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Tut 4 1) Estudar as substancias psicoativas, seus efeitos, perfil de consumidor e prevalência. 2) Compreender Síndrome de dependência de substâncias psicoativas. 3) Compreender a relação entre comorbidades psiquiátricas e síndrome de dependência de substâncias psicoativas. 4) Estudar TDAH * Elucidar a diferença entre TDAH e deficiência intelectual. 1) Estudar as substancias psicoativas, seus efeitos, perfil de consumidor e prevalência. Termos usados em transtornos relacionados a substâncias Dependência O uso repetido de uma droga ou substância química, com ou sem dependência física. Dependência física indica um estado fisiológico alterado devido à administração repetida de uma droga, cuja cessação resulta em uma síndrome específica. Abuso Uso de qualquer tipo de droga, em geral autoadministrada, de um modo que desvia dos padrões médicos ou aceitos socialmente. Uso indevido Semelhante ao abuso, mas normalmente se aplica ao uso problemático de fármacos receitados por médicos. Adição Uso repetido e crescente de uma substância, cuja privação faz surgir sintomas de sofrimento e compulsão irresistível de usar o agente novamente, e que leva, também, à deterioração física e mental. Intoxicação Síndrome reversível causada por uma substância específica (p. ex., álcool) que afeta uma ou mais das seguintes funções mentais: memória, orientação, humor, discernimento e funcionamento comportamental, social ou profissional. Abstinência Síndrome específica de cada substância que ocorre após a interrupção ou redução da quantidade da droga ou substância de uso regular durante um período prolongado. A síndrome se caracteriza por sinais e sintomas fisiológicos, além de alterações psicológicas, como perturbações no pensamento, sentimentos e comportamento. Também chamada de síndrome de abstinência ou síndrome de descontinuação. Tolerância Fenômeno no qual, após a administração repetida, uma determinada dose da droga produz um efeito reduzido, ou doses cada vez maiores são necessárias para se obter o efeito observado com a dose original. A tolerância comportamental reflete a capacidade do indivíduo de desempenhar tarefas apesar dos efeitos da droga. Tolerância cruzada Refere-se à capacidade de uma substância de ser substituída por outra, sendo que cada uma normalmente produz os mesmos efeitos fisiológicos e psicológicos (p. ex., diazepam e barbitúricos). Também conhecida como dependência cruzada. Neuroadaptação Alterações neuroquímicas ou neurofisiológicas no corpo que resultam da administração repetida de uma droga. A neuroadaptação explica o fenômeno de tolerância. Adaptação farmacocinética se refere à adaptação do sistema de metabolização no corpo. Adaptação celular ou farmacodinâmica se refere à capacidade do sistema nervoso de funcionar apesar de níveis sanguíneos elevados da substância nociva. Codependência Termo usado para se referir a familiares afetados ou que influenciam o comportamento do indivíduo que abusa de substância. Relacionado ao termo facilitador, que é a pessoa que contribui para o comportamento aditivo do indivíduo (p. ex., fornecer drogas diretamente ou os meios para adquiri-la). Facilitação também inclui a relutância de um familiar em aceitar a adição como um transtorno psiquiátrico ou negar que o indivíduo abusa de uma substância. Epidemiologia Entre as drogas ilícitas, estima-se que 269 milhões de pessoas em todo o mundo tenham usado drogas pelo menos uma vez durante 1 ano. A maconha continua sendo a droga ilícita mais amplamente usada no mundo todo. Estima-se Que aproximadamente 3,8% da população global de 15 a 64 anos tenha usado cannabis pelo menos uma vez em 2017 – o equivalente a cerca de 188 milhões de pessoas. Mais homens do que mulheres usam drogas; Brancos são mais afetados que negros ou afro-americanos; Indivíduos com algum tipo de formação acadêmica superior utilizam mais substâncias do que os com menor escolaridade; Desempregados apresentam índices mais elevados do que indivíduos com emprego de meio período ou integral. NEUROBIOLOGIA Praticamente todas as drogas conhecidas de abuso aumentam a liberação de dopamina no NAc(núcleo accumbens) e o bloqueio da ação desse neurotransmissor (via bloqueio de receptor) impediria muitos efeitos comportamentais das drogas. O circuito do prazer se completa com o córtex pré- frontal (CPF). A alteração do CPF na dependência leva a um prejuízo de inibição da resposta (uso de drogas) e aumento da saliência da droga – essa situação gera saliência das pistas relacionadas às drogas, diminuição da sensibilidade a reforçadores não relacionados às drogas e diminuição da capacidade de inibir comportamentos desadaptativos ou desvantajosos. Como resultado desses déficits centrais, a busca e o consumo de drogas tornam- se o principal projeto de vida, ocorrendo às custas de prejuízos em outras atividades e culminando em comportamentos extremos para a obtenção de drogas. Os estudos mais recentes ampliaram esse entendimento e indicam que o ciclo de dependência pode ser caracterizado por três estágios: a) uso intenso/intoxicação, b) abstinência/afeto negativo c)preocupação/antecipação. Esse modelo é apoiado por múltiplas neuroadaptações em três domínios correspondentes: a) aumento da saliência do uso, b) diminuição da recompensa cerebral e aumento do estresse c) comprometimento da função executiva O consumo de drogas começa, em geral, como um comportamento voluntário em pessoas que estão buscando prazer. No entanto, em algumas delas, o comportamento se torna compulsivo e cada vez menos associado ao prazer. Essa mudança está associada a alterações nos circuitos cerebrais referidos anteriormente. Embora estruturas como a amígdala basolateral e o núcleo accumbens sejam necessários para adquirir um comportamento prolongado de busca de drogas, elas se tornam menos importantes após o estabelecimento de um padrão de uso frequente. Nesse momento, o estriado dorsolateral desempenha um papel mais importante. Genética No caso da genética, as estimativas de herdabilidade do TUS indicam que cerca de 40 a 60% do risco de desenvolver o transtorno é atribuível à herança familiar. Diagnóstico O transtorno por uso de substâncias se caracteriza por um padrão problemático de uso, levando ao comprometimento ou sofrimento clinicamente significativo e se manifesta por pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrido durante um período de 12 meses: 1. A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido. 2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância. 3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, utilização ou recuperação de seus efeitos. 4. Fissura, um forte desejo ou necessidade de usar a substância. 5. Uso recorrente da substância, resultando no fracasso em desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em casa. 6. Uso continuado da substância, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos. 7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância. 8. Uso recorrente da substância em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física. 9. O uso da substância é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância. 10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos: Necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância paraalcançar a intoxicação ou o efeito desejado. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade da substância. 