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Neuroanatomia

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Neuroanatomia 
Júlia Winkelmann 
 
 
 
 
A neuroanatomia refere-se ao estudo da estrutura do 
sistema nervoso (SN). 
O SN é o responsável pelas relações dos seres vivos 
com o meio externo e pelo controle de seu meio 
interno. Tem a função de detectar as variações do meio 
ambiente (através de diferentes modalidades 
sensitivas) e produzir respostas apropriadas através de 
impulsos nervosos para músculos e glândulas de 
secreção. 
O controle do meio interno é uma função 
compartilhada com o sistema endócrino e permite a 
manutenção de condições favoráveis para 
funcionamento do organismo (homeostasia). 
O estudo da organização e função do SN está baseado 
no entendimento de sua estrutura e nas correlações 
estrutura/função. 
O SN recebe e interpreta uma grande variedade de 
informações, bem como controla comportamentos 
motores complexos e funções cognitivas (percepções, 
memória, aprendizado, emoções). 
Neurônios 
 Unidade estrutural e funcional do sistema nervoso 
 Papel de processador de informações. 
 Recebe estímulos de diferentes origens e produz 
sua própria mensagem que será transmitida. 
 A informação é processada e codificada em uma 
sequência de etapas química e elétrica 
 Estrutura: 
 Corpo celular 
 Dendritos – RECEBEM a informação – AFERENTES 
 Axônios – LEVAM a informação – EFERENTES 
 
 Sinapses – o axônio do primeiro neurônio 
transmissor passa informação para os dendritos 
do neurônio seguinte 
 
 
 Neurônio sensitivo ou aferentes: são 
responsáveis por receber estímulos do meio 
externo e/ou interno e possuem um 
prolongamento que alcança a periferia e outro 
que vai ao SNC. 
 Captam as informações do meio 
externo/interno e passam elas por meio de 
uma rede neuronal através de feixes 
ascendentes até o SNC 
 Neurônio motor ou eferente: responsável para 
emitir estímulos para um efetuador, podendo ser 
um músculo ou uma glândula. 
 Neurônio de associação ou interneurônio: fica 
sempre dentro do SNC fazendo a associação entre 
diferentes áreas e modificando a função de outros 
neurônios. Aumentam em número com a 
evolução dos seres vivos, sendo os mais 
abundantes nos seres humanos. Associação entre 
áreas eloquentes (importante com função 
determinada) 
Células da Glia 
 = Neuróglia 
 Formam o componente mais abundante do SN. 
 Não transmitem informações, mas têm função 
auxiliar dos neurônios dando suporte, nutrição e 
isolamento e participando ativamente na 
transmissão das informações. 
 
Introdução a Neuroanatomia 
 
 São constituídas pelos: 
 Astrócitos 
 Oligodendrócitos (células de Schwann na 
periferia) 
 Células ependimárias 
 Micróglia 
 
Observação Macroscópica 
 Predomínio no Córtex cerebral e cerebelar – 
predomínio de corpos neuronais. 
 Quando localizados fora do córtex: 
 Núcleo – quando localizados no parênquima 
cerebral – ex: núcleos dos nervos cranianos 
 Gânglios – quando localizados fora do 
parênquima – ex: gânglios sensitivos 
 Isso ocorre porque a maioria dos axônios (fibra 
nervosa) está envolta por uma bainha lipídica de 
mielina que determina uma cor esbranquiçada ao 
tecido quando predominam os axônios. 
 
1. O embrião, na segunda semana de 
desenvolvimento, possui três camadas 
germinativas ou folhetos: o ectoderma, 
endoderma e o mesoderma. 
2. O SN se origina a partir da camada mais externa, o 
ectoderma, durante a quarta semana de 
gestação. 
3. No início do processo, as células do ectoderma 
que se situam junto à linha média, induzidas pela 
notocorda (forma a coluna vertebral), começam a 
proliferar formando um espessamento, a placa 
neural. 
4. Como a proliferação é contínua, começa a haver 
um aprofundamento no corpo do embrião 
formando o sulco neural e posteriormente a 
goteira neural, até que as bordas do ectoderma 
especializado se fundem e formam um tubo 
neural. 
5. O tubo neural então perde o contato com o 
ectoderma não diferenciado, que vai formar a 
pele do dorso. 
6. As bordas da goteira neural darão origem a crista 
neural que se separa do tubo neural. 
 
 Tubo neural – SNC 
Cristas neurais – SNP 
 Tubo Neural – não é homogêneo em toda sua 
extensão: 
 Porção cranial + dilatada – o encéfalo primitivo 
 Porção distal + afilada – a medula primitiva 
 O encéfalo primitivo inicialmente forma duas 
zonas de constrição e se divide em três porções 
dilatadas (vesículas encefálicas primitivas): 
 uma mais anterior, o prosencéfalo; 
 uma média, o mesencéfalo; 
 e uma posterior, o rombencéfalo. 
 
 A vesícula anterior e posterior sofrem nova 
divisão e o encéfalo primitivo passa a ter cinco 
vesículas: 
 As duas primeiras derivadas do prosencéfalo: 
telencéfalo e diencéfalo; 
 A média não se divide formando o 
mesencéfalo; e a 
 Posterior forma mais duas vesículas: o 
metencéfalo e o mielencéfalo. 
 
 Destas vesículas, juntamente com a medula 
primitiva, derivarão todas as estruturas do SN 
central. 
 
 As cristas neurais darão origem: 
 aos nervos periféricos; 
 aos gânglios sensitivos dos nervos cranianos e 
espinhais 
 gânglios do sistema nervoso autônomo; 
 tecidos situados à distância do SN (medula da 
suprarrenal, melanócitos, paragânglios). 
 
 A luz do tubo neural apresenta, na sua superfície 
interna, um sulco longitudinal muito importante 
que é o sulco limitante. 
 
 Toda a porção do tubo neural adiante do sulco 
limitante tem o nome de lâmina basal, e a parede 
atrás do sulco limitante chama-se lâmina alar. 
 
 
 Lâmina basal diferencia-se – neurônios motores 
Lâmina alar diferencia-se – neurônios sensitivos 
 
 As áreas situadas próximo ao sulco limitante 
relacionam-se com a inervação visceral, tanto 
sensitiva como motora. 
 
 Essa disposição e função podem ser identificadas 
em algumas porções do SN no indivíduo adulto. 
 
 
 
 
 
 
 A cavidade central do tubo neural passa por 
alterações no tamanho e forma e vai dar origem 
ao sistema ventricular do adulto, onde 
encontramos líquor: 
 Telencéfalo ⇒ Ventrículos laterais (I e II) 
 Diencéfalo ⇒ III ventrículo 
 Mesencéfalo ⇒ aqueduto cerebral (de Sylvius) 
 Ponte e Bulbo (Rombencéfalo) ⇒ IV ventrículo 
 Medula espinhal ⇒ canal central da medula 
 
 
 
 As divisões do SN sevem para facilitar o 
entendimento e a comunicação entre os 
profissionais, mas na realidade existe uma 
continuidade estrutural e funcional no SN. 
 Existem 4 divisões: 
 Divisão anatômica 
 Divisão funcional 
 Divisão de segmentação ou metameria 
 Divisão embriológica 
 SN central (SNC) – situado dentro do esqueleto 
axial. 
 Encéfalo: 
 Cérebro - Telencéfalo e diencéfalo; 
 Cerebelo; 
 Tronco encefálico – Mesencéfalo, ponte e 
bulbo 
 Medula espinhal. 
 SN Periférico (SNP): faz a ligação entre SNC e 
periferia. Compreende os nervos cranianos e 
espinais, os gânglios e as terminações nervosas 
 
 Sistema Nervoso Somático (SNS) – ou da vida de 
relação – executa tarefas básicas 
 Sistema Nervoso Autônomo (SNA) – ou da vida 
vegetativa – dividido em simpático e 
parassimpático. 
 
 
 SN segmentar – SN periférico + medula espinhal e 
tronco encefálico (substância branca por fora e 
cinzenta por dentro); 
 SN supra-segmentar – cérebro e cerebelo (córtex 
de substância cinzenta e centro de substância 
branca contendo núcleos). 
 
 Prosencéfalo 
 Mesencéfalo 
 Romboencefalo 
 
 
 
 É formado por: 
 Nervos periféricos 
 Suas terminações nervosas 
 Gânglios sensitivos 
 Gânglios do SNA. 
 
 Os nervos periféricos são divididos em: 
 Nervos espinhais 
 Nervos cranianos 
 
 Nervos espinhais – Existem 31 pares de nervos que estão ligados à medula espinhal: 
 8 cervicais 
 12 torácicos 
 5 lombares 
 5 sacrais 
 1 coccígeo 
 
 Eles têm origem a partir da união de uma raíz anterior (motora) com uma posterior (sensitiva), que forma um 
nervo misto. Todos apresentam também fibras do SNA, em diferentes proporções. 
 
 Nervos Cranianos 
 São 12 pares ligadosdiretamente ao encéfalo 
 Cada um possui funções especificas. 
I – Olfatório: olfato; 
 
II – Óptico: visão; 
 
III – Óculomotor: movimentação do globo ocular; 
 
IV – Troclear: movimentação do globo ocular; 
 
V - Trigêmio – possui uma raiz sensitiva que dá sensibilidade para toda a face, sendo dividida em três porções: 
oftálmico, maxilar e mandibular; e uma raiz motora que acompanha a porção mandibular e é responsável pela 
inervação dos músculos da mastigação; 
 
VI - Abducente – movimentação ocular. Inerva o músculo reto lateral que desvia o olhar para fora (abdução do 
olho); 
 
VII - Facial - inerva os músculos da mímica; 
 
VIII - Vestíbulococlear – relacionado com a audição e o equilíbrio; 
 
IX - Glossofaríngeo – inervação da faringe, língua e palato; 
 
X - Vago – é um nervo parassimpático e tem um amplo território de inervação incluindo vísceras cervicais, torácicas 
e abdominais. 
 
XI - Acessório – inerva o trapézio e o esternocleidomastóideo (músculos do pescoço). 
 
