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PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS, TECNOLOGICAS E LETRAS CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO MARLY CIRQUEIRA SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I ÁREA DO ESTÁGIO: EXECUÇÃO DE OBRA Açailândia 2021 PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 2 MARLY CIRQUEIRA SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I ÁREA DO ESTÁGIO: EXECUÇÃO DE OBRA Relatório de Estágio Curricular Supervisionado I apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL, Campus Açailândia, como requisito para aprovação na disciplina Estágio Curricular Supervisionado I. Orientador: Prof. João Miguel Santos Dias Açailândia 2021 PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 3 MARLY CIRQUEIRA SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I ÁREA DO ESTÁGIO: EXECUÇÃO DE OBRA Relatório de Estágio Curricular Supervisionado I apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL, Campus Açailândia, como requisito para aprovação na disciplina Estágio Curricular Supervisionado I. Orientador: Prof. João Miguel Santos Dias Aprovado em: ______/_____/______ Nota________________ _________________________________________ João Miguel Santos Dias Orientador (a) de Estágio Supervisionado _________________________________________ Ingrid Nazareth Gonçalo Gaspar Supervisor Técnico de Estágio Supervisionado PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................06 2 OBJETIVOS .........................................................................................................................08 3 METODOLOGIA ................................................................................................................09 4 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................................10 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................11 6 RELATO DAS EXPERIÊNCIAS DO CAMPO DE ESTÁGIO.......................................14 3.1 CANTEIRO DE OBRA................................................................................................15 3.2 INFRAESTRUTURA...................................................................................................16 3.3 SUPERESTRUTURA E VEDAÇÃO......................................................................... 17 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................22 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................23 ANEXOS .................................................................................................................................24 PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 5 1 DADOS GERAIS 1.1 Identificação do Estagiário Nome: Marly Cirqueira Santos Curso: Bacharelado em Engenharia Civil Período: 7° Código: 201763063 Início do curso: 2017.2 Previsão de Conclusão do Curso: 2022.2 Endereço: Rua 25 de dezembro, n° 09, Vila São Francisco, Açailândia-MA Telefone: (99) 9 84671759 E-mail: marlycirq@gmail.com 1.2 Identificação do Campo de Estágio Empresa: Construplan LTDA Endereço: Rua Alfredo Santos, s/nº– Parque Expofran Cidade: Porto Franco/MA Telefone: (99)3555-1305 Ramo de atividade: Construção de edifícios Supervisor técnico: Ingrid Nazareth Gonçalo Gaspar 1.3 Período de duração e carga horária do estágio Início do estágio: 04/02/2021 Término: 17/04/2021 Jornada semanal: 20 horas Jornada diária: 4 horas Carga horária total: 90 horas PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 6 1. INTRODUÇÃO Segundo Queiroz (2001), Construção Civil é o conjunto de atividades, no campo da engenharia, que tem por objetivo a realização material e intencional de planos do homem para, segundo suas necessidades, adaptar a natureza a si ou se adaptar a ela, através de obras de construção. A Construção Civil, apresenta diversidade e complexidade em suas atividades, tendo como características fundamentais: atividade de caráter artesanal, não fabrica produtos em série, baixo nível de qualificação da mão-de-obra, relativa imprecisão nas previsões de resultados finais. Estas tais características, combinadas, justificam a necessidade do desenvolvimento das tarefas de planejamento, de programação e de controle dos empreendimentos de engenharia, o chamado gerenciamento de projeto e execução (QUEIROZ, 2001). O estudante de engenharia civil, na faculdade tem contato com a teoria desse planejamento, controle e execução de obras, e é no estágio que este consegue ter uma maior compreensão dos conteúdos abordados e conhecimentos adquiridos ao longo do curso de uma maneira orientada, estabelecendo relação entre teoria e