11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos: A. Síndrome de abstinência característica da substância. B. A substância é consumida para aliviar ou evitar os sintomas de abstinência. EXAMES COMPLEMENTARES Para avaliar e detectar consumo de drogas, os exames toxicológicos podem ser indicados. Eles podem ser úteis em situações de urgência em prontos socorros para realizar o diagnóstico do agente causador do evento que trouxe o paciente ao serviço de saúde. Por exemplo, o indivíduo chega ao pronto-socorro em confusão mental após várias convulsões e o exame toxicológico detecta a presença de cocaína. Tal resultado pode facilitar o diagnóstico da situação e as eventuais condutas no caso. Os exames toxicológicos também podem ser indicados como forma de monitoramento da abstinência em programas de reabilitação e tratamento. Cabe ressaltar que esses exames indicam presença de droga (uso recente) no organismo, mas não devem ser utilizados como um padrão para realização de diagnóstico de dependência. As drogas podem ser pesquisadas em várias matrizes. No nosso meio, as mais comuns são urina e cabelo. O período de detecção das drogas nas diferentes amostras depende do tipo de droga, da frequência e da quantidade do uso. No cabelo, as drogas começam a ser detectadas a partir de 5 a 6 dias do uso e permanecem por meses ou até anos, dependendo do comprimento. Como o cabelo cresce aproximadamente um centímetro por mês, a análise de uma amostra de 3 centímetros de comprimento de cabelo deve gerar informações sobre uso de drogas nesse período. Para cobrir o período de um ano, a amostra de cabelo precisa ter 12 cm de comprimento e assim por diante. Na ausência de cabelo, o teste pode ser realizado em pelos corporais. Transtornos relacionados a Cannabis EPIDEMIOLOGIA A Cannabis é a droga ilegal mais utilizada no mundo, sendo que o número de usuários em 2012 foi estimado em 19 milhões. O índice do uso de maconha atual e no ano anterior por indivíduos do sexo masculino foi quase o dobro do índice para indivíduos do sexo feminino entre aqueles a partir dos 26 anos. Essa diferença entre homens e mulheres fica menor no caso de usuários mais jovens; dos 12 aos 17 anos, não há diferenças significativas. Raça e etnia também estiveram relacionadas ao uso de maconha, mas a proporção varia conforme a faixa etária. Entre indivíduos dos 12 aos 17 anos, brancos apresentaram índices mais elevados de uso de maconha do que negros. Entre indivíduos dos 17 aos 34 anos de idade, brancos > negros e hispânicos. Já na faixa etária a partir dos 35 anos, brancos e negros relataram os mesmos níveis de uso. Os índices de uso durante a vida de adultos negros foram significativamente mais elevados do que os índices de hispânicos. CARACTERÍSTICAS: Favorece episódio psicótico agudo: Catalisador do primeiro surto; Dificulta tto da psicose crônica; “Porta de entrada”: cocaína, metafenamina, heroína; Problemas: -Baixa satisfação com a vida; -Aumento na necessidade de tto de saúde mental (depressão, ansiedade, psicose); -Aumento da necessidade de hospitalização; -Taxas mais altas de depressão, TA, tentativas de suicídio e transtorno da conduta 11% depressão, 24% ansiedade, 13% THB (maior uso pela compulsividade); -Taxas elevadas de transtorno por uso de álcool (superior a 50%); -Taxas elevadas de transtorno por uso de tabaco (53%); -74% têm problemas com outras substâncias 40% usam álcool, 12% cocaína e 6% metafetamina. NEUROFARMACOLOGIA O principal componente da Cannabis é o delta-9- THC. Em seres humanos, o delta-9-THC é rapidamente convertido em 11-hidróxi-delta-9-THC, o metabólito ativo no SNC. O receptor canabinoide, um membro da família de receptores ligados à proteína G, está ligado à proteína G inibitória (Gi), a qual está ligada à adenilciclase de maneira inibitória. O receptor canabinoide é encontrado em suas concentrações mais elevadas nos gânglios basais, no hipocampo e no cerebelo, sendo que concentrações mais baixas encontram-se no córtex cerebral. Esse receptor não é encontrado no tronco encefálico, um fato consistente com os efeitos mínimos da Cannabis sobre as funções respiratória e cardíaca. Os canabinoides distribuem-se rapidamente em órgãos bem vascularizados (como pulmão, coração, cérebro e fígado) com subsequente equilíbrio em tecidos menos vascularizados. O THC e o canabidiol são altamente lipofílicos. Com o uso crônico, os canabinoides podem se acumular nos tecidos adiposos. A liberação e a redistribuição subsequentes (por exemplo, no contexto da perda de peso) podem resultar na persistência da atividade dos canabinoides e consequente detecção na urina por várias semanas após a administração. Em seres humanos, sintomas de abstinência limitam-se a aumentos moderados de irritabilidade, inquietação, insônia, anorexia e náusea leve; Ao se fumar Cannabis, os efeitos de euforia surgem em minutos, atingem o auge em aproximadamente 30 minutos e duram de 2 a 4 horas. Alguns efeitos motores e cognitivos podem durar de 5 a 12 horas. A Cannabis também pode ser ingerida por via oral quando misturada a alimentos, como bolos. O dobro ou triplo de Cannabis precisa ser ingerido por via oral para ter o mesmo efeito da inalação da sua fumaça. Muitas variáveis afetam suas propriedades psicoativas, incluindo a potência do tipo de Cannabis usado, a rota de administração, a técnica de fumo, os efeitos de pirólise sobre o conteúdo canabinoide, a dose, o local e a experiência anterior do usuário, suas expectativas e a vulnerabilidade biológica própria aos efeitos dos canabinoides. DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Os efeitos físicos mais comuns da Cannabis são a dilatação dos vasos sanguíneos da conjuntiva (olhos injetados) e taquicardia leve. Em doses elevadas, pode surgir hipotensão ortostática. Aumento do apetite e boca seca. Vários relatórios indicam que o uso de longo prazo de Cannabis está associado a atrofia cerebral, suscetibilidade a convulsões, dano cromossômico, doenças congênitas, prejuízo da reatividade imunológica, alteração nas concentrações de testosterona e desregulação do ciclo menstrual. Transtorno por uso de Cannabis O DSM-5 inclui o diagnóstico de transtorno por uso de Cannabis. Indivíduos que usam a substância diariamente ao longo de semanas a meses têm mais chances de se tornar dependentes. Quanto mais cedo ocorre o primeiro uso, quanto maior a frequência e o período de tempo de consumo, maior o risco de dependência. Intoxicação por Cannabis A intoxicação por Cannabis normalmente intensifica a sensibilidade do usuário a estímulos externos, revela novos detalhes, faz as cores parecerem mais brilhantes e densas e causa a impressão subjetiva de lentidão do tempo. Em doses elevadas, usuários podem experimentar despersonalização e desrealização. Habilidades motoras ficam prejudicadas pelo uso de Cannabis, e o prejuízo dessas habilidades continua depois da dissipação dos efeitos subjetivos e eufóricos. Durante 8 a 12 horas após o uso da substância, o prejuízo nas habilidades motoras do usuário interfere na operação de veículos automotores e maquinário pesado. O delirium associado à intoxicação por Cannabis se caracteriza por prejuízo acentuado da cognição e de desempenho de tarefas. Abstinência de Cannabis Ocorre no período de 1 a 2 semanas de interrupção. Sintomas de abstinência: incluem irritabilidade, fissura por Cannabis, nervosismo, ansiedade, insônia, sonhos vívidos ou perturbadores, apetite reduzido, perda de peso, humor deprimido, inquietação,cefaleia, calafrios, dor estomacal, sudorese e tremores. DANOS: Perdas funcionais: problemas relacionados à família, à escola, ao trabalho ou a outras atv importantes (ex.: ausências repetidas ao trabalho, negligência de obrigações familiares); Dano cognitivo: pode afetar de forma negativa o funcionamento comportamental e cognitivo e, dessa forma, interferir no desempenho no trabalho ou na escola; Risco de acidentes: Dano cognitivo= maior risco em desenvolver atv que possam comprometer sua integridade física (ex.: conduzir veículos, praticar determinados esportes, desempenhar atv que requerem destreza manual, incluindo a operação de máquinas); Problemas de relacionamento: Discussão com cônjuges ou pais sobre o uso de Cannabis em casa, ou seu uso na presença de crianças, podem ter impacto adverso sobre o funcionamento familiar e são características comuns a pessoas com o transtorno. TRATAMENTO E REABILITAÇÃO A abstinência pode ser alcançada por meio de intervenções diretas, como hospitalização, ou mediante monitoramento atento de base ambulatorial por meio de exames de urina, que podem detectar a presença de Cannabis até quatro semanas após o uso. Pode-se obter apoio por meio de psicoterapia