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Cuidados de Enfermagem para as queixas relacionadas as alterações fisiológicas da gestação

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Cuidados de Enfermagem para as queixas relacionadas as alterações fisiológicas da gestação
Muitas dessas alterações podem ser minimizadas, os transtornos e o desconforto que elas causam as gestantes, quando a gestante é orientada pelo profissional de saúde que acompanha o pré-natal. É importante uma escuta ativa, relacionar-se com essa gestante durante esse acompanhamento, favorecendo o desenvolvimento da confiança e do diálogo. Incentivando-a a fazer as anotações em casa, das dúvidas, e traze-las para as consultas, para que haja orientação e minimização do desconforto.
Sempre valorizar a informação clara, em uma linguagem em que a gestante compreenda, uma linguagem acessível a ela. Mas que possa oferecer toda a informação necessária para que se sinta segura e entenda o que está acontecendo com seu corpo e o seu bebe que está se desenvolvendo. 
-Queixas relacionadas ao trato digestório
Náuseas, vômitos e tonturas 
Comuns no primeiro trimestre da gestação, principalmente logo ao acordar (maior incidência pela manhã). Costumam permanecer por mais tempo, além do primeiro trimestre, e mesmo com a mulher medicada. E pode leva-la a alguns desgastes, alguns quadros clínicos mais severos como a desidratação, e que precisam de tratamento. Muitas percebem a gestação a partir da ocorrência de náuseas e vômitos.
Então, desde que não leve a um quadro de desidratação ou uma perda importante de peso, ou coisas nesse sentido, elas tratam-se de um quadro transitório que devem ficar na maioria das vezes restritos ao primeiro trimestre. 
Orientações a mulher nesse primeiro momento:
· Consumir uma dieta de qualidade e fracionada (6 refeições leves ao dia). É importante desmistificar que durante a gravidez a mulher deve “comer por dois”. Comer pouco, porém com mais frequência para que possa fazer a digestão de forma mais confortável. Evitar grandes quantidades de alimento de uma única vez. Porque nesse momento a digestão é feita de forma mais lenta, o que facilita o desenvolvimento dessas queixas;
· Evitar frituras, gorduras (por ser de difícil digestão) e alimentos com cheiros fortes ou desagradáveis. Temperos industrializados não devem fazer parte do consumo alimentar, sobretudo neste momento, dando preferência aos naturais para que possa trazer sabor ao alimento, utilizando ervas, alho, cebola, temperos verdes; 
· Evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à sua ingestão nos intervalos entre as refeições. Dar preferência aos sucos naturais, água de coco e muita água, fora do horário das refeições, pois a hidratação é de extrema importância. Evitar ingestão de refrigerante, bebida alcoólica; 
· Ingerir alimentos sólidos/secos antes de se levantar pela manhã ao invés dos líquidos, como bolacha de água e sal ao invés de uma xícara de café, por exemplo. Para dificultar o vomito e favorecer o conforto dessa mulher ao alimentar-se; 
· Ingerir alimentos gelados (favorece o conforto alimentar da gestante, e diminui o desconforto): suco, água;
Com todas essas orientações muitas gestantes conseguem passar por esse primeiro trimestre sem mais maiores complicações, apenas alguns ajustes favorece o desenvolvimento de um primeiro trimestre com mais conforto e menos náuseas e vômitos. Porém algumas outras gestantes, apresentarão a necessidade de iniciar a prescrição medicamentosa.
· Avaliar a prescrição de medicamentos no consultório e uma avaliação dessa paciente (normalmente é prescrito Metoclopramida 10 mg, de 8/8 horas). Somente nos casos em que a mudança de hábitos alimentares e as adaptações não resolveu a queixa;
· É importante estar atenta ao quadro clinico e se necessário, agendar consulta médica ou refira a gestante ao pré natal de alto risco em caso de vômitos frequentes refratários às medidas citadas, ao uso da medicação, pois podem provocar distúrbios metabólicos, desidratação, perda de peso importante, tontura, sonolência, desmaio e outras complicações. 
