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MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa Conforme a lei federal, o planejamento familiar é direito de todo o cidadão e caracteriza pelo conjunto de ações para regular a fecundidade. Ou seja, dá o homem, mulher, ou casal o direito de ter quantos filhos quiser, no momento que lhe for mais conveniente, com toda a assistência necessária para garantir isso integralmente. A atuação dos profissionais de saúde, no planejamento familiar, deve ser pautado no princípio da paternidade responsável e no direito de livre escolha dos indivíduos e/ou casais. O SUS oferece, em toda a sua rede de serviços, assistência à concepção e contracepção. Além de oferecer também as práticas e laqueadura de trompas e da vasectomia dentro das alternativas de anticoncepção. A atuação dos profissionais de saúde envolve 3 tipos de atividades: atividades educativas, aconselhamento e atividades clínicas. Atividades educativas Devem ser desenvolvidos com o objetivo de oferecer ao público conhecimentos necessários para a escolha e posterior utilização do método anticoncepcional mais adequado, assim como propiciar o questionamento e reflexão sobre os temas (anticoncepção e sexualidade). Devem ser feitas em grupos. As práticas educativas devem ter um caráter participativo, permitindo a troca de informações e experiências baseadas na vivencia de cada individuo do grupo. A linguagem utilizada pelo profissional deve ser simples, acessível e precisa. Aconselhamento É entendido como um processo de escuta ativa individualizada e centrado no indivíduo. Nessa prática, o profissional deve identificar e acolher a demanda do paciente ou casal (suas necessidades, dúvidas, preocupações, medos e angustias) relacionado ao planejamento familiar e prevenção de DSTs. Avaliar o risco individual ou do canal para infecção pelo HIV ou outras DSTs. Reconhecer que o sucesso da ação depende da confiança e aceitação dos interlocutores (prof e indivíduo). Atividades clínicas As atividades clínicas devem ser realizadas levando-se em conta que todo e qualquer contato que a mulher venha a ter com os serviços de saúde deve ser utilizado em benefício da promoção, proteção e recuperação da sua saúde. De tal forma que a primeira consulta deve ser feita após as atividades educativas incluindo: a anamnese; exame físico geral e ginecológico, com especial atenção para a orientação do auto-exame de mamas e levantamento de data da última colpocitologia oncótica para avaliar a necessidade de realização da coleta ou encaminhamento para tal; análise da escolha e prescrição do método anticoncepcional. Método Ogino-Knaus (tabelinha) Esse método baseia-se no fato de que a duração da segunda fase do ciclo (pós ovulatório) é relativamente constante, com a ovulação ocorrendo entre 11 a 16 dias antes do inicio da próxima menstruação. O calculo do período fértil da mulher é feito mediante a analise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 a 12 meses. Instruções: Verificar a duração de cada ciclo. Identificar o ciclo mais curto e o mais longo. Calcular a diferença entre eles. Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for de 10 dias ou mais, a mulher não deve usar esse método como contraceptivo. Para evitar gravidez, o casal deve ser orientado a abster-se de relações sexuais durante o período fértil. MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa Método da temperatura basal corporal Esse método fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo do ciclo. A temperatura basal corporal é a do corpo em repouso. Antes da ovulação, a temperatura permanece num determinado nível baixo. Após a ovulação, lá se eleva ligeiramente (alguns décimos de grau centígrado), permanecendo nesse novo nível até a próxima menstruação. Esse aumento da temperatura é devido à elevação dos níveis e progesterona, que tem efeito termogênico. O método permite, por meio da mensuração diária da temperatura basal, a determinação da fase infértil pós-ovulatória. Instruções: A partir do primeiro dia do ciclo, verificar diariamente a temp, pela