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CHOQUE HIPOVOLÊMICO Alunas: Ana Maria Santana Nunes Rodrigues, Mariana Santos Campos e Thaís de Alencar Braga Matos Profª MSc. Marina Pessoa Universidade do Estado da Bahia Medicina Veterinária Disciplina: Patologia Geral CHOQUE Síndrome clínica caracterizada por um quadro de Hipoperfusão Sistêmica Aguda. Incapacidade do sistema circulatório de atender as demandas metabólicas dos diversos tecidos 2 Fonte: https://upis.br/blog/anatomia-canina/ Sistema vascular do cachorro TIPOS DE CHOQUE E SUA ETIOLOGIA Fonte: https://www.enfconcursos.com/uploads/cursos/2017/02 3 Choque Hipovolêmico: Diminuição dos fluídos do corpo. Choque Cardiogênico: Falha no bombeamento do coração. Choque Distributivo: Problemas nos vasos sanguíneos. Choque Obstrutivo: obstrução mecânica do fluxo sanguíneo. 4 CHOQUE HIPOVOLÊMICO Hemorragias Desidratação por diarreia Vômitos intensos ou calor excessivo Perda de plasma causada por queimaduras 5 É provocado pela perda de grandes volumes de líquidos do corpo. Cachorro com queimadura Fonte:https://www.clubeparacachorros.com.br/cuidados/queimaduras-em-caes/ Gato com desidratação durante avaliação de turgor de pele. Fonte: https://www.vetsmart.com.br É uma condição emergencial grave que deve ser tratada pelo médico veterinário com urgência. ESTE TIPO DE CHOQUE PODE AFETAR: 6 SINAIS CLÍNICOS 7 Desidratação Pele fria e pegajosa Palidez cutaneomucosa Sudorese abundante Hipotensão Taquicardia Pulso fraco e filiforme Taquipneia Hiperventilação Oliguria Alterações neurossensoriais Fonte: https://dogdesign.com.br/blog/cao-superaquecido/ http://www.rafaelfighera.com.br/wp-content/uploads/2014/06/rafaelfighera_linfoma-em-caes.pdf FISIOPATOLOGIA 8 Perda sanguínea: 30% da volemia no cão 40% no gato 30% nos equinos Esta perda leva a instabilidade hemodinâmica, diminuição da perfusão tecidual, hipoxia celular com lesões em órgão e até mesmo a morte. Manifestações clínicas quantidade de sangue perdido, da capacidade do organismo para repor essas perdas e sobretudo da rapidez terapêutica nos casos de hemorragia grave. FISIOPATOLOGIA 9 Classe I: Perda de 15% do volume total Os mecanismos compensatórios são capazes de manter o débito cardíaco Não se registam alterações na tensão arterial, pressão de pulso ou frequência respiratória O volume de sangue é restaurado com rapidez Reposição de fluidos é desnecessária FISIOPATOLOGIA 10 Classe II: Perda de 15 a 30% do volume total Diminuição do débito cardíaco mecanismos compensatórios Taquicardia aumento da estimulação do sistema nervoso simpático catecolaminas circulantes vasoconstrição periférica as resistências vasculares periféricas a tensão arterial diastólica e a pressão de pulso desce. Gasometria arterial PaCO2 e PaO2 Débito urinário diminui ligeiramente devido à diminuição da perfusão renal Reposição de fluidos é necessária FISIOPATOLOGIA 11 Classe III: Perda de 30 a 40% do volume total Mecanismos compensatórios falha Frequência cardíaca continua a aumentar isquemia do miocárdio ou disritmias Gasometria arterial PaCO2, HCO3 - e PaO2 Perfusão renal Débito urinário O estado mental começa a deteriorar-se e a perfusão cerebral é cada vez menor Monitorização hemodinâmico e terapêutica agressiva manter uma boa oxigenação dos tecidos periféricos FISIOPATOLOGIA 12 Classe IV: Perda superior a 40% do volume total Paciente corre sério risco de vida Apresenta falha na microcirculação dano celular irreversível Os mecanismos de compensação já não são eficazes órgãos entram em falência Taquicardia significativa, hipotensão severa, pulso periférico não palpável e débito