Para cada uma dessas orientações, podemos fazer adequações segundo a necessidade que a gestante referir.
Essa prescrição apoia o profissional enfermeiro capacitado.
Pirose (azia) 
Muitas vezes descrita como uma “queimação no estômago”. Prescrição de cuidados é muito semelhante ao de náuseas e vômitos: 
· Dieta fracionada 
· Evitar frituras e alimentos gordurosos
· Evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e cigarro. 
Importante evitar pois contribui para o desenvolvimento da pirose.
Em alguns casos, a gestante pode fazer uso de medicamentos antiácidos, para aliviar essa queixa de queimação, segundo prescrição medicamentosa: hidróxido de alumínio - 2 a 4 comprimidos mastigáveis após as refeições e ao deitar-se. 
Essa prescrição apoia o profissional enfermeiro capacitado.
Sialorréia 
Muitas gestantes na manifestação das náuseas, vão apresentar sialorréia. Compreende a salivação excessiva, podendo causar desconforto por ser frequente, e ela mesmo pode intensificar as náuseas e podendo chegar ao vomito. A sialorréia apresenta um alívio importante quando as náuseas desaparecem. Prescrição de cuidados: 
· Dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos, pois a medida que diminuímos essa manifestação, também pode influenciar para diminuir a sialorréia;
· Ingerir líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor), valorizando a qualidade do liquido que se ingere – água, suco, leite, iogurte – o que for possível para ela financeiramente e aceitável/palatável nesse momento. 
· Evitar refrigerante, álcool, sucos artificiais, alimentos artificiais e com corante de forma geral.
Deve-se recomendar engolir a saliva e ingerir muito líquido, preconizando a qualidade do líquido ingerido, pois a salivação excessiva pode gerar desidratação.
-Fora do sistema digestório
Fraquezas e desmaios 
Prescrição de cuidados: 
· Evitar mudanças bruscas de posição e inatividade (muito tempo deitada e levantar rápido, por exemplo. E isso acontece até fora do período gestacional com algumas pessoas). Se estiver deitada, antes de levantar de uma vez, sugere-se que sente antes fique um tempinho, respirar tranquilamente e depois levanta, ainda próximo a cama ou a lugares que exerça a função de apoio;
· Dieta fracionada, de forma que a gestante evite jejum prolongado e grandes intervalos entre as refeições. Tem relação com a manutenção dos níveis de glicose adequados para o desenvolvimento de atividades. Não pular refeições sobretudo durante a gestação, deve valorizar intervalos curtos entre as refeições, para não ter a sensação de fraqueza/desmaio, para que possa estar sempre bem alimentada;
· Sempre que estiver em uma situação dessa, deve-se se possível deitar em decúbito lateral (preferencialmente sobre o lado esquerdo, para favorecer a circulação), respirando de forma profunda e pausadamente, mantendo a tranquilidade e calma, melhora a sensação de fraqueza e a sensação de desmaio.
Evitar a mudança brusca uma vez que a mulher apresenta uma série de alterações circulatórias e por isso é preciso que ela se levante aos poucos, apoiada sempre na cama e em estágios.
Deve-se avaliar pressão arterial, rotina diária de atividades, hábitos alimentares se esse sintoma é muito constante.
Se for uma situação persistente, uma situação que pode indicar qualquer quadro clinico diferente, sempre fazer a avaliação adequada e ainda referencia-la a um profissional médico, em caso de necessidade.
Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação intestinal (prisão de ventre) 
Prescrição de cuidados: 
· Certificar-se de que as dores abdominais e cólicas não sejam contrações uterinas – mais nas gestações mais avançadas. Em geral, na contração uterina ocorre um enrijecimento da parede abdominal. Essa dor abdominal e essas cólicas não podem ser acompanhadas de perdas transvaginais – secreção de aspecto gelatinoso (podendo ser o tampão mucoso), nem de sangramentos;
· Ela deve observar como se dá o ritmo desse desconforto abdominal, sente ele após um dia de trabalho intenso, então é um desconforto relacionado a atividade e o próprio peso, e a questões relacionadas ao dia a dia. Sente, deita, descansae o desconforto espontaneamente passa.