manha, antes de realizar qualquer atividade e após um período de repouso de no mínimo 5h. Usando um termômetro comum, escolhendo uma via (oral, vaginal ou retal) e verificando com o mesmo termômetro todos os dias. Registrar a temperatura observada e traçar uma linha, formando um gráfico. Verificar a ocorrência de um aumento persistente da temp por 4 dias no período esperado após a ovulação. Reconhecer que a diferença de no mínimo 0,2°C entre a última temperatura baixa e as três temperaturas altas que se seguem indica a mudança da fase ovulatória para a fase pós-ovulatória do ciclo menstrual, durante a qual a temperatura se manterá alta, até a época da próxima menstruação. O período fértil termina na manhã do 4° dia em que for observada a temperatura elevada. Para evitar a gravidez o casal deve abster-se das relações sexuais com contato genital durante toda a primeira fase do ciclo (pré-ovultatório) e até a manhã do dia em que se verificar a quarta temperatura alta acima da linha base, principalmente durante os primeiros meses de uso do método. Atentar-se aos fatores que podem alterar a temp: mudanças no horário de verificar a temp, ingestão de bebidas alcoólicas, pouco sono, perturbações do sono, doenças, mudança de ambiente, perturbações emocionais, refeições próximas do horário de dormir, relações sexuais na madrugada. Método do muco cervical ou Billings Baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação das características do muco cervical e da sensação por ele provocada na vulva. Por ação hormonal, o muco sofre transformações características ao longo do ciclo, possibilitado dessa maneira identificar o processo ovulatório. O muco cervical, no início do ciclo, é espesso, grumoso, dificultando a ascensão dos espermatozoides pelo canal cervical. O muco cervical, sob ação estrogênica, produz, na vulva, uma sensação de umidade e lubrificação, indicando o tempo da fertilidade, momento em que os espermatozoides têm maior facilidade de penetração no colo uterino. Nessa fase, o muco é transparente, elástico, escorregadio e fluido, semelhante à clara de ovo. Instruções: Observar diariamente a presença ou ausência de fluxo mucoso e analisar as características do muco. Método sinto-térmico Combinação de múltiplos indicadores da ovulação, com a finalidade de determinar o período fértil com maior precisão e confiabilidade. Parâmetros: dor abdominal, sensação de peso nas mamas, variações de humor e libido, enxaqueca, MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa náuseas, acne, aumento de permite, ganho de peso, temperatura e muco cervical. Benefícios: conhecimento sobre fisiologia corporal e ausência de efeitos adversos. Coito interrompido Inclui a participação do homem na prevenção da gravidez. Baseia-se na capacidade do homem pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do esperma, ou seja, antes de ejacular. A eficácia deste método é baixa e oferece alto risco de gravidez O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozoides vivos o que aumenta o índice de falha; não oferece proteção contra DST/AIDS. Como cuidado, antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos de esperma de uma eventual relação anterior.Como exige retenção constante da ejaculação, para alguns homens, pode gerar tensão, ansiedade e dor pélvica. Preservativo masculino É um dos métodos anticoncepcionais mais difundidos no mundo Consiste em um envoltório de látex que recobre o pênis durante o ato sexual e retém o esperma por ocasião da ejaculação impedindo o contato com a vagina, assim como impede que os microrganismos da vagina entrem em contato com o pênis ou vice-versa. Mas há também camisinhas feitas de poliuretano, indicadas para pessoas que têm alergia ao látex. É recomendado pelos órgãos de saúde devido a sua eficácia na prevenção, é o único método comprovado para prevenir as DSTs, inclusive o HIV/Aids. Sua segurança depende de armazenamento adequado, da técnica de uso e da utilização em todas as relações sexuais. Instruções: Deve ser colocado no pênis ereto, é importante segurar a ponta da camisinha durante