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Disfonias Funcionais @projetofonoo@projetofonoo (Behlau & Pontes)(Behlau & Pontes) @projetofonoo@projetofonoo COMPORTAMENTO VOCAL COMO BASE DE DESENVOLVIMENTO - USO DA VOZ Comportamento vocal como base de desenvolvimento - uso incorreto da voz; 3 subgrupos: 1. DF primária ou comportamental pura, por uso incorreto da voz; - exclusividade de interferência do comportamento vocal; 2. DF secundária por inadaptação vocal; - desvios embriogenéticos favorecedores de uma desordem (o problema só se manifestará com o uso da voz); 3. DF psicogênica - desvios funcionais com simbolismo psicológico na comunicação; DISFONIAS FUNCIONAIS PRIMÁRIAS - por uso incorreto da voz - também conhecida como comportamental pura; - situações desencadeadoras: 1. falta de conhecimento vocal: ajustes motores impróprios a produção vocal saudável a longo-prazo, como falar alto, gritar, falar com o pescoço virado para o lado...; desconhecimento de noções básicas ➜ orientações frequentes de higiene vocal; hábitos, vestuário, recursos vocais, entre outros. 2. modelo vocal deficiente: - ocorre nas diversas fases de ontogenia vocal; - crianças: padrão vocal inadequado é incorporado; a criança vive no meio em que vive e seleciona padrões a serem seguidos; - sociedade reforça a disfonia e distúrbio articulatório? Temos a cultura, no Brasil, que a rouquidão é bom ou bonito, tendo pessoas no meio social que possui vozes assim e as pessoas pegam um modelo para si; - adultos: eleição de vozes públicas de sucesso; aquele ajuste vocal as vezes não se adequa à laringe; - seleção consciente ou inconsciente = risco à saúde vocal; DISFONIAS FUNCIONAIS SECUNDÁRIAS Incoordenação; Alterações miodinâmicas; assimetrias laríngeas; fusão incompleta posterior; desvios de Proporção Glótica; AEMC = alterações estruturais mínimas que afetam a cobertura (indiferenciada e diferenciadas); *NÃO SÃO MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS! - por inadaptação vocal 1. Anatômica AEM (alterações estruturais mínimas) 2. Funcional *é comum queixa de fadiga vocal! ➜ DF SECUNDÁRIA - por inadaptações vocais anatômicas: AEMs: ↳funções vitais do órgão X voz - desvios embriogenéticos: imagem 1: assimetria laríngea imagem 2: fusão incompleta posterior nível 4 (congênito por alterar a função vital da laringe) @projetofonoo@projetofonoo AEMC - ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS MÍNIMAS DE COBERTURA PG simétrica: 1 - formato redondo; PG parte A mais alongada = > 1 - conformidade laríngea mais ovalada; *o resultado é uma laringe mais arredondada ou mais ovalada; *mulheres e crianças: PG 1 *homens: > 1.3 - o conhecimento desses formatos, define se a laringe na região posterior está fazendo um bom fechamento ou não; parte A = intermembranácea (fonatória); parte B = intercartilagínea (respiratória). imagem 3: proporção glótica Tendo em formação matemática: PG = A/B (PG - proporção glótica). sulco cisto ponte de mucosa microdiafragma laríngeo vasculodisgenesia - são arranjos histológicos indiferenciados ou diferenciados; - Indiferenciadas *não definidas macroscopicamente ao exame; *onda de mucosa alterada, colabamento, redução ou ausência de camadas da mucosa; - Diferenciadas *características típicas, isoladas ou múltiplas, uni ou bilateral e associada a lesão indiferenciada: SULCO VOCAL imagem 1: estrutura do sulco vocal imagem 2: sulco bilateral imagem 3 - sulco de estria maior (perda maior de tecido) *diminuição de tecido vibrante = voz mais aguda (pitch); *irregularidade vibratória por causa da perda de massa; *voz áspera, tensa e dependendo do sulco também pode aparecer soprosidade CISTO imagem 1 - cisto intracordal + vasculogenesia que nutre o cisto (AEM) @projetofonoo@projetofonoo PONTE DE MUCOSA *aumento de massa = voz mais grave com vibração irregular que pode causar rugosidade ou rouquidão; *pode aparecer fenda glótica por mau fechamento