individual, familiar e de grupo. Esclarecimento e informações devem ser o alicerce tanto para abstinência quanto para programas de apoio. Um paciente que não compreende os motivos lógicos para enfrentar um problema de abuso de substância tem pouca motivação para saná-lo. No caso de alguns indivíduos, um fármaco ansiolítico pode ser útil para alívio de curto prazo dos sintomas de abstinência. Para outros, o uso de Cannabis pode estar relacionado a um transtorno depressivo subjacente, que pode melhorar com um tratamento específico com antidepressivos. TRATAMENTO: -Fármacos: Naltrexona, bupropiona, valproato, clonidina, nefazodona não funcionam!; -DRONABIDOL: Reposição, pode reduzir a fissura, não é altamente disponível, em estudo; -Outros: CBD, quetiapina, gabapentina, N acetilcisteína, nabilone e Li relatos de caso, estudos pequenos. COCAÍNA: Folha (geralmente não gera dependência, mais usada com índios), pasta base, crack (bicarbonato de sódio), merla (resto de crack, pasta base mal feita, corrosivo para as VA), cloridrato (cocaína, pó, aspirado ou injetado). Epidemiologia No Brasil, a idade do primeiro consumo entre os 15 milhões que referiram o uso de alguma substância ilícita na vida foi 16,6 anos; entre menores de 18 anos, o primeiro consumo ocorreu em média aos 14 anos. Fatores que influenciam: 1. Status socioeconômico familiar baixo; 2. Baixo nível escolar; 3. Histórico de dependência de tabaco ou álcool; 4. Transtorno de personalidade, humor ou ansiedade; VIAS: Intranasal (mais comum), oral (folha, início do efeito mais longo, MV longa), inalatória (fumar- crack/ efeito mais rápido), IV (alto nível de pureza, início super rápido, maior biodisponibilidade), retal/vaginal VIAS DE AÇÃO DA COCAÍNA (também em outros estimulantes) Inibição da recaptura e liberação de catecolaminas no SNC e SNP: bloqueio da recaptura e aumento da liberação de dopamina, norepinefrina e epinefrina; Bloqueio de canais de sódio: diminuição da permeabilidade da membrana dos axônios ao íon sódio (efeito anestésico local); -Anestesia das membranas axonais; -Vasoconstrição; -Ação quinidina-like no coração, em altas doses; -Alargamento QRS; -Prolongamento do QT; -Bradicardia e hipotensão (intoxicações graves). Ação sinérgica (alfa 1 e 2): efeitos cardiotóxicos; -Alfa adrenérgicos: vasoespasmo, hipertensão; -Beta-1 adrenérgico: Hipertensão, vasoespasmo, taquicardia ventricular, fibrilação ventricular; -Beta-2 adrenérgico: Hipotensão, vasodilatação. Outros mecanismos/ neurotransmissores: serotonina e acetilcolina; aspartato e glutamato. Padrão De uso: Dias consecutivos, seguidos por períodos de abstinência Retorna Ciclo se repete Dependente fique: sem dormir, alimentar adequadamente. Abstinencia: humor disfórico, irritabilidade, fadiga, inércia, sonhos desagradáveis vívidos, insônia ou hipersonia, aumento do apetite, ansiedade, agitação ou retardo psicomotor e desejo por cocaína. Intoxicação Aguda: Taquicardia, midríase, hipertensão, calafrios, náuseas e vômitos, anorexia, agitação psicomotora, dor muscular, diminuição da capacidade psicomotora, arritmias. Efeitos Crônicos: Síndrome psicótica com delírios paranoides, alucinações visuais e auditivas, ideias de autorreferência ( noção que tudo o que acontece relaciona-se com a pessoa), efeitos teratogênicos. FATORES DE RISCO: o Comorbidade com TB, EZ, TP antissocial e com outros transtornos por uso de substâncias; o Impulsividade e traços semelhantes de personalidade; o Transtorno da conduta na infância e TP antissocial na vida adulta; o Exposição pré-natal a cocaína, uso de cocaína pelos pais no período pós-natal e exposição à violência na comunidade durante a infância; o Jovens e mulheres: ambiente doméstico instável, condição psiquiátrica, associar-se a usuários e fornecedores. TRATAMENTO: -Não usar prometazina (risco de arritmias). 1. INTOXICAÇÃO: BDZs, haloperidol e suporte; -Exigem tto específico: HA, taquicardia, isquemia miocárdica, convulsões; -Drogas sujas (evitar): Sulpirida, tioridazina, levomepromazina, clorpromazina, trifluoperazina; -Se intoxicação por álcool: Não usar BDZ; -Alterações intervalos QTC: quetiapina, olanzapina, clozapina, ziprasidona, lurasidona. 2. ABSTINÊNCIA: Modafenil e psicoestimulantes; -Lidar com o crash: modafenil, metilfenidato, lis- dexa-anfetamina pac internado, pac grave com muita fissura 3. DEPENDÊNCIA: Topiramato, dissulfiram, vacina -AC: topiramato tem um pouco melhor de resultado (200-400mg); -AD; -Dissulfiram: dopamina beta-hidroxilase- ajuda; -Agonistas opioides; -Vacina: efeito curto, não se mostrou eficaz pac com usam crack ou altas doses de cocaína. -MÍDRIASE: Abstinência de heroína ou opioide (diarreia, vômitos, dor abdominal), excesso de cocaína. CRACK: Mistura de cocaína em forma de pasta não refinada com bicarbonato de sódio. Se apresenta na forma de pequenas pedras é fumado e pode ser até 5 vezes mais potente do que a cocaína. Efeito dura em média 10 minutos. O crack possui uma absorção muito maior e muito mais rápida (via pulmonar). Seu inicio de ação ocorre entre 8 a 10s com duração + curta dos seus efeitos, entre 5 a 10 min, enquanto o inicio de ação da cocaína é em torno de 20 a 30 min a depender da via de absorção com duração de 3hrs. A fissura pelo crack é maior e atinge picos plasmáticos maiores que o uso de cocaína endovascular. Transtornos relacionados a alucinógenos Alucinógenos são substâncias naturais e sintéticas chamadas de psicodélicos ou psicomiméticos porque, além de induzirem alucinações, produzem perda de contato com a realidade e uma experiência de expansão e intensificação da consciência. Os alucinógenos clássicos de ocorrência natural são psilocibina (de alguns cogumelos) e mescalina (do cacto peiote); outros são harmina, harmalina, ibogaína e dimetiltriptamina (DMT). O alucinógeno sintético clássico é o LSD. A fenciclidina (PCP), também conhecida como pó de anjo, foi criada como um novo tipo de anestésico. A fenciclidina e a cetamina exercem seus efeitos comportamentais característicos por meio do bloqueio dos receptores do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA) para o neurotransmissor excitatório glutamato. Sua intoxicação pode apresentar uma variedade de sintomas, desde ansiedade até psicose. EPIDEMIOLOGIA Entre 1965 e 1969, houve um aumento na quantidade estimada de novos usuários, impulsionadoprincipalmente pelo uso de LSD. O segundo período de aumento no primeiro uso de alucinógenos ocorreu por volta de 1992 até 2000, insuflado sobretudo pelo aumento do uso de ecstasy. Os índices mais elevados de uso atual estão na faixa dos 18 aos 25 anos de idade (2%), seguidos da faixa dos 12 aos 17 anos de idade (0,9%) e adultos a partir dos 25 anos (0,2%). Homens têm maior probabilidade do que mulheres de usar alucinógenos. NEUROFARMACOLOGIA O efeito farmacodinâmico do LSD continua controverso, embora se concorde, de modo geral, que a droga atue sobre o sistema serotonérgico, seja como antagonista, seja como agonista. Dados atuais sugerem que o LSD atue como agonista parcial em receptores de serotonina pós- sinápticos. A maioria dos alucinógenos é bem absorvida após ingestão oral, embora alguns sejam consumidos por meio de inalação, fumo ou injeção intravenosa. Tolerância a LSD e outros alucinógenos se desenvolve com rapidez e torna- se praticamente completa após 3 ou 4 dias de uso contínuo. A tolerância também reverte de modo rápido, em geral depois de 4 a 7 dias. Dependência física e sintomas de abstinência não ocorrem com alucinógenos, mas um usuário pode desenvolver dependência psicológica das experiências que induziram insight em episódios de uso das substâncias. DIAGNÓSTICO Transtorno por uso de alucinógenos O uso prolongado e constante de alucinógenos não é comum. Afirma-se que alguns usuários de PCP ficaram “cristalizados”, uma síndrome caracterizada por pensamento entorpecido, reflexos diminuídos, perda de memória, perda de controle de impulsos, depressão, letargia e comprometimento da concentração. Embora ocorra dependência psicológica, ela é rara, em parte porque cada experiência com LSD é diferente e em parte porque não há certeza da obtenção de euforia. Intoxicação por alucinógenos Caracteriza-se por alterações comportamentais desadaptativas e perceptuais e por determinados sinais fisiológicos: 1. Midríase 2. Taquicardia 3. Sudorese 4. Palpitações 5. Visão borrada 6. Tremores 7. Incoordenação O tratamento mais indicado para intoxicação por alucinógenos é acalmar o paciente; durante esse processo, pode-se tranquilizá-lo explicando que os sintomas são induzidos pela droga, que ele não está ficando louco e que os sintomas irão se dissipar em breve. Em casos mais graves, antagonistas dopaminérgicos – por exemplo, haloperidol – ou benzodiazepínicos – por exemplo, diazepam – podem ser usados durante um período limitado. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Dietilamida do ácido lisérgico(LSD) Sintomas fisiológicos de LSD costumam ser poucos e relativamente leves. Pupilas dilatadas, aumento dos reflexos tendinosos profundos motores e tensão muscular, assim como incoordenação motora leve e ataxia, são comuns. Aumentos da frequência cardíaca, da respiração e da pressão arterial são moderados quanto a grau e variáveis, assim como náusea, redução do apetite e salivação. A sequência normal de mudanças segue um padrão de sintomas somáticos, que surgem em primeiro lugar, então alterações no humor e na percepção e, por fim, alterações psicológicas, embora os efeitos se sobreponham e, dependendo do alucinógeno em questão, o tempo de início e fim varie. A intensidade dos efeitos da LSD em um usuário sem tolerância costuma ser proporcional à dose, sendo que 25 microgramas é a dose-limite aproximada. Tolerância, especialmente aos efeitos sensoriais e outros efeitos psicológicos, é evidente já no segundo ou terceiro dia de uso consecutivo de LSD. São necessários de 4 a 6 dias sem o uso de LSD para diminuir significativamente a tolerância. O início de ação da LSD ocorre no prazo de 1 hora, chega ao pico em 2 a 4 horas e dura de 8 a 12 horas. Seus efeitos simpatomiméticos incluem tremores, taquicardia, hipertensão, hipertermia, sudorese, visão borrada e midríase. Pode ocorrer morte decorrente de patologia cardíaca ou cerebrovascular relacionada a hipertensão ou hipertermia com o uso do alucinógeno. Com o uso de alucinógenos, a percepção torna tudo extraordinariamente brilhante e intenso. Cores e texturas parecem mais ricas, os contornos ficam mais bem definidos, a música adquire maior profundidade emocional, e odores e sabores se intensificam. Sinestesia é comum; cores podem ser ouvidas ou sons podem ser vistos. Mudanças na imagem do corpo e alterações na percepção de tempo e espaço também ocorrem. Alucinações costumam ser visuais, com frequência de formas e figuras geométricas, mas alucinações tanto auditivas quanto táteis às vezes ocorrem. Emoções se tornam extraordinariamente intensas e podem mudar abruptamente e com frequência; dois sentimentos aparentemente incompatíveis podem ser vivenciados ao mesmo tempo. Outras características comuns são o que parece ser uma consciência dos órgãos internos, a recuperação de memórias antigas perdidas, a liberação de material inconsciente em forma simbólica e regressão e aparente revivência de eventos passados, incluindo o nascimento. Reflexão introspectiva e sentimentos de insight de natureza religiosa ou filosófica são comuns. Fenciclidina Indivíduos que acabaram de consumir PCP frequentemente ficam quietos, parecem estar alheios a tudo e relatam produção ativa de fantasias. Experimentam sensações de velocidade, euforia, calor corporal, formigamento, flutuação e tranquilidade e, eventualmente, sentimentos de despersonalização, isolamento e alienação. Às vezes, desenvolvem alucinações auditivas e visuais. Costumam apresentar alterações impressionantes da imagem corporal, distorção da percepção de espaço e tempo e delírios. Podem experimentar sentimentos intensificados de dependência, confusão e desorganização do pensamento. Podem também ficar solidários, sociáveis e falantes em um dado momento, mas hostis e negativos em outro. Ocasionalmente é relatada ansiedade, o sintoma de apresentação mais proeminente durante uma reação adversa. Nistagmo, hipertensão e hipertermia são efeitos comuns de PCP. Por vezes, observam-se movimentos de rolar a cabeça, dar pancadas, fazer caretas, rigidez muscular a estímulos, episódios repetidos de vômitos e fala cantada repetitiva. Os efeitos de curto prazo duram de 3 a 6 horas e, às vezes, dão lugar a depressão leve, na qual o usuário se torna irritável, um tanto paranoide e eventualmente beligerante, irracionalmente agressivo, suicida ou homicida. Os efeitos podem durar vários dias. Às vezes, os usuários relatam que são necessários de 1 a 2 dias para a recuperação total; já exames laboratoriais mostram que a PCP pode permanecer no sangue e na urina do paciente durante um período superior a uma semana. Quetamina Está disponível na forma de pó ou em solução para uso intranasal, oral, como inalante ou (raramente) intravenoso. A cetamina funciona no nível do receptor de NMDA e, assim como a PCP, pode causar alucinações e um estado dissociativo em que o paciente desenvolve uma sensação alterada do corpo e da realidade e pouca preocupação com seu ambiente. Durante o exame físico, o paciente pode estar hipertenso e taquicárdico, apresentar aumento da salivação e nistagmo bidirecional ou rotatório, ou ambos. O início da ação se dá em segundos quando usada via intravenosa, e foram descritos analgesia com duração de 40 minutos e efeitos dissociativos que duram horas. O pico dos níveis de cetamina ocorre aproximadamente 20 minutos após injeção intramuscular. Depois da administração intranasal, a duração do efeito é de aproximadamente 1 hora. >>SINAIS DE INTOXICAÇÃO: Sintomas dissociativos; Hipertensão; Choque (doses elevadas); Risco de hipotensão; Nistagmo; Analgesia; Comportamento violento. >>EPIDEMIOLOGIA: Desconhecida.2,5% da população relata uso pelo menos 1 vez; 0,3%: 12 aos 17 anos; 2,6%: 12 aos 18 anos; Homens: 75% dos casos; Mulheres: 25% dos casos. >>CONSEQUÊNCIAS: Lesões por acidentes, brigas e quedas; Toxicidade cardiovascular e neurológica (convulsões, distonias, discinesias, catalepsia, hipotermia ou hipertermia); Déficits de memória, fala, cognição, podendo durar meses; Hemorragia IC, rabdomiólise, problemas respiratórios e parada cardíaca. OUTROS ALUCINÓGENOS Catinonas Conhecidos como “sais de banho”. São estimulantes do SNC que causam uma liberação maciça de dopamina, e uma única dose pode durar até 8 horas. As catinonas produzem efeitos tóxicos de grandes proporções que podem levar a convulsões, acidentes vasculares e/ou morte. Alucinações e delírios são comuns. Quando engolidas, injetadas ou aspiradas, produzem o efeito eufórico desejado. TRATAMENTO Intoxicação por alucinógenos Um princípio básico de tratamento é proporcionar tranquilização e cuidados de apoio. Há alívio mais rápido de ansiedade intensa após a administração oral de 20 mg de diazepam ou, se a administração oral for problemática, uma dose parenteral equivalente de benzodiazepínico. Ansiedade e outros sintomas geralmente se reduzem no prazo de 20 minutos da administração do medicamento, em comparação a horas com apenas apoio psicológico e ambiental, mas os sintomas de percepção podem persistir. Psicose induzida por alucinógenos Além das medicações antipsicóticas, vários agentes são eficazes, incluindo carbonato de lítio, carbamazepina e eletroconvulsoterapia. Antidepressivos, benzodiazepínicos e anticonvulsivantes também podem contribuir para o tratamento. Transtornos relacionados a inalantes São hidrocarbonetos voláteis que se tornam vapores gasosos em temperatura ambiente e são inalados pelo nariz ou pela boca para entrar no fluxo sanguíneo por via pulmonar. Esses compostos normalmente são encontrados em vários produtos de uso doméstico e se dividem em quatro classes comerciais: (1) solventes para colas e adesivos; (2) propelentes (p. ex., latas de tinta em aerossol, laquê para cabelos e creme de barbear); (3) diluentes (p. ex., para tintas e fluidos corretivos); (4) combustíveis (p. ex., gasolina, propano) Estão associados a uma série de problemas, incluindo transtorno da conduta, transtornos do humor, suicidalidade e abuso ou negligência de natureza física e sexual. Em alguns casos, o uso precoce de inalantes por um tempo limitado pode indicar um problema de longo prazo de comportamentos externalizantes e propensão a correr riscos. Grande risco de arritmias. EPIDEMIOLOGIA Substâncias inalantes são de fácil acesso, legais e baratas. Esses três fatores contribuem para o uso elevado de inalantes entre indivíduos pobres e indivíduos jovens. A maioria dos usuários (até 80%) é do sexo masculino. O uso de inalantes entre adolescentes pode ser mais comum em famílias cujos pais ou irmãos mais velhos usam substâncias ilegais. Também está associado a aumento da probabilidade de transtorno da conduta ou transtorno da personalidade antissocial. 