· Agora se é uma dor abdominal, cólica que acompanha os fatores citados anteriormente, ou que ela sente sem ter feito nenhum esforço, nenhuma atividade diferenciada, então é preciso entender que cólica é essa e o porquê dela está acontecendo. 
· Sugerir o uso de roupas de ofereçam sustentação abdominal sem compressão; 
· Importante fazer exercícios leves como caminhadas, caso não haja restrição de saúde, para que ela se sinta confortável, podem ajudar na diminuição da flatulência e obstipação intestinal, ajudando mobilidade intestinal;
· Se houver flatulência e/ou obstipação intestinal: orientar sobre dieta rica em resíduos, pois ajudam na peristalse: fibras (frutas cítricas, verduras, mamão, ameixas e cereais integrais, adequando às condições socioeconômicas, à realidade da gestante – orientando sobre as frutas da estação, que costumam ser mais em conta);
· Aumentar a ingestão de líquidos adequadamente em qualidade e quantidade;
· Evitar alimentos de alta fermentação (sobretudo ao deitar-se nas últimas refeições do dia), tais como repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar;
· Avaliar, após as medidas não-farmacológicas, a necessidade de prescrição medicamentosa:
- Dimeticona (40-80 mg) de 6/6 horas, para flatulência; 
- Hioscina (10 mg), de 8 em 8 horas, para dor abdominal; 
- Supositório de glicerina, para obstipação intestinal. 
IMPORTANTE: essas dores e desconfortos abdominais não podem estar relacionadas à perda de algum líquido transvaginal, sangramento transvaginal, secreção de aspecto gelatinoso (pode ser o tampão mucoso). 
Observar a frequência da dor e do desconforto, além dos antecedentes dessa dor e verificar se está aparecendo sem que essa mulher faça algum esforço. 
Orientar uma dieta adequada ao orçamento da paciente, usando o bom senso, indicando o consumo das frutas da estação.
Corrimento vaginal 
É muito comum o aumento da secreção vaginal fisiológica. Prescrição de cuidados: 
· Explicar sobre o aumento de fluxo vaginal na gestação;  
· Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de infecção vaginal; 
· Explicar os sinais de alterações da secreção que podem indicar a presença de infecções (atenção para: secreção esverdeada, amarelada, branca grumosa, ou associação com prurido, lesão e odor fétido); 
· Agendar consulta ginecológica específica, se necessário. 
É necessário que a paciente possa conhecer o seu corpo e saber narrar sobre a intensidade desse fluxo. Explicar que esse aumento do fluxo vaginal é fisiológico. Comum a sensação de maior umidade.
Não recomendar o uso dos absorventes íntimos diários que irão favorecer a proliferação bacteriana e fúngica no local.
Orientar a levar outra calcinha limpa e embalada na bolsa para fazer a troca durante o dia; utilizar roupas que permitam a ventilação da região (saias, vestidos); se for preciso utilizar calças, que sejam peças de algodão assim como as peças íntimas (evitar tecidos sintéticos).
Queixas urinárias 
As infecções do trato urinário (ITU) são responsáveis por um número importante de complicações gestacionais, levando a mulher à internações, complicações, antecipação do parto. Importante atentar para as queixas urinárias no sentido de prevenir e identificar precocemente qualquer desenvolvimento de infecção.
