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Isabela Pedrini 2025.1 2 Estudo Transversal · Resumo geral: -Observacional ou experimental? Observacional. -Descritivo ou analítico? Pode ser descritivo ou analítico. -Retrospectivo ou prospectivo? Nenhum dos 2, é considerado uma foto daquele momento. -Prevalência ou incidência? Prevalência. -Medida de associação dominante? PR (razão de prevalência) -Usada em? Doenças frequentes e crônicas · Prevalência x Incidência · Prevalência: -indica o nº de pessoas que convivem (tem um certo diagnóstico ou vivem sob certa exposição) NAQUELE MOMENTO que fez a entrevista. Desse modo, não importa quando ele recebeu o diagnóstico. -determina a % (nº) de pessoas dentro de uma população local total que convive sob uma determinada condição (com um fator de risco ou uma doença crônica). -consegue formular uma hipótese ao longo do tempo. · Incidência: -indica o nº de NOVOS casos DURANTE UM PERÍODO determinado. -aspecto TEMPORAL. EX: Diabetes. Prevalência: 8 de 100 habitantes na cidade possuem diabetes (ou seja, 8%). Incidência: 3 novos casos no último ano, ou seja, 3 pacientes diagnosticados a cada 100 pessoas (3%). Isso indica que dos 8 casos que possuem diabetes (prevalência total), 3 foram diagnosticados no último ano (incidência daquele ano). · Características gerais: -Não dá para classificar como retrospectivo ou prospectivo pois ele é como se fosse uma foto daquele momento (como se o presente daquela hora fosse eternizado). Estudo existe apenas em um momento do tempo. -A proposta do estudo pode ser descritiva ou analítica. É o único observacional que ainda pode ser descritivo. -Deve-se realizar um estudo transversal quando pretende determinar a prevalência de pessoas com determinada exposição (fatores de risco) e/ou desfecho. -A tentativa de correlacionar o desfecho com a variável é limitada, devido a ausência de indicação da sequência dos eventos (por ser como uma foto). Logo, não dá para saber quem veio primeiro (se foi a exposição ou o desfecho). -Ele é feito com o objetivo de fazer medidas de saúde pública para melhorar a vida de uma população. -Em inglês: cross-sectional. · Exposição x Desfecho: -Exposição: uma variável (como um fator de risco ou até mesmo uma doença) que influencia no desfecho. -Desfecho: quadro clínico final, é o que está sendo avaliado. EX: O COVID-19 é uma exposição, onde o desfecho podem ser alterações gastrointestinais (ou até mesmo o óbito). Fumar é uma exposição, onde o desfecho pode ser câncer de pulmão. · Descritivo x Analítico: · Descritivo: -só possui um grupo, e apenas apresenta o percentual desse grupo (ou seja, não faz relação entre variáveis). -estudos mais simples (pois só possui 1 grupo – de exposto) -fornece informação (frequência e distribuição de um tópico de estudo). -só mostra a %. · Analítico: -possui 2 grupos, onde compara esses 2 grupos (a população exposta e a não exposta) -estudos mais complexos (pois possui o 2º grupo de não exposto) -fornece a significância através de medidas de associação (determina se há diferença) -já esse tenta chegar em uma estatística, ou seja, faz analise entre os dados de exposição e desfecho. · Single x Multi Center Study: -Single: apenas um único centro de pesquisa (lugar). EX: 1 hospital -Multi: 2 ou + centros de pesquisa. Servem pra região macro. Tendem a ser superiores. Amostragem mais representativa de região. OBS: porém, talvez ainda assim esses sujeitos não representem a população total (não é representativa). Para isso, se usa uma seleção de amostra. · Seleção de amostra: -o desejado seria ter toda a população, porém isso não é possível (utópico em países grandes). -se não conseguir coletar de toda população, usa-se a técnica randômica (altamente representativo, sendo a melhor ténica): através de sorteios de forma aleatória, tendo que manter a proporção. -cuidado com o viés devido aos não respondedores (para tentar minimizar isso, usa-se ligações, cartas, etc). Tem que declarar (deixar claro) que esses indivíduos deixaram de responder. No exterior, o meio de comunicação mais utilizado para isso é a carta; mas no Brasil é o telefone. Porém o telefone pode ser um viés (pois nem todo mundo tem). Além disso, também pode faltar dados devido a prontuários incompletos, etc. -Tem sempre que mostrar o nº de pacientes excluídos e os motivos pois isso significa que os autores se preocuparam com a transparência do estudo. -pegar pacientes a partir de estudos prévios (que já participam de 1 grupos de pesquisa) pode ser um viés. OBS: viés significa um problema, um risco de comprometer os resultados. · Descrever essa população -Através da história epidemiológica, dados demográficos, características clínicas, dados laboratoriais, tratamento, etc. -Coletar essas informações através do prontuário. · Calcular prevalência através de tabela A coluna costuma representar a exposição, e a linha o desfecho. EXEMPLO: o sintoma respiratório é a exposição, e o intestinal é o desfecho. COM sintoma intestinal SEM sintoma intestinal COM sintoma respiratório 97 (a) 84 (b) SEM sintoma respiratório 6 (c) 17 (d) 1. Qual a prevalência dos sintomas intestinais? a/a+b+c+d = 97/97+84+6+17 2. Qual a prevalência dos sintomas intestinais em pacientes COM sintomas respiratórios? a/a+b = 97/97+84 3. Qual a prevalência dos sintomas intestinais em pacientes SEM sintomas respiratórios? c/c+d = 6/6+17 -Como calcular a prevalência? 1º nº da primeira linha e dividido pela soma dos nºs daquela linha. / 1º nº da segunda linha dividido pela soma dos nºs daquela linha. Ex: a/a+b / c/c+d. Nesse caso, 97/97+84 / 6/6+17 · Vantagens -pouco custo e rápido -frequentemente usado para condições que são frequentes e com duração longa (não fatal, condição crônica). – ou seja, para doenças frequentes e/ou crônicas -afere sempre a prevalência, não a incidência -utilizado para planejamentos em saúde pública, para compreensão da etiologia de uma doença e geração de hipóteses. · Problemas -não serve para doenças emergentes e raras -é o estudo observacional mais fraco (em nível de evidência) -a sequência temporal de causa e efeito pode ser difícil ou até mesmo impossível de ser determinada, ou seja, difícil determinar sequencia temporal de cada sintoma. -difícil dizer se as variáveis tem relação de causa e efeito -usualmente não se sabe quando a doença ocorreu/começou.
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