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As matrizes de leitura e o Currículo Escolar Elba L. Gomes elbam10@gmail.com I OFICINA DE ELABORAÇÃO DE ITENS SEDUC_RO http://www.mec.gov.br/ Ao direcionar o foco do processo de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento de habilidades e competências, devemos ressaltar que essas necessitam ser vistas, em si, como objetivos de ensino. É preciso que a escola inclua entre as suas responsabilidades a de ensinar a comparar, classificar, analisar, discutir, descrever, opinar, julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos... Caso contrário, o foco tenderá a permanecer no conteúdo e as competências e habilidades serão vistas de modo minimalista. Os descritores da Matriz de referência representam o esforço de realizar o possível em termos de avaliação e não o desejável em termos de ensino. Os descritores são aferidores e NÃO devem se constituir em autênticos programas curriculares “O ensino de Língua Portuguesa, portanto, deve centrar-se em três práticas: 1. A prática de compreensão de textos; 2. A prática de produção de textos; e 3. A prática de análise lingüística. Os descritores tentam retratar graus de complexidade diversos e níveis de dificuldade, considerando a temática; as estratégias textuais; a escolha do léxico; os recursos sintáticos da composição; o gênero textual. O Saeb busca romper “com a tradição “conteudística” de abordagens descontextualizadas” para favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades comunicativas. Os descritores SÃO apenas um instrumento de aferição e NÃO um instrumento de orientação para a confecção dos programas de ensino. O ensino não está aí para servir à avaliação e sim à formação. A avaliação é que deve ser subordinada e não o ensino. O currículo escolar deve levar em consideração as peculiaridades locais. Se considerarmos a quantidade de informações que temos no mundo, falta muito ao currículo. O currículo deve oferecer condições para que o aluno tenha uma visão crítica do mundo e continue buscando novas informações para completar a sua formação.