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GABRIELY DOS SANTOS AMADEU VIVIANE MARANGONI S. DA SILVA FISIOLOGIA E PRINCÍPIOS DE BIOFÍSICA II CORNÉLIO PROCÓPIO DEZEMBRO DE 2021 GABRIELY DOS SANTOS AMADEU VIVIANE MARANGONI S. DA SILVA RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA CORNÉLIO PROCÓPIO DEZEMBRO DE 2021 SENSAÇÕES SOMÁTICAS E INTERPRETAÇÃO DOS SINAIS SENSORIAIS PELO ENCÉFALO. 1. INTRODUÇÃO Somestesia vem da união das palavras (soma + aesthesia) significa ter a sensibilidade sobre as diferentes partes do corpo. A Somestesia está relacionada intimamente com a sensibilidade corporal de todos os animais, visto que, é a resposta aos estímulos resultantes do ambiente externo ao corpo ou interno a ele, que levam a uma reação em cadeia que será lida pelo sistema nervoso sensorial. Por conseguinte, a ativação dos receptores sensoriais, necessitam obviamente de um incentivo, e tal incentivo pode ser alcançado a partir de modalidades sensoriais como dor e tato. Existem inumeráveis receptores sensoriais nos seres vivos, atentos a qualquer mudança, desde a mais sutil até a mais brusca. Tais receptores são encontrados no maior órgão do ser humano, a pele e seus anexos, além de todos os outros órgãos do corpo. Ademais, tem-se os sentidos somáticos que são o Tato, temperatura, dor, prurido e propriopercepção. Os sentidos subdividem-se em 4 tipos de sensações, sendo elas: 1. sensações mecanorreceptoras, 2. sensações termorreceptoras, 3. sensações quimiorreceptoras 4. sensações nociceptoras Após receber o estímulo o receptor sofre uma alteração no seu potencial de membrana, tal alteração é denominada de “Potencial Receptor”. A alteração depende da duração do estímulo e da sua intensidade, e para que seja possível, a energia sofre uma transformação chamada “Transdução do Estímulo". Podemos citar como exemplo as sensações mecanoreceptoras, responsáveis por detectar as deformações mecânicas, esses receptores detêm mecanismo especializado para identificar as deformações mecânicas. Os mecanorreceptores possuem em sua membrana canais catiônicos sensíveis a essas alterações, em vista disso, ao sofrer o estímulo mecânico os canais se abrem como resposta, permitindo a passagem de íons, gerando a transformação do potencial de membrana. Receptores mecânicos não encapsulados: 1. Terminações Nervosas livres 2. Órgão Piloso Terminal Receptores mecânicos encapsulados: 1. Corpúsculo de Meissner 2. Discos de Merkel 3. Terminações de Ruffini 4. Corpúsculo de Pacini Diferentemente do receptor citado acima, os nociceptores, respondem a estímulos nocivos, portanto, respondem a todo o conjunto de dor que somos capazes de diferenciar, sejam eles lesivos ou não, o processo da dor no nosso corpo é diferente, pois depende de vários fatores, entre eles o local de origem, a intensidade, o tipo de fibra neural envolvida, entre outras. As sensações de dor se divide em duas: 1. Dor rápida 2. Dor somática A primeira, é relatada como dor pontual, dor aguda ou elétrica. Sendo caracterizada como dor profilática, pois serve como aviso. Possui vários outros nomes, como dor crônica e nauseante. Ocorre na pele e em quase todos os órgãos do corpo humano. A segunda, corresponde a dores nas camadas superficiais do corpo, na pele as dores são bem pontuais, já nas vísceras é bem difusa e mal localizada devido a falta de sensibilidade de alguns órgãos aos estímulos. Os nociceptores são divididos de acordo com o estímulo que recebe dos outros 3 receptores. Ou seja, aqueles que estão na superfície da pele os mecanorreceptores sensíveis a pressão e ao toque (corpúsculos de Meissner), e os termorreceptores sensíveis a variação de temperatura (corpúsculos de Krause) para o frio, e (corpúsculos de Ruffini) para o calor. E os quimiorreceptores, sensíveis a variações químicas dentro e fora do corpo. Após receber o estímulo específico de dor, o impulso nervoso passa pelas fibras, seguindo uma sequência determinada de eventos, passando pela primeira até a quarta ordem de neurônios. O gatilho para que a sequência comece podem ser de natureza mecânica, química, térmica ou elétrica. A partir do primeiro impulso, um posterior não será conduzido de imediato, devido a polarização. O grande número de informações geradas leva a síntese de catecolaminas e hormônios pelo SNA. As prostaglandinas e a bradicinina são algumas das substâncias algiogênicas neuromoduladoras. A informação sensorial chega ao Sistema Nervoso Central