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Antibióticos 1

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Vanessa Araújo Alves 
Antibió ticós 
A distinção entre os tipos de bactérias é necessária para que se escolha o tipo de droga mais adequado para o 
tratamento do paciente. 
Bactérias Típicas: 
Aspectos importantes em relação às bactérias Gram + e Gram- (são as chamadas bactérias típicas): parede 
celular composta de peptidoglicano, com estrutura bem definida. Nas gram+ essa parede é bem espessa, nas 
gram- essa camada é fina, e elas apresentam externamente à parede de peptidoglicano uma membrana 
externa. 
Bactérias Atípicas: 
 Desprovidas de parede celular  Mycoplasma (as penicilinas não agem sobre esse tipo de bactéria, 
pois sua atuação é na parede celular) 
 Bactérias de vida intracelular: Chlamydia trachomatis  também possui uma precariedade na parede 
celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Obs: Staphylococcus é uma bactéria Gram +, assim como os estreptococos que compreendem o 
grupo dos pneumococos. 
 Enterococos e bactérias do gênero Neisseria são Gram – 
 
 S. pyogenes (β hemolítico) → faringite, impetigo, celulite e escarlatina, febre reumática aguda, 
glomerulonefrite pós-estreptocócica  principal bactéria causadora da faringite 
 
Pneumococos 
 Colonizam a nasofaringe humana 
 Infecções respiratórias → otite média, sinusite, pneumonia (não bacterêmica ou bacterêmica) 
 Outras infecções → meningite, bacteremia 
 Causas mais comuns de meningite em crianças e adultos → pneumococos e meningococos 
 Estudos mostraram que a Penicilina ainda é uma boa opção para tratar infecções pneumocócicas; as 
infecções respiratórias causadas por pneumococos. 
 Por outro lado, nos quadros de meningite (que também pode ser pneumocócica): bactérias na 
maioria dos casos são resistentes à penicilina.  Principais causadoras da meningite: Pneumococos, 
Haemophilus influenzae e Meningococos. 
 Algumas outras infecções: 
o Infecção necrosante de pele e tecido mole causada por espécies de clostrídeos 
Vanessa Araújo Alves 
 Infecção rapidamente progressiva, com acentuada destruição do tecido e presença de 
bolhas violáceas 
 É acompanhada de bacteremia, hipotensão e falência múltipla de órgãos 
 Desbridamento é necessário 
o S. aureus 
 Causa mais comum de infecções de feridas cirúrgicas, também importante nas 
infecções de pele, tecidos moles, endocardite, infecções hospitalares 
 Osteomielites, pneumonias hospitalares, bacteremia, endocardite, infecções 
associadas a dispositivos, doenças mediadas por toxinas (síndrome do choque tóxico, 
intoxicação alimentar, síndrome da pele escaldada) 
o Pseudomonas 
 Importância clínica → pacientes hospitalizados, com fibrose cística, em uso de 
antineoplásicos, ventilação mecânica, uso de antibióticos de amplo espectro 
Antibió ticós na Gravidez 
 Os medicamentos são classificados em A, B, C, D e X 
 Os mais seguros são os da categoria A 
 Os da categoria B são relativamente seguros para serem usados na gravidez 
 Os da categoria C devem ser usados com cuidado na gravidez 
 Já os medicamentos da categoria D: só devem ser utilizados se não houver escolha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificaça ó das Terapias 
As terapias podem ser classificadas em 4 tipos: 
 Terapia profilática: tem o intuito de prevenir uma infecção. Por exemplo, um paciente quando irá 
se submeter a um procedimento cirúrgico que tenha alto risco de infecções bacterianas deve fazer o 
uso de antibióticos antes da cirurgia (apendicite, por exemplo). Ou por exemplo em casos de pessoas 
que tiveram contato muito próximo com outras que estavam com meningite (ou seja, suspeita de 
meningite). 
 Terapia empírica: Não se sabe exatamente a bactéria causadora de certa infecção, mas supõe-se de 
acordo com o estudo dos outros casos; baseando-se no conhecimento das doenças e das principais 
drogas que são utilizadas para determinados casos. Por exemplo, a principal bactéria causadora de 
sífilis é Treponema pallidum, portanto o antibiótico usado será algum que combata essa bactéria. E 
na maioria dos casos, a bactéria e sensível ao antibiótico escolhido. Quando a bactéria se torna 
resistente, devem ser adotados outros meios, como uma politerapia e um antibiograma; que podem 
Vanessa Araújo Alves 
ser medidas para avançar para uma terapia definitiva. Na terapia empírica, normalmente são 
escolhidos medicamentos com um espectro mais amplo, que pode ser em monoterapia ou politerapia. 
 Terapia definitiva: Por exemplo em um paciente com um quadro de sepse em uma UTI, inicia-se 
com uma terapia empírica, pois não se sabe qual é a bactéria exatamente, mas depois é necessário 
avançar para uma droga com um espectro muito amplo, ou com várias drogas (politerapia). Quando 
nada disso resolve, é necessário fazer o uso da terapia definitiva. No caso dela o agente causador já 
foi identificado (já foi feito um antibiograma), então será utilizada uma droga com espectro o mais 
estreito possível. 
 Terapia sequencial: Substituição da via EV pela oral.  O medicamento da via EV é trocado por 
um de ação semelhante, mas que seja oral. A vantagem dessa terapia é que pode liberar o paciente, 
diminuindo custos, diminuindo a probabilidade desse paciente adquirir uma nova infecção. 
Identificaça ó Labóratórial 
É muito importante para a terapia definitiva. 
Coleta do Material: muito importante no tratamento, pois pode ser necessário ou não, para a realização do 
tratamento. Após o material ser coletado, ele é cultivado, em meios de cultura, onde há o crescimento, 
através dos quais as bactérias serão identificadas, por vários métodos: 
 Características macroscópicas (temperatura ótima de crescimento, morfologia das colônias) 
 Características microscópicas (formato, tamanho, padrões de agregação celular, mobilidade, 
presença/ausência de flagelos) 
 Métodos de coloração (Gram + e Gram -) 
 Análise química (espectroscopia UV/Vis, IV; Espectrometria de massa, CG) 
Farmacócine tica 
Ao se tratar da administração dos antibióticos, no setor ambulatorial a principal via é a oral, mas ao 
se tratar de pacientes hospitalizados, a principal via é a EV (início de ação rápido, maior controle e 
segurança na administração dos medicamentos). 
Propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos antibióticos 
 Antibióticos dependentes de tempo → β- lactâmicos: o efeito dessas drogas, ou seja, sua eficácia, é 
dependente da sua concentração plasmática permanecer acima da CIM (mínima concentração de 
antibiótico capaz de inibir/combater a bactéria) {concentração inibitória mínima}  abaixo da 
mínima = efeito subterapêutico e acima da máxima = efeito tóxico. Portanto, para se conseguir esse 
efeito satisfatório, o antibiótico deve ser administrado na frequência correta. 
 Antibióticos dependentes de concentração → aminoglicosídeos (ex. gentamicina) e 
fluorquinolonas: Quanto maior a dose, maior a capacidade de destruição dos micro-organismos. Por 
exemplo, a gentamicina pode ser administrada de 8-8 horas, 12-12 horas ou até mesmo 1 vez ao dia, 
a depender da sua concentração. Estudos já mostraram que a nefrotoxicidade não é dependente de 
dose.  A nefrotoxicidade é diminuída com a redução da frequência de administração. 
 Efeito pós-antibiótico → aminoglicosídeos e fluorquinolonas: estas drogas conseguem destruir os 
micro-organismos mesmo quando sua concentração plasmática está abaixo da CIM. Por este motivo, 
geralmente essas drogas podem ser utilizadas apenas uma vez ao dia, o que reduz a toxicidade como 
explica o parágrafo abaixo. 
 Redução de toxicidade → aminoglicosídeos e vancomicina. Quando se diminui a frequência de 
administração o efeito nefrotóxico é reduzido. Reduz a frequência, reduzem-se os efeitos 
nefrotóxicos  diretamente proporcional 
Vanessa Araújo Alves 
Distribuiça ó 
 Há antibióticos que têm dificuldade em atingir determinadas regiões, por exemplo, os 
aminoglicosídeos e os macrolídios não conseguem atingir o SNC, nem mesmo pela via EV, excetose 
forem administrados diretamente no SNC  em casos extremos 
 Cefalosporinas de 1ª e 2ª geração não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica; não podem 
resolver um caso de meningite, exceto se forem administrados diretamente no SNC também. 
 