a colocação, deixando uma parte vazia, sem ar, para que o esperma fique depositado ali depois da ejaculação. Ao final, deve ser descartado. Preservativo feminino A camisinha feminina é feita de um tipo de borracha, plástico ou poliuretano, com anéis flexíveis nas duas extremidades, um deles fechado e deve ser colocado no interior da vagina que impedem que os espermatozoides possam chegar às tubas uterinas. O outro é aberto e deve ficar do lado de fora protegendo os pequenos e grandes lábios Assim como o preservativo masculino, este método é uma proteção da mulher contra gravidez e as DSTs. A eficácia do produto está diretamente ligada à qualidade do produto e ao seu uso correto. Nunca use camisinha feminina junto com a masculina por causa do risco de aderência e ruptura. A camisinha feminina também é lubrificada e deve ser utilizada uma única vez. Não exige prescrição médica e a possibilidade de falha é de aproximadamente 5%, podendo chegar a 20% Diafragma O diafragma é um anel de metal flexível, recoberto por uma membrana de borracha fina, de forma côncava. É introduzido pela mulher na vagina, sobre o colo do útero antes da relação sexual. Para aumentar sua eficiência, devem-se lubrificar as bordas com geleia espermicida Sua eficácia é menor que a da pílula do DIU e da camisinha. MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa Há vários tamanhos e para saber o mais adequado, a mulher deve fazer uma medição com um profissional de saúde capacitado. Deve-se repetir a medição do diafragma: Após cada parto. Após abortamento. Caso ganhe ou perca peso (5kg). Após cirurgia vaginal ou perineal. A cada 2 anos. Deve ser colocado imediatamente antes da relação sexual ou com até 6 horas de antecedência e só pode ser retirado de 6 a 8 horas depois da última ejaculação. Este método tem pouca aceitação no Brasil. Seu uso depende do conhecimento da genitália feminina e uma série de cuidados na colocação e na retirada do produto. A possibilidade de falha desse método está entre 2% e 6%, podendo chegar a 20%. Capuz cervical O capuz cervical é um dispositivo de borracha caliciforme ou látex em forma de dedal que se ajusta ao redor do colo uterino. Antes da relação sexual é usado com espermicida colocando-o dentro da vagina para tampar seu cervix. O dispositivo tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães Antes de usa-lo, levante o capuz contra a luz e olhe atentamente para quaisquer fissuras, buracos, ou manchas que indiquem fragilidade no mesmo (se achar quaisquer falha, não o use). Encha um terço do capuz com geleia ou creme espermicida e empurre-o para cima na vagina de forma que ele cubra a cérvice. Sempre se deve colocar um espermicida em seu interior, antes de usa-lo Não remova o capuz por pelo menos 6 a 8 horas após ter mantido relação sexual. Faça um acompanhamento médico através de exame de Papanicolaou após ter usado o capuz cervical por 3 meses para ter certeza de que a área ao redor da sua cérvice não sofreu mudança. O dispositivo deve ser usado só por mulheres cujo resultado do exame foi normal. O capuz cervical é uma escolha impropria ate a sexta semana pós- parto e após um aborto Limpe o capuz com sabão neutro e seque-o cada vez que o usar. Armazene-o em um lugar seco, longe do calor e luz. Espermicida São produtos químicos apresentados sob a forma de espuma, creme, geleias, pomadas ou cápsulas. O objetivo do espermicida vaginal é imobilizar e destruir os espermatozoides, dificultando ou impedindo a penetração desses no canal cervical. Geralmente são utilizados em associações ao diafragma. Os espermicidas devem ser colocados bem no fundo da vagina, no máximo, meia hora antes da relação sexual, com auxílio de um aplicador que vem junto com o produto. A mulher deve colocar o espermicida já deitada antes das relações sexuais e não se levantar mais, para evitar que ele escorra. Usados sozinhos tem uma segurança baixa, mas se forem usados em conjunto com o preservativo oferecem uma proteção eficaz. Anticoncepcionais orais É considerada um dos melhores métodos de prevenção de uma gravidez indesejada. São comprimidos feitos com substâncias químicas semelhantes aos hormônios estrogênio ou progesterona do corpo da mulher. Este método evita a gravidez de diferentes maneiras: as pílulas impedem a ovulação, evitam a nidação e engrossam o muco fértil, atrapalhando assim a passagem dos espermatozoides. A margem de segurança da pílula é de 99%, o que a torna o método anticoncepcional mais seguro de todos. Entretanto sua eficácia está relacionada ao modo pelo qual a mulher o utiliza, não MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa deixando de tomar nenhum dia durante o uso da mesma cartela. Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio progestina (progestágeno sintético), e não estrogênio mais progestina. Tomada diariamente, a minipílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que o esperma alcance o óvulo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no útero A mini-pílula ainda diminui o fluxo da menstruação e protege contra câncer endometrial e de ovário. Mulheres amamentando podem usar a mini-pílula porque ela não afeta o suprimento de leite. A mini-pílula é uma boa opção para mulheres que não podem tomar estrogênio ou que tem risco de coágulos sanguíneos. Pílula vaginal A pílula vaginal é um método a base de hormônios artificiais, que não permite que a mulher ovule, desta forma não há gravidez. Ela é utilizada diariamente e deve ser introduzida na vagina para ser absorvida pelo organismo e segue os mesmos princípios das pílulas orais. Essa opção normalmente é utilizada por pessoas que em problemas estomacais ou que enjoam demais com a pílula anticoncepcional oral. Deve ser administrado diariamente no mesmo horário. Anticoncepcionais injetáveis Os anticoncepcionais injetáveis são injeções de hormônios semelhantes àqueles que o ovário produz. Contém progesterona ou associação de estrógenos, para administração intramuscular, com doses hormonais de longa duração. Eles agem evitando a ovulação. Devem ser aplicados a cada 30 dias, ou a cada 3 meses, conforme a composição. É utilizado em mulheres que não conseguem se lembrar de usar a pílula diariamente ou tem intolerância gastrointestinal aos hormônios. É um dos métodos mais eficazes Os anticoncepcionais injetáveis sempre devem ser utilizados sob orientação médica. Sua eficácia é semelhante à dosanticoncepcionais orais. Uma de suas desvantagens é a possibilidade de alteração do ciclo menstrual. É importante lembrar que não previne contra DSTs. Implante hormonal Consiste de um bastonete de plástico com 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro que é colocado na face interna da parte superior do braço, por baixo da pele, assegurando uma eficácia contraceptiva durante três anos. Vai liberando lentamente progesterona que evita a liberação mensal de oócitos secundários do ovário. O método inibe a ovulação, aumenta a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração do espermatozoide, e provoca atrofia do endométrio diminuindo sua espessura. A sua colocação exige o recurso a anestesia local e é aplicado, pelo médico, através de uma agulha. Elimina o risco de esquecimento e é indicado para mulheres com história de anemia e de menstruações abundantes e para as que não podem ou não querem usar estrogênio. MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa Anéis vaginais Anel flexível colocado na vagina pela própria mulher e mantido no lugar por 3 semanas Libera continuamente baixas doses de dois hormônios (estrogênio e prostagênio) que são absorvidos através da mucosa vaginal em doses baixas e constantes e inibem a ovulação. Após este período deve-se dar 1 semana de pausa e colocar um novo anel. São práticos, pois são trocados semanalmente ou a cada três semanas, sendo ideais para mulheres que se esquecem de tomar a pílula diária. Adesivo anticoncepcional Trata-se de um adesivo fino, bege, de 4 x 4 cm que deve ser colado à pele e trocado 1 vez por semana, que pode ser usado em quatro áreas do corpo, nádegas, tórax (excluindo os seios), costas ou na parte externa do membro superior A mulher inicia o método no primeiro dia