prática. O estágio supervisionado está sendo realizado desde 04 de fevereiro de 2021, das 13:00 ás 17:00 horas, totalizando 20 horas semanais, no canteiro de obra do Galpão Multidisciplinar da UPR de Porto Franco/MA (Figura 1), da construtora Construtora CONSTRUPLAN Ltda, onde são desenvolvidas atividades relacionadas a gerenciamento, levantamento de quantitativos, pedidos de materiais e fiscalização de serviços. Todas as atividades supervisionadas pela Engenheira Civil da construtora Construplan, Ingrid Nazareth Gonçalo Gaspar. Figura 1- Implantação do galpão multiuso Fonte: Construplan LTDA PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 7 A construção foi concedida pela Seap (Secretária Estadual de Administração Penitenciária) à Construtora por meio de processo licitatório, e foi inicialmente orçada em 182.000 reais, porém por causa da pandemia e consequente aumento do custo dos materiais, a obra já teve alguns aditivos. Conforme a Figura 2, essa é uma obra de pequeno porte, tem área de 133 m2, conta somente com um pavimento de pé direito de 3,05 metros. A fundação usada foi o radier de concreto, pilares e vigas de concreto ambos com seção transversal de 14x30cm, laje maciça de 12cm de espessura e tem todo seu perímetro rodeado por marquise de 60cm. O galpão conta com 9 cômodos, dentre eles: três oficinas, um laboratório, uma sala do professor, três banheiros, um DML e um corredor de acesso. Figura 2 - Planta baixa do galpão Fonte: Construplan LTDA A equipe de trabalhadores é de dois a cinco trabalhadores sempre, o mestre de obra e geralmente um carpinteiro, armador, pedreiro e um servente, essesdois últimos presidiários da própria unidade prisional. Em relação a EPI, a construtora dispõe de equipamento, porém os trabalhadores só usaram no primeiro mês e quando o fiscal da SEAP visita a obra. O canteiro de obra não tem área de vivência para os trabalhadores, o banheiro usado é da própria UPR, assim como não tem espaço específico para refeição e troca de vestimenta. O cronogrma da obra está atrasado, estava previsto para a conclusão em março de 2021, porém só tem 80% das etapas concluídas. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 8 2.OBJETIVOS DO ESTÁGIO 2.1 Objetivo geral Tem como objetivo aliar o conhecimento teórico com o prático, obtido nas atividades exercidas supervisionando a execução de várias etapas dentro do canteiro de obras. 2.2 Objetivos específicos Aproximar o acadêmico com a sua futura profissão; Fazer o acadêmico compreender de forma prática o que foi dado na teoria em sala de aula. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 9 3 .METODOLOGIA DO ESTÁGIO Para elaboração deste relatório, tornou-se necessário delinear a pesquisa partindo dos objetivos específicos e foi desenvolvido em duas etapas: A primera etapa consistiu em levantamento físico, que consiste na extração dos dados de fontes diretas, obtidos in loco. Nela foi realizado o acompanhamento das atividades executadas pelos operários da empresa Construplan LTDA, na construção do Galpão Multidisciplinar, bem como digitalização de imagens. Após isso foi feito o levantamento bibliográfico, com extração de informações específicas, referentes ao desenvolvimento de uma obra, a fim de obter o embasamento teórico. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 10 4. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A empresa onde ocorreu o estágio foi a Construtora Construplan, uma empresa de Pastos Bons – MA, que está ativa no mercado desde 2017 e tem como atividade principal a construção de edifícios. Ingrid Nazareth Gonçalo Gaspar, é a engenheira da construtora e também a supervisora do estágio. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 11 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para a execução de obras, o espaço destinado ao canteiro da obra deve estar de acordo com as características da construção a ser realizada, sendo previsto o correto armazenamento de materiais e equipamentos, bem como as instalações necessárias para escritórios e dependências para a permanência de operários durante a execução da obra, de acordo com as normas de segurança NR 18: 2015 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e de canteiro, ABNT NBR 12284: 1991- Áreas de vivência em canteiros de obras - Procedimento. A ABNT NBR 15.524/2: 2007 - Sistema de armazenagem - Parte 2: Diretrizes para o uso de estruturas tipo porta-paletes seletivos, orienta sobre a armazenagem e a melhor forma de conduzir as cargas pelo espaço do armazém, as formas de operação do sistema, conservação do local e dos itens contidos nele. Segundo Azeredo (1997), o cimento e a cal, são