Buscar

índice de resistência do papel da espécie do paricá

Prévia do material em texto

1 
ÍNDICES DE RESISTÊNCIA DO PAPEL DA ESPÉCIE Schizolobium parahyba var. 
amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby 
 
 Mayara de Lima Ferreira1; Washington Duarte Silva da Silva2; Brenda Maria de Sousa Freitas3; 
Adriane dos Santos Santos4; Leonardo Pequeno Reis5; Pamella Carolline Marques dos Reis Reis 6. 
 
1. Bolsista PIVIC, Graduanda em Eng. Florestal, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), 
campus Capitão Poço (CCP), e-mail: mayaraliima218@gmail.com 
2. Bolsista PIBIC-CNPq, Graduando em Eng. Florestal, UFRA-CCP, e-mail: 
washington.duarte00@gmail.com 
3. Graduanda em Eng. Florestal, UFRA-CCP, e-mail: brendafreitas77@gmail.com 
4. Bolsista PIVIC, Graduanda em Eng. Florestal, UFRA-CCP, e-mail: drikasantod@gmail.com 
5. Pesquisador, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, e-mail: 
leonardopequenoreis@gmail.com 
6. Orientadora, UFRA-CCP, e-mail: pamellaca@gmail.com 
 
PALAVRAS-CHAVE: fibra curta; características anatômicas; paricá. 
 
RESUMO: 
 
O paricá é uma espécie de rápido crescimento, com potencial para fins de reflorestamento. A 
madeira apresenta densidade leve a moderada, com propriedades químicas favoráveis para a 
produção de polpa celulósica para a fabricação do papel. Com isso, o objetivo do trabalho foi 
avaliar as características das fibras da madeira de Schizolobium parahyba var. amazonicum 
(Huber ex Ducke) Barneby para indicação na fabricação de papel. Os dados das dimensões das 
fibras da madeira de paricá foram obtidos de estudos em plantios na região amazônica. 
Analisou-se o índice de Runkel (IR), coeficiente de flexibilidade (CF), índice de enfeltramento 
(IE) e fração parede (FP), onde os valores do IR foi entre 0,22 e 0,54, CF variaram de 65,29% 
a 82%, IE entre 29,9 a 45 e FP variaram de 18% a 36%. Os índices de Runkel, coeficiente de 
flexibilidade e fração parede apresentaram resultados que demonstraram a viabilidade do uso 
da madeira de paricá para a fabricação de papel. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A espécie Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby conhecida 
popularmente como paricá, pertence à família Fabaceae, com ocorrência na região amazônica 
brasileira, boliviana e venezuelana (FLORA DO BRASIL, 2019; SOUZA et al., 2003). A 
espécie possuí alto potencial econômico em razão do seu rápido desenvolvimento em altura e 
diâmetro, podendo ser colhida em até 7 anos de idade. Devido ao seu rápido crescimento se 
destaca em programas de reflorestamento como uma alternativa para a recuperação de áreas 
degradadas (CÓRDOVA, 2015; VIDAURRE, 2010; ALMEIDA, 2013). 
A densidade da madeira de paricá pode variar de leve a moderada (0,30 g/cm³ a 0,62 g/cm). 
Suas fibras são viáveis para o uso na produção de polpa celulósica e também para a fabricação 
do papel, por possuir facilidade de branqueamento e altos índices de resistência do papel 
branqueado (CARVALHO et al., 2007; PEREIRA et al., 1982). 
Para a produção do papel são necessários estudos relacionados aos seus fatores de qualidade, 
observados a partir de índices indicativos como o índice de Runkel, coeficiente de flexibilidade, 
índice de enfeltramento e fração parede, que consideram o comprimento e espessura das fibras, 
ligações entre as mesmas e flexibilidade, qualificando-as se apresentam propriedades 
mailto:drikasantod@gmail.com
 
2 
adequadas para fabricação de papel (VIDAL e HORA, 2014; CAMPOS et al., 2000). 
O objetivo do trabalho foi avaliar as características das fibras da madeira de Schizolobium 
parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby para indicação na fabricação de papel. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Os dados das dimensões das fibras da madeira de paricá foram obtidos das publicações Vidaurre 
(2010), Silva (2014), Jesus (2004) e Modes (2016). Considerou-se os valores de comprimento 
da fibra (µm), largura da fibra (µm), diâmetro do lúmem (µm) e espessura da parede (µm) 
(Tabela 1). 
 