de menstruação e fica com o contraceptivo colado à pele por sete dias consecutivos. No fim da terceira semana, ele é retirado e a mulher fica sete dias sem usar para que ocorra a menstruação. O adesivo é uma forma recente de contracepção, mas com eficácia igual a dos anticoncepcionais orais, entre 99,3% a 99,6% e possui os hormônios (estrogênio e progestágeno) que caem diretamente na corrente sanguínea e inibem a ovulação. Em cada embalagem tem três adesivos, um para cada semana (num total de 21 dias). Pílula do dia seguinte Consiste em tomar uma pílula especial nas primeiras 72 horas após relação sexual e houver risco de gravidez (dose única ou duas com intervalo de 12 horas). Quanto antes for o inicio do tratamento, maiores serão as probabilidades de sucesso. Pode ter muitos e fortes efeitos secundários. É um método contraceptivo para situações de emergência. São métodos alternativos de anticoncepção para serem usados em situações especiais, principalmente nos casos de relação sexual desprotegida, não planejada, uso inadequado de métodos anticoncepcionais, falha anticoncepcional presumida e violência sexual. É feito a base de doses fortes de hormônios (levonorgestrel) que impedem a ovulação e a mobilidade dos espermatozoides no útero, impedindo a fecundação e, consequentemente a gravidez. Bloqueia a ação da progesterona fazendo com que o útero solte seu revestimento de modo que o zigoto não tem onde se implantar. Não deve ser utilizada como método contraceptivo, pois usado regularmente ou com repetição pode desregular o ciclo menstrual e facilitar a gravidez. Quando tomado regularmente tende falhar mais que os outros contraceptivos de uso regular. Pode haver efeitos colaterais e não deve ser usado se o embrião já estiver implantado no útero. DIU de cobre O DIU de cobre, que é um pequeno dispositivo em forma de T que pode ser usado por um período de 7 a 10 anos. Não tem hormônio. É 99% eficiente na prevenção da gravidez. Se a fertilização ocorrer, o DIU pode prevenir o ovo fertilizado implantar-se no revestimento do útero. Ele não a protege contra doenças sexualmente transmissíveis. É um método seguro, mas podem ocorrer aumento de cólicas, dores e sangramento na menstruação MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa DIU hormonal DIU de progesterona, que é um pequeno dispositivo plástico em forma de T que é colocado dentro do útero e pode permanecer durante 5 anos, e que tem a vantagem de ter baixa dosagem de hormônio, não influencia no ciclo hormonal (ovulação) e diminui o sangramento vaginal, podendo até suspender a menstruação. É 98% eficiente na prevenção da gravidez. A progesterona faz com que o muco cervical fique espesso, de modo que o esperma não consegue alcançar o ovo, e o ovo fertilizado fica impedido de implantar-se dentro do revestimento do útero. Sua eficácia se assemelha à pílula anticoncepcional quando bem posicionado Os dois casos requerem visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema. Somente um médico pode colocar e retirar o DIU, e saber se a mulher pode usar este tipo de método. A vagina, o útero e as trompas devem estar sadios. Se os exames ginecológicos e teste de DST, mostrarem alguma alteração é preciso se tratar antes da colocação do DIU, que depende de assistência médica constante. DIU mirena De plástico ou de metal, com um reservatório que contém um hormônio que provoca a atrofia do endométrio e inibição da passagem do espermatozoide através da cavidade uterina Mirena é um sistema intra-uterino que libera hormônio (levonorgestrel) diretamente no útero. Pode ser utilizado como método anticoncepcional, no tratamento de distúrbios menstruais e na terapia de reposição hormonal. A taxa de gravidez acumulada até 5 anos utilizando o Mirena é de 0 - 0,2% por 100 mulheres. Esta taxa é similar à da esterilização cirúrgica e é muito baixa em todos os grupos etários. Laqueadura Método contraceptivo cirúrgico e definitivo, através da ligadura ou corte das tubas uterinas impedindo o encontro dos gametas masculino e feminino. Na esterilização feminina (ligadura de trompa ou