XII - Hipoglosso – inerva os músculos da língua. 
Não fazem conexão com o 
tronco encefálico 
(mesencéfalo, ponte e bulbo) 
Neuroanatomia – Ossos do Crânio 
Definições 
Crânio: Parte esquelética da cabeça caixa óssea: Esqueleto da Cabeça 
Funções 
❖ Abriga e protege o encéfalo 
❖ Abrigam e protegem estruturas nobres como nervos 
cranianos, vasos e órgãos de sentido 
❖ Por suas aberturas: Passagem de ar e alimentos 
❖ Participa da mastigação 
❖ Local de inserção de músculos 
 
❖ Fazem parte de cavidades onde há órgãos de 
sentido: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos do Crânio e da Face 
Número: 22 ossos 
Um único osso móvel: Mandíbula 
Dividido em: a união entre eles por suturas 
• Neurocrânio: 8 ossos – crânio propriamente dito – proteção básica do encéfalo e cerebelo, meninges, 
passagem de nervos e vasos 
• Viscerocrânio: 14 ossos – estruturas de sentidos, músculos, dentes, mucosas, nervos e vasos 
 
 
Viscerocrânio 
❖ Possui esse conceito por formar cavidades 
importantes que abrigam órgãos de sentido, como 
visão, olfato, gustação(paladar), assim como formam 
o esqueleto ósseo onde protegem estruturas que 
formam a via aérea digestiva superior. 
❖ Local importante de inserção de músculos estriados 
da face responsáveis pela mimica facial e pela 
mastigação. 
❖ A face é composta por 14 ossos divididos em pares e ímpares. 
▪ Os pares são: a maxila, concha nasal inferior, zigomático, palatino, nasal e lacrimal 
o O lacrimal localiza-se no interior da órbita 
o O zigomático é o osso proeminente da face 
o O palatino forma o palato junto com o maxilar, sendo visto somente por dentro 
▪ Os ímpares são: a mandíbula e o vômer 
o A mandíbula forma o mento(queixo): Único osso móvel 
o O vômer forma o septo nasal posteriormente 
Mandíbula 
❖ É um osso ímpar que forma a porção ventrocaudal da face e contém os alvéolos dentários inferiores. 
❖ Posição anatômica: 
▪ Anteriormente: eminência mentoniana 
▪ Cranialmente: côndilos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Divide-se em: 
▪ Corpo 
➢ Face Externa: 
o Protuberância mentoniana 
o Sínfise mentoniana 
o Forame mentoniano: Vasos e nervos mentonianos 
o Linha obliqua externa 
 
➢ Face interna: 
o Espinha mentoniana 
o Fossa digástrica 
o Fossa Sublingual 
o Fossa Submandibular 
o Linha milo-hióidea 
 
▪ Ramos: 
➢ 2 Faces: 
o Face Lateral: cristas ósseas – Inserção do musculo temporal 
o Face Medial: 
 Forame mandibular: vasos e nervos alveolares inferiores 
 Sulco Milohioideo 
 Língula da mandíbula 
 
➢ 4 Bordas: 
o Borda inferior: Ângulo da mandíbula 
o Borda Posterior: Recoberta pela parótida 
o Borda Anterior: Continua com a linha oblíqua 
o Borda Superior – possui 2 Processos: 
articulação temperomandíbula 
 Processo Coronoide 
 Processo Condilar 
 
❖ Incisura mandibular – entre os dois processos 
❖ Articula-se com os ossos temporais 
 
 
 
❖ Importância: 
▪ Mastigação 
▪ Forma e Estética facial 
▪ Proteção da via digestiva superior(entrada) 
❖ Patologias: 
▪ Deformidades faciais congênitas ou adquiridas 
▪ Traumas 
▪ Neoplasias Benignas ou Malignas 
▪ Disfunção da ATM (Articulação tempero mandibular): Dor local, cefaleia, relacionada a mastigação 
ou abertura da cavidade oral, espasmo muscular ou edema local 
 
Deformidades de desenvolvimento: Prognatismos: Mento e ramos projetados para 
frente 
 
Micrognatismo: Mento insuficiente (projeção para dentro), 
desenvolvimento insuficiente da mandíbula (mento) 
 
Trauma: Fraturas de 
Mandíbula 
Reduções de fratura 
de mandíbula 
segundo localização 
 
 
 
 
 
Fraturas de 
Côndilos 
Mandibulares 
 
 
 
 
 
 
 
Tumores na 
Mandíbula 
 
 
 
 
Câncer originário no rebordo mandibular com comprometimento do 
soalho oral 
Redução e Fixação 
das Fraturas de 
Côndilos 
Mandibulares 
Maxila 
❖ É um osso par e pneumático que tem a forma cuboide e que se comunica com a cavidade nasal 
❖ São os maiores ossos da face, com exceção da mandíbula. 
❖ Pela sua união forma todo o maxilar superior 
❖ Formam quatro cavidades: teto da cavidade oral e do assoalho parede lateral da cavidade nasal, soalho 
da órbita e o seio maxilar. Contêm os alvéolos dentários superiores 
❖ Posição anatômica – 1 corpo e 4 processos 
❖ Corpo: 
▪ Forame infraorbitário – Vasos e nervos infraorbitários 
▪ Face orbital – Maior parte do soalho da órbita 
▪ Seio Maxilar 
❖ Processos: 
▪ Cranialmente: processo frontal 
▪ Lateralmente: processo zigomático 
▪ Alveolar: inferior 
▪ Palatino: Posterior 
❖ Articula-se 9 ossos: Frontal, Etmoide, nasal, zigomático, concha nasal inferior, lacrimal, palatino, vômer 
e maxila do lado oposto 
 
 
 
❖ 
❖ Importância: 
▪ Amortecedores para o encéfalo (caixa craniana) pelos seios maxilares: Diminui o impacto do trauma 
sobre o Sistema Nervoso Central –crânio anterior 
▪ Função da Mastigação: Alvéolos Superiores 
▪ Formação das Cavidades da Face: Órbita, Cavidade Nasal e Oral 
▪ Relação com a fossa anterior e média da base do crânio 
▪ Estética Facial 
❖ Importância clínica: 
▪ Deformidades congênitas ou adquiridas 
▪ Infecções: Sinusites, Via de acesso para o SNC e cavidades: meningite, celulites Peri orbitárias 
▪ Trauma: Fraturas 
▪ Tumores dos Seios Maxilares ou Cavidade Nasal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traumas – fraturas 
Tumores maxilares – seios paranasais 
infecções 
Deformidades 
Tumor na Maxila – Palato duro 
Tumor originado dentro da cavidade nasal com invasão 
da maxila e partes moles com exteriorização pela narina 
Palatino 
❖ Possui parte vertical e horizontal. Três processos: Piramidal, orbital e esfenoidal 
❖ Parte Horizontal: Duas Faces e três bordas 
▪ Face Nasal: Soalho da Cavidade Nasal 
▪ Face Inferior (palatino): Parte do palato duro 
▪ Borda anterior: Articula-se com a maxila 
▪ Borda Posterior: Inserção do palato mole e úvula 
▪ Borda medial: Articula-se com o osso palatino do lado 
oposto 
❖ Parte Vertical: Duas faces e quatro bordas 
▪ Face Nasal: Articula-se com a concha nasal inferior 
▪ Face Maxilar: Articula-se com a maxila 
▪ As bordas posterior e superior: Articula-se com o esfenoide 
▪ Bordas anterior e inferior 
❖ Processos 
▪ Processo Piramidal – articula-se com a maxila 
▪ Processo Orbital – articula-se com a maxila, esfenoide, 
etmoide. Forma parte do soalho da órbita 
▪ Processo Esfenoidal – articula-se com o osso esfenoide 
❖ É um osso par que forma a parte posterior do palato duro, 
parte do assoalho e da parede lateral da cavidade nasal, 
soalho orbitário. Sua forma lembra a letra L 
❖ Posição anatômica: 
▪ Dorsalmente: processo piramidal – articula-se com a maxila 
▪ Inferiormente: lâmina horizontal 
▪ Medialmente: crista nasal 
❖ Principal Função: Inserção dos Músculos que formam o palato mole, véu palatino(orofaringe)❖ Com a Maxila: Formam o palato duro e mole 
❖ Faz parte da cavidade oral, orofaringe, nasal e relação com as fossas Pterigopalatina e pterigomaxilar 
ou infratemporal 
❖ Palato duro e Mole: Musculatura, estruturas vasculares e glândulas salivares menores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zigomático 
❖ Osso par que está situado na parte lateral do esqueleto facial formando a proeminência da face, parte 
lateral e assoalho da órbita e parte das fossas temporais e infra temporais 
❖ Posição anatômica: 
▪ Anteriormente: forame zigomáticofacial 
▪ Cranialmente: processo frontal 
▪ Medialmente: face orbital 
 
❖ Apresenta três faces, três processos: 
▪ Faces 
o 
o Face Malar: Forame zigomático facial – Passagem de nervo e vasos 
zigomaticofaciais 
o Face Temporal: Côncava 
o Face Orbital: Soalho e parede lateral da órbita 
▪ Processos 
o Processo Frontal: Articula-se com o osso frontal 
o Processo Maxilar: Articula-se com a maxila 
o Processo Temporal: Articula-se com o osso temporal 
▪ Arco Zigomático 
o Processo temporal do osso zigomático 
o Processo Zigomático do osso temporal 
❖ Funções: 
▪ Parte da cavidade orbitaria, relação com a fossa temporal e infra temporal 
▪ Inserção dos músculos da mastigação 
▪ Estética Facial 
❖ Importância: 
▪ Vias de acesso cirúrgico pelo Arco zigomático 
▪ Traumas: Fraturas 
 
 
 
Arco zigomático 
Inserção de Músculos no Arco Zigomático 
Nasal 
❖ É um osso par, oblongo que forma o dorso do nariz 
❖ Posição anatômica: 
▪ Anteriormente e lateralmente: face convexa 
▪ Superiormente: bordo dentado 
▪ Articula- se: Osso frontal, maxila, etmoide e nasal do lado oposto 
❖ Importância: Alta frequência de trauma sobre esse osso com fraturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vômer 
❖ Osso ímpar, plano, quadrilátero e alargado que forma as porções posteriores e inferiores do septo 
nasal 
❖ Articula-se com 6 ossos: Esfenoide, etmoide, maxilares (2), palatinos (2) 
❖ Posição anatômica: 
▪ Inferiormente: borda palatina 
▪ Dorsalmente: asas 
❖ Importância: Formação do septo nasal 
 
Concha Nasal Inferior 
❖ É um osso par que se estende ao longo da parede lateral da cavidade nasal. 
❖ Consiste de uma lâmina de osso esponjoso que enrola sobre si mesmo 
❖ Posição anatômica: 
▪ Medialmente: face convexa 
▪ Superiormente: borda das eminências 
▪ Dorsalmente: extremidade opilada 
 
 
 
 
 
 
❖ Duas faces: 
▪ Face convexa: Medial 
▪ Face Côncava: Lateral 
 
❖ Bordas: 
▪ Superior: Processos lacrimal, 
etmoidal e maxilar 
▪ Inferior: Borda livre e espessa 
▪ Articula-se: Etmoide, maxila, 
lacrimal e palatino 
 
 
❖ Importância: 
▪ É o único osso verdadeiro entre os cornetos, fundamental na parede lateral da cavidade nasal 
o Cavidade Nasal: Formado por um conjunto de ossos da face e base anterior e media do 
crânio: 
a) Ossos Nasais 
b) Maxila 
c) Palatino 
d) Osso frontal 
e) Osso esfenoide 
f) Etmoide 
g) Concha nasal Inferior 
h) Vômer 
▪ Entrada do ar pela via aérea superior, filtro do ar, proteção (bactérias, partículas maiores), olfato 
(nervo olfatório, primeiro par craniano- Região olfatória da fossa nasal- origem atravessa a lamina 
Crivosa ou Cribiforme do etmoide) 
 
o Sede de importantes Patologias: 
 Epistaxe (Sintoma): 
➢ Sangramento pela cavidade nasal 
➢ Mais frequente: Ramos da artéria esfeno palatina 
➢ Espontânea, traumática, hipertensão arterial, neoplasia hematológica (leucemias, 
hemofilias), tumores vasculares, uso de anticoagulantes 
 Infecciosas ou alérgicas: Rinites, sinusites 
 Sede de tumores endonasais ou externos(pele) 
 Traumas: Contusões ou fraturas 
 