Tabela 1 – Dimensões das fibras da madeira de Schizolobium parahyba var. amazonicum. 
Schizolobium 
parahyba var. 
amazonicum 
Espaçamento 
(m) 
Idade 
(anos) 
Comprimento 
(µm) 
Largura 
(µm) 
Diâmetro do 
lúmen (µm) 
Espessura de 
parede (µm) 
Referências 
1 4 x 4 5 980 32,75 24,87 3,94 
VIDAURRE, 
2010 
2 3,5 x 3,5 6 1105,07 32,05 25,51 3,27 SILVA, 2014 
3 3,5 x 3,5 6 1069,91 33,66 26,58 3,54 SILVA, 2014 
4 4 x 4 6 1053,06 27,14 20,72 3,21 SILVA, 2014 
5 4 x 2 7 1110 26,56 17,34 4,61 JESUS, 2004 
6 4 x 3 7 1150 25,53 17,24 4,63 JESUS, 2004 
7 4 x 4 7 1090 32,84 25,08 3,88 
VIDAURRE, 
2010 
8 4 x 4 9 1040 34,7 27,13 3,79 
VIDAURRE, 
2010 
9 4 x 4 11 1160 32,74 25,17 3,78 
VIDAURRE, 
2010 
10 2 x 2 14 1300 31,1 25,5 2,8 MODES, 2016 
 
As fibras foram dissociadas pelo método de maceração, que consiste em dissolver, por meio de 
agentes químicos, a lamela média que une as células, podendo-se observar e medir isoladamente 
os elementos celulares, como diâmetro e comprimento de células, espessamentos de parede e 
diâmetro do lúmem (BURGER E RICHTER, 1991). As análises de Vidaurre (2010) e Modes 
(2016) seguiram o método proposto por Dadswell (1972), Silva (2014) seguiu as 
recomendações de Franklin (1945) e Jesus (2014) utilizou o método proposto por Coradin e 
Bolzon de Muniz (1991). 
Os índices indicativos analisados foram propostos por Foelkel e Barrichelo, (1975). 
Considerou-se o índice de Runkel (Equação 1), coeficiente de flexibilidade (Equação 2), índice 
de enfeltramento (Equação 3) e fração parede (Equação 4). Os índices indicativos da qualidade 
da fibra da madeira foram calculados no Software Excel. 
 
IR = 2e/d 
 
CF = (d/D) x 100 
 
IE= C/D 
 
(1) 
 (2) 
(3) 
 (4) 
 
3 
FP=(2e/D) x 100 
 
Em que: (d) = diâmetro do lume; (D) = largura da fibra; (C) = comprimento da fibra; (e) = 
espessura da parede. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os índices determinados a partir da morfologia das fibras, fornecem um diagnóstico prévio do 
potencial da espécie para produção de papel. Segundo Foelkel (1978), o índice de Runkel 
permite estabelecer uma relação entre a rigidez da fibra e a sua capacidade de inter-ligação. Os 
resultados deste índice, estabelecem a classificação em cinco grupos. As fibras classificadas no 
grupo I (até 0,25) são consideradas excelente para papel, do grupo II (0,25 - 0,5) muito boas 
para papel, no grupo III (0,5 - 1,0) boas para papel, no grupo IV (1,0 - 2,0) regulares para papel 
e no grupo V (acima de 2,0) não devem ser usadas para papel tendo em vista que o grau de 
colapso é muito baixo (RUNKEL, 1952). 
Os índices de Runkel (IR) obtidos para as diferentes idades em diferentes espaçamentos para a 
espécie Schizolobium parahyba var. amazonicum apresentaram valores entre 0,22 e 0,54 sendo 
classificados nos grupos I e II, como excelentes e muito boas para a produção de papel, 
respectivamente (Tabela 2). Este resultado assemelha-se com o encontrado por Baldin et al. 
(2017), onde quatro espécies do gênero Eucalyptus L’Hér. apresentaram uma classificação 
considerada boa para fabricação de papel. 
 