das PPVV se for um cisto grande = soprosidade; *o cisto pode bater na prega vocal contralateral geralmente vindo com o nome de "lesão nodular contralateral", sendo possível ser reabsorvido em terapia, enquanto o cisto não, portanto precisando de cirurgia. MICRODIAFRAGMA LARÍNGEO imagem 1: intrínseca imagem 2 - extrínseca - lesão mais rara e não tão comum; *pode ter presença de vasculogenesia *o médico avalia se precisa de intervenção cirúrgica ou não; *imagem 1 - microdiafragma diminui a área vibrante da prega vocal = menos massa vibrante = tendência de voz mais aguda; pode estar associado a presença de nódulos vocais, podendo ter trauma entre esse espessamento de nódulos, fazendo com que a massa celular aumente *imagem 2 - mudança de voz precisa fazer parte do raciocínio clínico, pois algumas pessoas que não estão passando por muda vocal, pode ter microdiafragma quando investigado. VASCULODISGENESIA - estrutura vascular da prega vocal alterada; - pode ser associado ao esforço fonatório ou à outras lesões, como o cisto (imagem 2); - pode ser tratado cirurgicamente ou com medicamentos; - a fonoterapia pode auxiliar na diminuição do fator mantenedor, ou seja, readaptar a voz diminuindo o esforço vocal e adequar a laringe para conviver com esse tipo de lesão; DF SECUNDÁRIA - POR INADAPTAÇÃO VOCAL FUNCIONAL por incoordenação: *pneumofônica (padrão respiratório e articulatório); *fonodeglutitória (paramos para engolir saliva e para buscar o ar); ➜ caso isso esteja descoordenado, pode haver uma distorção da mensagem. @projetofonoo@projetofonoo alterações miodinâmicas: *respiração *ressonância *laringe ➜ há uma sequência entre eles, sendo o ar que sai do pulmão, vibra as PPVV que vai ser ressoado e articulado. Caso isso não aconteça corretamete, ocorre a DF secundária por inadaptação funcional de alteração miodinâmica. FENDAS: alterações posturais de PPVV ➜ primeiro olha-se a supraglote e depois infraglote ➜ horizontais > são as fendas glóticas (espaço entre as pregas vocais durante a fonação); ➜ quando há espaço entre as PPVV; definição imprecisa de bordas livres devido ao hiato formado (imprecisão por presença de lesão na borda); ➜ são definidas pela configuração laríngea que mais se manifestou ao exame; ➜ variam de acordo com QV, F0 e intensidade da emissão; ➜ fendas: DF X DO (miastenia gravis, PKS...) = diagnóstico por imagem isolado não tem valor, pois precisa-se investigar a causa, ou seja, se é de origem orgânica, comportamental, entre outros, para mudar a forma de tratar o problema; FUSIFORMES alterações posturais de laringe: ➜ investigação vertical - horizontal ➜ vertical - laringe demasiadamente alta/baixa no pescoço; ↪ ideal: laringe em posição relativamente baixa com movimentação de acordo com frequência utilizada (flexibilidade); *cantor lírico mantém baixa para maior aproveitamento do trato (favorece ressonância); Triangulares tipos: posterior, médio posterior e ântero posterior; imagem 1 - fenda triangular média posterior (há isometria e a base triangular é mais aberta); imagem 2 - fenda triangular posterior - fechamento anterior e posterior com formato de fuso - tem mais relação com as AEMs, como o sulco vocal que dificulta o fechamento glótico; @projetofonoo@projetofonoo PARALELAS DUPLAS - raro de serem encontradas e possui uma diversidade de causas; imagem 1 e 2 - fenda triangular médio posterior e uma fenda fusiforme pequena à frente. A área de contato ao meio, entra em contato e pode acontecer espessamento de massa, dificultando o fechamento na frente - presença de dois tipos de fendas de origem comportamental EM AMPULHETA - há fechamento posterior, com lesão ao meio e uma dificuldade de um fechamento anterior; - relação íntima com as AEMC; IRREGULAR - pode aparecer por ressecção de laringe ou decorticação por conta de câncer de cabeça e pescoço, ou até outros tipos de tratamentos pós cirúrgicos; - não tem formato específico de