considerados materiais perecíveis, cujas características físicas e químicas, em contato com as intempéries, modificam-se por isso devem está em local adequado. Já o ferro de construção também se modifica, oxidando-se (ferrugem), entretanto a oxidação leva um certo tempo, tempo esse que não deverá ocorrer, pois a aplicação do ferro é relativamente rápida, enquanto que a do cimento e da cal é imediata. A ABNT NBR 6118: 2014 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento, cita que as estruturas de concreto devem atender aos requisitos mínimos de qualidade classificados em (capacidade resistente, desempenho em serviço, durabilidade), durante sua construção e serviço, e aos requisitos adicionais estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto estrutural e o contratante. Para o bom desenvolvimento da programação e do controle das obras, é indispensável um conhecimento das etapas construtivas de uma obra, pois ele permite ao engenheiro trabalhar com mais fluência e segurança as atividades de orçamentação, elaboração de cronogramas físico, de compras e de desembolso e no acompanhamento de obras, tão importante para o controle dos resultados desejados (QUEIROZ, 2001). Segundo o mesmo autor, as etapas construtivas são os conjuntos de serviços de obra, interdependentes e que se complementam definindo elementos que dão características definitivas à obra, os quais, depois de concluídos, permitem o início de uma nova etapa construtiva. As etapas construtivas vão se desenvolvendo e se complementando até a concretização do projeto. Em uma sequencia lógica, os serviços preliminares são a primeira etapa construtiva na execução de uma obra. Essa fase inclui limpeza do tereno, terraplanagem, instalação do tapume e gabarito. O terreno necessita estar limpo e terraplenado até proximamente ás cotas de nível definidas para execução das fundações. A limpeza do terreno é item primordial para maior facilidade de trabalho no levantamento plano-altimétrico, permitindo obter-se um retrato fiel de todos os acidentes do terreno, assim como para os serviços de reconhecimento do subsolo (AZEREDO, 2004). https://www.fabrimetalarmazenagem.com.br/blog/sistemas-de-armazenagem-e-movimentacao/ PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 12 A colocação de tapumes ou barreiras deve ser obrigatória, segundo a NR 18: 2015, sempre que se executarem atividades da indústria da construção, com objetivo de impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços. O tapume deve ser resistente e ter altura mínima de 2,20m em relação ao nível do terreno. Quando o terreno apresenta certo desnível, se usa a terraplanagem que consiste em fazer um corte no terreno e retirar material e/ou fazer aterro do terreno com o material do corte ou de outro material. A infraestrutura ou fundação é a próxima etapa, que consiste em conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda uma estrutura, transmitindo toda a carga recebida ao solo. As fundações são classificadas em fundações diretas /rasas e indiretas/profundas. Fundação direta são elementos em que a carga é transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, como o radier e sapata (YAZIGI, 2004). Radier é um tipo de fundação usada quando o terreno é de baixa resistência (fraco) e a espessura da camada do solo é relativamente profunda, estando a camada resistente a uma profundidade que não permite a cravação de estacas. A execução do radier consiste em formar uma placa contínua em toda a área da construção com o objetivo de distribuir a carga em toda a superfície, a mais uniformemente possível, para isso constrói-se em concreto armado com armadura cruzada na parte superior e na parte inferior (AZEREDO,1997). A superestrutura é composta de serviços como forma (corte, montagem e colocação), armação (corte, montagem e colocação), concretagem (lançamento e cura) e desforma, etapa esta que somente pode ser executada após o término parcial ou total da infra estrutura. (QUEIROZ, 2001). Fazem parte da superestrutura: pilares, vigas e lajes. Pilares são elementos estruturais lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forçasnormais de compressão são preponderantes e cuja função principal é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações. Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maior parte dos edifícios são os responsáveis por resistir às ações verticais e horizontais e garantir a estabilidade global da estrutura. ( LIBÂNIO; SCADELAI, 2005). Segundo a ABNT NBR 6118: 2014, a seção transversal mínima de pilares maciços deve ser de 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional. De qualquer forma, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm². Vigas são “elementos lineares em que a flexão é preponderante” ABNT NBR 6118: 2014. A altura mínima indicada é de 25 cm e para as vigas contínuas devem ter a altura dos vãos obedecendo uma certa padronização, para que não tenha várias alturas diferentes. No caso de construções de pequeno porte onde é usual se construir primeiramente as paredes de alvenaria e depois os pilares, as vigas e as lajes, é interessante escolher a largura das vigas igual à largura da parede sem os revestimentos, ou seja, igual à dimensão da unidade que resulta na largura da parede. As lajes podem ser: laje maciça, cogumelo, nervurada, treliçada e alveolar. A laje maciça PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 13 pode ser definida como sendo uma placa de concreto armado, cuja função é resistir esforços de compressão e de tração em edificações. Esse tipo de laje é moldado in loco e sua unica composição é aço e concreto. As lajes maciças são executadas diretamente no canteiro de obras, não necessitam de mão de obra muito especializada e apresentam um tempo razoável de execução, dependendo basicamente da cura do concreto (SCHNEIDER, 2020). Os vãos entre apoios de lajes maciças podem variar de 4 a 7m. Estas podem ser escoradas com escoras de madeira ou metálicas, usando espaçamento de 1,30m e para lajes altas, 1,00 m. A retirada das fôrmas deve obedecer os prazos mínimos indicados no artigo 71 da Norma Brasileira NB-1, onde consta que lajes de mais de 10 cm de espessura e faces inferiores de vigas de até 10m de vão, devem ficar escoradas 21 dias (AZEREDO, 1997). A vedação é a próxima etapa, onde a ABNT NBR 8545: 1984 determina as condições para execução e fiscalização de alvenaria sem função estrutural de componentes cerâmicos. Esta norma possui os seguintes critérios fixados: as paredes devem ser moduladas para que se use a maior parte dos componentes cerâmicos inteiros; o assentamento dos componentes cerâmicos deve conter juntas de amarração; recomenda-se chapiscar as lajes, vigas e pilares que ficaram em contato com a alvenaria; os tijolos cerâmicos devem ser molhados antes de serem empregados; a alvenaria deve ter seu início pelos cantos principais e o o prumo deve ser empregado para garantir o alinhamento vertical da parede. Segundo Borges, Montefusco e Leite (2004), um cuidado importantíssimo que o engenheiro deverá ter nesta fase da obra se refere à verificação do prumo e esquadro, pois se deve garantir o perfeito prumo e as alvenarias devem ter seu encontro em esquadro (90°). Além disso, as tubulações das instalações elétricas e hidráulicas também devem ser analisadas, pois estarão embutidas na alvenaria. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 14 2. RELATO DAS EXPERIÊNCIAS DO CAMPO DE ESTÁGIO O estágio está sendo realizado na obra do galpão multidisciplinar da UPR de Porto Franco/MA, executado pela construtora Construplan LTDA. Lá a estagiaria realiza atividades das 13:00 às 17:00 horas, de segunda à sexta, atividades estas como: leitura de projetos, pedido de materiais, supervisão de execução da obra e elaboração de relatórios. A primeira atividade realizada foi a leitura de todos os projetos, isso foi importante para que a estagiária conseguisse entender a sequência de ativdades que deveriam ser feitas para que a obra fosse executada dentro do planejado e também foi uma forma de auxiliar os trabalhadores que não tem grande conhecimento e experiência com projeto executivo. Figura 3 - Projeto elétrico Fonte: Construplan LTDA Outra atividade desenvolvida é o pedido dos materiais, que consiste em verificar todas as necessidades da obra com antecedência, fazer o orçamento com lojas da cidade e região, montar lista de materiais (Anexo 2) com todos os detalhes e enviar para o administrativo da construtora para que seja feito o pagamento. Esse processo de pagamento é demorado por parte da construtora e ocasiona bastante atraso na obra por falta de material. Quando o material é pago e entregue, é feita a medição e/ou contagem e verificação da qualidade dos materiais. Além disso, a estagiária tem função de supervisora, que consiste em verificar o andamento da obra, se está de acordo com o projeto e também auxiliar os trabalhadores em demarcação de PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 15 pilares, paredes, assim como verificação de prumo, etc. O processo construtivo do Galpão Multiciplinar se encontrava em fase inicial no momento do estágio, e este processo vai ser melhor descrito separando as etapas construtivas desenvolvidas. 