Tabela 2 –Índices indicativos da qualidade da fibra da madeira para a fabricação de papel. 
Schizolobium 
parahyba var. 
amazonicum 
Índice de Runkel 
(IR) 
Coeficiente de 
Flexibilidade (CF) 
Índice de 
Enfeltramento (IE) 
Fração Parede 
(FP) 
1 0,32 75,94 29,92 24,06 
2 0,26 79,59 34,48 20,41 
3 0,27 78,97 31,79 21,03 
4 0,31 76,34 38,80 23,66 
5 0,53 65,29 41,79 34,71 
6 0,54 67,53 45,05 36,27 
7 0,31 76,37 33,19 23,63 
8 0,28 78,18 29,97 21,84 
9 0,30 76,88 35,43 23,09 
10 0,22 81,99 41,80 18,01 
Média 0,33 75,71 36,22 24,67 
 
Os resultados do coeficiente de flexibilidade (CF) do paricá variaram de 65,29% a 82%. 
Segundo Nisgoski et al., (2012) recomenda-se resultados em torno de 79%. O paricá apresentou 
maiores resultados que os encontrados por Vieira et al. (2017)para Eucalyptus badjensis 
Beuzev. & Welch (CF de 49%). 
O coeficiente de flexibilidade indica a habilidade das fibras se entrelaçarem, ou seja, quanto 
maior a flexibilidade das fibras maior será a resistência do papel ao estouro e a tração, uma vez 
que se aumenta o número de ligações entre as fibras (FOELKEL, 1978). 
Os valores de índice de enfeltramento (IE) apresentaram-se entre 29,92 a 45,05 sendo 
considerado baixo quando comparado com os valores encontrados por Vieira et al. (2017) que 
é entre 61,16 a 68,73 e Trugilho et al. (2005) que é entre 49,2 a 66,8 para espécies de eucalipto. 
O índice de enfeltramento representa a razão entre o comprimento e a largura da fibra e possui 
uma relação direta com a resistência ao rasgo e arrebentamento, sendo valores acima de 50 mais 
 
4 
indicados para boas características do papel relacionadas ao rasgo e dobras duplas (BALDI, 
2001; MOGOLLÓN e AGUILERA 2002; TRUGILHO et al., 2005). 
A fração parede (FP) é relacionada a facilidade de colapso e flexibilidade para ligação das 
fibras, ou seja, está relacionada ao grau de rigidez das fibras (FOELKEL, 1978). Os resultados 
da FP da madeira de paricá variaram de 18% a 36%, indicando uma baixa rigidez, o que pode 
favorecer na inter-ligação das fibras. Os resultados encontrados estão dentro dos recomendados 
por Foelkel (1978), que afirmou que valores superiores a 60%, resultam em fibras rígidas que 
não se interligam facilmente, e em consequência afeta a formação da folha, afetando as 
propriedades físico-mecânicas e ópticas do papel. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As fibras da madeira de paricá apresentaram características anatômicas satisfatórias para a 
fabricação de papel, baseado nos resultados do índice de Runkel, coeficiente de flexibilidade e 
fração parede. Apenas o índice de enfeltramento mostrou-se abaixo do indicado para a produção 
de papel. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, D. H.; SCALIANTE, R. M.; MACEDO, L. B.; MACÊDO, A. N.; DIAS, A. A.; 
CHRISTOFORO, A.L.; CALIL JUNIOR, C. Caracterização completa da madeira da espécie amazônica paricá 
(Schizolobium amazonicum HERB) em peças de dimensões estruturais. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.37, n.6, 
p.1175-1181, 2013. 
 
BALDI, F. II processo di produzione dele paste chimiche e il loro trattamento. In: CORSO DI TECNOLOGIA 
PER TECNICI CARTARI, Verona: Scuola Grafica Cartaria, 2001. 
 
BALDIN, T.; MARCHIORI, J. N. C.; NISGOSKI, S.; TALGATTI, M.; DENARDI, L. Anatomia da 
madeira e potencial de produção de celulose e papel de quatro espécies jovens de Eucalyptus L’Hér. Ciência da 
Madeira, v. 8, n. 2, p.114-126, 2017. 
 
BURGER, L. M.; RICHTER, H. G. Anatomia da madeira. São Paulo: Nobel, 1991. 157 p. 
 
CAMPOS, E. S.; MARTINS, M. A. L.; FOELKEL, C. E. B.; FRIZZO, S. M. B. Seleção de critérios para a 
especificação de pastas celulósicas branqueadas de eucaliptos na fabricação de papéis para impressão “offset”. 
Ciência Florestal, Santa Maria, v. 10, n. 1, p. 57 - 75, 2000. 
 
CARVALHO, P.E.R. Paricá, Schizolobium amazonicum. Colombo: Embrapa Florestas, 2007. 8p. (Circular 
técnica, n°142). 
 
CORADIN, V. T. R.; BOLZON de MUNIZ, G. I. Normas de procedimentos em estudos de anatomia de 
madeira: I. Angiospermae; II. Gimnospermae. Brasilia: IBAMA, Laboratório de Produtos Florestais, 1991. 
17p. 
 