urinário insignificante ou nulo. Intervenção cirúrgica, fármacos vasopressores e reposição rápida de fluidos ASPECTOS MACRO E MICROSCÓPICOS 13 Equino com hemoperitônio secundário a neoplasia. Fonte: https://issuu.com/cfmv/docs/revista_cfmv_64/50 Cão vítima de tiro com hemorragia interna. Fonte: http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/cardiovascular/paginas_pt/cardio_069.htm Hipovolemia por hemorragia 14 ASPECTOS MACRO E MICROSCÓPICOS Obstrução intestinal. Hipovolemia por perda de volume plasmático Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/2914696/ Fonte: https://fofuxo.com.br/saude/queimaduras-caes-gatos.html. Queimadura. ASPECTOS MACRO E MICROSCÓPICOS 15 Hemorragia (H) extensa em região intra-óssea (TO) na mandíbula. Esse extravasamento de hemáceas foi decorrente de invasão neoplásica no tecido ósseo. Fonte: luciana.correa.nom.br/patoartegeral/partoartecir7.htm RELATO DE CASO Cão Fila Brasileiro, 3 anos e 8 meses, 39 kg. Queixa de vômito há 48 hs ao se alimentar. Abatido e cambaleante. Suspeita inicial de gastropatia: chá medicinal. Vômito de sangue e coágulos não digeridos. Mucosas pálidas. Tempo de reperfusão capilar: > 3 segundos. Temperatura retal: 36,8 oC. Discreta dispneia. Pulso periférico não palpável. 16 RELATO DE CASO Diagnóstico: choque hipovolêmico. Tratamento: 350 ml de ringer lactato e 400 ml de sangue em 5 min; 1000 ml de ringer lactato e 400 ml de sangue em 5 horas; Aquecimento com colchão térmico. Recuperação: T 38,5 oC; RC 1 s. Sangramento oral ferimento entre 1º e 2º dentes pré-molares (artéria palatina). Cauterização, sutura hemostático-oclusiva. 17 RELATO DE CASO 18 Fonte: https://www.redevet.com.br/index.php/profissionais/na-rede/ibrajournal/113-geral/380-sobre-um-caso-incomum-de-hemorragia?showall=&start=1 CONCLUSÃO Síndrome grave, complexa, que exige tratamento precoce e correto, além de monitoramento continuado. O conhecimento da patogênese do processo, embora ainda não entendido na sua totalidade, hoje permite diagnóstico e conduta racional frente ao problema. É o tipo mais comum na clínica de animais e embora inicialmente os distúrbios hemodinâmicos e metabólicos resultantes sejam corrigíveis, a demora no estabelecimento do diagnóstico e na tomada de medidas terapêuticas prontas e corretas permite a persistência e o consequente agravamento do quadro o que pode levar a danos irreversíveis, inclusive morte. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20 DOURADO, Amândio José Soares. Estudo de variações de gasometria venosa e indicadores de perfusão em canídeos em síndrome choque. 2010. 65 f. Disponível em: <https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/3059> Acesso em: 27 de junho de 2021. EIRA, C. S. L. da. Choque hemorrágico : fisiopatologia, monitorização e terapêutica. 2011. Disponível em: <https://eg.uc.pt/handle/10316/47957?locale=em>. Acesso em: 27 de Junho de 2021 GAIGA L. H. Choque circulatório: aspectos básicos de fisiopatologia e terapêutica Seminário apresentado na disciplina BIOQUÍMICA DO TECIDO ANIMAL do Programa de PósGraduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor responsável pela disciplina: Félix H. D. González. Disponível em:< https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2020/11/choque-hipovolemico.pdf>. Acesso em 28 de junho de 2021. IBRAJOURNAL. Sobre um caso incomum de hemorragia. Disponível em: <https://www.redevet.com.br/index.php/profissionais/na-rede/ibrajournal/113-geral/380-sobre-um-caso-incomum-de-hemorragia?showall=&start=1>. Acesso em 27 de junho de 2021. OBRIGADA!
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