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Letícia Soares del Rio – T6 ESTENOSE DE JUP É a causa mais comum de dilatação do sistema coletor fetal Frequentemente existe um vaso anômalo cruzando sobre a JUP Mais comum em meninos Rim esquerdo 67%, bilateral 10-40% História familiar Segmento anormal de JUP, podendo se estender ao ureter proximal sem atividade peristáltica ou com atividade insuficiente para o esvaziamento Aumento da camada muscular e do número de fibras internas longitudinais, sugerindo uma resposta muscular à obstrução, pela presença de TGF b encontrado no rim parcialmente obstruído Válvulas mucosas secundárias à diferença de crescimento do ureter e do corpo da criança, levando à formação de uma distância reserva Pregas fetais persistentes Músculo e inserção alta do folheto da JUP, podendo ser aliviada pela dissecção da prega Obstrução da junção uretero pélvica: • Intrínseca Deve-se à alterações na quantidade e na orientação das fibras musculares da JUP. Interrupção da musculatura circular, alteração das fibras de colágeno entre e ao redor das céls musculares • Extrínseca Vasos renais aberrantes que por compressão causam obstrução mecânica da JUP • Funcional Diagnóstico: USG pré-natal durante 16ª-20ª semana = pelve dilatada Urografia excretora fornece o diagnóstico anatômico e informação sobre a função renal bilateral Cintilografia renal - DTPA: define a função glomerular; associado à furosemida quantifica a obstrução da JUP - DMSA: define a função renal tubular, quantificando a função renal e identifica as cicatrizes renais secundárias a infecções urinárias pregressas DTPA normal DTPA - dilatação sem obstrução DTPA - obstrução USG 48h de vida Classificação ultrassonográfica Grau de hidronefrose Plexo renal central Espessura do parênquima 0 Intacto Normal 1 Levemente afastado Normal 2 Afastamento evidente confinado à borda renal Normal 3 Pelve amplamente dilatada fora do rim Normal 4 Dilatação maior da pelve e dos cálices Diminuída Mesmo nos casos de JUP bilateral, raramente há indicação de intervenção intra útero Muitos casos de hidronefrose intra uterina são resolvidos espontaneamente após o nascimento Sinais e sintomas: Massa cística palpável em flanco Febre Vômitos ITU de repetição Déficit pôndero-estatural Tratamento: Pieloplastia desmembrada Pequeno índice de complicação Não proporciona recuperação da função renal Impede a progressão da deterioração e previne a ocorrência de novos sintomas Diagnóstico diferencial: Refluxo vesico ureteral Obstrução da junção uretero vesical Válvula de uretra posterior REFLUXO VESICO URETERAL Fluxo retrógrado de urina da bexiga para o trato urinário superior Causa pielonefrite por transporte de bactérias Reação inflamatória forma cicatrizes. Muitas cicatrizes levam à insuficiência renal com hipertensão arterial mediada pela renina, redução do crescimento somático e morbidade durante a gravidez Normal: • Fase de enchimento Sistema simpático Relaxamento do detrusor e contração do colo vesical • Fase miccional Sistema parassimpático Contração do detrusor RVU trata-se de uma disfunção anatômica ou funcional, cuja consequência é o refluxo da urina da bexiga para o ureter Sua prevalência diminui quanto maior for a idade 1- Primário Congênito Incoordenação do SN autônomo/muscular 2- Secundário Bexiga neuropática, válvula de uretra posterior, disfunções miccionais, duplicidade com ureterocele e ectopia Origem do refluxo: Provável componente genético Na maioria dos casos é por imaturidade funcional ou anatômica da JUV, que resolve espontaneamente nos primeiros anos de vida Pela bexiga neurogênica, que se contrai de forma incoordenada Ou causas secundárias Epidemiologia: 40% das crianças com ITU terão RVU É fator predisponente para pielonefrite Até 25% das crianças com IRC apresentam nefropatia de refluxo 30-70% das crianças com RVU, tem cicatriz renal no momento do diagnóstico Quadro clínico: ITU com febre antenatal -> escaras Disfunção miccional Hidronefrose Criança < 10 anos, ITU de repetição (pielonefrites): febre, dor abdominal, mal-estar, náuseas, vômitos Cistite: disúria, urgência miccional, frequência maior, urge-incontinência 1º grupo: 2 a 3 anos, 80% sexo feminino, constipação intestinal 2º grupo: USG antenatal, RVU de alto grau, 80% sexo masculino RVU + disfunção TU inferior/obstipação: Quando identificada e tratada reduz a incidência de ITU e novas escaras, acelera a resolução espontânea do refluxo Quando não identificada e realizada a cirurgia: aumento dos índices de falha cirúrgica (endoscópica), aumento das taxas de recidiva RVU + alterações anatômicas do TU: ➢ RVU e duplicidade pieloureteral Taxa de resolução espontânea próxima da observada em unidades simples, porém o tempo de resolução tende a ser maior Reimplante ou correção endoscópica ➢ RVU e divertículos congênitos pequenos Tendência de não interferência na taxa de resolução Exceção feita a divertículos grandes ou quando ureter desemboca no interior do mesmo Reimplante ureteral Classificação: I- Não atinge o rim II- Atinge o rim, não dilata, não deforma III- Atinge o rim, dilata, não deforma IV- Atinge o rim, dilata, deforma V- Dolicomegaureter Diagnóstico: Hemograma Urocultura e antibiograma USG dos rins e vias urinárias Cintilografia renal (DMSA ou Mag3) Uretrocistografia miccional Urodinâmica Tratamento: A escolha deve ser feita segundo avaliação de vários fatores, como: idade, sexo, grau de refluxo, forma de apresentação (ITU, dilatação pré-natal), estado dos rins no início do tratamento, aderência ao tratamento, preferência dos pais ou paciente ✓ Clínico Treinamento vesical, dieta laxativa, biofeedback Tratamento da disfunção vesical com anticolinérgicos e alfabloqueadores Oxibutina, doxazosina Antibioticoterapia se ITU Antibioticoprofilaxia na ITU de repetição recorrente ✓ Endoscópico - Injeção sob os meatos ureterais (Sting) Melhores resultados em RVU de baixo grau Taxa de sucesso com 1 aplicação de 70% Recorrência de até 20% em 2 anos - Hidrodistensão – HIT Melhores resultados, usada em RVU de alto grau Taxa de sucesso com 1 injeção de 89% Técnicas videolaparoscópicas e robô assistidas tem sucesso semelhante à aberta Material ideal: não imunológico, biocompatível, biodegradável, capaz de eliminar todos os graus de RVU, fácil de injetar, resultado a longo prazo, sem deslocamento do volume injetado, sem migração Complicações: hematúria, hidronefrose transitória, obstruções da JUV, dor lombar transitória, RVU contralateral, reação ao produto ✓ Cirúrgico Alongamento da porção intramural do ureter terminal, túnel entre a mucosa e o detrusor com comprimento 4-5x o diâmetro do ureter Indicações o ITU na profilaxia antibiótica o RVU graus IV ou IV bilateral persistentes o Escaras em progressão, perda da função renal o RVU associado a anomalias congênitas o RVU persistente em meninas, que avançam a puberdade o Falta de aderência ao tratamento clínico
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