1 em cada 5 pessoas que experimentam, desenvolvem dependência risco grande!; Transição de uso experimental para um abuso e/ou dependência 1 ano após o início do uso; Estar inserido em um contexto de poliuso de outras drogas; Início para experimentação: média 15 aos 16 anos; >>TIPOS: Grupo I: Solventes voláteis (butano, propano, tolueno, cloreto de metila, acetato de etila, tetracloroetileno, sprays diversos, tintas, removedores de manchas, corretivo líquido para texto, desengordurantes, colas e cimento de borracha), combustíveis (butano e propano, isqueiros, gasolina, propulsores de carros de corrida), anestésicos (éter, cloreto de etila, halotano); Grupo II: Óxido nitroso (gás hilariante, em anestésicos e em aerossóis); Grupo III: Voláteis (nitritos de alquila, cicloexil, nitrito de butila, álcool isopropílico, nitrito isobutil, poppers, limpadores de cabeçote, purificadores de ar e odorizadores de ambiente). >>PROBLEMAS RELACIONADOS: • Sintomas psicóticos, TH e ansiedade e danos cerebrais; • Prejuízo de memória, comprometimento cognitivo, perda da audição e da sensação olfativa; • Comprometimento da coordenação motora, com dificuldade para deambular e demência; • Distúrbios menstruais, aumento na probabilidade de prolapso uterino e da parede vaginal; • Distúrbios do crescimento fetal, diminuição do crescimento do esqueleto, aumento do crescimento de vísceras dos fetos, atraso no desenvolvimento intelectual e físico; • Déficit cognitivo, ataxia cerebelar, espasticidade e miopatias, isoladas ou associadas. Duas síndromes neurotóxicas mais específicas observadas nesses casos: ototoxicidade e neuropatia periférica. NEUROFARMACOLOGIA Os inalantes mais usados por adolescentes norte- americanos são (em ordem decrescente) gasolina, cola (que normalmente contém tolueno), tinta em aerossol, solventes, líquidos de limpeza e outros tipos variados de aerossol. Inalar o vapor pelo nariz ou inspirar profundamente pela boca leva à absorção transpulmonar com acesso extremamente rápido ao cérebro. Respirar através de um pano encharcado com solvente, inalar os vapores de um saco que contém cola, inspirar profundamente vapores em um saco plástico ou respirar o vapor de gasolina são práticas comuns. Cerca de 15 a 20 inspirações de vapor com 1% de gasolina produzem várias horas de intoxicação. Inalantes são absorvidos rapidamente pelos pulmões e, em seguida, conduzidos ao cérebro. Os efeitos surgem em 5 minutos e podem durar de 30 minutos até várias horas, dependendo da substância inalada e da dose. As concentrações de várias substâncias inalantes no sangue aumentam quando usadas em combinação com álcool, talvez devido à competição por enzimas hepáticas. Embora cerca de um quinto de uma substância inalante seja excretado sem alterações pelos pulmões, o restante é metabolizado pelo fígado. Consegue-se detectar inalantes no sangue de 4 a 10 horas após o uso, e amostras de sangue devem ser obtidas no setor de emergência quando houver suspeita de seu uso. Intoxicação por inalantes O estado de intoxicação costuma ser caracterizado por apatia, redução do funcionamento social e ocupacional, julgamento prejudicado e comportamento impulsivo ou agressivo e pode estar acompanhado de náusea, anorexia, nistagmo, reflexos diminuídos e diplopia. No caso de doses elevadas e exposições prolongadas, o estado neurológico do usuário pode progredir para estupor e perda dos sentidos, e, posteriormente, o indivíduo pode desenvolver amnésia do período de intoxicação. Às vezes, pode-se identificar um usuário recente de inalantes pelas erupções ao redor do nariz e da boca do paciente, odores incomuns em seu hálito, resíduo de substâncias inalantes em seu rosto, suas mãos ou roupas, e irritação de olhos, garganta, pulmões e nariz. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Em pequenas doses iniciais, os inalantes podem ser desinibidores e causar sensações de euforia e excitação, bem como sensações agradáveis de flutuar, efeitos pelos quais as pessoas supostamente usam essas substâncias. Doses elevadas de inalantes podem causar sintomas psicológicos de medo, ilusões sensoriais, alucinações auditivas e visuais, bem como distorções do tamanho do corpo. Os sintomas neurológicos podem incluir fala arrastada, redução na velocidade da fala e ataxia. O uso prolongado pode estar associado a irritabilidade, labilidade emocional e prejuízo da memória. A síndrome de abstinência não ocorre com frequência, mas, quando acontece, pode ser caracterizada por perturbações do sono, irritabilidade, nervosismo, sudorese, náusea, vômito,taquicardia e (às vezes) delírios e alucinações. EFEITOS NEUROLÓGICOS Usuários crônicos de inalantes podem apresentar diversos problemas neurológicos. Imagens por tomografia computadorizada (TC) e por ressonância magnética (RM) revelam atrofia cerebral, cerebelar e do tronco encefálico com doença da matéria branca, uma leucoencefalopatia. Sinais e sintomas neurológicos e comportamentais podem incluir perda da audição, neuropatia periférica, cefaleia, parestesias, sinais cerebelares, prejuízo motor persistente, parkinsonismo, apatia, má concentração, perda de memória, disfunção visuoespacial, comprometimento do processamento de material linguístico e encefalopatia por chumbo. Alterações na matéria branca, ou atrofia pontinha identificada por RM, foram associadas a resultados inferiores em testes de quociente de inteligência (QI). Outros efeitos adversos graves associados ao uso de longo prazo de inalantes incluem doença hepática irreversível ou dano renal (acidose tubular) e dano muscular permanente associado a rabdomiólise. Efeitos adversos adicionais incluem sintomas cardiovasculares e pulmonares (p. ex., dor no peito e broncoespasmo), bem como sintomas gastrintestinais (GI) (p. ex., dor, náusea, vômitos e hematêmese). TRATAMENTO Os cuidados primários envolvem tranquilização, apoio discreto e atenção aos sinais vitais e ao nível de consciência. Fármacos sedativos, incluindo benzodiazepínicos, são contraindicados porque agravam a intoxicação por inalantes. Antipsicóticos atípicos (olanzapina, quetiapina, risperidona e clozapina); AC (volproato, topiramato, gabapentina, vigabatrina e tiagabina); Acamprosato; Antagonistas 5-HT3 (ondansetrona e mirtazapina). Transtornos relacionados a opioides O uso indevido contínuo de opioides pode resultar em síndromes de abuso e dependência e causar perturbações no humor, no comportamento e na cognição similares às de outros transtornos psiquiátricos. Em países desenvolvidos, a droga opioide associada com maior frequência a abuso e dependência é a heroína; contudo, há crescente preocupação da saúde pública com opioides sob prescrição médica, que estão amplamente disponíveis, apresentam risco de abuso significativo e são usados cada vez mais com esse propósito. A adição a opioides afeta jovens e idosos, ricos e pobres, profissionais e desempregados. EPIDEMIOLOGIA A proporção de dependência entre homens e mulheres é de cerca de heroína de 3:1. Usuários de opioides em geral começam a usar substâncias na adolescência e no início da faixa dos 20 anos; atualmente, a maioria dos indivíduos com dependência de opioides se encontra nas faixas dos 