 
 
Epistaxe Infecções: Sinusite maxilar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lacrimal 
❖ É uma delgada lâmina óssea, par, de forma quadrangular alargada: situa-se anteriormente na parede 
medial e interna da cavidade orbitária. 
❖ Posição anatômica: 
▪ Medialmente: canal lacrimal 
▪ Superiormente: borda articular para o 
osso frontal 
▪ Dorsalmente: gancho lacrimal Órbita 
▪ É menor e mais frágil osso da face 
▪ Articula-se com: 
o Osso frontal 
o Etmoide 
o Maxila 
o Concha Nasal Inferior 
❖ Importância: Passa o canal da lágrima 
 
❖ Órbita: 
▪ Cavidade formada por vários ossos que 
abrigam o órgão da visão (olho), músculos 
dos movimentos dos olhos, músculos que se 
inserem nos ossos da órbita, gordura, orifícios 
e fendas, onde passam estruturas 
importantes como o nervo optico segundo 
par craniano e a artéria oftálmica que passa 
pelo conduto e canal optico. 
▪ Pela fissura orbitária superior passam o 
terceiro par craniano-Oculomotor, quarto par 
craniano- Troclear, sexto par craniano 
abducente e o ramo oftálmico do quinto par 
trigêmeo. 
▪ Pela fissura orbital inferior: Artéria infra–
orbital, veia oftálmica, nervo infra orbital e 
nervo zigomático. 
▪ A orbita é formada pelos ossos: Frontal, etmoide, esfenoide, lacrimal, maxilar, zigomático. 
Rinite alérgica 
Tumores Endonasais: 
Câncer dentro da 
cavidade nasal e seio 
paranasal 
Trauma: Fraturas 
 
 
 
 
 
❖ Importância: 
▪ Complexidade anatômica: Vias de acesso Cirúrgico 
▪ Meios de disseminação de infecção, tumores 
▪ Tumores originados nas estruturas da orbita 
▪ Trauma: Fraturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forames e Fissuras 
Fissura Orbital Superior – III, IV e VI pares cranianos 
Canal Óptico – II par, artéria oftálmica 
Fissura Orbital Inferior – art infra-orbital, V. oftálmica, nervos infra-orbital e zigomático 
Vias de Disseminação: infecções 
Vias de acesso 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seios Paranasais 
❖ São espaços preenchidos de ar localizados no interior dos ossos do crânio e face, que se comunicam 
com a cavidade nasal 
❖ Funções: 
▪ Filtrar, aquecer e umidificar o ar que é inspirado 
▪ Produção de Muco: Defesa – Eliminar baceterias, particulas 
▪ Amortecedores do Encéfalo-SNC- Crânio, proteger as estruturas intra-orbitais e intracranianas na 
eventualidade de traumas, absorvendo parte do impacto, 
▪ Equilibram a pressão na cavidade nasal durante as variações barométricas (espirros e mudanças 
bruscas de altitude) 
▪ Aumentar a ressonância da voz 
❖ São em número de quatro: 
▪ Seio Frontal: Osso frontal 
▪ Seio Etmoidal: Osso etmoide 
▪ Seio Maxilar: Osso Maxila 
▪ Seio Esfenoidal: Osso esfenoide 
❖ Importância clínica: Vias de acesso cirúrgico, de infecções, de tumores, trauma 
 
Tumores na órbita 
Trauma na Orbita: Fraturas, Contusões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infecções: Sinusite Maxilar 
Diferença entre sinusite e rinite: 
Sinusite Aguda Extensa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tumores nos seios paranasais: 
Câncer de seio etmoidal 
com extensa invasão óssea 
Abordagem cirurgica do seio paranasal para retirada do tumor 
Trauma sobre os seios paranasais: Fraturas 
Aspectos Importantes que o acadêmico de medicina deve entender e saber 
sobre os ossos da face (Viscerocrânio): 
1) Quais os ossos que compõem a face? 
 
2) Principais funções dos ossos da face 
 
 
3) Mandíbula: 
▪ Principal função 
▪ As partes fundamentais da mandíbula 
▪ Importância Clinica da Mandíbula 
 
4) Maxila: 
▪ Principal característica 
▪ Função da maxila 
▪ Importância da maxila no contexto clinico 
 
5) Palatino: 
▪ Principal característica 
▪ Função 
 
6) Zigomático: 
▪ Características principais 
▪ Função 
 
7) Nasal: 
▪ Situação anatômica 
▪ Importância clinica 
 
8) Vômer: 
▪ 
▪ Principal função 
 
9) Concha nasal inferior: 
▪ Principal função 
 
10) Lacrimal: 
▪ Situação anatômica 
11) Cavidade Nasal: 
▪ Quais os ossos que compõem a cavidade 
nasal? 
▪ Importância clínica da Cavidade nasal 
12) Orbita: 
▪ Ossos que compõem a orbita. 
▪ Principais estruturas nervosas e vasculares 
que passam nas fissuras orbitais 
superiores, inferiores e canal optico.▪ Importância Clinica da órbita 
13) Seios Paranasais: 
▪ Definição 
▪ Número 
▪ Funções 
▪ Importância clinica 
Musculatura do Crânio e Face 
 
❖ Os músculos são de fibras estriadas (ação voluntária) 
❖ Movimentos dos tecidos moles faciais subdérmicos (pele) 
❖ Várias expressões da comunicação não verbal (expressões faciais) 
❖ Movimentos na articulação temporomandibular: mastigação e a fala 
❖ Movimentos conjugados do globo ocular -olho (capitulo separado) 
❖ Movimentos coordenados que ocorrem durante atividades, tais como deglutição, fala e virar a cabeça em 
resposta a estímulos visuais e/ou auditivos (Capitulo a parte) 
 
❖ Divisão: 
• Músculos da mastigação 
• Músculos da face ou músculos da mímica facial 
 
❖ Músculos que se localizam no crânio e na face: Parte do sistema sensorial: 
• Couro Cabeludo: Epicrânio, Temporoparietal, Gálea Aponeurótica 
• Pálpebras: Orbicular do olho, Corrugador do supercílio 
• Nariz: Prócero, Nariz (Transverso do Nariz), Depressor do Septo 
• Orelha: Auricular anterior, superior e posterior 
• Boca: 
➢ Músculos da Mímica 
o Levantador do lábio superior 
o Levantador do lábio superior e asa do nariz 
o Levantador do ângulo da boca 
o Zigomático maior e menor 
o Risório 
o Depressor do lábio superior 
o Depressor do ângulo da boca 
o Mentoniano 
o Transverso do mento 
o Orbicular da boca 
➢ Músculos Próprios da Mastigação: 
o M. Temporal 
o M. Masseter 
o M. Pterigoideo medial 
o M. Pterigoideo lateral 
o Bucinador: Acessório 
 
Músculos da Mímica 
❖ Os músculos da mímica facial são responsáveis pelas expressões faciais 
❖ São delgados músculos cutâneos que de um modo geral se originam ou da fáscia ou dos ossos da face e se fixam 
à derme 
❖ Desta forma sua contração é capaz de mexer a pele e mudar a expressões faciais, fechar os olhos ou dilatar as 
narinas entre outros movimentos 
❖ É importante lembrarmos que todos os músculos faciais são inervados pelo VII par craniano, o nervo facial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Couro Cabeludo 
Epicrânio 
❖ = Musculo Occipto Frontal 
❖ É uma vasta lâmina musculo tendinosa que reveste o vértice e as faces laterais do crânio, desde o osso occipital 
até a sobrancelha 
❖ É formado pelo ventre occipital e pelo ventre frontal do Músculo Occipto frontal juntamente com o Músculo 
Temporo parietal 
❖ Estes são reunidos por uma extensa aponeurose intermediária: A gálea aponeurótica ou aponeurose epicrânica 
❖ Ventre Occipital 
• Origem: Linha nucal suprema 
• Inserção: Gálea aponeurótica ou epicrânica 
• Inervação: Nervo facial (VII)- ramo auricular 
• Ação: Movimenta o escalpo – trabalhando com o ventre frontal traciona para trás o couro cabeludo, 
elevando as sobrancelhas e enrugando a região frontal (fronte) 
❖ Ventre Frontal 
• Origem: Pele da fronte, se entrelaça com os Mm. Prócero, corrugador e abaixador do supercílio e com 
orbicular do olho 
• Inserção: Aponeurose epicrânica ou gálea aponeurótica 
• Inervação: Nervo facial (VII)-ramos temporais 
• Ação: Movimenta o escalpo, eleva as sobrancelhas de um ou de ambos os lados – Trabalhando com o 
ventre occipital traciona para trás o couro cabeludo, elevando as sobrancelhas e enrugando a fronte. 
Agindo isoladamente, eleva as sobrancelhas de um ou de ambos os lados. 
 
 
 
 
 
Gálea Aponeurótica 
❖ = Aponeurose Epicrânica 
❖ Reveste a parte superior do crânio unindo os ventres frontal e occipital do Músculo occipto frontal. De cada lado 
ela recebe a inserção do músculo temporoparietal e se une a fáscia temporal que reveste esta região. 
❖ Origem: Protuberância occipital externa, linha nucal superior 
❖ Inserção: Frontal. De cada lado recebe a inserção do temporoparietal 
❖ Inervação: Nervo facial 
❖ Ação: Traciona para trás o couro cabeludo elevando a sobrancelha e enrugando a fronte, como uma expressão 
de surpresa 
 
 
 
 
 
Músculo Temporoparietal 
❖ É um músculo muito delgado, localizado na fossa temporal 
❖ Origem: Fáscia temporal e pele da região temporal 
❖ Inserção: Borda lateral da aponeurose epicrânica ou gálea aponeurótica 
❖ Inervação: Nervo Facial (VII) – Ramos temporais 
❖ Ação: Estica o couro cabeludo e traciona para trás a pele das 
têmporas. Combina-se com o occipitofrontal para enrugar a 
fronte e ampliar os olhos (expressão de medo e horror). 
 
Pálpebras 
Orbicular do Olho 
❖ Este músculo contorna toda a circunferência da órbita. 
❖ Divide-se em três porções: palpebral, orbital e lacrimal 
❖ Origem: 
• Porção orbital – parte nasal do osso frontal; 
• Porção lacrimal – crista lacrimal do osso lacrimal; 
• Porção palpebral – ligamento palpebral medial 
❖ Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial 
❖ Ação: Fecha as pálpebras, comprime o saco lacrimal e movimenta os supercílios 
 
Abaixador do Supercílio 
❖ É um músculo delgado situado medialmente ao m. orbicular do olho. 
❖ Origem: parte nasal do osso frontal 
❖ Inserção: Terço medial da pele do supercílio 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) 
❖ Ação: Abaixa a pele da fronte e dos supercílios 
 
Corrugador do Supercílio 
❖ Pequeno e estreito, com formato piramidal. Para visualizá-lo é necessário que o m. orbicular do olho e o m. 
frontal sejam rebatidos. 
❖ Origem: parte nasal do osso frontal – Extremidade medial do arco superciliar 
❖ Inserção: Terço médio da pele do supercílio – Superfície profunda da pele 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial 
❖ Ação: Abaixa a pele da fronte e dos supercílios – Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo 
rugas verticais na fronte. Músculos da expressão de sofrimento. 
 