Prescrição de cuidados: 
· Explicar sobre o aumento do número de micções na gestação, devido a compressão da bexiga pelo útero gravídico – não reter a urina, para evitar a possibilidade do desenvolvimento de uma infecção;
· Incentivar a ingestão hídrica adequada (há mulheres que decidem diminuir a ingestão hídrica para diminuir as idas ao banheiro e em hipótese alguma isso deve ser uma prática durante a gestação);
· Orientar sobre o esvaziamento vesical, evitando retenção urinária;
· Higiene íntima adequada (não pode ser negligenciada, nem excessiva), higiene durante o banho com água e sabão, evitar o uso de duchas vaginais e de sabonetes íntimos. Se possível fazer a higiene após as eliminações urinárias com água, secar-se e evitando permanecer com a vestimenta úmida. Orientar sobre os sinais de ITU (Infecções de Trato Urinário) para que entenda que infecções são essas, e quais os sinais que devem chamar atenção. Orientar que o aumento do número de micções não deve estar associado a nenhum tipo de dor, ardência, odor diferenciado. A coloração deve ser um amarelo bem claro, quase transparente, não deve ter coloração rosada ou vermelha – podendo indicar a presença de sangue na urina. Não teve ter muito menos febre e dor nas costas, parecendo uma dor lombar – podendo ser um sinal de infecção urinária. Assim que apresentar algum desses sinais procurar ajuda. O profissional que acompanha no pré-natal deve solicitar exames urinários, ainda com mais frequência se ela apresentar uma infecção de trato urinário. Se é uma gestante que já tem um histórico de ITU anteriores ao período gestacional, teremos ainda mais cuidados;
· Avaliar necessidade de prescrição de exames específicos e medicamentos. Nesses casos antibióticos, se tiver suspeita de ITU. Existe todo um protocolo para tratamento de ITU que será discutido com mais detalhes mais a frente.
Falta de ar (Dispneia) e dificuldades para respirar 
Em tempos de COVID-19 se faz necessário todo um cuidado diferenciado com queixas relacionadas a dispneia.
Prescrição de cuidados: 
· Orientar sobre a relação destes sintomas e a gestação, em decorrência do aumento do volume do útero e outras modificações fisiológicas gestacionais que estão acontecendo no corpo dela. É um desconforto respiratório transitório – não permanecerá com ele o tempo todo- e que torna-se mais incidente ao final da gestação. Tende a ter um alivio quando ela fica em uma posição sentada, ou semi-sentada ou com travesseiros elevando a cabeceira do seu leito; 
· Recomendar repouso em decúbito lateral esquerdo; 
· Avaliar sinais e sintomas associados a essa dispneia (tosse, febre, cefaleia, faringite, anosmia – perda do olfato, ageusia – alteração do paladar, chiado, sibilância, entre outros); 
· Realizar ausculta pulmonar; 
· Encaminhar para avaliação médica, em casos de achados clínicos indicativos de suspeita de problema clínico, de alguma complicação relacionada ao trato respiratório.
Orientar que o aumento do útero pressiona o diafragma, ocasionando expirações mais profundas e mais curtas. Esses sintomas melhoram ao sentar, ou deitar em decúbito lateral esquerdo também. Faz-se necessário observar alterações e sintomas associados como tosse e a presença de sibilos na ausculta pulmonar.
COVID 19 – protocolo de classificação estabelecido pelo Ministério da Saúde:
Mastalgia (dor nas mamas) 
Prescrição de cuidados: 
· Orientar a gestante quanto à normalidade de incômodo mamário, pela fisiologia da gestação, devido ao aumento do volume mamário e ao desenvolvimento glandular, podendo ter aumento da sensibilidade ao toque, desconforto, sensação de peso; 
· Recomendar o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer intercorrência mamária através do exame clínico; 
· Realizar exame clínico das mamas para descartar qualquer alteração. 
É necessário sempre realizar o exame físico para descartar qualquer patologia ou qualquer comorbidade e sempre fazer uma orientação clara de que essas dores podem ser fisiológicas em decorrência da gravidez, para que a gestante se sinta mais tranquila e segura no desenvolvimento dessa gestação.
Lombalgia 
Ocorre devido às modificações posturais. O próprio centro de gravidade encontra-se alterado por conta do útero pendendo para frente, um peso anterior que força o corpo e o esqueleto e musculatura da gestante. Prescrição de cuidados: 
· Recomendar à gestante atenção à postura ao se sentar, deitar e ao andar; 
· Orientar sobre o uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis. Evitar saltos altos e outros sapatos que propiciam o risco de quedas, desconforto ou sobrecarga e que aumentem a lombalgia;
· Prescrever aplicação de calor local com bolsas/compressas de água quente (sempre protegidos com uma toalha/tecidopara evitar queimaduras locais), pois ajuda a diminuir o processo inflamatório, um relaxamento da musculatura local e um conforto para diminuição da lombalgia;
· Avaliar a necessidade de encaminhamento médico para prescrição medicamentosa: Paracetamol (500-750 mg de 6/6 horas); Dipirona (500-1000mg) de 6/6 horas. Podem ser prescritas também outras medicações mais específicas como anti-inflamatórios.
