 
 
Quanto à função executiva foi observado, que o grupo experimental obteve melhores 
respostas no momento pós-intervenção motora quando comparado com o grupo controle. 
Adicionalmente, a função executiva é fundamental para todas as formas de comportamento e é 
uma estrutura fundamental para o desenvolvimento. É importante para o comportamento em 
sala de aula, para a aprendizagem e também para a auto regulação. Assim a atividade física, 
aqui representada pela educação física escolar, tem o potencial de promover o desenvolvimento 
através do seu impacto direto na função executiva. 
 
Foi observado que, o grupo que sofreu intervenção melhorou não somente o aspecto 
motor, mas também melhorou de forma significativa o desempenho nos testes de função 
executiva e atenção seletiva, ou seja, o raciocínio ainda que baseado nas operações concretas 
tornou-se mais rápido requisitando menos tempo para solucionar um problema. 
 
Ferrari, G. L. M. et al., (2014) avaliaram a associação entre a aptidão física e o 
desempenho acadêmico de escolares de Ilhabela. Os resultados apontam para uma associação 
entre a força de membros inferiores e o desempenho satisfatório na disciplina de ciências. Esses 
achados corroboram com as evidencias presentes na literatura, mostrando uma associação entre 
a força muscular e o desempenho escolar (disciplina de ciências) de crianças e adolescentes. 
 
O estudo apresenta algumas limitações. As escolas avaliadas pelo estudo 
disponibilizaram informações quanto ao desempenho escolar de forma dicotômica: satisfatória 
e não satisfatória. Entretanto, a categorização dessa variável, que é fundamentalmente contínua, 
apresenta várias limitações como: a) perda de informação; b) indivíduos próximos aos pontos 
de corte definidos pelas categorias são considerados muito diferentes, quando na verdade são 
semelhantes; c) perda de poder estatístico e estimativa imprecisa; d) impossibilidade de analisar 
relações lineares. Além disso, o delineamento transversal limita a possibilidade de analisar uma 
relação causal entre a aptidão física e o desempenho acadêmico por não levar em conta a 
temporalidade das relações. 
 
Contudo, os resultados do estudo, em conjunto com os da literatura citados, sugerem 
que a atividade física no ambiente escolar pode ter um impacto sobre as habilidades cognitivas 
e comportamento acadêmico, os quais são componentes importantes na melhoria do 
desempenho acadêmico. 
34 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 
Sabe-se da importância da prática de atividades físicas, principalmente vinculada aos 
seus efeitos benéficos à saúde. Vários estudos comprovam que a prática da atividade física, é 
um dos elementos fundamentais para a aquisição ou manutenção do estado da saúde, 
considerado adequado, tanto nos aspectos físicos como mentais. 
 
Conforme algumas pesquisas realizadas recentemente, existem evidências de que há 
certa influência da atividade física com relação ao desenvolvimento humano. Portanto o 
presente trabalho buscou abordar a questão da atividade física no contexto mais amplo, a conter 
desde atividades de lazer até atividades sistematizadas, relacionando-a com o desenvolvimento 
motor e aprendizagem infantil. 
 
Nesse contexto, embora existam algumas dificuldades e obstáculos, principalmente 
para avaliação de resultados, parece que atividade física realmente é uma ferramenta capaz de 
influenciar positivamente no desenvolvimento motor e na aprendizagem infantil, podendo ser 
observado através do desempenho acadêmico, os quais se relacionam entre si. 
 