 
 
 
 
 
Nariz 
Prócero 
❖ Em latim chama-se piramidalis nasi. Recebe este nome por ter 
formato piramidal e estar situado sobre o osso nasal. É quase uma 
continuação do m. frontal. 
❖ Origem: Osso nasal, cartilagem nasal lateral – Fáscia que reveste a 
parte mais inferior do osso nasal e a parte superior da cartilagem 
nasal lateral 
❖ Inserção: Pele da glabela – Pele da parte mais inferior da fronte 
entre as duas sobrancelhas 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Abaixa a pele da fronte e dos supercílios – Traciona para 
baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as rugas 
transversais sobre a raiz do nariz. 
 
Nasal 
❖ É um músculo fino com contorno irregular. É constituído por duas porções, uma transversa que comprime o 
nariz e outra alar que dilata o nariz. 
❖ Origem: 
• Porção Transversa – Eminências caninas da maxila – Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva 
• Porção Alar – Eminências incisivas laterais – Asa do nariz 
❖ Inserção: 
• Porção Transversa – Cartilagem nasal lateral – Dorso do nariz 
• Porção Alar – Asa do nariz – Imediações do ápice do nariz 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Dilatação do nariz 
 
Abaixador (Depressor) do Septo do Nariz 
❖ Pode estar ausente em algumas pessoas. 
❖ Origem: Eminências/fossa incisivas laterais maxila 
❖ Inserção: Cartilagem do septo e cartilagem alar maior – Septo e na parte dorsal da asa do nariz 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Traciona para baixo as asas do nariz, estreitando as narinas 
 
 
 
Orelha 
Auricular Anterior 
❖ É um músculo pequeno e fino, muito difícil de ser 
dissecado. 
❖ Está situado sobre a aponeurose epicraniana. 
❖ Origem: Porção anterior da fáscia temporal 
❖ Inserção: Espinha da hélice 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – ramos temporais 
❖ Ação: Traciona o pavilhão da orelha para frente e para 
cima 
Auricular Superior 
❖ Músculo muito delicado em forma de leque, localizado 
sobre a aponeurose epicraniana. 
❖ Origem: Aponeurose Epicrânica – Fáscia da zona temporal 
❖ Inserção: Raiz da orelha externa – Tendão plano na parte superior da superfíciecraniana do pavilhão da orelha 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – ramos temporais 
❖ Ação: Traciona o pavilhão da orelha para cima 
Auricular Posterior 
❖ Músculo quadrangular, localizado posteriormente ao conduto auditivo externo. 
❖ Origem: Processo mastoide, tendão do M. esternocleidomastoideo 
❖ Inserção: Raiz da orelha externa – Parte mais inferior da superfície craniana da concha 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramo auricular posterior do nervo facial 
❖ Ação: Traciona o pavilhão da orelha para trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boca 
Levantador do Lábio Superior e da Asa do Nariz 
❖ É um músculo plano e está localizado entre o m. nasal e o m. levantador do lábio superior. 
❖ Origem: Processo frontal da maxila 
❖ Inserção: Cartilagem alar maior, pele do nariz e lábio superior – Se divide em dois fascículos. Um se insere na 
cartilagem alar maior e na pele do nariz e o outro se prolonga no lábio superior 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Dilata a narina e levanta o lábio superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
Levantador do Lábio Superior 
❖ É um músculo plano e quadrangular, cuja origem é muito ampla. 
❖ Origem: Margem inferior da órbita acima do forame infra orbital, maxila e zigomático 
❖ Inserção: Lábio superior e asa do nariz 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente 
 
 
 
 
 
 
Levantador do Ângulo da Boca 
❖ Em latim chama-se caninus. Tem esse nome devido sua fixação de origem. É um músculo plano e triangular. 
❖ Origem: Fossa canina da maxila 
❖ Inserção: Ângulo da boca 
❖ Inervação: Nervo facial – Ramos bucais do nervo 
facial 
❖ Ação: Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco 
nasolabial 
 
 
Zigomático Menor 
❖ É um músculo cilíndrico e estreito, situado lateralmente ao músculo levantador do lábio superior 
❖ Origem: Superfície malar do osso zigomático 
❖ Inserção: Lábio superior (entre o levantador do lábio superior e o zigomático maior) 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial 
 
Zigomático Maior 
❖ É mais largo que o zigomático menor, localizado na bochecha, se estende do osso zigomático à comissura labial 
onde se funde as fibras dos músculos levantador do ângulo da boca e orbicular da boca. 
❖ Origem: Superfície malar do osso zigomático 
❖ Inserção: Ângulo da boca e lábio superior 
❖ Inervação: Nervo facial – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada) 
 
Risório 
❖ É plano e delgado, está situado na bochecha e suas fibras se confundem com as fibras do músculo platisma. 
❖ Origem: Fáscia parotideo massetérica 
❖ Inserção: Ângulo da boca e lábio superior 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
❖ Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abaixador (depressor) do Lábio Inferior 
❖ Em latim quadratus labii. É curto e quadrangular, está situado no queixo. Suas fibras parecem ser a continuação 
do músculo platisma 
❖ Origem: Linha oblíqua da mandíbula 
❖ Inserção: Tegumento do lábio inferior 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
❖ Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia) 
 
Abaixador (depressor) do Ângulo da Boca 
❖ É um músculo plano e delgado localizado sobre o músculo abaixador do lábio inferior. 
❖ Origem: Linha oblíqua da mandíbula 
❖ Inserção: Ângulo da boca, lábio superior 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
❖ Ação: Deprime o ângulo da boca (expressão de tristeza) 
 
Mentual 
❖ = Mentoniano 
❖ É um músculo grosso, cilíndrico e par situado no queixo sob o músculo abaixador do ângulo da boca. 
❖ Origem: Fossas incisivas laterais da mandíbula 
❖ Inserção: Tegumento do queixo, fibras do ângulo da boca 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
❖ Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do queixo 
 
 
 
 
 
 
 
Transverso do Mento 
❖ Não é encontrado em todos seres humanos. 
❖ Origem: Parte transversal do M. mental – Linha mediana logo abaixo do queixo 
❖ Inserção: Pele da protuberância do mento – Fibras do depressor do ângulo da boca 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
❖ Ação: Auxilia na depressão o ângulo da boca 
 
Orbicular da Boca 
❖ Contorna a boca lhe proporcionado função de esfíncter. Suas fibras possuem diferentes direções e se 
confundem com as fibras de outros músculos mímicos da boca, o que garante à esse músculo inúmeros 
movimentos. 
❖ Não é encontrado em todos os corpos. 
❖ Origem: Ângulo da boca, circundando a boca como um esfíncter – Parte marginal e parte labial 
❖ Inserção: Componente principal dos lábios – Rima da boca 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Movimentam os lábios, as asas do nariz e a pele do mento – Fechamento direto dos lábios 
 
 
Nervo facial: Inervação dos músculos da mímica facial 
• Importância clínica: Paralisia do nervo facial comprometendo os músculos da mímica facial 
• Causas: 
o Neurológica central e periférica 
o Infecções 
o Tumores na glândula parótida com 
comprometimento do n. facial 
o Trauma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos da Mastigação 
 
Temporal 
❖ É um músculo largo, plano e triangular localizado na fossa temporal, na face lateral da cabeça. 
❖ Passa por baixo do arco zigomático, para se inserir na mandíbula. 
❖ Origem: Osso Temporal abaixo da linha temporal inferior e lâmina profunda da fáscia temporal 
❖ Inserção: Ápice e face medial do processo coronoide da mandíbula 
❖ Inervação: Nn. Temporais profundos (N. mandibular – V/3) 
❖ Ação: Oclusão, elevação e retração da mandíbula: Elevação e retração da mandíbula 
Masseter 
❖ É o músculo mais potente da mastigação, é quadrangular e espesso. 
❖ É constituído de duas porções, uma profunda e outra superficial. 
❖ Origem: Arco zigomático; Parte superficial: margem inferior, 2/3 anteriores; Parte profunda: terço posterior da 
margem inferior e da face interna 
❖ Inserção: Face externa do ângulo da mandíbula, tuberosidade massetérica e ramo da mandíbula 
❖ Inervação: Nervo massetérico (N. mandibular – V/3) 
❖ Ação: Oclusão da mandíbula, elevação e protrusão da mandíbula, auxilia na lateralização da mandíbula: Elevação 
e protrusão da mandíbula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pterigóideo Medial 
❖ É um músculo quadrado e espesso, localizado medialmente ao ramo da mandíbula. 
❖ Origem: Fossa pterigóidea e lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide 
❖ Inserção: Face medial do ângulo da mandíbula, tuberosidade pterigóidea 
❖ Inervação: Nervo do pterigóideo medial (N. mandibular – V/3) 
❖ Ação: Oclusão da mandíbula, elevação, protrusão, excursão lateral da mandíbula: Elevação, protrusão e excursão 
lateral da mandíbula 
 
Pterigóideo Lateral 
❖ É composto por duas cabeças, tem forma de cone 
❖ Origem: Cabeça Inferior (acessória) – Face temporal da asa maior do esfenóide; Cabeça Superior – superfície 
externa da lâmina lateral do processo pterigoide, crista infratemporal e asa maior do esfenoide 
❖ Inserção: Cabeça do côndilo da mandíbula e face anterior do disco articular (fóvea do processo condilar) 
❖ Inervação: Nervo pterigóideo lateral (N. mandibular – V/3) 
❖ Ação: Contração Unilateral – Lateralização da mandíbula contralateral; Contração Bilateral – Abertura (abaixa) e 
protrusão da mandíbula Depressão e protrusão da mandíbula 
 
 
 
 
Bucinador 
❖ Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a pressão direta dos dentes. 
❖ Está situado sob o músculo masseter. 
❖ Origem: Superfície externa dos processos alveolaresda maxila, acima da mandíbula 
❖ Inserção: Ângulo da boca 
❖ Inervação: Nervo facial (VII) – Ramos bucais do nervo facial 
❖ Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para sugar, mastigar, 
assobiar e soprar 
 
 
 
Inervação dos Músculos da Mastigação: 5° Par: Trigêmeo 
 
 
 
 
Disfunção da Articulação Temperomandibular 
Distúrbio mais frequente da musculatura da mastigação. Causas: Em geral desconhecida, porém envolve, alterações 
dentarias, músculos da mastigação, maxila, doenças como artrite, ou outras patologias autoimunes, trauma. Mais 
comum em mulheres, a partir dos 20 anos. Sintomas: Cefaleia, dor local, espasmo muscular local, bruxismos, 
potencial para luxar a mandíbula, ranger os dentes, alterações na mordida 
 
 
 
 
Pontos importantes sobre a musculatura dos ossos do crânio e da face, 
que o acadêmico de medicina deve saber: 
1) Divisão funcional principal entre a musculatura dos ossos do crânio e da face 
2) Características do músculos do crânio: Epicrânio 
3) Formação da Gálea aponeurótica 
4) Função do músculo tempero parietal 
5) Função dos músculos auriculares 
6) Função do músculo orbicular do olho 
7) Músculos que abaixam a pele da fronte e dos supercílios 
8) Músculos que dilatam o nariz e estreitam as narinas 
9) Músculos que elevam o ângulo da boca e do lábio superior 
10) Músculos que propiciam risada 
11) Músculos que propiciam tristeza e ironia 
12) Músculo Orbicular da boca: Características e funções 
13) Inervação dos músculos da mimica 
14) Importância da inervação da musculatura da mimica: Tipos de paralisia, causas 
15) Principais músculos da mastigação 
16) Músculos da Mastigação: 
a) Eleva e protrusão da mandíbula 
b) Eleva e retração da mandíbula 
c) Depressão e protrusão da mandíbula 
d) Elevação, lateralização e protrusão 
17) Inervação dos músculos da mastigação 
18) Musculo acessório da mastigação 
19) Distúrbio mais frequente da musculatura da mastigação 
 
 Descrever as meninges 
 Descrever a Circulação Liquórica 
 Correlações Clínicas 
 São as três membranas de tecido conjuntivo que 
revestem o encéfalo e a medula espinhal, tendo 
como objetivo protegê-los. 
 