através dos Nervos Periféricos e é conduzida imediatamente para o sistema nervoso central, passando pela medula espinhal, tronco encefálico, cerebelo, tálamo, e por fim em áreas sensitivas do córtex cerebral. Portanto, quanto maior for o número de receptores maior a representação cortical de determinada área corporal. Em vista disso, tem-se que as mãos e a face possuem grande número de receptores. E além dessas sensações citadas, podemos dividir cada sensação somática em denominadas áreas, conhecidos também como sentidos especiais, a gustação referente ao nosso paladar (substâncias químicas que se solubilizam na saliva), olfação referente ao nosso olfato (substâncias voláteis dispersas no ambiente), visão (radiação eletromagnética refletida dos objetos ) e audição (ondas mecânicas sonoras). O sentido somestésico situa-se em todo o corpo, entretanto cada região responde de forma diferente, sendo as respostas relacionadas a Tato-pressão/vibração sobre o corpo, calor ou frio causados por objetos em contato direto com a pele, a dor por estímulos lesivos ou potencialmente lesivos e por último a Cinestesia que está relacionada a posição e movimento do corpo. OBJETIVOS ● Identificar os principais mecanismos fisiológicos na transmissão das informações somatossensoriais e qual a sua ligação com as sensações; ● Compreender as particularidades da ativação dos receptores sensoriais, vias centrais; ● processo de transdução, geração das sensações, como a dor. MATERIAIS Teste 1: Topognosia ( Aluna Gabriely) 1. Compasso; 2. Venda para os olhos. Teste 1.2 : Topognosia ( Aluna Erika) 1. Compasso; Venda para os olhos. Teste 2: Estereognosia (Aluna Izabella) 1. Ralo de pia; 2. Espanador; 3. Palito de Dente; 4. Adaptador de tomada; 5. Ouriço de plástico; 6. Limão; 7. Pregador; 8. Pen-drive; 9. Espátula de bolo; 10.Frasco de paracetamol gotas; 11. Laranja; 12.Bola de algodão; 13.Venda Para os olhos. Teste 3: Sensibilidade Álgica ( Aluna Nathalya) 1. Alfinete; 2. Venda para os olhos. MÉTODOS e DISCUSSÃO Teste 1: Topognosia, Discriminação entre dois pontos ( Aluna Gabriely) A professora ajustou os braços do compasso para que as pontas ficassem com 2 mm; iniciou as estimulações cutâneas, com aluna vendada, aplicando as duas pontas do compasso simultaneamente nas regiões indicadas na tabela abaixo. A cada estimulação, a professora, perguntou 1 ou 2 pontos para a aluna como forma de consulta: Você discrimina um ou dois pontos? Desta forma foi possível realizar a experiência de Topognosia. Local de Estimulaç ão Distância entre dois pontos 2mm 5mm 10 mm Número de pontos corretos resposta da aluna Número de pontos corretos resposta da aluna Número de pontos corretos resposta da aluna Nariz 1 1 1 1 1 1 Dedo indicador 2 2 2 2 2 2 Dedo polegar 1 1 2 2 2 2 Braço 1 1 2 2 2 1 Antebraço 1 1 1 2 1 1 Panturrilha 1 1 1 1 2 2 Aluna Erika Local de Estimulação Distância entre dois pontos 2mm 5mm Número de pontos corretos resposta da aluna Número de pontos corretos resposta da aluna Nariz 1 1 1 1 Dedo indicador 2 2 1 1 Dedo polegar 1 1 2 2 Braço 1 1 2 2 Antebraço 1 1 2 2 Panturrilha 1 1 2 1 Com a prática foi possivel observar a variação do limiar de discriminação tactil de dois pontos, demonstrando a efetividade dos campos receptivos, os campos variam em tamanho para cada região do corpo, possuimos campos maiores no braço, em vista disso, a definição da resolução espacial é menor, diferentemente dos campos encontrados nos dedos, são bem menos, e devido a isso, é mais fácil determinar dois pontos nos dedos do que no braço. Teste 2: Estereognosia (Aluna Izabella)A aluna foi vendada com uma venda para não visualizar os objetos, os objetos foram apresentados a todas as alunas, porém sem citá-los. Item Objetos Identificou o objeto Não identificou o objeto Identificou o objeto Não identificou o objeto Sem manipulação do objeto. Com manipulação do objeto. Ralo de Pia X X 1 Espanador x x 2 Palito de dente x x 3 Adaptador de tomada x x 4 Ouriço de plástico x x 5 Limão x x 6 Pregador x x 7 Pen-drive x x 8 Espátula de bolo x x 9 Frasco de x x paracetam ol gotas 10 Laranja x x 11 Bola de algodão x x Tal prática possibilitou mostrar diferentes sensações somáticas, além de, exemplificar a necessidade da manipulação dos objetos para identificá-los. Sendo possível assim, entender os mecanismos sensoriais de detecção , sensação e percepção relacionados com a nossa memória dos objetos. Teste 3: Sensibilidade Álgica ( Aluna