Dada a importância do assunto, faz-se necessário o desenvolvimento de mais formas 
de avaliar o desempenho motor, mas principalmente o cognitivo a fim de tornar o estudo do 
tema mais notável e influente, podendo assim fazer-se mais evidente para grande população, 
que poderá usufruir dos prós da atividade física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ACHOUR JR. Efeitos das atividades físicas nos componentes herdados predisponentes a 
doenças cardiovasculares. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde. 4, 53-62, 1996. 
AMERICAN COLLEGE SCIENCE MEDICINE. Aptidão Física na Infância e na 
Adolescência: Posicionamento Oficial Do Colégio Americano de Medicina Esportiva. 
Disponível em: <http://www.acsm.org.br.htm.> Acesso em: 18 de abril de 2017. 
ALVIM, R. A. A educação física escolar e o desenvolvimento motor. Artigonal, 2009. 
Disponível em: 
<http://www.artigonal.com/educacao‑artigos/a‑educacao‑fisica‑escolar‑e‑o‑desenvolvimen
to‑motor‑1408298.html>. Acesso em: 10 Abril de 2017. 
ANDRADE, A. L.C.B.; ROLIM, M.K.S.B. O desenvolvimento motor, a maturação das áreas 
corticais e a atenção na aprendizagem motora. EFdeportes, 78, 10, 2004, Buenos Aires. 
Disponível em http://www.efdeportes.com 
ARAUJO, D. S. M. S. de; ARAUJO, C. G. S. de. Aptidão física, saúde e qualidade de vida 
relacionada à saúde em adultos. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v.6, n.5, p.194-203, Out. 
2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922000000500005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 Maio de 2017. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922000000500005. 
BOMPA, T.O. Periodização - Teoria e Metodologia do Treinamento. 4ªed.São Paulo: Phorte, 
2002. 
BOUCHARD, C. et al. Exercise, fitness and health: The concensus statement. In: Bouchard, C. 
et al. Exercise, fitness and health. Champaign, Illinois, Human Kinetics Books, 1990. 
BRACCO, Mário Maia et al. Atividade física na infância e adolescência: impacto na saúde 
pública. 2003. 
CARDEAL, Cintia Mota et al. Efeito da intervenção de estimulação motora escolar na função 
executiva e no desempenho da atenção emcrianças. Motricidade, v. 9, n. 3, p. 44-56, 2013. 
ISSN 2182-2972. Disponível em: 
< http://revistas.rcaap.pt/motricidade/article/view/762/2432 >. Data de acesso: 13 de Maio de 
2017. doi: https://doi.org/10.6063/motricidade.9(3).762 . 
CEZÁRIO, A. E. S. Influência da atividade física no desenvolvimento motor e rendimento 
escolar em crianças do Fundamental. 2008. Disponível em: 
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/E
DUCACAO_FISICA/monografia/Influencia‑da‑atividade‑fisica.pdf.> Acesso em: 10 Maio 
de 2017. 
36 
 
 
 
CHADDOCK, L. et al. Uma revisão da relação de aptidão aeróbica e atividade física para 
estrutura e função cerebral em crianças. J. Int. Neuropsychol. Soc., 17, 975-85, 2011. doi: 
10.1017 / S1355617711000567 
DE CARVALHO, Yara M. et al. O mito atividade física/saúde. 1993. 
DIAMOND, A. Funções executivas. Annu. Rev. Psychol. 64, 135-168, 2013. doi: 10.1146 / 
annurev-psych-113011-143750 
DIAMOND, A.; LEE, K. Intervenções mostradas para auxiliar o desenvolvimento da função 
executiva em crianças de 4 a 12 anos de idade. Science, 333, 959-64, 2011 doi: 10.1126 / 
science.1204529 
DÍAZ, F. O processo de aprendizagem e seus transtornos. Salvador: EDUFBA, 2011. 
FERRARI, G. L. M. et al. Associação da aptidão física e desempenho acadêmico de escolares. 
Rev. Bras. Ci. e Mov. 2014;22(4):37-46. 
 
FERNANDES, V.R. et al. Coordenação motora se correlaciona com a realização acadêmica e 
função cognitiva em crianças. Frontiers in Psychology, v. 7, 318, Março, 2016. 
http://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.00318 
FONSECA, V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. São Paulo: Artmed, 2007 
GALLAHUE, D.; OZMUN, J.; GOODWAY, J. Compreendendo o desenvolvimento motor: 
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2013. 
GRANDE, Rio; SOLO, Academia Barra. Aptidão física relacionada ao desempenho motor em 
escolares de sete a 15 anos. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, v. 24, n. 1, p. 5-14, 2010. 
GUEDES, D.P. et al. Níveis de prática de atividade física habitual em adolescentes. Revista 
Brasileira de Medicina Esportiva. v. 7, n. 6, nov./dez. 2001. 
GUISELINI, Mauro, (1996) Qualidade de vida: um programa Leite. (1997) Exercício, saúde e 
Desempenho Físico, São Paulo: Editora Atheneu. 
HAGEMANN, M.; RODRIGUES, M. B. Criança cresce brincando. Porto Alegre: Magister, 
1991. 
HILLMAN, CH. et al. Seja inteligente, exercite seu coração: efeitos de exercício no cérebro e 
na cognição. Nat. Rev. Neurosci. 9, 58-65, 2008. doi: 10.1038 / nrn2298 
JENOVESI, J.F. et al. Evolução no nível de atividade física de escolares observados pelo 
período de 1 ano. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília, v. 12, n. 1, p. 19 - 24, 
jan./mar. 2004. 
LAZZOLI, J. K. et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Rev. Bras. Med. 
Esporte, Niterói, vol. 4, n. 4, p. 107-109, Jul./Ago., 1998. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
37 
 