 
 
 
Essas drogas são capazes 
de penetrar esses locais 
“protegidos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Processo de biotransformação dos antibióticos é em maior parte no sistema hepático, e o processo de 
excreção é através do sistema renal. 
Atuaça ó dós antibió ticós 
 As bactérias típicas, como já foi visto, dividem-se em Gram+ e Gram-. As Gram- apresentam uma 
membrana externa, portanto nessas bactérias os antibióticos precisam ultrapassar proteínas que 
constituem os chamados canais de porinas, com a exceção de drogas que atuem diretamente na 
membrana interna. 
o Por exemplo  Polimixina B é droga de escolha para tratamento das infecções causadas por 
KPC  Klebsiela Pneumoniae Carbopenemase: ela atua nos fosfolipídios de membrana 
externa, alterando a estrutura destes, comprometendo a estrutura dessa membrana externa e 
destruindo a bactéria. Só tem ação contra bactérias Gram negativas. Não tem atuação em 
pneumococos por exemplo, que são Gram + e não possuem essa membrana externa. 
Os antibióticos B- lactâmicos e os glicopeptídeos teoricamente podem 
inibir a síntese de peptidoglicano, principal constituinte da parede celular tanto 
de Gram – como Gram +. Inibidores da síntese de parede celular. Porém, os 
glicopeptídeos só agem nas bactérias Gram+, pois são moléculas muito 
grandes e não ultrapassam o canal de porinas presente nas Gram-, não 
exercendo ação; a grande maioria dos B-lactâmicos age contra ambas. 
Vanessa Araújo Alves 
 Os B-lactâmicos são inibidores das PBPs: proteínas de ligação das penicilinas (enzimas que 
participam da última etapa do processo de síntese de peptidoglicano (síntese de parede celular). 
Não se sabe exatamente como se dá esse processo; mas eles se ligam a um sitio, comprometendo a 
ação das enzimas.  Os glicopeptídeos atuam na segunda etapa desse processo. 
 As drogas que atuam na membrana, parede celular (portanto polimixinas, B-lactâmicos e 
glicopeptídeos) são drogas bactericidas. 
 As drogas podem atuar nessas estruturas, ou podem entrar e alcançar as estruturas citoplasmáticas: 
como as tetraciclinas, aminoglicosídeos, macrolídios, lincosamidas, que são inibidores da síntese 
proteica, podendo se ligar às subunidades ribossomais (30 ou 50s), inibindo a síntese de proteínas da 
bactéria. 
 Fluorquinolonas podem inibir a DNA-girase, que é a enzima que atua no “enrolamento”, 
compactação do DNA bacteriano. 
 A rifampicina, pirazinamida, etambutol e izoniazida são muito importantes na profilaxia da 
meningite meningocócica: (rifampicina inibe a RNA-polimerase) 
 A rifampicina também é droga padrão para o tratamento de tuberculose. 
 Sulfas: inibem as enzimas diidrofolato sintetase e diidrofolato redutase: essas enzimas participam do 
processo de síntese do ácido fólico bacteriano (vitamina B9)  afinidade muito maior pelo ácido 
fólico bacteriano, portanto se o período de tratamento for curto não é necessária a reposição de ácido 
fólico. (Se fosse no caso de uma gestante, talvez ela tivesse que fazer essa reposição) 
 
 
 
 
 
 
 
 Tratamentos das infecções por bactérias atípicas: não podem ser usados os B-lactâmicos naquelas 
bactérias que não possuem parede celular, nem naquelas que são de vida intracelular, pois os B-
lactâmicos também não têm boa concentração no meio intracelular. 
o Drogas de escolha para o tratamento de bactérias atípicas: macrolídios, fluorquinolonas, e no 
caso da rickettsias (carrapato): doxiciclina 
o Infecções por M. pneumoniae, L. pneumophila, Chlamydia trachomatis, Chlamydophila 
pneumoniae, Ureaplasma urealyticum → usar macrolídeos ou fluorquinolonas 
o Não devem ser usados glicopeptídeos também nas atípicas, pois eles atuam na parede celular. 
Resiste ncia bacteriana 
 Falta de desenvolvimento de novas drogas nos últimos anos é um fator que pode levar ao aumento da 
resistência bacteriana. 
 As bactérias vêm se tornando cada vez mais resistentes às drogas convencionais, ao mesmo tempo 
que novas drogas não são lançadas. 
 OMS destacou 12 grupos de bactérias que vêm se tornando bastantes resistentes aos antibióticos 
convencionais. 
 A resistência bacteriana pode ocorrer em decorrência de alterações em qualquer um dos alvos 
relacionados ao mecanismo de ação das drogas  podem ocorrer alterações nos canais de porinas, 
Vanessa Araújo Alves 
impedindo a entrada da droga na bactéria, podem ocorrer também as bombas de efluxo, que são 
proteínas produzidas pelas bactérias que tem capacidade de expulsar o antibiótico, podem ocorrer 
alterações nas PBPs (proteínas de ligação das penicilinas), de modo a impedir a afinidade da droga 
por essas proteínas e podem ocorrer outras alterações intracelulares também. 
 Os mecanismos de resistência mais preocupantes hoje em dia dizem respeito às camadas B-
lactamases, enzimas produzidas pelas bactérias, cujo objetivo é destruir o anel B-lactâmico  
uma porção da estrutura química das drogas denominadas B-lactâmicas. 
o Todos os B-lactâmicos são susceptíveis a sofrerem ação das B-lactamases, sendo algumas 
mais resistentes, outras mais sensíveis. 
o Há vários tipos de B-lactamases  penicilinases são B-lactamases capazes de romper o anel 
lactâmico das penicilinas; cefalosporinases (das cefalosporinas), carbopenemases (destroem o 
anel B-lactâmico dos carbapenens) 
 As mais preocupantes são as carbapenemases pois são muito eficientes ao se tratar da capacidade de 
romperem o anel B-lactâmico, e são codificadas por genes, e possuem uma rápida disseminação. 
 Obs.: as carbapenemases não destroem exclusivamente o anel B-lactâmico dos carbapenens, 
pois essas drogas compreendem os B-lactâmicos que apresentam o anel mais difícil de ser quebrado, 
portanto se rompe o anel dos carbapenens, é capaz de romper o anel dos outros grupos de drogas 
também. 
Quem são os B-lactâmicos? 
B-lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, carbapenens (altamente difíceis de terem o anel rompido) e 
monobactâmicos. 
 