CÓRDOVA, F. O. de. Desempenho tecnológico de vigas em madeira laminada colada de paricá 
(Schizolobium amazonicum) tratadas quimicamente. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal). 
Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages - SC, 2015. 
 
DADSWELL, H. E. The anatomy of eucalypt wood. Melbourne, For. Prod. J, CSIRO, n. 66, p. 1-28, 1972. 
 
FOELKEL, C. E. B.; BARRICHELO, L. E. G. Relações entre características da madeira e propriedades da celulose 
e papel. In: CONGRESSO ANUAL DA ABTCP – Semana do Papel, 8. São Paulo, 1975. 
 
FOELKEL, C.E.B. Madeira do eucalipto: da floresta ao digestor. Boletim Informativo IPEF, v. 6, n. 20, 1978. 
Formatado: Fonte: Não Negrito
Formatado: Fonte: Negrito
 
5 
 
FRANKLIN, G. L. Preparation of thin sections of synthetic resins and wood-resin composites, and a new 
macerating method for wood. Nature, v. 51, n. 1, p. 39-24, 1945 
 
JESUS, R. C. S. Características anatômicas e físicas da madeira de paricá (Schizolobium amazonicum Huber 
ex Ducke.), plantado em diferentes espaçamentos e condições ambientais no município de Aurora do Pará 
– PA. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais). Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2004. 
 
MODES, K. S. Caracterização tecnológica da madeira de Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke. de 
florestas plantadas no estado de Rondônia. Tese (Doutorado em Tecnologia de Produtos Florestais). Escola 
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Universidade de São Paulo, Piracicaba-SP, 2016. 
 
MOGOLLÓN, G.; AGUILERA, A. Guia teórica y prática de morfologia de la fibra. Mérida: Universidad de 
Los Andes, 2002. 48p. 
 
NISGOSKI, S.; MUÑIZ, G. I. B.; TRIANOSKI, R.; MATOS, J. L. M.; VENSON, I. Características anatômicas 
da madeira e índices de resistência do papel de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake proveniente de plantio 
experimental. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 40, n. 94, p. 203-211, 2012. 
 
PEREIRA, A. P.; MELO, C. F. M.; ALVES, S. de M. O paricá (Schizolobium amazonicum): características gerais 
da espécie e suas possibilidades na indústria de celulose e papel. Silvicultura em São Paulo, v. 16A, n. 2, p. 1340-
1344, 1982. 
 
RUNKEL, R.O.H. Pulp from tropical wood. TAAP, v. 35, n. 4, p. 174-178. 1952. 
 
Schizolobium in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: 
<http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23144>. Acesso em: 19 out 2019. 
 
SILVA, M. G. da. Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke.) Baneby (paricá) na Amazônia 
Oriental: Caracterização anatômica e modelagem de crescimento. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia 
da Madeira). Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais, 2014. 
 
SOUZA, C. R.; Souza, C.R.; Rossi, L.M.B.; Azevedo, C.P.; Vieira, A.H. Paricá: Schizolobium parahyba var. 
amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby. Manaus: Embrapa Manaus, 2003. 12 p. (Circular Técnica, n°18). 
 
TRUGILHO, P. F.; BIANCHI, M. L.; GOMIDE, J. L.; LIMA, J. T.; MENDES, L. M.; MORI, F. A., GOMES, D. 
F. F. Clones de Eucalyptus versus a produção de polpa celulósica. Ciência Florestal, Santa Maria, v.15, n2, p.145-
155, 2005. 
 
VIDAL, A. C. F.; HORA, A. B. Celulose de fibra longa: uma oportunidade para a indústria brasileira? 
BNDES Setorial 39, p. 281-342, 2014. 
 
VIDAURRE, G. B. Caracterização anatômica, física e químico-mecânica da madeira de paricá 
(Schizolobium amazonicum) para produção de energia e polpa celulósica. Tese (Doutorado em Ciências 
Florestais). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010. 
 
VIEIRA, H. C. et al. Características anatômicas da madeira e índices de resistência do Papel da espécie de 
Eucalyptus badjensis. In: Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia da madeira, Florianópolis, 2017. 
Formatado: Fonte: Negrito
Formatado: Fonte: Não Negrito
Formatado: Fonte: Itálico
Formatado: Fonte: Itálico
Formatado: Fonte: Itálico
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23144

Continue navegando