Buscar

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA 
É uma doença que se caracteriza pela formação aguda de trombos em veias profundas do corpo, 
principalmente nos membros inferiores (80 a 95%). Para que ela ocorra, 3 eventos devem ser apresentados: 
• TRÍADE DE VIRCHOW: 
o Alteração da coagulação: trombofilia é uma doença que provoca alteração da coagulação. 
o Lesão do endotélio: cirurgias, traumas são causas contundentes de lesão do endotélio. 
o Estase: pacientes acamados ou que ficam sentados por muito tempo. 
É uma obstrução venosa, que leva ao aumento da pressão venosa, ocasionando distensão da parede da 
veia, fato que colabora na fisiopatologia da dor nos casos de TVP. Há uma distensão das outras veias para 
ajudar no retorno venoso. É um processo inflamatório secundário a presença do trombo, pode surgir mal estar, 
febre e calafrios. 
Trombos em veias pequenas provocam poucos sintomas e raramente levam a TEP (abaixo do joelho). Já 
trombos em veias poplíteas e ileofemorais a possibilidade de TEP é de 46% e em 4% é fatal. 
INCIDÊNCIA 
• É uma doença muito frequente, em especial como complicação de outras afecções cirúrgicas ou clínicas. 
Ex: internação prolongada, cirurgia de prótese de quadril. 
• 70 a 100 casos por 100.000 habitantes TVP/EP. 
NOMEAÇÕES
• TVP: Trombose venosa profunda. 
• EP: Embolia pulmonar. 
• TEP: Tromboembolismo pulmonar. 
• TEV: Tromboembolismo venoso
 
FATORES DE RISCO PARA TEP 
• Cirurgia. 
• Imobilidade. 
• Neoplasias malignas. 
• Terapia para câncer 
(hormônio, quimio ou 
radio); 
• Doença infecciosa aguda. 
• TEP prévio. 
• Idade > 40 anos. 
• Gestação e puerpério. 
• Moduladores seletivos 
(receptores de estrógenos). 
• Trauma. 
• ICC. 
• Doença inflamatória 
intestinal. 
• Síndrome nefrótica. 
• Obesidade. 
• Tabagismo. 
• Veias varicosas. 
• Cateterização venosa 
central. 
• Trombofilia (primária ou 
secundária).
CAUSAS DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO 
• Adquirida: pós-operatória, trauma, longos períodos acamado, etc. 
• Trombofilias: 
o Congênita: Fator V de Leiden, Proteína C e S, Antitrombina III, Mutação do gen da protrombina, 
MTHFR, TTPA. 
o Adquiridas: Síndrome Antifosfolipídios (SAF), perdas fetais em mulheres jovens . anticoagulante 
lúpico, anticardiolipina IgM, IgG, IgA.
PROFILAXIA PARA TROMBOSE VENOSA - TEV 
• São medidas preventivas no paciente sem trombose. 
• Mecânicos: fisioterapia, deambulação precoce, Trendelenburg e exercício ativo e passivo com pés e 
pernas, compressão elástica, pneumática externa (bombas que inflam e desinfla) . As meias elásticas 
aumentam o fluxo sanguíneo venoso, com compressão graduada de 18-23mmHg, sem ponteiras e branca, 
pouca contraindicação, baixo custo, 3/4 e 7/8 longa. Reduzem o índice de TVP em 68%. 
• Farmacológicos: usa-se os anticoagulantes→ heparina não fracionada, heparina de baixo peso molecular 
(HBPM), xarelto (prótese de quadril e joelho) e dextran ou hemodiluição intencional. 
• Indicação de profilaxia: pessoas acima de 40 anos, pacientes acamados, pós-operatório, neoplasia, AVC, 
fraturas, politraumatizado, antecedente e história de TEV e cirurgias de longa duração. 
PROFILAXIA PARA EMBOLIA PULMONAR - TEP 
• São medidas terapêuticas para prevenir embolia pulmonar, ou seja quando já tem o trombo. 
 
ANAMNESE 
• Questionar o que estava fazendo quando teve a dor ou o edema na perna. 
• O sintomas mais comum é a dor com 86,7%, seguido de edema e 
aumento de consistência muscular. 
• Pode surgir febre, calafrios e mal estar. 
• Interrogar antecedente de cirurgia, trauma, medicamento, viagem 
longa, pós-parto, etc. 
• Flegmasia cerúlea (trombose femoropopliteo), é raríssima. 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção: cor, assimetria de membros, abaulamento. 
• Palpação: empastamento de panturrilha, edema, temperatura. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Tromboflebite superficial. 
• Celulite. 
• Cãibras. 
• Cisto de Backer roto. 
• Alterações de joelho e 
tornozelo. 
• Ruptura muscular ou 
tendinea.
D-DÍMERO (TESTE SANGUÍNEO) 
• Produto de degradação da fibrina. 
• É usado para exclusão do diagnóstico de TVP/EP se vier normal. 
• Se positivo, ajuda no diagnóstico, mas irá precisar da ultrassonografia vascular. 
TRATAMENTO 
• Em quadros agudos, temos que agir rápido para evitar a progressão do trombo. 
• Anticoagulantes: são drogas que impedem a formação de coágulos sanguíneos. A mais usada é a heparina. 
• Os anticoagulantes são divididos em: 
o Injetáveis: heparinas (Liquemina, Clexane). 
o Orais: antivitamina K (Warfarina, Marevan) são obrigatórios em pacientes com prótese aórtica e 
prevenção da febre reumática e arritmias; e os novos anticoagulantes (Xarelto, Eliquis). 
 
• Heparinas: exercem sua ação antitrombótica pela ligação com a antitrombina III, formando o complexo 
HNF-AT III, que inativa principalmente os fatores IIa (trombina) e Xa. 
o Endovenosa apresentação 1ml – 5000 UI. Administra-se 25 a 50.000 UI/EV por dia, ou 10 a 15000 
UI/EV intermitente de 8 em 8 horas. 
o Subcutânea apresentação de 0,25ml – 5000 UI (Liquemine). Administra-se 1mg/kg a cada 12 horas 
(Clexane). 
• Anticoagulantes orais: 
o Xarelto: Rivaroxabana 10, 15 e 20mg. 
Administra-se 15mg de 12/12 horas por 21 
dias (dose de ataque) e após 20mg por 3 ou 
6 meses (TVP em perna ou coxa). 
o Eliquis: Apixaban 2,5 e 5mg. Administra-
se 10mg de 12/12 horas (dose de ataque) e 
após 5mg ou 2,5mg de 12/12 horas por 3 
ou 6 meses (perna ou coxa). 
o Pradaxa: Dabigatrana 150mg. 
o Edoxabana: Lixiana 30 e 60mg. 
 
TRATAMENTOS ADJUVANTES 
• Meia elástica 30 – 40mmHg por 1 ano diminui a possibilidade de Síndrome pós-trombótica. 
• Hidroginástica ou bicicleta ou caminhar. 
• Dieta, ingesta aumentada de líquido. 
• Analgésico se apresentar dor.

Outros materiais