 Estas três camadas, de fora para dentro são: dura-
máter, aracnóide e pia-máter 
 
 O líquido cefalorraquidiano preenche os 
ventrículos do cérebro e o espaço entre a pia-
máter e a aracnóide. 
 
 A principal função das meninges e do líquido 
cefalorraquidiano é proteger o sistema nervoso 
central 
 
 Funções: 
 Proteger e suporte do sistema nervoso central 
(SNC) 
 
 As meninges: barreira protetora que protege os 
órgãos sensíveis do SNC contra traumas 
 
 Amplo suprimento de vasos sanguíneos que 
transportam sangue para o tecido do SNC 
 
 Produzir líquido cefalorraquidiano 
 
 O liquor preenche as cavidades dos ventrículos 
cerebrais e envolve o cérebro e a medula 
espinhal 
 
 O líquido cefalorraquidiano protege e nutre o 
tecido do SNC atuando como um absorvente de 
choque, pela circulação de nutrientes e pela 
eliminação de produtos residuais 
 
 As meninges são vulneráveis ao: 
➢ Trauma 
➢ Infecções 
➢ Sangramentos por AVC Hemorrágico 
 
 
 
 
Dura-Máter 
 Meninge mais externa 
 Derivada da mesoderme 
 Composta por tecido conjuntivo rico em fibras 
colágenas 
 Sua inervação provém, principalmente, do nervo 
trigêmeo 
 Ricamente vascularizada – artéria meníngea 
média 
 
 Dividida em 2 camadas: 
 Periósteo do crânio/ interno – externo; 
firmemente aderido ao periósteo, face interna 
dos ossos do crânio 
 
 Meníngeo – interno; camada meníngea 
propriamente dita 
As duas camadas separam-se umas das outras nos 
locais dos seios durais. 
 
 O folheto interno, em determinadas áreas, 
destaca-se do externo, formando pregas e 
cavidades. 
 
Meninges, Líquor e Barreiras Encefálicas 
Júlia Winkelmann 
 As pregas dividem incompletamente a cavidade 
craniana, e são: 
 Foice do cérebro (septo vertical entre os dois 
hemisférios, na fissura longitudinal). 
 
 Tenda do cerebelo (septo transversal entre os 
lobos occipitais e cerebelo, dividindo os 
compartimentos supra e infra- tentorial). 
Apresenta uma abertura por onda passa 
mesencéfalo, denominada incisura. 
 
 Foice do cerebelo (septo vertical curto, separa 
incompletamente os hemisférios cerebelares) 
 
 Diafragma da sela (pequena lâmina horizontal 
que fecha incompletamente a sela túrcica, 
deixando um orifício de passagem da haste 
hipofisária). 
 
 
 
 Cavidades: 
 Seios Durais – Canais venosos, recobertos 
internamente, por endotélio, que contêm 
sangue proveniente das veias do encéfalo e do 
globo ocular. Drenam para as veias jugulares 
internas. 
➢ Sagital superior (mediano, acompanha a inserção 
da foice do cérebro. Desagua, posteriormente, na 
confluência dos seios) 
 
➢ Sagital inferior (paralelo ao Superior, porém na 
margem livre da foice do cérebro, desaguando no 
seio reto) 
 
➢ Reto (mediano, no ponto de união entre a foice 
do cérebro e a tenda do cerebelo. Termina na 
confluência dos seios) 
 
➢ Transversos (dispõem-se ao longo da inserção da 
tenda do cerebelo, desde a confluência dos seios 
até a região da parte petrosa do osso temporal, 
onde passam a ser designados seios sigmoides) 
➢ Sigmoides (continuação dos seios transversos até 
as veias jugulares internas) occipital (mediano, ao 
longo da margem de inserção da foice do 
cerebelo) cavernosos (na base do crânio, de cada 
lado da sela túrcica) 
 
➢ Intercavernosos (entre os dois seios cavernosos) 
 
➢ Esfenoparietais (ao longo da asa do esfenoide, 
drenam para s. cavernosos) 
 
➢ Petrosos superiores (na porção petrosa do o. 
temporal, ao longo da inserção da tenda do 
cerebelo. Drena o s. cavernoso para s. sigmoide) 
 
➢ Petrosos inferiores (percorre o sulco petroso, 
drenando o s. cavernoso para VJI) 
 
➢ Plexo basilar (ocupa porção basilar do osso 
occipital, entre s. cavernoso e s. petroso inferior) 
 
 
 Irrigação: 
 São artérias de calibre relativamente grande 
 Meníngea média (principal) – distribue-se por 
toda a convexidade lateral do encéfalo. Ramo 
da A. Maxilar -> ramo da artéria carótida 
externa. 
 Meníngea anterior – supre a parte frontal e 
anterior da foice cerebral, relativamente 
pequena, ramo da a. etimoidal anterior -> 
ramo a.oftálmica; 
 Meníngea posterior- supre a parte da fossa 
craniana posterior – penetra o crânio pelo 
forame jugular. 
Aracnóide 
 Membrana fina e avascular. 
 
 Dispõe-se logo abaixo da dura-máter e a ela 
justaposta. 
 
 Envia inúmeras trabéculas aracnoides, que 
atravessam o espaço subaracnóideo, em direção à 
pia-máter. 
 
 Meninge delicada, com feixes de tecido 
conjuntivo elástico 
 
 Como acompanha a dura-máter, enquanto a pia-
máter está aderida ao tecido nervoso, a 
profundidade do espaço subaracnóideo é 
variável, sendo que aumenta muita nas áreas de 
sulcos ou depressões. Nesses locais, chamados de 
cisternas subaracnóideas, o espaço liquórico fica 
dilatado, com maior acúmulo de líquor. 
 
 As principais cisternas são: 
 Cerebelo-bulbar (magna) = dorsal ao do 
bulbo, abaixo do cerebelo pontina = ventral à 
ponte 
 
 Interpeduncular = entre os pedúnculos 
cerebrais, ventral ao mesencéfalo 
 
 Quiasmática = abaixo do quiasma óptico 
 
 Superior (da v. cerebral magna ou de Galeno, 
quadrigêmea ou colicular) = dorsal ao 
mesencéfalo, acima do cerebelo 
 
 Ambiens = a volta dos pedúnculos cerebrais 
lateral = ao longo da fissura lateral do cérebro 
supracalosa = acima do corpo caloso 
 
 Lombar = no canal vertebral, abaixo do cone 
medular 
 
 Granulações aracnóideas 
 Digitações da aracnoide, com enovelados de 
suas fibras, para o interior dos seios durais, 
levando o prolongamento do espaço 
subaracnóideo 
 Locais de absorção do líquor para o sangue 
 
 
 
 
 
Pia-Máter 
 A mais delicada e a mais interna das meninges 
 A pia-máter está aderida ao tecido nervoso,acompanhando suas elevações e depressões. 
 Apesar de delicada, ajuda a dar forma e 
resistência ao tecido nervoso. 
 Acompanha os vasos, em especial as artérias, 
levando o espaço subaracnóideo ao redor dos 
vasos até o nível capilar. Esses espaços com líquor 
são chamados espaços perivasculares (de 
Virchow-Robin) 
 Espaço de virchow-Robin – compõem o sistema 
liquorico 
 
Vai penetrando no sistema nervoso e acompanhando 
todas as fissuras 
 
 
 
 Líquido cérebro-espinhal (LCE) 
 Fluido aquoso, incolor 
 Ocupa espaço subaracnóideo e sistema 
ventricular 
 Proteção mecânica do SNC (amortecedor, dissipa 
a força e diminui o impacto) 
 Proteção biológica 
 Formação: plexos coróides e epêndima 
 Circulação lenta 
 Renovação a cada 8 horas 
 Volume total: 100-150 cm3 
 Pressão: 5-20 cm H2O (lombar) 0-4 leucócitos / 
mm3 
 
 
 É produzido nos plexos coroides dos ventrículos, 
no epêndima das paredes ventriculares e dos 
vasos da leptomeninge 
 
 Os ventrículos laterais contribuem com maior 
contingente liquórico, que passa ao III ventrículo 
através dos forames interventriculares e daí para 
o IV ventrículo através do aqueduto cerebral 
 
 Pelas aberturas medianas e laterais do IV 
ventrículo: o liquor passa para o espaço 
subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente 
pelas granulações aracnoideas que se projetam 
para o interior da dura-máter 
 
 Como as granulações predominam no seio sagital 
superior, a circulação do liquor se faz de baixo 
para cima, devendo atravessar o espaço entre a 
incisura da tenda e o mesencéfalo 
 
 No espaço subaracnóideo da medula: o liquor 
desce em direção caudal, uma parte volta, e a 
reabsorção liquórica ocorre nas pequenas 
granulações aracnoideas existentes nos 
prolongamentos da dura-máter que acompanham 
as raízes dos nervos espinhais 
 
 
 
 Sistema ventricular: 
 Ventrículos laterais 
 Forame interventricular 
 Terceiro ventrículo 
 Aqueduto do mesencéfalo 
 Quarto ventrículo - Entre ponte e bulbo 
 Aberturas mediana posterior e laterais 
 
 
 Ventrículos laterais: 
 Corpo 
 Cornos 
➢ frontal 
➢ occipital 
➢ temporal 
 
 
 Circulação do líquor 
 
 
 
 Plexos coroides – responsável pela produção de 
líquor 
 ventrículo lateral 
➢ assoalho do corpo 
➢ teto do corno inferior 
 teto do III ventrículo 
 teto do IV ventrículo 
 
 
 
 
 São dispositivos que impedem ou dificultam a 
passagem de substâncias do sangue para o tecido 
nervoso (hematoencefálica), do sangue para o 
líquor (hematoliquórica) e do líquor para o tecido 
nervoso (encéfalo- liquórica) 
 
 
 
 Variações da permeabilidade da BHE 
 Anatômicas 
 corpo pineal 
 neurohipófise 
 plexos coróides 
 Feto e RN 
 Grandes variações de pH, pressão osmótica, 
temperatura 
 Infecções 
 Traumatismos 
 Choque elétrico 
 Choque insulínico 
 Contrastes radiológicos 
 Elevações de CO2 
 
 
 Recolher amostras de LCE 
 meningites 
 hemorragias subaracnóideas 
 Injetar contrastes radiológicos 
 Injetar antibióticos e quimioterápicos 
 Anestesia regional (raquianestesia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Síndrome resultante do desbalanço entre 
produção e absorção do LCE 
 Clínica diferente entre crianças pequenas 
(macrocrania, “olhar de sol poente”) e adultos 
(hipertensão intracraniana) 
 Suturas 
 
 Um sistema de espaços interligados no cérebro 
através do qual o líquido cefalorraquidiano 
circula. 
 Os ventrículos são: dois ventrículos laterais, 
terceiro ventrículo e quarto ventrículo. 
 
