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Resumo Ofidismo - Tabela

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Dhara Martins / @acadmedi 
 Ofidismo 
Epidemiologia: Verão (calor): serpentes e escorpiões; Inverno: aranhas. 70% sexo masculino. Mais frequente em 15-50 anos. Membros inferiores 
Tipos de acidente: Botrópico: jararaca (mais frequente), Crotálico: cascavel (mais grave), Laquético: surucucu e Micrurus ou elapídico: coral verdadeira (não tem fosseta loreal) 
Botrópico (jararaca) Crotálico (cascavel) Laquético (surucucu) Élapídico (coral verdadeira) 
 
▪ A ação proteolítica/inflamatória 
- Dor intensa, eritema, edema 
violáceo, bolhas equimoses. 
- Complicações: IR pré-renal e 
síndrome compartimental. 
▪ A ação coagulante ativa fator X 
com consumo de fibrinogênio, 
plaquetas e formação de fibrina 
intravascular. 
- Sangue incoagulável. 
▪ A ação hemorrágica: 
gengivorragia, epistaxe, 
hemorragia digestiva e hematúria. 
 
▪ Sinais precoces (até 6h após o 
acidente): dor, edema, calor e 
rubor. Aumento do TC, 
hemorragias e choque nos casos 
graves. 
▪ Tardio (6-12h): bolhas, equimoses, 
necrose, oliguria e anuria 
(insuficiência renal aguda). 
 
DD: com o acidente laquético. 
▪ Stm vagais: hipotensão ou 
manifestações do trato 
gastrointestinal → surucucu 
 
Prognóstico. Geralmente é bom. 
 
 Grave – metade das mortes por acidentes. 
▪ IRA frequente 
▪ A ação neurotóxica 
- Fácies miastênica com ptose palpebral 
(uni ou bilateral), turvação visual 
(visão turva e diplopia) e 
oftalmoplegia. 
▪ A atividade miotóxica: lesões de fibras 
musculares sistematicamente com 
elevação de mioglobina e excreção na 
urina. (rabdomiólise) 
- dores musculares generalizadas e 
mioglobinúria/hematúria (urina cor 
de “coca-cola”). 
▪ A ação coagulante: 
- Elevação de TP e TTPA. 
- Pode haver gengivorragia e outros 
sangramentos discretos. 
 
DD: 
▪ Elapídico (ausência de hematúria), que 
apresenta os mesmos sintomas de 
neurotoxicidade, mas em geral com um 
quadro mais grave e sem os efeitos 
miotóxicos ou coagulantes. 
 
Prognóstico. É bom nos leves e moderados 
e nos pacientes atendidos nas primeiras seis 
horas após a picada. Nos graves está 
vinculado à existência de IRA. 
 
 
▪ É raro – encontrados em florestas 
▪ O veneno: coagulante, hemorrágica 
(sangramentos apenas no local da picada), 
proteolítica (edema semelhante ao botrópico, 
pode fazer bolas também, com DOR) e 
neurotóxica (diferente do botrópico) 
 
▪ Grande porte → grande quantidade de veneno 
– acidentes sempre moderados ou graves. 
 
DD: botrópico. 
 O acidente laquético apresenta o efeito 
neurotóxico vagal que se manifesta como 
estimulação colinérgica: vômitos, dor abdominal, 
diarreia, hipotensão e até choque, que não está 
presente no acidente botrópico. 
 
 
▪ Raro 
▪ Veneno: neurotóxico (ptose palpebral – 1º 
sinal de neurotoxicidade). 
▪ Sintomas precoces: 1hora após acidente, 
mas podem ocorrer até 24h. 
 
▪ Manifestações sistêmicas: vômitos, 
fraqueza muscular progressiva, 
ocorrendo ptose palpebral, oftalmoplegia 
e a presença de fácies miastênica ou 
“neurotóxica”. 
▪ A paralisia flácida da musculatura 
respiratória compromete a ventilação, 
podendo haver evolução para 
insuficiência respiratória aguda e apnéia. 
 
 
 
Dhara Martins / @acadmedi 
EXAMES COMPLEMENTARES MEDIDAS GERAIS TRATAMENTO 
a) Tempo de Coagulação (TC) 
b) Hemograma 
c) Exame sumário de urina 
d) Outros exames laboratoriais. 
 
Outras medidas: 
 •NÃO indicado uso de antibioticoterapia 
profilática. 
• NÃO administrar heparina ou plasma 
para corrigir distúrbios de coagulação 
decorrentes do envenenamento 
 
EVITAR 
• Torniquete, Sucção, Incisão, 
Substâncias sobre o local da picada. 
 
Internar o pct e nunca dar alta hospitalar 
antes das 24h da soroterapia. 
 
a) Manter elevado e estendido o segmento 
picado; 
 
b) Emprego de analgésicos para alívio da 
dor; 
 
c) Hidratação (PAM>65mmHg): manter o 
pct hidratado, com diurese entre 30 a 40 
ml/hora no adulto, e 1 a 2 ml/kg/hora na 
criança; 
Atenção ao débito urinário 4horas após 
hidratação. Se não houver diurese mínima 
de 300ml, estimular diurese com diurético 
(diurético de alça, furosemida 1mg/kg até 
20mg EV em menores de 15anos, 20-40mg 
EV em maiores de 15anos. 
 
d) Antibioticoterapia: quando houver 
evidência de infecção. 
 
e) realizar prevenção contra tétano 
 
*MEDICAÇÃO PRÉ- SORO 
Deve-se administrá-la 10 a 15 min antes de iniciar a 
soroterapia: 
a) Drogas anti-histamínicas 
• Prometazina (Fenergan ®) na dose de 0,5 
mg/kg IM, aplicar no máximo 25 mg. 
• Cimetidina (Tagamet ®) na dose de 10 mg/kg, 
máximo de 300 mg, ou ranitidina (Antak®) na 
dose de 3 mg/kg, máximo de 100 mg, IV 
lentamente. 
b) Hidrocortisona (Solu-Cortef ®) na dose de 10 mg/kg 
IV. Aplicar no máximo 1.000 mg. 
 