 As carbapenemases do tipo KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) e do tipo NDM são 
extremamente preocupantes. A KPC é produzida por essa bactéria: Klebsiella pneumoniae 
Assóciaça ó entre antibió ticós 
 Polimixina B (droga de escolha no combate à KPC) normalmente é utilizada em associação com 
outros antibióticos, por conta da probabilidade de causar resistência.  Geralmente é associada com 
aminoglicosídeos ou tetraciclinas, para potencializar o efeito e evitar a resistência. 
 Os antibióticos bactericidas são aqueles que atuam principalmente na membrana plasmática e na 
parede celular, 
o Mas também há algumas exceções (também bactericidas) que atuam na região citoplasmática 
 aminoglicosídeos, rifampicina e fluorquinolonas 
 As bactérias acima são exceções pois as outras bactérias que atuam na região citoplasmática são 
bacteriostáticas (inibem o crescimento do micro-organismo). Um paciente que faz uso de 
medicamento bacteriostático depende do seu próprio sistema imunológico 
Vanessa Araújo Alves 
 aminoglicosídeos inibem síntese 
proteica porém são bactericidas, 
pois provavelmente essas proteínas 
que os aminoglicosídeos impedem 
de ser formadas são principalmente 
proteínas que compõem a parede 
celular bacteriana, sendo por isso, 
bactericidas. 
 Fluorquinolonas atuam na compactação do DNA, DNA-girase, 
impedindo esse processo e deixando o DNA sem uso. 
 
Consequências das associações 
Quando se associam duas drogas bactericidas, o mais provável é que aconteça um sinergismo de ação: 
Sinergismo: 5+5=14  com a associação das drogas o efeito é potencializado. A soma dos efeitos é maior. 
Ex: associação de uma droga B-lactâmica com um aminoglicosídeo; que são dois bactericidas. Amplia-seo 
espectro de ação e potencializa-se o combate ao microorganismo. 
Indiferença: Mais comum que ocorra na associação entre os bacteriostáticos. (5+5=10). As drogas não 
interferem uma no efeito da outra. Não potencializa nem se diminui o efeito. 
Antagonismo: (5+5=7) o efeito é diminuído. É mais provável que ocorra entre drogas com efeitos 
diferentes, como entre um bactericida e um bacteriostático. 
Crite riós de escólha dó antimicróbianó 
 Paciente (criança, adulto, idoso, grávida)  crianças e grávidas: drogas mais seguras 
o Adulto: oral em comprimido para facilitar o uso 
o Criança: via oral, medicamento líquido 
 Tratamento empírico vs definitivo 
o No tratamento empírico: ideal é utilizar uma droga com um espectro maior 
o No tratamento definitivo: é melhor que se utilize uma droga com espectro menor 
 Identificação do microrganismo, realização do antibiograma 
 Atividade in vitro 
 Perfil farmacocinético (frequência de administração, distribuição) 
o Quanto menor a frequência de administração, mais fácil é a adesão à terapia 
 Reações indesejáveis 
 Estado imunológico do paciente 
o Estado imunológico permite dizer se deve ser administrada uma droga bactericida ou 
bacteriostática. 
 Custo 
 O tempo de administração depende muito do medicamento 
o Algumas infecções necessitam de um tratamento superior a 4 semanas 
β-lacta micós 
 Os β -lactâmicos são drogas bactericidas, ou seja, destroem os micro-organismos. 
 Todos eles apresentam o mesmo mecanismo de ação: destruição da parede celular 
 Sofrem a ação das B-lactamases 
Vanessa Araújo Alves 
 Não têm ação contra as bactérias atípicas 
o No caso da parede celular resistência de Mycoplasma, Chlamydophila pneumoniae 
o Não penetram adequadamente no meio intracelular → resistência de Legionella e Chlamydia 
 Mesmo com o mesmo mecanismo de ação, elas possuem atividade antimicrobiana diferente. 
o Há drogas mais resistentes à ação das B-lactamases como os carbapenens, outras mais 
sensíveis. As B-lactamases destroem o medicamento 
o Há algumas drogas com dificuldades em atravessar o canal de porinas 
 Como já foi falado, os β-lactâmicos são dependentes de tempo, ou seja, eles precisam ser 
administrados na sequência de administração que foi pré-determinada, pois sua concentração 
plasmática precisa estar acima da CIM 
 Atuam se ligando as PBPs, proteínas de ligação das penicilinas, que são enzimas que permanecem 
ancoradas nas membranas internas das bactérias Gram+ e Gram-. 
 A síntese de parede celular na bactéria se dá em 3 etapas: 
 1ª etapa: quando são formados os monômeros de carboidratos e de peptídeos 
 2ª etapa (intermediária): monômeros vão se unir para formar polímeros. 
 3ª etapa: esses polímeros irão formar ligações cruzadas, espécie de “rede de 
pescador”, com o intuito de dar mais rigidez 
 Os b-lactâmicos atuam nessa última etapa 
 Os glicopeptideos (vancomicina e teicoplanina) só agem nas Gram+, pois não atravessam os canais 
de porinas. Se uma bactéria for resistente a b-lactâmicos, o próximo remédio a ser administrado é da 
classe dos glicopeptídeos pois ele atua em uma etapa diferente.  Ou seja, uma bactéria que é 
resistente a um β-lactâmico, não necessariamente também é resistente a um glicopeptídeo. 
Penicilinas 
Podem ser classificadas em 4 grupos: 
 Penicilinas naturais (G-benzatina, G-procaína e G-cristalina e V) 
 Resistentes à ação das B-lactamases 
 Penicilinas de espectro ampliado (aminopenicilinas) 
 Penicilinas antipseudomonas com espectro ampliado (ureidopenicilinas) 
Penicilinas Naturais 
 São obtidas a partir de um fungo 
 A G procaína é muito difícil de ser encontrada no mercado (está em desuso)  duração do 
tratamento de 10 dias e além disso, só pode ser administrada pela via intramuscular 
 Penicilina G cristalina ou Potássica: uso EV 
 Penicilina G cristalina poderia ser utilizada por via intramuscular, mas na prática isso 
não ocorre, pois teria que ser administrada no mínimo 4x ao dia. 
 Ela apresenta níveis plasmáticos muito 
altos, mesmo na via EV e por esse motivo é a 
droga de escolha para infecções de maior 
gravidade 
 Possui elevada frequência de 
administração pois é rapidamente eliminada pelo 
sistema renal. 
 Maior espectro, pois possui níveis mais 
altos. 
 No quadro ao lado mostra a associação 
com a clindamicina  que tem ação anaerobicida 
Indicações: 
 Meningite, sepse, endocardite, erisipela 
 bolhosa → por Streptococcus pyogenes e S. viridans 
 Sífilis congênita neonatal 
 Neurossífilis 
 Difteria maligna 
 Tétano 
 Fascite necrotisante (+ clindamicina e aminoglicosídeos e 
 desbridamento) 
 Gangrena gasosa (+ clindamicina) 
 