 
 Os hemisférios cerebrais possuem cavidades 
revestidas de epêndima e contendo líquido 
cérebro-espinhal: os ventrículos laterais esquerdo 
e direito 
 Comunicam com o III ventrículo pelo forame 
interventricular 
 Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma 
cavidade fechada 
 Apresenta uma parte central e três cornos: 
Correspondentes aos três pólos do hemisfério 
cerebral 
 As partes que se projetam para o pólo frontal, 
occipital e temporal: Corno anterior, posterior e 
inferior 
 Com exceção do corno inferior, todas as partes do 
ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo 
caloso 
 
 
 Ventrículos laterais: 
 Corpo 
 Cornos 
➢ Frontal 
➢ Occipital 
➢ Temporal 
 
 Septo Pelúcido: 
 O septo pelúcido é constituído por duas 
delgadas lâminas de tecido nervoso: uma 
cavidade muito estreita: a cavidade do septo 
pelúcido 
 O septo pelúcido separa os dois ventrículos 
laterais 
Sistema Ventricular 
 É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se 
comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto 
cerebral e com os ventrículos laterais pelos 
respectivos forames interventriculares 
 
 No plano sagital mediano: as paredes laterais do 
III ventrículo são expostas amplamente; verifica-
se uma depressão: o sulco hipotalâmico (estende-
se do aqueduto cerebral até o forame 
interventricular) 
 
 As porções da parede acima deste sulco: tálamo 
 
 As porções situadas abaixo do sulco: hipotálamo 
 
 No assoalho do III ventrículo encontra-se, de 
anterior para posterior: quiasma óptico, 
infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, 
pertencentes ao hipotálamo 
 
 União os dois tálamos: uma estrutura formada por 
substância cinzenta: a aderência intertalâmica 
 
 A parede posterior do ventrículo: é formada pelo 
epitálamo, que se localiza acima do sulco 
hipotalâmico 
 
 Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a 
parte mais alta das paredes laterais: as estrias 
medulares do tálamo (Inserção da tela Corióide) 
que forma o tecto do III ventrículo 
 
 A partir da tela Corióide: invaginam-se na luz 
ventricular, os plexos coroides do III ventrículo, 
são contínuos, através dos respectivos forames 
interventriculares, com os plexos coroides dos 
ventrículos laterais 
 
 A parede anterior do III ventrículo: lâmina 
terminal, fina lâmina de tecido nervoso, que une 
os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma 
óptico e a comissura anterior 
 A comissura anterior, a lâmina terminal e 
as partes adjacentes das paredes laterais 
do III ventrículo pertencem ao telencéfalo 
 
 A luz do III ventrículo se evagina para 
formar quatro recessos na região do 
infundíbulo: 
 Recesso do Infundíbulo: acima do 
quiasma optico 
 Recesso óptico 
 Recesso Pineal 
 Recesso Supra pineal 
 
 
 
 Cavidade do Rombencéfalo Entre o bulbo e a 
ponte centralmente o cerebelo dorsalmente 
 
 Continua-se Caudalmente com o Canal Central 
do Bulbo 
 
 Continua-se Cranialmente com o Aqueduto 
Cerebral (Mesencéfalo) 
 
 Cavidade do IV ventrículo: Forma os recessos 
laterais situados no Pedúnculo Cerebelar 
Inferior 
 
 Comunica-se com o espaço subaracnóideo: 
Lateralmente com o forame Luschka e 
Medialmente com o Forame Magendie 
(situado na metade caudal do tecto do 
ventriculo) 
 
 O liquor passa dos ventrículos para o espaço 
subaracnóideo 
 
 Assoalho ou fossa romboide do IV ventrículo: 
Forma losango, formado por Parte dorsal da 
ponte aberta do bulbo 
 
 No soalho do IV ventrículo: Sulco Mediano 
continua-se: 
 superiormente com o Aqueduto Cerebral 
 inferiormente com o Canal Central do Bulbo 
 
 De cada lado do Sulco Mediano: EMINENCIA 
MEDIAL 
 
 Lateralmente a Eminencia medial: Sulco Limitante 
– separa os núcleos motores que estão 
medialmente dos sensitivos que estão 
lateralmente 
 
 De cada lado do sulco limitante – duas 
depressões: 
 Fóvea Superior 
 Fóvea Inferior 
 
 Medialmente a Fóvea Superior: Coliculo Facial –
dilatação na Eminencia Medial (N facial, contorna 
o núcleo do abducente) 
 
 Parte caudal da Eminencia Medial de cada lado: 
Pequena área triangular: Trígono do Nervo 
Hipoglosso –> Núcleo do Hipoglosso 
 
 2 paredes – anterior e posterior 
 4 bordos 
 4 ângulos 
 
 
 
 
 
 Limites laterais: 
 
 
Pavimento, Parede Anterior ou Fossa Rombóide 
 
 Eminência medial ou teres 
(PC VI e VII) 
 Fóvea superior 
 Área vestibular 
 Locus CeruleusTrígono do nervo hipoglosso 
 Trígono do nervo vago 
 Área postrema 
 
 
 
Parede Posterior ou Tecto 
 Véu medular superior (válvula de Vieussens) 
 Forma triangular (base inferior) 
 
 
 Face anterior do cerebelo 
 
 
 Véu medular inferios (válvulas de Tarin) 
 Folheto profundo da tela coroideia (invaginação 
da pia-máter na zona que separa a face inferior do 
cerebelo do tecto da parte bulbar do IV 
ventrículo) 
 2 folhetos (cerebeloso e bulbar) 
 Plexos coroideus medianos e laterais 
 
 
 
Bordos 
 O IV ventrículo tem 4 bordos: 
 Bordos Superiores (2) – formados pelo lado interno dos pedúnculos cerebelosos superiores 
 Bordos Inferiores (2) – correspondem à linha de união da ténia doIV ventrículo ao pedúnculo cerebeloso inferior 
 
Ângulos 
 Ângulo inferior – canal ependimário da 
medula 
 Ângulo superior – aqueduto de Sylvius 
 Ângulos laterais – extremidades dos 
recessos laterais 
 
 
 Controle dos movimentos do corpo 
 Regulação de funções viscerais 
 Processamento de informações sensoriais dos 
membros, tronco e órgãos internos 
 Condução do fluxo de informações aferentes e 
eferentes ao encéfalo (tratos ascendentes e 
descendentes) 
 De todas as divisões do SNC, é a que apresenta a 
organização mais simples: 
 Segmentar ou modular: cada segmento 
medular apresenta uma estrutura básica. 
Organização Segmentária Externa 
 Existem 31 pares de nervos espinhais/ par de 
raízes nervosas (T=31) aos quais correspondem 31 
segmentos medulares assim distribuídos: 
 8 cervicais (8C) 
 12 torácicos (12T) 
 5 lombares (5L) 
 5 sacrais (5S) 
 1 coccígeo (1Cc) 
 Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 
7 vértebras cervicais porque o primeiro par de 
nervos espinhais sai entre o occipital e C1. 
 Dorsal (sensitiva) 
 Ventral (motora) 
 OBS: 1ª cervical somente ventral (motora) 
Substância Branca 
 Formada por fibras, a maioria delas mielínicas, 
que sobem e descem na medula e que podem ser 
agrupadas de cada lado em três funículos ou 
cordões 
Substância Cinzenta 
 Localiza-se por dentro da branca e apresenta a 
forma de uma borboleta, ou de um “H”. 
 Nela distinguimos de cada lado, três colunas que 
aparecem nos cortes como cornos: colunas 
anterior, posterior e lateral/ dorsal, ventral e 
intermediária 
 A coluna lateral só aparece na medula torácica e 
parte da medula lombar. 
 No centro da substância cinzenta localiza-se o 
canal central da medula. 
 T1-L2: 
 intermédio-lateral ou lateral 
 Canal central (canal ependimário) 
 
Forma e Estrutura 
 Ocupa o canal vertebral, no interior da coluna 
vertebral, do forame magno até a primeira ou 
segunda vértebra lombar 
 Superiormente, continua com o bulbo (tronco 
encefálico) 
 Aproximadamente cilíndrica 
 =45cm 
 =42cm 
 Como o canal vertebral estende-se até o sacro 
(S2), existe um espaço dentro deste canal sem 
medula espinal (mas com raízes nervosas), entre a 
L1 ou L2 e S2. 
 Limite superior (limite com bulbo) 
 1ª raiz espinal 
 Borda do forame magno 
 Decussação das pirâmides (face 
anterior) 
 
Medula Espinal 
Júlia Winkelmann 
 Substância branca aumenta de caudal para rostral 
(nº maior de axônios ascendentes e 
descendentes) 
 
 O calibre da medula espinal não é uniforme, pois 
ela apresenta duas dilatações denominadas de 
intumescência cervical e intumescência lombar. 
 Estas intumescências medulares 
correspondem às áreas em que fazem conexão 
com as grossas raízes nervosas que formam o 
plexo braquial e lombossacral, destinados à 
inervação dos membros superiores e 
inferiores 
Intumescências – nº aumentado de neurônios para 
sensibilidade e inervação motora dos membros = 
formação dos plexos nervosos 
A formação destas intumescências se deve pela maior 
quantidade de neurônios e, portanto, de fibras 
nervosas que entram ou saem destas áreas. 
 plexo cervical: C5-T1 
 plexo lombossacral: L1-S2 
 
 Coluna intermédio-lateral: T1-L2 (Sistema 
Nervoso Autônomo – divisão Simpática) 
 
 Funículo posterior: subdividido em fascículos 
grácil e cuneiforme (de T6 para cima) 
 
 
 
 
 
 A superfície da medula apresenta os seguintes 
sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua 
extensão: 
 sulco mediano posterior 
 fissura mediana anterior 
 sulco lateral anterior 
 sulco lateral posterior 
 
 Na medula cervical existe ainda o sulco 
intermédio posterior que se situa entre o sulco 
mediano posterior e o sulco lateral posterior e 
que se continua em um septo intermédio 
posterior no interior do funículo posterior. 
 