Cefaleia 
Prescrição de cuidados: 
· Avaliar a presença de sinais e sintomas relacionados a hipertensão arterial e pré-eclâmpsia (se houver mais de 20-24 semanas de gestação); 
· Avaliar a necessidade de encaminhamento médico para prescrição medicamentosa: Paracetamol (500-750 mg de 6/6 horas); Dipirona (500-1000mg) de 6/6 horas. 
· Encaminhar a gestante à consulta médica, caso necessário, ou de um profissional de saúde mental. 
Estado emocional: entender como a gestação está acontecendo, algumas se queixam de cefaleia associada a ansiedade, estresse ou outras intercorrências relacionadas à gravidez, pode prescrever encaminhamento a um profissional de saúde mental. 
Sangramento gengival 
· Recomendar higiene oral regular e uso de escova macia; 
· Orientar uso de fio dental para evitar processos inflamatórios e infecciosos local;
· Agendar atendimento odontológico durante a gestação, se possível. 
Varizes 
Prescrição de cuidados:
· Orientar sobre não permanecer em pé por muito tempo ou sentada, em uma única posição; 
· Recomendar repouso de 20 minutos, várias vezes ao dia, com as pernas elevadas, para auxiliar no retorno venoso e consequente alívio no desconforto; 
· Orientar sobre evitar o uso de roupas muito justas e apertadas que possam aumentar a sensação de peso, cansaço e até dor nos membros inferiores; 
· Recomendar, se possível, a utilização de meia calça elástica para gestante para ajudar no retorno venoso. Tende a gerar alivio a gestante.
Câimbras 
Prescrição de cuidados:
· Recomendar massagem e aplicação de calor local, para aliviar a dor e o desconforto; 
· Orientar sobre evitar o excesso de exercícios, sempre exercícios leves; 
· Orientar sobre a realização de alongamentos antes e após o início de exercícios ou caminhadas longas, assim como na ocasião da crise álgica e quando for repousar. 
Em geral as câimbras são pontuais e de curta duração, mas que tendem a causar um desconforto considerável. 
Estrias 
Muitas mulheres irão apresentar o desenvolvimento de estrias na região abdominal, glútea, algumas nas regiões de mamas, podem apresentar também em membros superiores.
Prescrição de cuidados:
· Explicar que são resultantes da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de prevenção; 
· Informar que podem ser utilizadas medidas que ainda não são comprovadas, e existam controvérsias sobre o uso delas, mas podem ser usadas pois não causam outros prejuízos a gestante, dentre elas: as massagens locais, com substâncias oleosas ou cremes, na tentativa de preveni-las, no entanto não há garantia de eficácia; 
· Recomendar ingestão hídrica adequada para hidratação corporal, mais importante que aplicar os cremes. 
Melasma 
São manchas hipercrômicas que aparecem na região da face e tendem a diminuir a intensidade ou até mesmo desaparecer após a gestação e período puerperal. Mas algumas mulheres permanecem com esse melasma mesmo fora do período gestacional e puerperal. Exigindo tratamentos dermatológicos, que costumam ser caros.
Prescrição de cuidados para que possam evitar a exposição e o desenvolvimento, não são medidas que garantem a não ocorrência, mas são medidas que podem contribuir para a diminuição das chances do melasma acontecer, que são:
· Evitar exposição do rosto diretamente ao sol; 
· Usar protetor solar e utensílios para proteção da face (chapéu, viseiras). 
Será entregue a gestante no início do pré-natal, um livro para preencher e contém diversas orientações com linguagem acessível, sempre incentivar a leitura dessa caderneta.

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