Vanessa Araújo Alves 
 Penicilina G benzatina: Bezetacil 
 Propriedades farmacológicas antagônicas à penicilina G cristalina 
 G benzatina e G procaína: via intramuscular 
 Procaína e benzatina se utilizadas pela via EV podem causar embolia 
pulmonar. 
 Via intramuscular 
 Níveis plasmáticos baixos, mas efeitos duradouros 
 Ela se acumula por um tempo longo no músculo, e é liberada aos poucos, por isso é 
chamada de Penicilina de depósito 
 Dose única em tratamentos de faringite por exemplo 
 Droga de escolha para o tratamento (profilaxia) de febre reumática  utilizada a cada 
21 dias 
 Também é droga de escolha para sífilis primária, sífilis secundária 
 A quantidade de Penicilina G necessária para combater o Treponema pallidum é 
muito pequena, portanto esse valor é alcançado com o uso da G benzatina, não sendo 
necessário o uso da G cristalina, que tem níveis muito elevados 
 
 É observado no gráfico que a penicilina 
com os mais altos níveis plasmáticos é a 
penicilina G cristalina, mesmo pela via 
intramuscular  ela passa para a corrente 
sanguínea muito rapidamente. 
o Na via EV esses níveis auentam ainda 
mais, por isso como já foi dito, essa 
penicilina é a escolhida para casos de 
maior gravidade. 
o Possui uma curta duração de ação  
Elevada frequência de administração. 
 0,01 Estreptococos: causador de 
faringites  Também não é necessária uma 
concentração tão elevada, sendo resolvida com penicilina G benzatina 
 0,05 Treponema pallidum: concentração ainda menor, sendo também resolvida com a penicilina G 
benzatina. 
 
 Penicilina G procaína 
 Apresenta ações intermediárias 
 É utilizada uma vez ao dia 
 
 Terapia da amigdalite pode falhar com o uso de penicilina G  presença de S. aureus ou M. 
catarrhalis → terapias alternativas? 
o Cefalosporinas de 2ª geração como a acetilcefuroxina ou uma penicilina associada a um 
inibidor de B-lactamase como é o caso da amoxicilina clavulonato. 
o Cefalosporinas de 1ª geração 
Pneumonia por pneumococos 
 Peniclina G cristalina 
 Cefalosporina de 3ª geração como a ceftriaxona 
 Glicopeptídeos ou fluorquinolonas também 
Vanessa Araújo Alves 
Meningoencefalite por penumococos 
 Cefalosporina 3ª (ceftriaxona) + vancomicina: Trata-se de uma infecção muito grave, pois esse 
pneumococo pode ser resistente a ceftriaxona, e se for o caso, muito provavelmente a vancomicina 
irá combatê-lo. 
Streptococcus pyogenes e Treponema pallidum 
 Para ambos se utiliza a penicilina G benzatina 
Obs.: A penicilina G e a penicilina V, diferentemente das outras drogas, apresentam uma unidade chamada 
 de unidade internacional 
 Por exemplo, em casos de impetigo estreptocócico (infecção superficial da pele, só compromete até a 
epiderme) Doses → 600.000 UI crianças, 1.200.000 UI adultos – dose única) 
Faringites 
 Teoricamente: droga de escolha para o tratamento de faringite  penicilina G benzatina (problemas: 
dor). Usa-se como alternativa para melhorar a dor Amoxicilina que é um tipo de penicilina 
 Se o paciente for alérgico à penicilina: utilizam-se Cefalosporinas de 1ª geração, 
 Amoxiciclina + clavulonato de potássio: potencializar o efeito da amoxicilina. 
 Azitromicina(é um macrolídio): que vem sendo muito utilizada pois sua administração é de 1 vez ao 
dia, e duração do tratamento é curta, porém estudos mostram que o uso exagerado pode gerar 
resistência bacteriana. 
Febre reuma tica 
 Uma faringite não tratada (estreptococos) em paciente com predisposição genética, pode desencadear 
uma febre reumática que, consequentemente pode danificar as valvas cardíacas. 
 A profilaxia da febre reumática é para prevenir o agravo da infecção, ou uma reinfecção por 
estreptococos, que agravaria ainda mais o caso e a lesão. 
 Tratamento longo. E administração a cada 21 dias  no mínimo 5 anos 
 É usada a penicilina G benzatina e pode ser usada depois a penicilina V 
 Se for alérgico à penicilina G benzatina: alternativa sulfadiazina (diariamente) ou eritromicina 
(macrolídio) se for alérgico tanto à penicilina quanto à sulfadiazina. 
Sí filis na ó neuróló gica (sí filis prima ria, secunda ria, gestante, tardia) 
 É classificada de acordo com a duração em que o paciente se encontra com a bactéria e não tratou. 
 Sífilis terciária: penicilina G benzatina: droga de escolha  durante 3 semanas, 3 doses 
 Neurosífilis: penicilina G cristalina  ultrapassa a barreira hematoencefálica  níveis plasmáticos 
mais altos 
 Gestantes não podem 
utilizar tetraciclinas. 
 Penicilina G benzatina é 
muito importante em pacientes 
gestantes: deve ser utilizada em 
grávidas que se contaminaram com 
sífilis; e secundariamente utiliza-se 
a Ceftriaxona 
Vanessa Araújo Alves 
Penicilina G procaína é pouco utilizada atualmente 
 Usada no tratamento de erisipela e escarlatina 
Pneumónia Pneumócó cica 
 Pneumonias mais graves: penicilina G cristalina EV é uma boa opção  paciente fica internado 
 Tratamento de pneumonias nas comunidades: amoxicilina em situações menos graves, o paciente vai 
para casa 
 Se houver secreção purulenta (empiema) é necessário fazer drenagem. 
Penicilina V 
 Uso oral (comprimido/ suspensão oral) 
 Administração 4x ao dia 
 Absorção é irregular e varia entre os indivíduos  biodisponibilidade variável 
 Redução da absorção na presença de alimentos 
 Infecções de pequena gravidade causadas por estreptococos (amigdalite, impetigo) 
Isóxazólilpenicilinas 
Oxacilina 
 Protótipo das penicilinas resistentes a penicilinases que é a meticilina, não é mais usado no Brasil 
 Isoxazolilpenicilinas → oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, flucloxacilina 
 Representante em uso no Brasil → oxacilina 
 Frequência de administração: usada de 6/6 ou 4/4 horas, a depender da gravidade do caso 
 Resistente à ação da B-lactamases produzidas por estafilococos: penicilina B benzatina e 
cristalina sofriam 
 Sofre ação de B-lactamases expressas por enterobactérias e pseudomonas 
 Consegue atravessar a barreira hematoencefálica, tratando infecções do SNC, quando as meninges 
estão inflamadas, mas não a ultrapassam quando está normal  cefalosporinas de 1ª geração não 
ultrapassam a BHE 
 É droga de uso hospitalar e pode inclusive ser usado no tratamento de infecções do SNC 
 