 No sulco lateral anterior faz conexão as raízes 
ventrais dos nervos espinhais 
 
 No sulco lateral posterior faz conexão as raízes 
dorsais dos nervos espinhais 
 
1. Fissura mediana anterior 
Sulco mediano posterior 
2. Sulco ântero-lateral 
Sulco póstero-lateral 
3. Raízes 
a. ventral 
b. Dorsal 
4. Tronco do nervo espinal 
5. Ramos do n. espinal 
a. ventral 
b. dorsal 
6. Gânglio da raiz dorsal (sensitivo) 
 
 
 
 
 Crescimento desproporcional entre ME e coluna 
vertebral 
 3 meses de desenvolvimento: a medula ocupa 
todo canal vertebral 
 adulto: segmento mais caudal ao nível da 1ª 
vértebra lombar (L1) 
 
 Cisterna lombar = espaço do canal vertebral 
abaixo do segmento mais caudal da ME, 
preenchido por líquor e raízes nervosas 
 
 Cauda equina = raízes dorsais e ventrais dos 
segmentos medulares lombares e sacrais 
 
 
 
 
Componentes funcionais de um nervo espinal 
 
 
 
 
 Seringomielia 
 Dilatacao do canal central da medula e “aperta” 
as fibras 
 Quanto mais proximal, mais pra dentro está 
 Mais distal, mais lateral vai estar 
Inervação 
Dermátomo = área de pele inervada por uma raiz 
dorsal (sensitiva) 
 
Miótomo = grupo de músculos inervados a partir de 
um único segmento medular 
 
Envoltório da Medula 
Meninges: membranas conjuntivas q envolvem o SNC 
Pia-máter 
 Firmemente aderida ao tecido nervoso, 
acompanha suas elevações e depressões possui 
expansões que atravessam o espaço liquórico 
(espaço subaracnóideo), auxiliando na 
manutenção da medula em uma posição estável: 
 ligamentos denteados (21 pares) na face 
lateral da ME 
 filamento terminal a partir do ápice do cone 
medular 
Aracnoide 
 Possui delicados filamentos que atravessam o 
espaço liquórico em direção à pia-máter 
Dura-máter 
 No canal vertebral tem um único folheto 
 No fundo de saco dural, envia projeções que 
envolvem o filamento terminal. Este conjunto 
recebe o nome de ligamento duro- coccígeo e 
fixa-se à face posterior da primeira vértebra 
coccígea 
 
 Espaços reais 
 epidural (ao redor da dura-máter) 
 subaracnóideo (entre aracnóide e pia-máter) 
 
 
Irrigação 
a. uma artéria espinal anterior 
b. duas artérias espinais posteriores 
c. artérias radiculares 
 Artérias espinais são ramos das artérias vertebrais 
 Artérias radiculares são ramos de artérias 
segmentares 
 
Organização da substância cinzenta medular 
 Lâminas de Rexed (10 camadas) 
 Corno dorsal: 1-6 
 Zona intermediária: 7 (dorsal) 
 Corno ventral: 7 (ventral), 8 e 9 
 Ao redor do canal central: 10 
 
 
 
 
Topografia da Medula 
 A um nível abaixo da segunda vértebra lombar 
encontramos apenas as meninges e as raízes 
nervosas dos últimos nervos espinhais, que 
dispostas em torno do cone medular e filamento 
terminal, constituem, em conjunto, a chamada 
cauda equina. 
 Como as raízes nervosas mantém suas relações 
com os respectivos forames intervertebrais, há 
um alongamento das raízes e uma diminuição do 
ângulo que elas fazem com a medula. Estes 
fenômenos são mais pronunciados na parte 
caudal da medula, levando a formação da cauda 
equina. 
 Ainda como consequência da diferença de ritmos 
de crescimento entre a coluna e a medula, temos 
o afastamento dos segmentos medulares das 
vértebras correspondentes. 
 Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 
correspondem aos segmentos lombares.Para 
sabermos qual o nível da medula cada vértebra 
corresponde, temos a seguinte regra: entre os 
níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao 
processo espinhoso da vértebra e se tem o 
segmento medular subjacente. Aos processos 
espinhosos de T11 e T12 correspondem os 
cinco segmentos lombares, enquanto ao 
processo espinhoso de L1 corresponde aos 
cinco segmentos sacrais. 
 
 
Reflexos Espinais 
 Reflexo = padrão involuntário de resposta a um 
estímulo sensitivo 
 Anatomia: 
 Neurônios aferentes (impulsos dos receptores 
sensitivos para o SNC – ME ou tronco encefálico) 
 Neurônios eferentes do SNC para o órgão efetor 
(músculo ou glândula) 
 
 Tipos de arcos reflexos: 
a) O arco reflexo monossináptico possui 
dois neurônios e uma única sinapse 
b) Um arco reflexo polissináptico possui 
mais de 2 neurônios (nesse caso, 3) e, 
portanto, tem ao menos 2 sinapses. 
Os cinco componentes de um arco 
reflexo estão indicados por número 
 
 Reflexo de estiramento ou miotático 
 monossináptico 
 fibras intrafusais 
 fibras extrafusais (responsáveis pelo 
encurtamento do músculo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Correlações Clínicas 
 Trauma raquimedular 
 Hérnia de disco 
 Espinha bífida 
 Mielomeningocele 
 Raquiesquise 
 Siringomielia 
 Doenças do neurônio motor inferior (ex.: 
poliomielite) 
 Degeneração das vias descendentes (ex.: ELA) 
 Tumores 
 Punção lombar: LCR 
 Anestesia regional 
 Raquianestesia 
 Peridural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Punção lombar 
 Coleta de LCR 
 Meningites 
 Hemorragias 
 Anestesia 
 Terapêutica 
 
 
 
Síndromes Clínicas da Medula Espinal 
 Distúrbio clínico que sucede lesão aguda grave da 
ME 
 Todas as funções abaixo do nível da lesão ficam 
deprimidas ou abolidas (deficiência sensitiva e 
paralisia flácida, reflexos espinais deprimidos, 
depressão simpática com hipotensão arterial) 
 
 Achados clínicos dependem da região da ME que 
foi lesada e do nível da lesão, e o déficit motor é 
resultante da combinação de lesão do axônio do 
neurônio motor superior (ao nível do ponto de 
destruição da ME) e do neurônio motor inferior 
(nos segmentos medulares abaixo do ponto de 
destruição) 
 
 Paralisia bilateral (NMI) e atrofia muscular no 
segmento da lesão 
 Paralisia espástica bilateral abaixo do nível da 
lesão (tratos descendentes) 
 Sinal de Babinski bilateral e perda de reflexos 
cutâneos abaixo do nível de lesão 
 Perda bilateral de todas as sensações abaixo da 
lesão 
 Perda de controle voluntário da bexiga e do 
intestino 
 
 
 
 
 
 Paralisia bilateral (NMI) e atrofia muscular no 
segmento da lesão 
 Paralisia espástica bilateral abaixo do nível da 
lesão (tratos descendentes) 
 Perda bilateral das sensações de dor, temperatura 
e tato grosseiro abaixo da lesão (tratos 
espinotalâmicos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Paralisia bilateral (NMI) e atrofia muscular no 
segmento da lesão 
 
 Paralisia espástica bilateral abaixo do nível da 
lesão (tratos descendentes) com preservação 
sacral 
 
 Perda bilateral das sensações de dor, 
temperatura, tato grosseiro e pressão abaixo da 
lesão, com preservação sacral 
 
 
 
 
 
 
 
 Paralisia ipsilateral (NMI) e atrofia 
 
 Muscular no segmento da lesão 
 
 Espasticidade bilateral abaixo do nível da lesão 
(tratos descendentes não corticospinal) 
 
 Sinal de Babinski e perda de reflexos cutâneos 
ipsilateral abaixo do nível de lesão (trato 
corticospinal) 
 
 Faixa ipsilateral de anestesia cutânea no 
segmento da lesão (raiz posterior) 
 
 Perda contralateral incompleta do tato 2-3 
segmentos abaixo da lesão (trato espinotalâmico 
anterior) 
 
 Perda ipsilateral da discriminação tátil e 
propriocepção abaixo da lesão (funículo posterior) 
 
 Perda contralateral das sensações de dor e 
temperatura abaixo da lesão (trato 
espinotalâmico lateral) 
 
 
 Anormalidade de desenvolvimento do canal 
central, envolvendo mais frequentemente o 
tronco encefálico e a medula cervical. 
 No local da lesão, ocorre cavitação e gliose na 
região central 
 Perda bilateral das sensações de dor e 
temperatura nos dermátomos relacionados aos 
segmentos medulares acometidos (cruzamento 
dos tratos espinotalâmicos laterais na comissura 
branca anterior) 
 Fraqueza nos pequenos músculos das mãos (NMI 
no corno anterior) 
 Espasticidade bilateral abaixo do nível da lesão 
(tratos descendentes não corticospinal) 
 Sinal de Babinski e hiperreflexia tendínea abaixo 
do nível de lesão (trato corticospinal) 
 Síndrome de Horner pode estar presente (lesão 
de fibras autonômicas no funículo lateral – trato 
reticuloespinal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Infecção viral aguda dos neurônios das colunas anteriores da ME e núcleos motores de nervos cranianos 
 Paralisia flácida de músculos, principalmente dos membros inferiores 
 
 
 
 
 
 
 Doença de causa desconhecida que provoca a desmielinização dos tratos ascendentes e descendentes 
 Evolução crônica, com exacerbações e remissões 
 Sinais e sintomas múltiplos devido ao acometimento difuso do SNC, mas a fraqueza de membros é o sinal mais 
comum 
 
 Doença de etiologia desconhecida, que acomete os neurônios das colunas anteriores da ME (NMI) e os tratos 
corticospinais (NMS) 
 Atrofia muscular progressiva, paresia, fasciculações musculares, espasticidade e sinal de Babinski 
 
 
 
 
 
 
 
 Anemia por deficiência de vitamina B12 
 Lesão extensa dos tratos dos funículos posteriores e laterais da ME, e degeneração de nervos periféricos 
 Perdas sensitivas e motoras difusas 
 
 
 
 
 
Júlia Winkelmann 
Júlia R. Winkelmann 
 
 Localização: Situa-se entre a medula e o 
diencéfalo 
 Ventralmente ao cerebelo 
 Conecta a medula com os centros encefálicos 
superiores 
 Constitui: Mesencéfalo, Ponte e Bulbo ou 
Medula Oblonga 
 Substancia branca: Tractos: Informações 
sensitivas e motoras 
 Cérebro <–> Medula 
 Na substancia branca: Núcleos da substancia 
cinzenta: Neurônios e fibras nervosas 
(Tractos, fascículos e lemniscos) 
 Efeitos sobre a respiração, cardiológico e a 
pressão sanguínea 
 Recebem e emitem fibras que constituem os dez 
pares cranianos (Exceção: Olfatório e Óptico) 
 Origem: Mesencéfalo 
 Localização: Está num plano entre: Corpos 
Mamilares e a comissura posterior 
 Atravessada por aqueduto cerebral 
 Divisões: Dorsalmente ao aqueduto cerebral: 
Tecto do Mesencéfalo 
 Abaixo do tecto do mesencéfalo: Pedúnculo 
cerebral 
 
 
 Divisões do Mesencéfalo: 
 Tecto: 
▪ Colículos Superiores – Corpo Geniculado 
lateral: Visão (Movimento Vertical) 
▪ Colículos Inferiores – Corpo Geniculado 
medial: Audição 
 Área pré tectal: Pequena lâmina de fibras, os 
Colículos são separados por 2 sulcos em cruz: 
Aloja-se a Glândula Pineal 
 Caudalmente ao colículo inferior: Emerge o IV 
PAR = Nervo Troclear 
 
 
 
Tronco Encefalico 
Júlia R. Winkelmann 
 
 Surgem da ponte em direção ao cérebro 
 Vistos ventralmente 
 Os pedúnculos cerebrais aparecem com dois 
grandes feixes de fibras que surgem na borda 
superior da ponte e divergem cranialmente para 
penetrar profundamente no cérebro. 
 
