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Manifestações Cutâneas do COVID-19

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MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS NO COVID-19
- Podem ocorrer durante e depois dos sintomas, chegando a 20% dos casos. Podem servir como “sentinelas” para direcionar a suspeita de COVID-19 mediante um quadro inespecífico ou oligossintomático.
- Erupção vesicular simula catapora/varicela. Pode surgir no começo e é específica da COVID-19. Ocorre mais em pessoas de meia idade. As lesões são monomórficas (na catapora não são) e acometem tronco e membros.
- Pseudo-Chillblains chamado de “dedos de COVID”. Manifesta-se como dedos avermelhados/arroxeados, associados a dor ou prurido na ausência de fatores ambientais que justifiquem (ex: frio). São assimétricas, ocorrem mais em jovens em casos leves. Ocorrem devido a uma microangiopatia, e duram 10-14 dias. Também é específico de COVID.
- Erupção máculo-papular em diferentes padrões é a manifestação mais frequente, e aparece junto com outros sintomas. Associado a pior prognóstico.
	- Causa padrões de rash (exantema e enantema) placas vermelhas sem relevo.
	- Placas edematosas vermelhas, mimetizando urticária, eritema multiforme e farmacodermia.
	- Placas com descamação, mimetizando pitiríase.
	- Pápulas infiltradas no dorso das mãos.
	- Manchas purpúricas nas flexuras, semelhantes a reações a medicações.
- Livedo dá aspecto marmorizado e aparece de forma fugaz na COVID, por 20min. Pode ser explicada pela hipercoagulabilidade causada pelo vírus, promovendo oclusão da microvasculatura cutânea. 
- Isquemia cutânea e necrose acral aparecem mais tardiamente em quadros graves, que ocorre devido a trombose.
- Aumento da incidência de outras doenças:
	- Reativação do herpes.
	- Púrpura trombocitopênica imune/idiopática queda das plaquetas com extravasamento de sangue na microcirculação e na pele, levando a “manchinhas” vermelhas.
	- Doença de Kawasaki quadro grave de vasculite, principalmente em crianças.
- Padrões diferentes não coexistem no mesmo paciente.
- A resposta imune inicial à infecção por SARS-CoV-2 envolve a produção de Interferon tipo 1. Existe a hipótese de que nos idosos a respsota é atrasada e débil, enquanto nos jovens, essa resposta é precoce e vigorosa. Quando a resposta é atrasada, ocorre uma tempestade de citocinas em um estado inflamatório exagerado, o que justifica porque idosos sofrem mais com a doença.

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