3.1 CANTEIRO DE OBRA Nos primeiros dias começaram os serviços preliminares, onde foi feita a limpeza do terreno que consistiu em retirar entulho existente no local, para que pudesse iniciar dos trabalhos. Como pode ser observada nas Figuras 4 e 5, em seguida foi montado o tapume com maderite de espessura 6mm para cercar toda a obra mantendo o local mais seguro para as pessoas que passam ao lado. O gabarito foi feito com um cercado de madeira usando pontaletes, tabeiras e fio de nylon, construído com objetivo de auxiliar na marcação dos eixos das paredes e fundações. Este ficou a uma distância de 1,5m do comprimento e largura da edificação. Figura 4 - Montagem do tapume Figura 5 - Montagem do gabarito Fonte: A autora. Fonte: A autora. Para nivelar o terreno foi feito um corte na parte frontal do local e utilizado esse mesmo material escavado para aterrar o fundo do terreno e este ficar no mesmo nível, porém a um nível de 30cm abaixo do nível da rua. Após isso, todo o terreno foi compactado com uma placa compactadora de solo, conforme pode ser observado na Figura 6 e 7, respectivamente. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 16 Figura 6 - Corte e aterro do terreno Figura 7 - Compactação Fonte: A autora Fonte: A autora 3.2 INFRAESTRUTURA A infraestrutura foi feita após a compactação, onde foram definidos os limites máximos da obra com tábuas de pinho baseado nas referências do gabarito, então foi puxado o concreto magro com altura de 5 cm feito na betoneira, conforme a Figura 8. Feito isso, foi colocada uma lona plástica, locada a armadura de punção (Figura 9) e armadura do radier, após isso foi feita a concretagem de 20 cm, usando concreto que de acordo com o projeto deveria ser de fck: 30 MPa, traço 1:2,1:2,5 (cimento/ areia média/ brita 1), porém não foi feito teste para saber se foi alcançado essa resistência. Além disso foiusando o vibrador mecânico para que o concreto tivesse um menor número de vazios. Nesse processo foi deixada instalada toda a tubulação hidrossanitária e elétrica sob o radier, como visto na Figura 10. Figura 8 - Concreto magro Figura 9 - Armadura de punção Fonte: A autora Fonte: A autora PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 17 Figura 10: Armadura de punção Fonte: A autora 3.3 SUPERESTRUTURA E VEDAÇÃO A superestrutura foi iniciada com os pilares, estes tem seção transversal de 14x30cm e os estribos com espaçamento de 10cm. As armaduras dos pilares foram locadas nos arranques e logo após, feitas as fôrmas de madeira, colocado escoras para que estes pilares ficassem numa posição correta de acordo com o projeto, como se pode observar na Figura 11, depois disso foram concretados e vibrados. A fôrma foi retirada dois dias depois e eles foram molhados por mais três dias. Figura 11 – Execução dos pilares Fonte: A autora Para o processo de vedação, o passo inicial foi à preparação do substrato para receber a PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 18 alvenaria, este foi limpo e eliminando qualquer tipo de resíduos de outros materiais. Com o auxílio de uma linha de nylon foram assentados os tijolos cerâmicos de 9x25x25cm da primeira fiada, iniciando-se pelos cantos. A estagiária nesta etapa, verificou as distâncias entre as paredes, dimensão dos vãos das portas, conferência do nível das fiadas e o esquadro entre as paredes. Em todas as fiadas foram verificados os prumos, níveis, requadramentos de vãos de janelas, de acordo com a Figura 12. Figura 12 - Levante de parede Fonte: A autora Quando o levante de paredes chegou numa altura de 1,10m foi colocado as contravergas nas janelas e 1,70m nos basculantes, na altura de 2,10 foi colocado verga nas portas e janelas. Após o lavante total das paredes foi locado as armaduras das vigas sobre as paredes e amarrada nos pilares conforme a Figura 13, estas com seção transversal de 14x30cm, depois foi colocado as fôrmas de madeira, e também as passagens elétricas que desce da laje. Finalmente concretadas 22cm de altura da viga com traço 1:2,1:2,5 (cimento/ areia média/ brita 1) e segundo o projeto, fck de 30 Mpa, mas também não foi feito nenhum teste de aferição. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 19 Figura 13 – Armadura da viga Fonte: A autora Para escoragem da laje foram usadas escoras de metal e de madeira, no total 370 escoras em um espaçamento de aproximadamente 70 cm.Sobre as escoras foram colocadas tábuas de 2,5 cm de espessura e 15 cm de largura, que são ligadas por peças de madeira compensadas de 15mm, esses painéis formaram os pisos das lajes (Figura 14). Figura 14 – Armadura da viga Fonte: Fonte: A autora Conforme a Figura 15, sobre o maderite foi colocada armadura positiva em toda a área da laje e marquise, logo acima instalado os conduítes e caixas de luz, as passagens para a encanação PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 20 pluvial e depois foi montada a armadura negativa. A concretagem durou 3 dias e foi feita com traço de 1:2:2,5 usando betoneira e vibrador. No total a laje tem 12 cm de altura. Com 21 dias as escoras começaram a ser retiradas. Figura 15 – Vista do galpão Fonte: A autora Acima da laje foi feita uma espécie de platibanda de duas fiadas de tijolos para fazer a contenção da água da chuva e esta possa cair na tubulação de água pluvial, conforme a Figura 16. Figura 16 – Vista do galpão Fonte: A autora PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 21 No fim do dia todo resto de argamassa é chapiscado nas paredes, o emboço foi feito com 2,5cm de cada lado da parede para que a parede ficasse com largura de 14 cm e depois foi rebocado inicialmente somente as paredes externas. Figura 17 – Chapisco, emboço e reboco Fonte: A autora Para receber o esgoto e água da chuva foram construidas 6 caixas pluviais, 6 caixa de esgoto e instalado uma caixa de gordura para cada pia das oficinas. O esgoto será despejado em uma fossa séptica já existente no presídio e a água da chuva será jogada na rua. Todo final do dia de obra, é feito um relatório diário descrevendo todas as atividades executadas, quantidade de funcionários que trabalharam no dia, e também no mínimo 15 fotos, este é enviado para a engenheira da obra, conforme o Anexo 2. Todas as quartas-feira é enviado um relatório semanal fotográfico, para que se possa ver a evolução da obra, este é enviado para a engenheira e depois para a SEAP, conforme o Anexo 3. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 22 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Dessa forma o estágio supervisionado, ofereceu ao estagiário a oportunidade de desenvolver atividades práticas e aplicar o conhecimento teórico aprendido na faculdade, no dia- a-dia profissional. Fazendo com que este adquira experiência e afinidade com sua futura profissão e já obtenha cohecimento sobre liderança de grupo e execução de obra. PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 23 5. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12284 : Áreas de vivência em canteiros de obras – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1991. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15524-2: Sistema de armazenagem - Parte 2: Diretrizes para o uso de estruturas tipo porta-paletes seletivos. Rio de Janeiro: ABNT, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8545: Execução de alvenaria sem fuñção estrutural de tijolos e blocos cerâmicos - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. AZEREDO, H. A. O edifício e seu acabamento. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard Blucher, 2004. AZEREDO, H. A. O edifício até sua cobertura. 2ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard Blucher, 1997. BORGES, A. C.; MONTEFUSCO, E.; LEITE, J. L. Prática das pequenas construções. 8ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard Blucher, 2004. LIBÂNIO, M. P; SCADELAI, M. A. ESTRUTURAS DE CONCRETO. In: LIBÂNIO, M. P. FUNDAMENTOS DO CONCRETO E PROJETO DE EDIFÍCIOS. São Paulo: USP–EESC– Departamento de Engenharia de Estruturas, 2005. cap. 16, p.16.1 – 16.32. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2015. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR18/NR18.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2021. QUEIROZ, M. N. Programação e controle de obras. 2001. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Juiz de Fora. SCHNEIDER, N. Laje Maciça: O que é? Projeto e execução . 05/08/2020. Dísponivel em: <https://nelsoschneider.com.br/laje-macica/>. Acesso em: 27 fev. 2021. YAZIGI, W. A técnica de Edificar. 6ª Edição, São Paulo, Ed. 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Resp. Técnico INGRID NAZARETH G. G. CREA 111679015-7 Obra : Construção de Galpão Multiuso - Porto Franco/MA Tempo Bom Ruim Chuva Chuva Fraca Forte Prazo Decorrido: Prazo Restante: Manhã Horário de Trabalho: Tarde Prazo da Obra Noite E q u ip a m . P es so al Desrição Qua nt. Descrição Quant . Engenheiro Almoxarife/Apontador Mestre de Obras/ Encarregado Téc. Segurança Carpinteiro Eletricista Pedreiro Pintor Armador Vidraceiro Servente Gesseiro S er v iç o s E x ec u ta d o s A n o ta çã o d a F is ca li za çã o Visto Fiscalização: Visto Contratada: Data PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ACADÊMICA - PROGESA COORDENADORIA DE PROJETOS PEDAGÓGICOS DIVISÃO DE ESTÁGIO E MONITORIA 26 Anexo 3: Relatório fotográfico semanal
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