 Delimitam assim uma profunda depressão 
triangular, a fossa interpeduncular, limitada 
anteriormente por duas eminências pertencentes 
ao diencéfalo, os corpos mamilares. 
 
 O fundo da fossa interpeduncular apresenta 
pequenos orifícios para a passagem de vasos: 
substância perfurada posterior. 
 
 Limites: Anterior – Corpos mamilares (Diencéfalo) 
 
 Depressão: Fossa Inter peduncular que é limitada 
anteriormente pelos Corpos mamilares 
 
 Fundo da Fossa Inter peduncular: Substancia 
Perfurada Posterior 
 
 Divididos em: 
 Base do Pedúnculo (Ventral): Fibras Corticais 
Motoras 
 Tegmento: Grande parte ocupada pelo núcleorubro: Vai do colículo superior ao tálamo 
 
 O limite entre a Base e o Tegmento: Substancia 
Nigra ou Substancia Negra 
 
 No nível da Substancia Nigra: Hádois sulcos 
longitudinais: Medial e Lateral 
 
 Ao nível do sulco medial: Emerge o III par- nervo 
oculomotor 
 
 
 
 
 
Júlia R. Winkelmann 
 No Tegmento: Substancia Cinzenta 
 Substancia Cinzenta Homologa: 
 Núcleos do III: (Somática) 
▪ Núcleo Edinger –Westphal (Visceral) 
▪ Gânglio ciliar, Músculo ciliar, Músculo do 
esfíncter da pupila 
 Núcleo do IV: 
▪ Face dorsal do tronco cerebral 
▪ Decussam antes de emergir 
 Núcleo Mesencefalico do V par 
 Substancia Cinzenta próprias do Mesencéfalo: 
Atividade Somática Motora 
 Núcleo Rubro 
 Substância Nigra: (Dopamina nigro 
estriais) 
 Núcleos Colículos: Superior e Inferior 
 Área pré-tectal 
 
 Fibras Longitudinais 
a) Ascendentes: 
 Lemnisco Medial (Fascículos grácil e 
cuneiforme) 
 Lemnisco Espinhal (T. espinotalâmico anterior, 
T espinotalâmico lateral) 
 Lemnisco Trigeminal (T. Núcleo talâmico do 
trigêmeo) 
 Lemnisco Lateral (Via Cócleo- colicular inferior 
- audição) 
 Pedúnculo Cerebelar Superior 
 Braço Coliculo superior e inferior 
b) Descendentes: 
 Tracto Cortico- Espinhal 
 Tracto Cortico –Nuclear 
 Tracto Cortico- Pontino 
 Tracto Tecto –espinhal 
 Tracto Rubro- espinhal 
Júlia R. Winkelmann 
 Fibras Transversais: 
 Comissura do Coliculo Inferior 
 Decussação do Pedúnculo Cerebelar superior 
 Fibras de Associação 
 Fascículo Longitudinal Medial: Conecta os 
núcleos motores dos nervos cranianos, 
sinergismo ocular 
 Fascículo Longitudinal Dorsal: Conecta o 
hipotálamo aos núcleos vegetativos do tronco 
encefálico, Comando vegetativo do tronco 
cerebral 
* Formação Reticular 
* Aqueduto Cerebral 
 
 Repousa na parte basilar do osso occipital e o 
dorso da sela túrcica do esfenoide 
 
 Origem: Rombencéfalo: Metencéfalo 
 
 BASE da Ponte: Fibras Transversais 
 
 Essas fibras transversais formam o PEDUNCULO 
CEREBELAR MEDIO ou BRAÇO DA PONTE, que 
penetra no hemisfério cerebelar 
 
 Entre a ponte e o braço da ponte: Emerge o V Par-
Trigêmeo, por duas raízes: 
 Raiz maior – Sensitiva 
 Raiz menor – Motora 
 
 Percorrendo longitudinalmente a Ponte: Sulco da 
Artéria Basilar 
 
 A ponte (parte ventral) é separada do bulbo pelo 
Sulco Bulbo Pontino, de onde emerge de cada 
lado da linha medial para lateral: 
 VI Par – nervo Abducente (Entre a pirâmide 
do bulbo e a ponte) 
 
 VII Par – nervo Facial emerge medialmente 
ao nervo VIII (nervo vestíbulo coclear) 
 
 VIII Par – nervo vestíbulo coclear sai próximo 
ao flóculo cerebelar (lóculo) – SONO 
 
 Entre o VII e VIII: Emerge a raiz sensitiva do 
nervo facial: Nervo intermédio 
 
Júlia R. Winkelmann 
 Importante: a Parte Dorsal (Fechada) da Ponte 
mais a Parte Dorsal (aberta) do Bulbo: Forma o 
assoalho do IV ventrículo 
 
 A ponte é formada por: 
 Base (porção ventral) 
 Tegmento (porção dorsal) 
Entre a base e o Tegmento: 
Fibras Mielínicas --- Corpo Trapezoide 
 Não há correspondência com os outros níveis do 
tronco encefálico 
 
 Possui: 
 
 Fibras Longitudinais; Tracto cortico-espinhal, 
Tracto cortico-nuclear (V, VI, VII), Tracto cortico -
pontino 
 
 Fibras Transversais: Via Cortico ponto cerebelar = 
Braço da Ponte, Núcleos Pontinos 
 
 Núcleos Pontinos: Neurônios –> sinapse com 
fibras cortico pontinho – Axônios – Fibras 
Transversais: que se chamam fibras pontinas ou 
ponto – cerebelar: Penetram no Pedúnculo 
Cerebelar Médio (Via cortico- ponto cerebelar) 
 
 
 
 
 
 
 Semelhante aos demais níveis do tronco 
encefálico. 
 É semelhante ao Tegmento do Mesencéfalo e do 
bulbo 
 Apresenta: 
 Núcleos dos Nervos Cranianos (Motores): V, 
VI, VII 
 Fibras Ascendentes 
 Fibras Descendentes 
1°) Núcleo Vestíbulo-coclear: 
▪ Situam-se no PEDUNCULO CEREBELAR 
INFERIOR 
▪ A maioria das fibras desses núcleos terminam 
no CORPO TRAPEZOIDE 
▪ Ocupam uma grande área na porção lateral 
do quarto ventrículo 
▪ Núcleos Vestibulares: localizam-se no 
assoalho e parede lateral do IV ventrículo 
▪ Núcleo Coclear: Na porção caudal da ponte 
 
▪ Núcleo Cócleo Vestibular estão no pedúnculo 
cerebelar inferior – fibras por meio de 
Lemnisco lateral ou diretamente – Núcleo 
Olivar Superior e Colículo Inferior –> Corpo 
Geniculado Medial: Via Auditiva (Vias diretas 
e cruzadas) 
Júlia R. Winkelmann 
 
 
 
2°) Núcleos do Nervo Abducente: 
▪ Eminencia Medial: Motor (Substancia 
Cinzenta) – Coliculo Facial – IV Ventrículo 
▪ Forma parte da substância cinzenta dorsal da 
eminência medial do assoalho do quarto 
ventrículo, profundamente ao colículo facial. 
▪ Núcleos do Nervo Facial: No soalho do IV 
ventrículo (Profundamente na Formação 
reticular lateralmente ao núcleo do abducente) 
 
 
▪ Fibras do núcleo facial: Elevação no Soalho do 
IV ventrículo: Colículo facial 
 
▪ Curvatura das Fibras do N. Facial em torno de 
Núcleo Abducente: Joelho Interno do N. Facial 
–> Saída do Nervo Facial: Sulco Bulbo Pontino 
(entre a Oliva e o Pedúnculo Cerebelar 
Inferior 
▪ Núcleo Salivatório Superior e Lacrimal: Fibras 
Parassimpáticas -- N. Intermédio: Inervam 
Glândulas Submandibular, Sublingual e gl. 
Lacrimal 
 
 
3°) Núcleo do Nervo Trigêmeo: 
▪ Motor: Margem Lateral do IV Ventrículo 
▪ Sensitivo: continuação cefálica da coluna 
sensitiva da medula espinhal. As fibras que 
penetram na ponte vindas do gânglio do 
trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e 
descendentes. 
 
 
Júlia R. Winkelmann 
 
 
 
 
 
 
 
 = Medula Oblonga 
 Origem: Rombencéfalo: Mielencéfalo 
 Tem forma de um cone 
 Continua com a Medula Espinhal 
 Entre o Bulbo e a Medula Espinhal: Plano 
horizontal ao nível do forame magno (acima do 
filamento radicular) 
 
 Limite Superior: Sulco bulbo pontinho – sulco 
horizontal com a ponte 
 
 Dois sulcos longitudinais paralelos que continuam 
na medula espinhal: Anterior e Posterior – 
Determinam a continuação dos Funículos da 
Medula espinhal 
 
 Fissura Mediana Anterior, na depressão – 
Forame Cego 
 
 De cada lado da fissura mediana anterior existe 
uma eminência denominada pirâmide, formada 
por um feixe compacto de fibras nervosas 
descendentes que ligam as áreas motoras do 
cérebro aos neurônios motores da medula – 
trato piramidal ou trato córtico-espinhal 
 
Júlia R. Winkelmann 
 Na parte caudal do bulbo: as fibras deste trato 
cruzam obliquamente o plano mediano e 
constituem a decussação das pirâmides – 
Controle do Hemisfério direito sobre o lado 
oposto e vice-versa (uma lesão encefálica à 
direita, o corpo será acometido em toda sua 
metade esquerda) 
 
 
 
 
 Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior: 
área lateral do bulbo, onde se observa uma 
eminência oval, a oliva, formada por uma grande 
quantidade de substância cinzenta 
 Sulco Lateral Anterior: Emerge o XII Par-Nervo 
Hipoglosso 
 Sulco Lateral Posterior: Emerge os nervos IX Par -
Glossofaríngeo, X Par- Vago, XI Par raiz craneana 
do Nervo Acessório 
 
 
 
 Na metade caudal do Bulbo: Estreito canal que se 
comunica com o canal central da medula – Abre-
se para formar o IV ventrículo 
 O assoalho do IV ventrículo: Metade rostral ou 
porção aberta do bulbo 
 Há um Sulco Mediano Posterior que termina na 
metade altura do bulbo: Afastamento de suas 
bordas: IV Ventrículo 
 Entre o Sulco mediano posterior e o lateral 
posterior: Funículo Posterior (continuação do 
funículo posterior da medula). É dividido pelo: 
 
Júlia R. Winkelmann 
 Estes fascículos são constituídos por fibras 
nervosas ascendentes, provenientes da medula, 
que terminam em duas massas de substância 
cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados 
na parte mais cranial dos fascículos 
correspondentes 
 
 Estes núcleos determinam o aparecimento

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