laqueadura tubária), a tuba uterina é cortada e seus cotos são amarrados. Com isso, embora continue a ser produzido, o óvulo não é fecundado, uma vez que foi interrompida a ligação entre o ovário e o útero. Para realizar a pessoa precisa passar pela reunião de planejamento familiar, preencher um formulário, ter mais de 25 anos de idade e/ou ter 2 filhos vivos. O parceiro tem que estar de acordo. Vasectomia Ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos espermatozoides no líquido ejaculado. Essa operação não modifica o comportamento sexual (a testosterona continua a ser lançada no sangue), e o sêmen continua a ser produzido, embora não contenha espermatozoides. MCA: Nascimento, crescimento e saúde da mulher TXXX Acadêmica: Loren Montanha Costa Embora as estratégias de prevenção à gravidez na adolescência tenham evoluído, ainda permanecem dúvidas e preconceitos mesmo entre profissionais de saúde. Os que negam contracepção aos adolescentes o fazem, não só por desconhecimento técnico, mas com frequência por desaprovação pessoal à atividade sexual nessa fase de vida. No entanto, o desenvolvimento sexual ocorre nesta fase da vida e é indispensável que o pediatra esteja preparado para orientar adequadamente de modo individualizado. É papel dos pediatras como de grande importância na prevenção da gestação inoportunana adolescência O espaço privado de consulta é direito do adolescente, independentemente da idade, de ser atendido sozinho ou acompanhado por adulto, inclusive durante o exame físico. Essa postura vem do reconhecimento de sua autonomia e individualidade. A confidencialidade é outro direito do adolescente, reconhecida no artigo 74 do Código de Ética Médica. A quebra do sigilo também é prevista no mesmo artigo, sendo necessária nos casos de suspeita ou certeza de violência sexual, no diagnóstico firmado de HIV/Aids e de gravidez em menores de idade, devendo ser realizada com o conhecimento do adolescente, mesmo que sem a sua anuência. O adolescente tem direito à educação sexual, ao acesso à informação sobre contracepção, à confidencialidade e ao sigilo de sua atividade sexual, e ainda direito à prescrição de métodos anticoncepcionais. O profissional que assim se conduz não fere nenhum preceito ético, não devendo temer nenhuma penalidade legal. Além da atenção à saúde integral da adolescente, a contracepção deve incluir: Apresentação de todos os métodos, mesmo que indisponíveis; Avaliação da existência ou não de contraindicações ao uso de algum deles; Ajuda na escolha do método - lembrando sempre que tal escolha é da adolescente ou do casal; Confirmação dessa escolha; Enfatizar a dupla proteção - preservativos sempre associados a outros métodos. O melhor anticonceptivo, é aquele de mais fácil acesso, menor custo, baixa dosagem, eficácia, tempo de atuação, e possibilidade de reversão. Escolha do contraceptivo A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os adolescentes, como indivíduos saudáveis, poderiam fazer uso de qualquer método desde que se respeitassem fatores sociais, familiares e comportamentais avaliados de uma maneira individualizada, além de recomendar a apreciação de pontos como: Aceitação e motivação: esse é um método que a paciente usará regularmente? O parceiro participará? São casados? Eficácia do método: esse método protege contra a gravidez em coito não planejado? Número de parceiros sexuais. A paciente terá condições financeiras de manter o método a longo tempo? Segurança/risco: o uso por pouco tempo resultará em desvantagens por um longo tempo? Frequência de atividade sexual. Aspectos pessoais, familiares, religiosos, éticos e filosóficos influenciarão o uso do método? Manter a dupla proteção: o uso concomitante do preservativo (para prevenir doenças sexualmente transmissíveis ʹ DST). Referências: - Manual técnico - Assistência em planejamento familiar. Ministério da saúde 2002 - Manual de anticoncepção da FEBRASGO - 2009 - Guia prático de atualização - Anticoncepção na adolescência - SBP 2018 - Tratado de pediatria - SBP 4ed 2017
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