fenda; ALTERAÇÕES CINÉTICAS DE VESTÍBULO até 25% - discreta; 25 a 50% - moderada; 50 a 75% - severa; acima de 75% - extrema; discreta (encobre ventrículo) moderada (metade da porção visível da face vestibular dasPPVV); severa (3/4 acima das PPVV) extrema (quando se opõem) - constrição ântero-posterior: grau de constrição de acordo com a extensão da PPVV encobre a glote: - constrição mediana: parede do vestíbulo em direção à linha média ➜ relação com hipercinesia ➜ voz abafada, "sem brilho", sensação de "voz presa", tensa DISFONIAS FUNCIONAIS POR ALTERAÇÕES PSICOGÊNICAS pode ser causa; co-ocorrência; consequência de uma alteração na comunicação; - controvérsia quanto a classificação; - DF Psicogênica: alteração vocal tem simbolismo direto com função fonatória; - Percepção ou psicodinâmica do ouvinte: (imagem dos parâmetros da qualidade vocal) - variáveis psicológicas: @projetofonoo@projetofonoo 3 formas de classificar: - formas clínicas definidas *caracterização típica com fácil reconhecimento; *início brusco; perda da voz natural repentinamente; *detalhes como data exata e situação de início da disfonia; *sintomas intermitentes entre voz normal e alterada; *descarte da possibilidade de doença orgânica; *ERRO: "dizer que o paciente não tem nada"; *Paciente pode maximizar a problemática; *FONO: terapia sintomática com remoção da afonia; *evitar exames diagnósticos excessivos - reforço desordem; *encaminhamento psiquiátrico, quando há recorrência nas formas clínicas (emoções); - disfonias volitivas (simulações) *onde os indivíduos, conscientemente, produz desvios vocais; *não comuns; *podem ser semelhantes à disfonias psiquiátricas ou neurológicas, de causa orgânica e independentes da vontade do indivíduos; *dois tipos: disfonias fictícias (pessoa finge ser uma pessoa doente) e disfonias por simulação (fingimento por motivações externas, geralmente por ganhos primários como chamar a atenção). - relacionada à muda vocal *ao redor de 13-15 anos - homens; * 12-14 mulheres; *problemas na muda em mulheres são bem raros (grau discreto); *mulheres: pode expressar-se na vida adulta como voz infantilizada com laringe fixa em posição elevada no pescoço *homens: chamadas de puberfonias, são mais frequentes e são raras as causas orgânicas, enquandrando-se no emocional; *classificadas em 6 tipos: 1. mutação prolongada - quando a muda persiste por mais tempo que o esperado, podendo ser de 6 meses a 3 anos; 2. mutação incompleta - descida de 4 ou 5 tons em direção à tessitura da voz adulta, ao invés de toda uma oitava; 3. mutação excessiva - voz atinge uma frequência mais grave do que o esperado devido a fatores psicogênicos geralmente; pode ser provocada por instalção forçada 4. mutação precoce - geralmente orgânica, associado ao amadurecimento sexual precoce de natureza hormonal; raros casos podem ser psicogênica pela vontade de se tornar adulto; 5. mutação retardada - oposto ao precoce ocorrendo a muda além dos 15 anos; pode ser orgânicas por questões hormonais ou psicogênica, na tentativa de resistir ao crescimento por ganhos psicológicos ou mesmo reais, como os meninos cantores 6. falsete mutacional - também chamado de puberfonia; laringe rígida de tamanho normal e em posição elevada no pescoço e discretamente posteriorizada na fonação; o quadro de falsete é exclusivamente funcional que pode aparecer em deficientes auditivos pela falta de monitorização auditiva e tensão à comunicação; *duas ou mais dessas alterações podem coexistir. *psicodinâmica vocal: ruim, pois a muda vocal é sempre negativa que pode transferir a quem ouve sentimentos de imaturidade, passividade, submissão, indefinição sexual, instabilidade, emotividade excessiva e fraqueza; *etiologia: comum na literatrua o medo de asusmir as responsabilidades da vida adulta, podendo aparecer em filhos únicos com sistema educacional de superproteção;
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