Dentro das possibilidades, é conveniente deixar 
preparado: 
• Laringoscópio com lâminas e tubos traqueais 
adequados para o peso e idade. 
• Frasco de soro fisiológico (SF) e/ou solução de 
ringer lactato. 
• Frasco de solução aquosa de adrenalina (1:1000) 
e de aminofilina (10 ml = 240 mg). 
 
** SOROTERAPIA 
• Via de administração é a intravenosa (IV) 
• Infusão em 20 a 60minutos, sob estrita vigilância 
médica e da enfermagem. 
• A dose para adultos é IGUAL A dose para crianças 
• Diluição pode ser feita na razão de 1:2 a 1:5, em 
soro fisiológico ou glicosado 5%, com velocidade de 
infusão de 8 a 12 ml/min, 
 
- ATENÇÃO: possível sobrecarga de volume em crianças 
e em insuficiência cardíaca congestiva. 
 
Tratamento das complicações locais 
▪ O desbridamento de áreas necrosadas delimitadas e 
a drenagem de abscessos devem ser efetuados. 
▪ Síndrome de compartimento: a fasciotomia. 
 
 
Brotópico 
 
 
Crotálico 
 
 
Dhara Martins / @acadmedi 
CONTINUAÇÃO TRATAMENTO TRATAMENTO DE REAÇÕES AO SORO HETERÓLOGO 
Laquético 
▪ 10 a 20 do SAL ou SABL (soro antibotrópico-laquético) IV 
▪ O paciente deve ser monitorizado obrigatoriamente por 72 horas. O paciente pode apresentar 
hipotensão tardia (após a décima-sexta hora), hemorragia digestiva, trombose mesentérica ou 
acidente vascular cerebral. 
 
Elapídico 
▪ 10 ampolas IV (soro anti-elapídico) 
 
Uso de anticolinesterásicos (neostigmina) 
▪ Se não houver soro antielapídico imediatamente disponível ou o serviço não dispor de recursos 
de assistência ventilatória e o paciente apresentar insuficiência respiratória, há indicação de o 
paciente receber neostigmina e atropina; 
▪ Aplicar neostigmina EV, 0,05 mg/kg em crianças ou até no máximo 2-5 mg no adulto; 
▪ Cada ampola de neostigmina deve ser precedida de 0,01-0,02 mg/kg de atropina (0,25 mg de 
atropina para cada 0,5 mg de neostigmina). A atropina é um antagonista competitivo dos 
efeitos muscarínicos da Ach, principalmente a bradicardia e a hipersecreção; 
▪ Deve-se observar um aumento de pelo menos 20 bpm na frequência cardíaca (FC); 
▪ Depois continuar com neostigmina (repetir a mesma dose) a cada 4 horas até a infusão do soro 
antielapídico, precedida da administração de atropina. 
 
▪ Depende da intensidade dos sintomas. 
▪ Reações leves como náuseas e vômitos resolvem-se com a interrupção 
temporária da infusão do soro e reinício em ritmo mais lento; 
 
Caso o paciente apresente hipotensão ou broncoespasmo, deve-se 
interromper a infusão do soro. 
▪ O paciente deve receber 0,3 mg SC de adrenalina (0,01 mg/kg em crianças, 
máximo de 0,3 mg); 
▪ Além disso, infusão rápida de volume e avaliação de via aérea e respiração. 
▪ Em casos refratários, começar infusão de adrenalina 5-10 μg/kg e titular 
conforme resposta; 
 
A doença do soro 
▪ pode ocorrer 5 a 14 dias após a infusão do soro. 
▪ Caracteriza-se por febre, linfadenopatia, erupções cutâneas e artralgias. 
▪ Casos leves necessitam apenas de anti-histamínicos e anti-inflamatório não 
esteroidal. 
▪ Casos graves, é recomendado prednisona, iniciando com 60 mg e diminuindo 
aos poucos durante duas semanas. 
 
EXTRA 
Acidentes por aracnídeos 
▪ Loxosceles (aranha marrom) 
▪ Veneno: proteolítica e hemolítica 
▪ Acidente mais frequente. 
▪ Q.C.: edema local endurado,dor local, equimose, vesícula, bolha, necrose. Acidentes em tronco, relacionados a 
roupas. 
▪ Forma cutânea: forma mais comum, dor pequena. 2-8horas pós-picada. 12-24h: palidez com áreas equimóticas, 
enduração e dor local, vesículas ou bolhas com conteúdo de sangue. 
▪ Forma cutânea visceral (cutânea hemolítica): forma mais grave, hemólise intravascular, complicação principal é a IRA 
por necrose tubular, Q.C são precoces (24h pós-picada). 
▪ Tratamento: soro antiaracnídeo: 5 ampolas para forma cutânea. E 10 ampolas se hemólise.