 Estafilococos: se subdividem em dois grandes grupos 
o Estafilococos coagulase +  S. aureus (endocardites, sepsemias...) 
o Estafilococos coagulase -  CoNS  S. epidermidis, S. saprophyticus 
 O espectro de ação da oxacilina é estreito contra 
estafilococos, tanto os de coagulase – como os de 
coagulase + 
Características 
 Importância clínica da oxacilina  combater as cepas de 
MSSA (estafilococos aureus sensíveis à 
meticilina{protótipo desse grupo, que como já foi visto, 
não é mais usado no Brasil})  também podem ser 
chamados de OSSA (sensíveis à oxacilina) 
 MSSA vs MRSA (staphylococcus aureus resistentes à 
meticilina) 
Por exemplo no tratamento de 
furunculose: não seria indicado o uso 
de penicilina G benzatina, pois a 
grande maioria dos estafilococos 
existentes são produtores de B-
lactamase, portanto inativam a ação da 
penicilina G benzatina, pois ela não é 
resistente à ação das B-lactamases  
oxacilina só não é uma boa opção 
pois é de uso hospitalar 
Vanessa Araújo Alves 
o MRSA é resistente devido a uma alteração nas PBPs, alvo de ação de TODOS os B-
lactâmicos (cefalosporinas, carbapenens, penicilinas, monobactâmicos), portanto nenhum 
deles têm ação contra MSRA 
 No Brasil 30-60% dis estafilococos hospitalares são MRSA 
o Para MRSA são usados glicopeptideos (vancomicina e teicoplanina) 
 VISA e VRSA 
o S. aureus resistentes à vancomicina  alternativa é linesolida (inibidor de síntese proteica) 
o S. aureus com resistência intermediária à vancomicina: talvez com o aumento da dose de 
vancomicina o caso seja resolvido, talvez não. 
 Para tratar MSSA podem ser usadas várias drogas: lincosamidas, oxacilina, cefalosporinas de 1ª 
geração, clindamicina, amoxicilina com clavulonato, ampicilina sulbactan 
 Atividade antimicrobiana da oxacilina é superior à vancomicina no combate a MSSA 
o Se o estafilococo for sensível à oxacilina, ela é melhor que a vancomicina 
 É recomendável que se inicie o tratamento com oxacilina 
Infecçó es pór S. aureus (cóagulase +) 
 Infecções de pele e tecidos moles (impetigo bolhoso, celulite flegmonosa, síndrome da pele 
escaldada, furunculose generalizada) 
 Pneumonia 
 Osteomielite (S. aureus é um dos agentes mais comuns) 
 Meningite 
 Abscesso 
 Sepse (+ aminoglicosídeo) 
 Endocardite  causada por cocos Gram+ (+ aminoglicosídeo e/ou associação com rifampicina nos 
pacientes que apresentam próteses valvares) 
o Se os cocos forem sensíveis a oxacilina, ela pode ser uma boa opção, mas recomenda-se que 
não seja utilizada sozinha, e sim associada à aminoglicosídeos. 
o Nos casos de endocardite e sepse é indicado que se faça a associação com aminoglicosídeos 
 para que haja potencialização de efeito (B-lactâmicos fazem sinergismo de ação com 
aminoglicosídeos) 
Infecçó es pór S. aureus (cóagulase -) 
 S. epidermides → infecções de dispositivos protéticos 
 S. saprophyticus → ITU (infecções do trato urinário) 
Aminópenicilinas: Ampicilina e Amóxicilina 
Ampicilina 
 Uso EV (hospitalar) 
 Possui apresentação oral, mas não é uma opção muito interessante pelos seguintes fatores: 
o Utilizada em alta frequência: 4x ao dia 
o Absorção é incompleta (20-35% da dose administrada é absorvida) 
o Há variações de absorção entre os indivíduos 
o Sofre interferência dos alimentos (redução de 20-30% da absorção) 
o Possui maior probabilidade de causar diarreia 
o A amoxicilina é preferível para ser usada pela via oral 
Vanessa Araújo Alves 
 Apresentação EV utilizada em situações de maior gravidade, pois mantém concentrações elevadas e 
constantes da droga 
Atividade antimicrobiana: 
 Boa opção para pneumonias comunitárias em ambiente hospitalar, assim como a penicilina G 
cristalina 
 Tem ação contra enterococos  causadora de endocardites, sepse, infecções do trato urinário 
 O espectro da ampicilina ampliou para cocos Gram- 
 G cristalina não tem boa ação contra bacilos Gram- 
Prinipais indicações: 
 Gram (+) → Estreptococos (pyogenes, agalactiae, pneumoniae), Enterococos, Listeria 
monocytogenes 
 Gram (-) → Meningococos, H. influenzae, Proteus mirabilis, Salmonella, Shigella, E. coli 
 Anaeróbios → Actinomyces, Veillonella, Fusobacterium 
 Infecções por enterococos → endocardite, sepse (associação com aminoglicosídeos), ITU 
hospitalar 
 Meningites por Listeria monocytogenes e Streptococcus agalactiae 
 Infecções respiratórias → Pneumococos 
 Endocardite → Streptococcus viridans 
 Meningoencefalite → meningococos 
Amóxicilina 
 Boa opção via oral 
o Utilizada 2 ou 3x ao dia, frequência menor que a ampicilina 
 Não há apresentação EV de amoxicilina 
 
 Droga mais utilizada para tratar faringite 
 O uso da amoxicilina é principalmente para infecções respiratórias, baixas e altas 
 Vantagens nas propriedades farmacocinéticas  maior estabilidadeem meio ácido e melhor 
absorção intestinal que a ampicilina 
o Menor probabilidade de desencadear diarreia 
o Não sofre interferência de absorção devido a alimentos 
o Apresenta níveis plasmáticos superiores à ampicilina (Níveis séricos 2-3x maiores que os da 
ampicilina) 
 Pode ser usada também para ulceras gástricas (meio ácido) causadas por H. pylori 
o Bacilo muito fácil de se tornar resistente por isso o tratamento dele tem sempre mais de um 
antibiótico 
o Inibidores de bomba de prótons (IBP) são associados à amoxicilina para facilitar o processo 
de cicatrização 
Indicações clínicas 
 Vias aéreas superiores (faringites, otites médias, rinossinusites) 
 Vias aéreas inferiores (bronquites, pneumonias) 
o O que vai definir se uma pneumonia vai ser tratada VO com amoxicilina ou se vai ser tratado 
no hospital com ampicilina ou G cristalina é a gravidade do caso do paciente 
 Compõe o esquema de 1ª escolha para erradicar o H. pylori → amoxicilina+claritromicina 
(macrolídeo) + IBP (inibidor de bomba de prótons) 
Vanessa Araújo Alves 
o Se o paciente for alérgico à amoxicilina, é possível ser substituído por furazolidona 
o Se ele for alérgico ao macrolídeo, é possível substituir a claritromicina por tetraciclina 
o Se houver resistência: é adotado o seguinte  Amoxicilina 1g (2xdia) + levofloxacino 
500mg (1xdia) + IBP (2xdia) (por 10 dias) 
Em todos os esquemas foi adotado um IBP 
 usado para acelerar o processo de 
cicatrização da úlcera. Além disso, todos os 
esquemas apresentam mais de um 
antibiótico, pois esse bacilo se torna 
resistente facilmente, necessitando de mais 
de um antibiótico. Hoje em dia não se usa 
mais netronidazol 
 