Nathalya) Local Extremidade pontiaguda Extremidade romba Dedo Polegar + + Dedo indicador + + Palma da mão + + Dorso da mão + + Está atividade, simples de ser realizada, nos permitiu observar os sentidos sensoriais de dor funcionando perfeitamente, pois a aluna conseguiu identificar todos os toques realizados em sua mão. CONCLUSÃO Infere-se, por conseguinte, que os diferentes tipos de receptores sensoriais e as áreas que cada receptor atua demonstram variação do limiar e da discriminação táctil. Cada tipo de receptor consegue detectar estímulos específicos, o que explica o porquê cada região do corpo sente os estímulos externos de forma diferente dos receptores dos órgãos internos. Cada estímulo pode ser sentido de maneira única, dependendo da região estimulada, da sensibilidade da pessoa que recebe o estímulo e a maneira que o estímulo é realizado. Com as práticas foi possível observar um outro fator de influência para a percepção sensorial, a memória. Se o indivíduo toca em um objeto familiar, mesmo vendado, provavelmente conseguirá distingui-lo e identificá-lo com facilidade, já para a pessoa que nunca teve contato com o objeto, será praticamente impossível realizar a identificação. REFERÊNCIAS UTILIZADAS CARDOSO, Elyzabeth Da Cruz. FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL 1. Nova friburgo, 2018. Disponível em: http://pdi.sites.uff.br/wpcontent/uploads/sites/358/2018/09/Fisiologia-do-sensorial-1.p df. Acesso em: 14 nov. 2021. FEIN. Alan. N O C I C E P T O R E S As células que sentem dor. Disponível em :< https://health.uconn.edu/cell-biology/wp-content/uploads/sites/115/2017/10/nocicepto res_tradutpo_2012_fein.pdf>. Acesso em Dezembro de 2021. HAINES, D.E. (2006). Neurociência Fundamental: com aplicações básicas e clinicas. 3a edição. Rio de Janeiro: Elsevier. JÚNIOR, Lucindo José Quintans; DOS SANTOS, Márcio Roberto Viana. RECEPTORES SENSORIAIS E SISTEMA SOMATOSSENSORIAL. JÚNIOR.José Quintans. SANTOS. Marcio Roberto Viana Dos. RECEPTORES SENSORIAIS E SISTEMA SOMATOSSENSORIAL. Disponível em :< https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/15180516022012Fisiologia_Basica _aula_2.pdf>. Acesso em dezembro de 2021. SISTEMA Nervoso Autônomo. In: BUENO, Diovana Padilha. Sistema Nervoso Autônomo. PELOTAS, 2019. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/laficardio/files/2019/09/Sistema-Nervoso-Aut%C3%B4nomoe- Somatossensorial.pdf. Acesso em: 15 nov. 2021. Universidade Estadual Paulista. Qualidade de vida humana- corpo sensorial-somestesia. Disponívelem:<https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana /Museu2_qualidade_corpo_sensorial_somestesia1.htm>. Acesso em Dezembro de 2021. https://health.uconn.edu/cell-biology/wp-content/uploads/sites/115/2017/10/nociceptores_tradutpo_2012_fein.pdf https://health.uconn.edu/cell-biology/wp-content/uploads/sites/115/2017/10/nociceptores_tradutpo_2012_fein.pdf https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/15180516022012Fisiologia_Basica_aula_2.pdf https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/15180516022012Fisiologia_Basica_aula_2.pdf https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/15180516022012Fisiologia_Basica_aula_2.pdf https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/Museu2_qualidade_corpo_sensorial_somestesia1.htm https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/Museu2_qualidade_corpo_sensorial_somestesia1.htm USP.Mecanorreceptores. Disponível em:<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3895160/mod_resource/content/1/MEC ANORRECEPTORES.pdf>. Acesso em dezembro de 2021. VASCONCELOS, Juliana Fraga. Fisiologia sensorial-Nocicepção. 2018. Disponível em:< http://www.repositorio.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2349/1/Osteo%201.% 20 Fisiologia%20 sensorial.pdf>. Acesso em dezembro de 2021. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3895160/mod_resource/content/1/MECANORRECEPTORES.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3895160/mod_resource/content/1/MECANORRECEPTORES.pdf http://www.repositorio.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2349/1/Osteo%201.%20Fisiologia%20sensorial.pdf http://www.repositorio.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2349/1/Osteo%201.%20Fisiologia%20sensorial.pdf http://www.repositorio.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2349/1/Osteo%201.%20Fisiologia%20sensorial.pdf
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