 
 
86921998000400002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:13 Abril de 
2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86921998000400002 
LE BOULCH, J. A educação pelo movimento - A psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1983. 
LE BOULCH, J. Desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 6 anos. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1985. 
LECKIE, R. L, et al. BDNF mediates improvements in executive function following a 1-year 
exercise intervention. Frontiers in Human Neuroscience, 8, 985, 2014. 
LOPES, L. O.; LOPES, V. P.; SANTOS, R.; PEREIRA, B. O. Associações entre atividade 
física, habilidades e coordenação motora em crianças portuguesas. Rev. Bras. Cineantropom. 
Desempenho Hum., v. 13, n. 1, p. 15‑21, 2011. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v13n1/03.pdf.>. Acesso em: 18 Abril de 2017. 
MACIEL, M. C.; QUEIROZ, L. T. S.; CORREA, S. S. O.; MAUÉS, S. C.; PINTO, R. F. Perfil 
motor dos escolares da rede particular de ensino da cidade de Macapá. EFdeportes, Buenos 
Aires, ano 14, n. 142, mar. 2010. Disponível em: 
<http://www.efdeportes.com/efd142/perfil‑motor‑dos‑escolares‑da‑rede‑particular.htm>. 
Acesso em: 10 Junho de 2017. 
MASLEY, S.; ROETZHEIM, R.; GUALTIERI, T. O exercício aeróbio aumenta a flexibilidade 
cognitiva. J. Clin. Psychol. Med. 16, 186-193, 2009. doi: 10.1007 / s10880-009-9159-6 
MEREGE FILHO, Carlos Alberto Abujabra et al . Associação entre o nível de atividade física 
de lazer e o desempenho cognitivo em crianças saudáveis. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São 
Paulo, v. 27, n. 3, p. 355-361, Set. 2013. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-
55092013000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 de Maio de 
2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092013000300003. 
MIYAKE, A. et. al. A unidade e a diversidade das funções executivas e suas contribuições para 
tarefas complexas de Lobe Frontal: uma análise de variáveis latentes . Cogn. Psychol; 2000 
NAHAS MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo 
de vida ativo. Londrina: Miografi; 2001 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Estratégia global de dieta, atividade física e saúde. 
Genebra, 2004. Disponível em: http://www.who.int/dietphysicalactivity/pa/es/. Acesso em: 11 
de Junho de 2017. 
PERALTA, M. et. al. A relação entre a educação física e o rendimento acadêmico dos 
adolescentes: uma revisão sistemática. Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente, v. 
5, n. 2, p. 129-137, 2015. 
PIAGET, J. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1974. 
38 
 
 
 
PITANGA, Francisco José Gondim. Epidemiologia, atividade física e saúde. Revista Brasileira 
de, 2002. 
ROSA NETO, F. et al. Desenvolvimento Motor de Crianças com Indicadores de Dificuldades 
na Aprendizagem Escolar. R. Bras. Cin. e Mov. v. 15, n. 1, p. 45-51, 2007. 
ROSA NETO, F. et al. A importância da avaliação motora em escolares: análise da 
confiabilidade da escala de desenvolvimento motor. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho 
Hum., Florianópolis, v. 12, n. 6, dez. 2010. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980‑00372010000600005&lng=e
n&nrm=iso>. Acesso em 18 Maio 2017 
TARANTINO, M.; OLIVEIRA, M.; Aumente o poder do cérebro com exercícios, ISTOÉ, nº 2237, 
Setembro, 2012 Disponível em: 
<http://istoe.com.br/239697_AUMENTE+O+PODER+DO+CEREBRO+COM+EXERCICIO
S>. Acesso em 18 de Abril de 2017. 
THOMAS, J. R.; THOMAS, K.T. What is motor development: Where does it belong?. 1989. 
VINHAES, M.R.; TREVISAN, C. Fisioterapeutas do IFF falam sobre desenvolvimento motor 
na primeira infância, Agência Fiocruz De Notícias, Novembro, 2014. Disponível em: 
<https://agencia.fiocruz.br/fisioterapeutas-do-iff-falam-sobre-desenvolvimento-motor-na-
primeira-inf%C3%A2ncia>. Acesso em 18 de Abril de 2017. 
VYGOTSKY, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: 
VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. (Org.). Linguagem, desenvolvimento 
e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1978, p. 57. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global recommendations on physical activity for 
health. Genebra: WHO; 2010. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/ 
2010/9789241599979_eng.pdf Acessado em Maio de 2017.

Continue navegando