Os fatores ao lado (fatores de risco  
frequentar creches ou berçários, fumante 
passivo, uso recente de antibiótico, ou criança 
com menos de 2 anos) predispõem a 
resistência bacteriana, portanto nessas 
situações, muitas vezes se entra com uma 
cefalosporina de 2ª geração ou amoxicilina 
associada à clavulonato. 
 
 
Penicilinas assóciadas a inibidóres de B-lactamases 
 Inibidores de B-lactamases: ácido clavulânico (clavulonato de potássio), Sulbactam, Tazobactam 
o Todas as três apresentam o anel b-lactâmico, que também está presente nos B-lactâmicos 
o A afinidade da B-lactamase pelo anel é muito maior do que a afinidade pela penicilina, 
portanto impede que a penicilina perca sua ação, se ligando mais facilmente ao anel. 
o O intuito dessa associação é impedir a ação das B-lactamases, que normalmente degradariam 
o anel B-lactâmico das penicilinas. 
Ampicilina + Sulbactam 
 Via oral (cp, suspensão) e injetável 
 Amplia muito mais o espectro da ampicilina, pois inibe a ação das B-lactamases 
o Não é uma boa opção para tratar furunculoses (staphylococcus), pois seria melhor utilizar 
drogas com um espectro mais estreito já que se sabe a bactéria causadora, como uma 
cefalosporina de 1ª geração 
 É utilizada para infecções mais graves, onde não se sabe a bactéria causadora. Tem intuito de 
ampliar espectro 
 Utilizada em infecções que têm probabilidade de apresentar múltiplos micro-organismos. 
 Espectro mais amplo que o da amoxicilina + clavulonato 
 Espectro de ação ampliado → Estafilococos, S. pneumoniae, gonococos, H. influenzae, E. coli, 
Proteus, M. catarrhalis, Klebsiella, Citrobacter, Enterobacter, Serratia, N. meningitides, N. 
gonorrhoeae, B. fragilis produtores ou não de β-lactamases 
 Ação contra → Acinetobacter baumannii 
Vanessa Araújo Alves 
 Sem ação contra pneumococos e 
enterococos resistentes e MRSA → 
mecanismo de resistência por alterações de 
PBPs 
 Sem ação contra P. aeruginosa 
 É utilizada em casos mais graves 
 Por exemplo em casos de pneumonia 
comunitária seria preferível utilizar 
penicilina G cristalina 
 Ampicilina + Sulbactam é utilizada quando 
não se sabe bem o agente causador: o 
intuito é ampliar o espectro 
 
Amoxicilina + Clavulonato 
 Via oral (cp, suspensão) 
 Tem as mesmas indicações da ampicilina + sulbactam, porém o aspectro de ampicilina + sulbactam é 
mais amplo  sendo mais indicado em casos de infecções respiratórias graves, endocardites, sepses. 
o Menos eficaz contra o Acinetobacter baumannii (infecções respiratórias graves  UTI) 
 
Ureidópeicilinas 
Piperacilina + tazóbactam 
 Sempre associada com tazobactam 
 Uso apenas EV 
 Potente ação contra pseudomonas 
 Apresenta menor toxicidade que os aminoglicosídeos (nefro e ototóxicas) 
o Aminoglicosídeos: gentamicina e amicacina também têm ação contra as pseudomonas, mas 
são mais tóxicas 
 Do grupo das penicilinas o tazosim é a droga que apresenta o espectro mais amplo, principalmente 
devido a sua ação contra pseudomonas 
 O Tazosim é importante no tratamento de infecções graves, como infecções hospitalares 
 Intestino (infecções de cavidade abdominal: polimicrobianas): principalmente bactérias Gram- e 
anaeróbias, por isso Tazosim é opção para tratamento de infecções intra-abdominais, em 
monoterapia devido a seu amplo espectro 
 Úlceras de pacientes com pé diabético  geralmente são infecções polimicrobianas 
o E geralmente o tazosim resolve 
Uso clínico 
 Pneumonias nosocomiais (pneumonia de aspiração  broncoaspiração) 
 Infecções intra-abdominais graves 
 Infecções complicadas dos tratos urinário e ginecológico 
 Infecções de pele e tecidos moles (úlceras do pé diabético) 
 Osteomielite 
 