30 e dos 40 anos de idade. A tendência é que a dependência entre em remissão a partir dos 40 anos de idade, sendo chamada de “amadurecimento”. Muitas pessoas, no entanto, continuam dependentes de opioides durante 50 anos ou mais. Opioides Denominação registrada Morfina Heroína (diacetilmorfina) Hidromorfona (di-hidromorfinona) Oximorfona (di-hidro-hidroximorfinona) Levorfanol Metadona Meperidina (petidina) Fentanila Codeína Hidrocodona (di-hidrocodeinona) Di-hidrocodeína Oxicodona (di-hidro-hidroxicodeinona) Propoxifeno Buprenorfina Pentazocina Nalbufina Butorfanol Os transtornos induzidos por opioides incluem fenômenos comuns, como transtornos por uso de opioides, intoxicação por opioides, abstinência de opioides, transtorno do sono induzido por opioides e disfunção sexual induzida por opioides. Delirium por intoxicação por opioides eventualmente é observado em pacientes hospitalizados. Transtorno psicótico induzido por opioides, transtorno do humor induzido por opioides, e transtorno de ansiedade induzido por opioides. TIPOS DE RECETORES: Mu: dependência física, euforia, analgesia, depressão respiratória age os remédios de reposição; Kappa: Miose, analgesia, sedação; Delta: Analgesia, liberação de hormônio do crescimento (GH); Sigma: Disforia, alucinações visuais e auditivas, midríase, ativação respiratória e vasomotora Tolerância e dependência A tolerância a todas as ações de fármacos opioides não se desenvolve de maneira uniforme. A tolerância a algumas ações de opioides pode ser tão elevada que um aumento de 100 vezes na dose é necessário para produzir o efeito original. Por exemplo, pacientes terminais de câncer podem precisar de 200 a 300 mg por dia de morfina, enquanto uma dose de 60 mg pode facilmente ser fatal em um indivíduo que nunca usou opioides. Os sintomas de abstinência de opioides não surgem a menos que o indivíduo os tenha usado durante um tempo prolongado ou quando a interrupção do uso é abrupta, como ocorre funcionalmente quando se administra um antagonista de opioides. DIAGNÓSTICO Transtorno por uso de opioides Transtorno por uso de opioides é um padrão desadaptativo de uso de um opioide que leva a prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo e ocorre durante um período de 12 meses. INTOXICAÇÃO POR OPIOIDES: Sedação; Retardo psicomotor; Apatia; Atenção comprometida; Interferência no funcionamento pessoal; Redução do nível de consciência (ex.: estupor, coma); Desinibição (casos mais leves); Torpor; Fala arrastada; Prejuízo da crítica; MIOSE exceto na anoxia por superdosagem grave, quando há midríase; Grave ambiente de emergência e considerar a necessidade de assistência ventilatória: -Depressão respiratória (e hipóxia); -Hipotensão; -Hipotermia. Sinais de alerta: -Miose; -Estupor; -Coma; -Bradicardia acentuada; -Depressão respiratória. Critérios diagnósticos do DSM-5 para abstinência de opioides A. Presença de qualquer um dos seguintes: 1. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de opioides (i.e., algumas semanas ou mais). 2. Administração de um antagonista de opioides após um período de uso de opioides. B. Três (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvidos no prazo de alguns minutos a alguns dias após o Critério A: 1. Humor disfórico. 2. Náusea ou vômito. 3. Dores musculares. 4. Lacrimejamento ou rinorreia. 5. Midríase, piloereção ou sudorese. 6. Diarreia. 7. Bocejos. 8. Febre. 9. Insônia. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Os sintomas associados incluem sensação de calor, sensação de peso das extremidades, boca seca, coceira no rosto (especialmente no nariz) e rubor facial. A euforia inicial é seguida por um período de sedação. O uso de opioides pode induzir disforia, náusea e vômito em indivíduos que nunca os consumiram. Os efeitos físicos dos opioides incluem depressão respiratória, miose, contração da musculatura lisa (incluindo ureteres e dutos biliares), constipação e alterações na pressão arterial, na frequência cardíaca e na temperatura corporal. Os efeitos depressores da respiração são mediados no nível do tronco encefálico. RISCO DE SUICÍDIO: Aumento do risco de tentativas; Aumento do risco de suicídio consumado; Overdoses tanto acidentais quanto deliberadas; Associadas a depressões graves. COMORBIDADES: Infecções virais (ex.: HIV, vírus da hepatite C); Infecções bacterianas. CONSIDERAÇÕES: Em níveis médios a moderados, o tto específico normalmente não é necessário; A superdosagem deve ser considerada diante de sinais de miose e bradicardia acentuadas, depressão respiratória, estupor ou coma; Deve ser tratada com naloxona, um antagonista opioide que atua nos 3 tipos de receptores opiáceos (um, kappa e sigma) e que não tem efeito agonista intrínseco; A superdosagem com opioides de longa duração, como a metadona (opioide sintético, usado no tto da dependência, possui uma MV de cerca 24h- efeito diluído ao longo do tempo), exige atenção maior intoxicaçãomais grave mais tempo no organismo, causando mais efeitos- maior depressão respiratória. TRATAMENTO (casos graves): 0,8 mg de naloxona (aguarda 15min) 0,8 mg (aguarda 15min) 0,8mg (aguarda 15min) 0,8 mg Total de 3,2 mg -Livro Dependência Química (Projeto Diretrizes); Livro de emergências Psiquiátricas (imagem ao lado); -Ataque com 2mg EV 3 em 3 min 2mg EV Máx de 10mg CARACTERÍSTICAS: o Miose: Intoxicação opioide; o Midríase: Intoxicação opioide com hipoxia, abstinência de opioide, intoxicação por cocaína **Crianças que ingerem grande quantidade de cannabis podem ter uma boa resposta terapêutica ao flumazenil. ABSTINÊNCIA DE OPIOIDES: Bocejos; Piloereção; Midríase; Lacrimação; Calafrios recorrentes; Desejo de droga opioide; Espirros; Náusea ou vômito; Cólicas abdominais; Piloereção; Midríase; Taquicardia; Rinorréia; Sono agitado; Diarreia; Dores e cãibras musculares; Hipertensão *OBs.: É grave, grande mortalidade. TRATAMENTO: -Terapia de reposição Mais usada: Metadona -Objetivo: Retirar o usuário do contato com o tráfico de drogas; Estabelecer um vínculo estável entre o usuário e o serviço de tto; Evitar os sintomas de abstinência aguda da heroína; Prevenir a transmissão de doenças pelo sangue, minimizando a contaminação do pac e de terceiros pelo HIV e pelos vírus das hepatites B e C; Permitir a construção de um projeto terapêutico; Reinserção em ambiente social e laboral; Apesar de algumas associações médicas preconizarem a rápida retirada da medicação substitutiva, na prática este não é necessariamente o obj principal do tto, visto que as recaídas podem ser prevenidas com o uso prolongado dessas medicações. -Medicações para dependência: Metadona (a mais prescrita); Buprenorfina (melhor perfil); Naltrexona (a menos utilizada). METADONA (MYTEDOM): -Mais utilizada; -MA: ação agonista completa em receptores mu; -Efeitos: prevenção do aparecimento de sintomas de abstinência, sem produzir um efeito euforizante significativo; -MV cerca de 24h; -Extensa avaliação confirma seu efeito na redução da fissura; -VO, 60-100mg ao dia – Alguns necessitam de dose < 40 mg; -Ações: o Suprimir os sintomas de abstinência de opioide; o Bloquear a ação dos opioides de abuso; o Reduzir a fissura; o Interromper o uso de opioides em longo prazo; o Seguro se usado adequadamente; o Doses excessivas: Aumento do intervalo QT, risco de torsade de points, depressão respiratória, cardiotoxicidade, constipação, sudorese, disfunção sexual e um declínio cognitivo leve, interação farmacológica. BUPRENORFINA (não disponível no Brasil, mais seguro, menos efeito euforizante): -Opioide de MV curta (2-5h); -MA: agonista parcial nos receptores mu e antagonista nos receptores kappa; -Efeito: prevenção do aparecimento de sintomas de abstinência; tem menor potencial de abuso, contudo, em virtude da sua grande afinidade pelos receptores mu, o seu efeito se prolonga por até 24h; -Baixa biodisponibilidade por via GI é utilizada por via sublingual; -Posologia: Sublingual, 12-16mg, podendo chegar à dose de 32 mg/dia; -Vantagens em relação a metadona: Menor risco de oversode; Overdose dificilmente causa depressão respiratória; com