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CIRURGIA PEDIÁTRICA - 34 Refluxo Vesico-ureteral

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CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
1 
 
 
Patologias em Cirurgia 
Pediátrica 
Disciplina de Cirurgia Pediátrica 
FASM 
MAYARA SUZANO DOS SANTOS 
TURMA XIV A 
6º Semestre – 2021.1 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
2 
 
REFLUXO VE SICO-URETERAL (RVU) 
EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA FATORES DE RISCO FISIOPATOLOGIA 
Incidência: 0,4-1,8% 
2-3 anos: 75% meninas 
ITU (5% meninas, 2% meninas): 
▪ 40% tem RVU 
▪ 70% RVU primária evolui com 
DRC 
Raça branca > negra 
Primário: congênito 
 
Secundária: válvula de uretra 
posterior, bexiga neurogênica, 
lesão medular, ITU, duplicação 
ureteral completa 
História familiar: ↑ 
incidência 30-48% 
RVU Primário: alteração congênita da junção uretero-vesical (JUV) em que ocorre 
incoordenação do SNA com a musculatura da JUV1 → refluxo 
RVU Secundário: 
▪ Hipertrofia do m detrusor → formação de trabeculaçõe e divertículos → 
distorção da JUV → RVU 
▪ Duplicação ureteral → ureter que corresponde ao sistema coletor inferior tem 
trajeto intramural mais curto → RVU 
▪ Alteração do marcapasso vesical → contração vesical anômala (sentido da 
contração alterada) → refluxo da urina 
Lesão renal: pielonefrite crônica não obstrutiva (nefropatia por RVU) 
 
QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
RVU primário: início 3-4 
meses VIU 
 
RVU secundário: 
▪ Retenção urinária 
▪ Bexiga hipertrófica 
 
Sinais e sintomas: idade 
média 2-3 anos 
▪ ITU repetição 
▪ Constipação 
intestinal 
▪ Pielonefrite crônica 
não obstrutiva 
(lesão renal) 
▪ IRC (25% crianças, 
15% adultos) 
RVU: Distúrbio funcional com fluxo retrógrado de urina da 
bexiga para o trato urinário superior 
Exames complementares: 
▪ Hemograma + função renal 
▪ Urocultura e antibiograma (padrão ouro) 
▪ Uretocistografia miccional (escolha)2 → diagnóstico, 
estadiamento3, estudo morfológico da uretra, divertículos 
vesicais e RVU intrarrenal (preditor de lesão renal) 
▪ Cintilografia renal 
▪ Estudo urodinâmico: passagem de 2 sondas uretrais (1 
irrigação, 1 detecção) + 1 retal → não é exame de escolha 
 
Classificação: baseada na dilatação do sistema coletor e 
alteração estrutura dos cálices renais durante a 
uretrocistografia miccional 
▪ Grau I → porção distal do ureter 
▪ Grau II → chega ao rim 
▪ Grau III → dilatação do sistema sem deformação 
▪ Grau IV → dilatação com deformação do cálice 
▪ Grau V → ureteres tortuosos 
ITU: acelera resolução espontânea 
▪ Clínico → quimioprofilaxia 
▪ Cirúrgico → pielonefrite aguda, 2 infecções assintomáticas em curtos períodos ou 
identificação de bactérias resistentes aos ATBs profiláticos 
RVU primário: 
▪ Expectante → tendência a cura espontânea em 5 anos (85%), para RVU grau I-III 
Clínico: 
1. Tratar disfunção vesical 
- Anticolinérgico (Oxibutinina) + alfabloqueador (Doxazosina) 
- Biofeedback 
- Dieta 
2. Tratar constipação 
3. Quimioprofilaxia contínua → Trimetroprim 2 mg/kg/dia ou Nitrofurantoína 1-
2 mg/kg/dia 
1. Treinamento vesical 
Cistoscopia: 
▪ Injeção fármaco sob meatos ureterais 
▪ Recorrência 20%, em 2 anos 
Cirúrgico: na impossibilidade de tto clínico, RVU intrarrenal, retrações cicatriciais, 
fatores socioeconômicos, RVU grau IV e V 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
3 
 
FIGURA 2. Uretrocistografia 
miccional indicando RVU bilateral 
que pode simular estenose de JUP 
FIGURA 3. Classificação 
internacional da RVU. Imagem 
esquemética (acima) e imagem de 
uretrocistografia miccional 
(abaixo) 
REFLUXO VE SICO-URETERAL (RVU) 
DETALHES IMPORTANTES: 
 
 
 
QUADRO 1. Anatomia da JUV e Ciclo miccional 
O uretér, na junção com a bexiga, está envolvido por fibras musculoesqueléticas 
(bainha de Waldeyer). Ela penetra então na bexiga no sentido postero-anterior, 
mantendo posição oblíqua, de forma que seu combrimento intramural é de poucos 
milimetros quando a bexiga está vazia. À medida que o reservatório vesical se 
distende ocorre aumento no comprimento do ureter intravesical, aumentando a 
eficácio do mecanismo valcular passivo, que evita refluxo de urina para o sistema 
coletor. 
Regulação: SNA 
▪ Parassimpático → contração detrusor + relaxamento esfíncter = fase miccional 
▪ Simpático → relaxamento detrusor + contração esfíncter = fase não miccional 
 
 
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 6º Semestre – 2021.2 
4 
 
REFERÊNCIAS: 
MAKSOUD, João Gilberto. Cirurgia pediátrica/ vol II. [S.l: s.n.], 2003.

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