Vanessa Araújo Alves 
Cefalóspórinas 
 Classificação → 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª gerações 
 1ª geração → boa atividade contra bactérias Gram (+) e atividade moderada contra Gram (-) 
 2ª geração → ampliação da atividade contra aeróbios Gram (-) 
 Cefalosporinas de 1ª a e 2ª geração não ultrapassam a BHE 
 Cefalosporinas de 3ª e 4ª geração → excelente ação contra Gram (-), maior resistência as β- 
lactamases, capacidade de atravessar a BHE 
 Cefalosporinas de 5 a geração → potencialização de ação contra Gram (+)  não se sabe bem 
quanto à capacidade de ultrapassar a BHE 
Cefalóspórinas de 1ª geraça ó 
Cefalótina/cefazólina 
 São utilizadas pela via EV 
 São drogas intercambiáveis  uma pode ser substituída pela outra, diferindo apenas na frequência de 
administração 
o Biodisponibilidade da cefazolina > cefalotina 
o Cefalotina (4/4h ou 6/6h) Cefazolina (6/6h ou 8/8h) 
 São usadas principalmente para tratar bactérias gram + 
 Cocos Gram (+) → estafilococos, estreptococos (exceto MRSA, pneumococos e enterococos) 
o Não têm ação contra pneumococos, que é um tipo de estreptococo 
o Não tem ação contra enterococos (ampicilina tem uma boa ação) 
 Anaeróbios da cavidade oral (B. fragilis é resistente: causa infecções de natureza mais grave) 
o A maioria das cepas de B. fragilis são produtoras de B-lactamases, então podem ser usados 
amoxicilina + clavulonato, ampicilina + sulbactam, tazosim, metronidazol, clindamicina. 
 Gram (-) → E. coli, Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae 
 Possuem ação contra estafilococos, porém a ação da oxacilina é superior a ação das Cefalosporinas 
de 1ª geração, sendo preferível nos casos de maior gravidade. 
 Pneumonias por Estafilococos 
o Cefalosporinas de 1ª geração não compreendem boas opções para o tratamento da 
pneumonia empírica, porque não tem ação contra pneumococos, mas são boas 
alternativas quando a pneumonia é causada por estafilococos (secreção purulenta) 
o O ideal seria utilizar uma droga que tivesse ação contra as duas classes de bactérias, ou uma 
associação 
 Infecções de pele e de tecidos moles (principalmente estafilocócicas) 
 Sepse estafilocócica em gestantes → alcança concentrações terapêuticas na gestante e no feto 
(oxacilina não alcança níveis satisfatórios no feto) 
 Podem ser usadas também na profilaxia cirúrgica → vasculares, ortopédicas, cardíaca, estômago, 
duodeno, biliar, urinária, sendo administra 
o As Cefalosporinas de 1ª geração são as drogas mais utilizadas em profilaxia cirúrgica,para 
evitar infecção por estafilococos, que estão presentes na pele do paciente. 
Cefalexina/cefadróxila 
 Apresentações → VO cápsulas, drágeas, suspensão 
 Meia vida plasmática da cefadroxila > cefalexina 
o Cefadroxila é preferível 
 Frequência de administração da cefadroxila (8/8 ou 12/12h) e cefalexina (6/6h) 
Vanessa Araújo Alves 
 A absorção da cefalexina sofre interferência dos alimentos, cefadroxila não sofre 
 Furunculoses 
o Causadas por estafilococos  grande maioria é produtora de B-lactamases 
 Boa ação contra cocos Gram (+): estafilococos, estreptococos (exceto MRSA, pneumococos e 
enterococos) 
 Anaeróbios da cavidade oral (B. fragilis é resistente) 
 Gram (-) → E. coli, Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae 
 Infecções por estafilococos de pequena e média gravidade localizados (furunculose) e ferimentos 
infectados 
 Infecções urinárias não complicadas (em especial na gestante) 
 Tratamento de faringites (alternativa nos casos de falha de penicilinas) 
 Em infecções mais graves é preferível o uso de amoxicilina + clavulonato, pois deseja-se ampliar o 
espectro 
Cefalóspórinas de 2ª geraça ó 
Cefuróxima acetil 
 Ampliação do espectro contra gram - 
 Apresentação: VO Cp, suspensão 
 São drogas caras 
 Gram (+) → S. aureus, S. epidermidis, S. saprophyticus, Streptococcus 
 Gram (-) → H. influenzae, Moraxella catarrhalis, N. gonorrhoeae, N. meningitidis 
 Anaeróbios (pouca atividade contra B. fragilis) 
 São usados principalmente em infecções respiratórias: quando amoxicilina não fez efeito podem ser 
usadas amoxicilina+clavulonato ou cefalosporina de 2ª geração 
 A cefalosporina de 2ª geração seria preferível pois tem espectro mais estreito, porém na prática é 
menos usada devido ao preço.
Indicações
 Amigdalites 
 Faringites 
 Sinusites 
 Otites médias 
 Pneumonias 
 Infecções urinárias 
 Infecções de pele: preferível 
Cefalosporinas de 1ª geração
 
Cefaclór e cefprózila 
 Propriedades antimicrobianas e farmacocinéticas semelhantes à da acetil cefuroxima 
 Cefprozila é melhor contra H. influenzae e mais potente contra Gram (+) que cefaclor 
o Cefprozila é preferível 
 Biodisponibilidade da cefprozila (80%) > cefaclor (50-70%) 
 Cefaclor sofre interferência de alimentos, cefprozila não 
 Frequência de administração do cefaclor de 6/6 ou 8/8h Frequência de administração da cefprozila 
12/12h 
Cefóxitina 
 Pertence à classe das cefamicinas, com estrutura química semelhante a cefalotina 
Vanessa Araújo Alves 
 Apresentação FA (uso EV) 
 Frequência de administração de 4/4 ou 6/6h 
 Potente indutor de produção de β-lactamases por Enterobacter, Serratia e P. aeruginosa → uso muito 
restrito 
o Essa droga estimula genes adormecidos (inativos) presentes nas bactérias, fazendo com 
que eles sintetizem B-lactamases 
o Uso indiscriminado de cefoxitina favorece a resistência bacteriana, por isso ela apresenta 
uso muito restrito, pouco usada 
Indicações: 
 H. influenzae 
 Enterobactérias (incluindo Serratia  infecções mais graves) 
 B. fragilis 
 Apendicites, abscessos hepáticos, peritonites, aborto infectado 
 Profilaxia em cirurgias colorretais, apendicites e cirurgias ginecológicas (histerectomia) → 
atividade anaerobicida 
o A ação das Cefalosporinas contra bactérias anaeróbias é bem carente, com exceção da 
Cefoxitina 
o A maioria das Cefalosporinas é usada para combater Gram + e Gram - 
Cefalóspórinas de 3ª geraça ó 
Ceftriaxóna 
 Uso EV ou IM 
 Droga importante de uso hospitalar 
 Rocefim: nome comercial 
 Boa ação contra bactérias gram + 
 Gram (+) → pneumococos, menor atividade contra estafilococos que cefalotina 
 Gram (-) → Gonococos, meningocos, E. coli, Serratia, Morganella, Enterobacter, Klebsiella, H. 
influenzae, Proteus indol positivo 
 Espiroquetas → Treponema pallidum (sífilis), mas não é droga de escolha 
Indicações 
 Infecções urinárias 
 Sepses 
 Meningites causadas por H. influenzae, meningococo, pneumococo, E. coli, Salmonella, Klebsiella 
 Gonorreia: Ceftriaxona é droga de escolha ao lado da ciprofloxacina 
 Terapia empírica da meningite bacteriana do recém-nascido → ceftriaxona + ampicilina (listéria 
e outros estreptocos  nesses casos é importante a associação com ampicilina, pois ela é resistente à 
listéria). 
o Tem ação contra os principais tipos de bactérias causadoras da meningite  pneumococos, 
meningococos, e Haemophilus influenzae 
o Em outras meningites, sugere-se que se faça associação entre ceftriaxona com vancomicina, 
podendo combater pneumococos resistentes por exemplo 
 Tratamento de pneumonias quando penicilina G Cristalina ou ampicilina não resolveram 
 É opção para o tratamento de infecções de SNC, pois tem capacidade de atravessar a BHE 
 