a sua retirada, tem baixo potencial de causar síndrome de abstinência; -EC: Cefaleia, sedação, depressão respiratória é menos comum, vertigens, náuseas, vômitos, sudorese, eritema, gosto metálico; Pode ocorrer leve aumento das enzimas hepáticas e das provas de função renal (são necessários exames de funções hepática e renal); não prolonga o intervalo QT. NALTREXONA -Antagonista opioide; -MA: Antagonista de receptores opioides pode causar síndrome de abstinência; -Efeito: Diminuição de consumo de opioides e uma diminuição da fissura condicionada impede, assim, os efeitos prazerosos das drogas opioides; -Perigos: Aumenta o risco de overdose fatal se houver recaída do uso de opioide após a descontinuação do seu uso; Pode causar síndrome abstinência- Só devem iniciar o seu uso de 5-7 dias após a interrupção total do uso de opioides; -Posologia: VO, 50mg 1 vez ao dia; -Efeitos: receptores suprarregulados; -EC: Náuseas, cefaleia, tontura, desconforto GI, ansiedade, disforia e irritabilidade; as enzimas hepáticas podem aumentar em alguns pacientes; Atenção com maiores 40 anos. 3) Compreender a relação entre comorbidades psiquiátricas e síndrome de dependência de substâncias psicoativas. Depressão maior: mulheres com TUS apresentam pelo menos duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que mulheres sem TUS. Pânico: indivíduos com transtorno de pânico apresentam taxas de 35% de TUS. Psicose: a comorbidade entre esquizofrenia e distúrbios do uso de substâncias é comum em vários países e as taxas variaram entre 30 e 66%. Transtorno bipolar: indivíduos com transtorno bipolar apresentaram taxas de prevalências entre 40 a 60% de TUS. Transtorno de personalidade: o uso de substâncias foi frequentemente associado a transtornos de personalidade, especialmente antissocial e borderline. Transtorno de déficit de atenção e transtorno de hiperatividade: a prevalência desse transtorno em usuários de substâncias que procuravam tratamento variou de 5 a 33%. Transtorno de ansiedade induzido por Cannabis Induz estados de ansiedade breves provocados por pensamentos paranoides. Nessas circunstâncias, ataques de pânico podem ocorrer, com base em temores mal definidos e desorganizados, além de agorafobia e transtorno de ansiedade social. O surgimento de sintomas de ansiedade está relacionado à dose e constitui a reação adversa mais frequente ao uso moderado da substância. Usuários inexperientes têm probabilidade muito maior de desenvolver sintomas de ansiedade do que aqueles experientes. Transtorno do humor induzido por inalantes e transtorno de ansiedade induzido por inalantes Transtorno do humor induzido por inalantes e transtorno de ansiedade induzido por inalantes permitem a classificação de transtornos relacionados a inalantes caracterizados por sintomas proeminentes do humor e de ansiedade. Transtornos depressivos são os transtornos do humor mais comuns associados ao uso de inalantes, e transtornos de pânico e de ansiedade generalizada são os transtornos de ansiedade mais comuns. Cerca de 90% dos indivíduos com dependência de opioides apresentam outro transtorno psiquiátrico. Os diagnósticos psiquiátricos comórbidos mais comuns são transtorno depressivo maior, transtornos por uso de álcool, transtorno da personalidade antissocial e transtornos de ansiedade. 4) Estudar TDAH * Elucidar a diferença entre TDAH e deficiência intelectual. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é um transtorno que, apesar de geralmente ter origem na infância, continua se manifestando na idade adulta em mais de metade dos casos, frequentemente interferindo na funcionalidade no âmbito social, familiar, acadêmico e ocupacional. É um transtorno que aumenta o risco de vários desfechos negativos, como acidentes, baixo nível educacional, uso de substâncias psicoativas, envolvimento com criminalidade e associação com outras condições de saúde física e mental. Embora seja caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, é um transtorno que possui um amplo espectro de características clínicas e que pode se apresentar de formas particulares na idade adulta. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS A prevalência estimada de TDAH em adultos tem se situado entre 2,5 e 3,4% na população geral. Início precoce (3 a 5 anos); Início na segunda infância (6 a 14 anos), com quadro persistente oucom remissão dos sintomas na adolescência; Início na adolescência ou na idade adulta (16 anos ou mais). Crianças e adolescentes com TDAH, cerca de 80% são do sexo masculino. Adultos, essa proporção corresponde a 50%. A literatura tem mostrado uma correlação positiva entre baixo nível socioeconômico na infância e TDAH Genética: Os pesquisadores descobriram que 12 loci abrigam variantes do genoma que aumentam o risco para o transtorno. Os pesquisadores desse mesmo estudo reforçaram que o TDAH tem uma arquitetura genética poligênica, em que são necessárias múltiplas variantes do DNA para que ocorra a modificação do risco para o transtorno. Apesar do forte impacto de influências genéticas, é provável que boa parte da herdabilidade ocorra por uma interação entre gene e ambiente. Entre os fatores ambientais com evidências mais consistentes em relação à associação com o transtorno destacasse a prematuridade, institucionalização com privação extrema na primeira infância e exposição a toxinas ambientais, como chumbo, pesticidas e policloretos de bifenila. QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO Em adultos, a sintomatologia pode apresentar-se de forma diferente em relação aos estágios prévios do desenvolvimento. Nessa fase, observa- se que há maior semelhança do quadro clínico entre os sexos, visto que o nível de hiperatividade-impulsividade muitas vezes diminui (domínio de sintomas que geralmente na infância tem um maior destaque em meninos), enquanto os sintomas de desatenção tendem a se manter ou tornam-se mais evidentes. Muitos indivíduos que tinham a apresentação de ambos os domínios na infância passam a ter uma apresentação predominantemente desatenta na idade adulta. Em adultos, a hiperatividade pode se manifestar como uma sensação subjetiva de inquietude. Podem ter dificuldade em permanecer sentados em situações em que tal conduta é esperada, como por exemplo em salas de aula e reuniões. A impulsividade pode se apresentar como impaciência, fala em excesso, respostas às perguntas de forma precipitada, e como “agir sem pensar”. O comportamento impulsivo frequentemente resulta em conflitos nos relacionamentos interpessoais, instabilidade em empregos e envolvimento em situações potencialmente perigosas, podendo ter consequências mais sérias na idade adulta do que na infância e adolescência. A desatenção pode ser expressada: Pelo comprometimento da atenção sustentada, distratibilidade,esquecimento de compromissos e perda frequente de objetos. Os prejuízos de função executiva podem ser notados no cotidiano em forma de dificuldade de organização e hierarquização das tarefas. Notam-se problemas de planejamento e geralmente há relutância no envolvimento de atividades que exijam um esforço mental prolongado. É comum a alteração da noção de tempo, resultando em tempo superestimado para as tarefas que devem ser realizadas e em procrastinação. A manifestação dos sintomas é influenciada pelo nível de motivação do indivíduo. Quanto maior for a motivação para realizar determinada tarefa, maior será o engajamento e atenção na sua execução, ou seja, os indivíduos apresentam a capacidade de se concentrar em atividades que lhe são particularmente estimulantes. Tarefas divertidas, prazerosas, dinâmicas e que oferecem recompensas rápidas geralmente aumentam a motivação e, consequentemente, tendem a receber maior atenção. Nos adultos com TDAH, a desregulação emocional pode ser um aspecto marcante no cenário clínico: Tal característica pode apresentar-se como humor instável, irritabilidade, baixa tolerância às frustrações, dificuldade para lidar com situações de estresse e no controle da raiva. Este comportamento pode causar prejuízos importantes nas