 
Vanessa Araújo Alves 
Ceftazidima 
 Gram (+) → Estreptococos (pneumococos) 
 Potente ação contra Gram (-) → Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter, Serratia H. influenzae 
 Potente ação contra P. aeruginosa, inclusive cepas resistentes a piperacilina+tazobactam e 
gentamicina 
 Trata infecções graves por Gram-, com destaque para sua ação contra Pseudomona aeruginosa, 
sendo essa droga uma das mais potentes do mercado com ação antipseudomonas 
 No caso de uma pseudomona sensível à ceftazidima e a tazomsim: Ceftazidima é preferível a 
tazosim, pois tem espectro mais estreito 
Atividade antimicrobiana 
 Pneumonias 
 Pielonefrites 
 Osteomielites 
 Meningoencefalites 
 Sepses 
 Abscesso cerebral de origem otogênica (em associação com oxacilina -combatendo estafilococos e e 
metronidazol - combatendo anaeróbios) e a ceftazidima combatendo Gram- e pseudomonas 
Questão: UFC 2013. Você atende a uma criança de 15 meses, previamente sadia, admitida na enfermaria 
de um hospital terciário por pneumonia grave com derrame pleural. A punção torácica identifica 
cocobacilos gram-negativos. Que recomendação antimicrobiana por via parenteral é a mais adequada 
nesse caso? A) Macrolídeo. B) Vancomicina. C) Aminoglicosídeo. D) Cefalosporina de terceira geração. 
E) Penicilina do grupo Isoxazolilpenicilina. 
Resposta: cefalosporinas de 3ª geração  os aminoglicosídeos poderiam compreender uma opção, mas a 
cefalosporina seria preferível por segurança, já que os aminoglicosídeos são tóxicos. 
Cefalóspórinas de 4ª geraça ó 
Cefepima 
 FA 500 mg, 1 e 2 g 
 Uso EV 
 Uso hospitalar 
o Utilizados em infecções hospitalares graves 
 Frequência de administração 12/12h ou 8/8h 
 Gram (+) → Estreptococos (pneumococos), estafilococos 
 Gram (-) principalmente → Pseudomonas, H. influenzae, E. coli, Proteus mirabilis, Salmonella, 
Shigella, Klebsiella, Moraxella, Citrobacter, Enterobacter, Serratia, N. meningitidis, N. gonorrhoeae 
Indicações 
 Infecções respiratórias, urinárias, ginecológicas 
 Pele e tecidos moles 
 Endocardites 
 Sepse 
 Meningite 
 
Vanessa Araújo Alves 
Cefalóspórinas de 5ª geraça ó 
Ceftarólina 
 Uso EV 
 Frequência de administração 12/12h 
 Droga muito cara ainda 
 MSSA, VISA, MRSA: tem ação contra os diversos tipos de estafilococos, incluindo MRSA 
 Ação contra os Pneumococos sensíveis e resistentes as penicilinas e Cefalosporinas 
 Enterococcus faecalis sensíveis e resistentes a ampicilina e à vancomicina; mas não a E. faecium 
 H. influenzae 
 Bacilos Gram (-) entéricos 
 Não tem ação → bactérias Gram (-) produtoras de ESBL (B-lactamases de espectro estendido), 
Pseudomonas, nem sobre B. fragilis 
Indicações 
 Infecções de pele e tecido mole 
 Pneumonia pneumocócica 
Carbapene ns 
Imipene n 
 Uso EV ou IM 
 Frequência de administração de 6/6h 
 São drogas que devem ter o uso restrito pois são capazes de induzir a produção de β- lactamases 
(Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Pseudomonas) → resistência a outros β-lactâmicos 
inclusive associados a inibidores de β-lactamases 
 Sofrem ação das carbapenemases(são B-lactamases capazes de romper o anel B-lactâmico dos 
carbapenéns 
o (Hidrólise de carbapenéns, cefalosporinas 3ª geração e não são inibidas pelo clavulanato ou 
sulbactam) → resistência de Klebsiella (KPC), Pseudomonas, Serratia, B. fragilis, 
Acinetobacter 
o No caso de KPC a droga de escolha passa a ser polimixina B + aminoglicosídeo 
o É muito difícil de romper o anel dos carbapenéns 
 Tem espectro muito amplo contra várias bactérias Gram +, contra anaeróbios incluindo os 
bacterióides e contra várias bactérias Gram – 
 De todos os B-lactâmicos, essas são as drogas que apresentam o espectro mais amplo 
 Drogas de espectro amplo: ampicilina + sulbactam ou amoxicilina + clavulonato, depois piperacilina 
+ tazobactam, e depois carbapenéns.  Seriam usados nessa ordem 
Indicações 
 Infecções respiratórias, urinárias, ginecológicas, osteoarticulares, intra-abdominais (peritonites, 
colecistite, abscessos hepáticos) 
 Meningoencefalites 
 Sepses 
Merópene n 
 Administração EV (8/8h) 
Vanessa Araújo Alves 
 Amplo espectro → maior potência contra bacilos Gram (-) como P. aeruginosa 
o Melhor ação contra pseudomonas do que o imipenén 
o Excelente ação contra P. aeruginosa 
 Mais usado e mais potente (espectro mais amplo) que o imipenén 
 Indicações clínicas → as mesmas do imipeném 
 Menor potencial de causar convulsões que imipeném → preferencial para tratar infecções do 
SNC ou pacientes com predisposição 
o É um dos possíveis efeitos indesejados do imipenén 
Ertapene n 
 Administração 1xdia IV 
 Atividade antimicrobiana → Gram (+), Gram (-) e anaeróbios 
 Pouca atividade contra P. aeruginosa 
Obs.: das três drogas acima a mais potente é o meropenén, depois o imipenén e por último o ertapenén 
Indicações do ertapenén 
 Pielonefrites e infecções urinárias comunitárias complicadas 
 Infecções respiratórias por Gram (-) 
 Pé diabético 
 Infecções intra-abdominais moderadas (apendicite supurada, peritonite, abscessos intraabdominais) 
Mónóbacta micós: Aztreónam 
 São antibióticos β-lactâmicos com estrutura monocíclica (um único anel) 
 Só há uma droga: Aztreonam 
 Uso → IV/IM 
 Administração 8/8h 
 Distribuição ampla, inclusive BHE 
 Excreção renal 
 Se caracteriza por ter ação exclusiva contra bactérias Gram –, por conta da alta afinidade desse 
medicamento pelas PBPs expressas pelas bactérias Gram- 
 Gram (-) → E. coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Providencia, H. influenzae, 
Gonococo, Meningococo, P. aeruginosa 
 Alta afinidade por PBPs (Gram -) e baixa por PBPs (Gram + e anaeróbios) 
 Elevada resistência a ação de β-lactamases produzidas por Gram (-), assim como ocorre a partir 
das cefalosporinas de 3ª geração 
Indicações 
 Infecções pulmonares, ginecológicas, osteoarticulares 
 Infecções intra-abdominais (peritonites, abscessos hepáticos, apendicites): associação com 
metronidazol, ou metronidazol e cefalotrina 
o Não é boa opção para tratamento de infecções intra-abdominais, pois se tratam de infecções 
polimicrobianas e Aztreonam só tem ação contra Gram-, portanto necessita-se de uma 
associação 
 Sepses 
 Meningoencefalites 
 
Vanessa Araújo Alves 
Efeitos indesejáveis 
 Bem tolerado 
 Flebite (2%) 
 Efeitos raros → diarreia, náuseas, vômitos, icterícia, plaquetopenia, leucopenia, elevação das 
transaminases séricas, alteração da atividade de protrombina e da fasfatase alcalina 
 Não se verificou reação cruzada entre aztreonam e penicilinas ou cefalosporinas 
 Gestantes → situações de indicação absoluta