relações interpessoais com amigos, colegas, cônjuges e outros familiares e é um dos principais motivos para a busca de atendimento psiquiátrico. Adultos com TDAH muitas vezes apresentam baixa autoestima, são significativamente menos satisfeitos com sua vida pessoal, social e profissional. A alta frequência de alterações de sono em adultos com TDAH mostra-se pelo relato comum de adiar a hora de ir para a cama e de tempo prolongado para iniciar o sono, além de despertares noturnos e maior dificuldade para acordar pela manhã. Diagnóstico: De acordo com o DSM5, os sintomas devem ter início antes dos 12 anos de idade, deve ter a presença de pelo menos 5 dos sintomas, de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, por pelo menos 6 meses, em um grau que seja inconsistente com o nível de desenvolvimento e que tenha impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais: DESATENÇÃO 6 de 9 sintomas: -Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades negligencia ou deixa passar detalhes, o trabalho é impreciso; -Frequentemente tem dificuldades de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas (leitura, jogos, tabuleiro) dificuldade em manter foco durante aulas, conversas ou leitura prolongadas; -Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia; -Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho começa as tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo; -Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais, em manter materiais e objetos pessoais em ordem, trabalho desorganizado e desleixado, mau gerenciamento do tempo, dificuldade em cumprir prazos; -Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado trabalhos ou lições de casa; para adolescentes mais velhos e adultos, preenchimento de formulários, revisão de trabalhos longos; -Frequentemente perde necessárias para tarefas ou atividades Materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular; -Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos Para adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados; -Com frequência é esquecido em relação a atv cotidianas realizar tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, pagar contas, manter horários agendados. Sintomas por pelo menos 6 meses *Obs.: Não são apenas uma manifestação de comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para compreender tarefas ou instruções; *Obs.: Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos 5 sintomas são necessários. HIPERATIVIDADE/ IMPULSIVIDADE 6 de 9 sintomas: -Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira; -Frequentemente levanta na cadeira em situações em situações em que se espera que permaneça sentado sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em outro local de trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em um mesmo lugar; -Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude; -Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atv de lazer calmamente; -Com frequência “não para” agindo como se estivesse “com o motor ligado” Não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo, como em restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou difícil de acompanhar; -Frequentemente fala demais; -Frequentemente deixa escapar uma resposta antes quea pergunta tenha sido concluída termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar; -Frequentemente tem dificuldade para esperar sua vez dificuldade em esperar na fila; -Frequentemente interrompe ou se intromete mete-se nas conversas, jogos ou atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se em ou assumir o controle sobre o que outros estão fazendo. De acordo com o DSM5, conforme o número de sintomas em cada uma das duas dimensões, há três possíveis apresentações de TDAH: apresentação predominantemente desatenta(mais prevalente entre adultos, correspondendo a 47% dos casos), predominantemente hiperativa/impulsiva e combinada. Quadros de remissão parcial: número menor de sintomas, nos últimos 6 meses. COMORBIDADES O TDAH apresenta uma alta taxa de comorbidades, e até 70 a 80% dos adultos com o diagnóstico apresentam pelo menos um transtorno mental coexistente. As comorbidades mais comuns nessa população são: transtornos por uso de substâncias, transtorno depressivo maior, transtorno de humor bipolar, transtornos de ansiedade e transtornos de personalidade. O TDAH está associado à idade mais precoce de uso de substâncias, como álcool, drogas e nicotina, e o risco do consumo aumenta ainda mais quando há a presença de um transtorno de conduta. Assim, indivíduos com TDAH estão mais propensos ao abuso e dependência de substâncias psicoativas, com uma prevalência de até 40% de tais comorbidades na vida adulta. Estima-se que até 78% dos adultos com TDAH apresentam problemas relacionados ao sono e referem uma piora na qualidade do sono em relação aos controles saudáveis. Esses indivíduos comumente apresentam transtornos primários do sono, como insônia, síndrome das pernas inquietas, síndrome da apneia obstrutiva do sono e transtorno do ritmo circadiano do sono. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Transtorno de conduta; Transtorno opositor desafiador (pode ter apresentação combinada); Transtorno psicótico; Induzido por medicamentos (acatisia); Transtornos neurocognitivos. TRATAMENTO: até 5 anos não usa medicação , só psicoterapia. 1ª linha: Psicoestimulantes -Metilfenidato: Ritalina, Concerta; -MV liberação rápida (2-4h 2-3x/ dia) ou liberação prolongada (6-8h/ cerca de 4 vezes mais cara/ Ritalina LA= 10, 20, 30, 40mg); -Concerta: MV prolongada= 12h (cerca de 9- 10h) bem mais caro; -Ritalina LA e concerta: 1x dia; -0,4- 1,3 mg/ kg/ dia -Rilatina: 10mg, MV 3-5h (varia de pac para pac) -Efeitos colaterais: insônia, perda apetite, alterações no crescimento, baixo risco de dependência química, pode piorar tiques (cerca de 50%); -Ritalina: MV de cerca de 4h; -Lisdexanfetamina (venvanse) mais segura, dose diária; 30, 50, 70mg; efeito parecido com metilfenidato, bem caro, MV cerca de 12h. 2ª linha: Caso o primeiro psicoestimulante não funcione (apenas se (a) metilfenidato e lisdexanfetamina não forem tolerados ou (b) metilfenidato e lisdexanfetamina não oferecerem benefício em controle de sintomas após duas tentativas de 6 semanas de tratamento separadas, uma para cada medicação). Duas classes são aprovadas por agências regulatórias, com o FDA: Os bloqueadores seletivos da recaptura de noradrenalina, representados pela atomoxetina (Strattera®), e formulações de agonistas alfa2adrenérgicos de longa duração, representados pela guanfacina e clonidina. 3ª linha: bupropiona, tricíclicos (imipramina, nortriptilina); 4ª linha: atomexetina, strattera (inibidor da receptação da noradrenalina/ não tem no BR/ TDAH associado a tiques; 5ª linha: tentar novos ADs; 6ª linha: clonidina (efeito hipertensivo rebote quando retirado abruptamente); Outros: modafenil. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: Déficit em funções adaptativas e cognitivas; Alterações: conceito, sociabilidade, praticidade da vida; Déficit em funções intelectuais, adaptativas e na fase de desenvolvimento; Se fase após desenvolvimento: transtorno neurocognitivo; Criança de 12 anos atropelada: pode receber os dois diagnósticos; Déficits funcionais no início do desenvolvimento e em funções intelectuais Déficit após os 18 anos= demência; DOMÍNIOS: Conceitual; Social; Prático; 3 CRITÉRIOS: A) Déficits em funções intelectuais: -Raciocínio; -Solução de problemas; -Pensamento abstrato; -Juízo; -Aprendizagem acadêmica; -Aprendizagem por experiência. Confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados. B) Déficits em funções adaptativas: -Independência pessoal; -Responsabilidade social; -Comunicação, participação social, vida independente; -Ambiente: Casa, escola, trabalho e comunidade. C) Fase de desenvolvimento. -IDADE PRÉ-ESCOLAR (0-5) AMADURECIMENTO E DESENVOLVIMENTO: PROFUNDO: -Problemas gestacionais, congênitos, genéticos; -QI abaixo de 20 ou 25; -Geralmente, maiores cuidados, mais anomalias; -Retardo significativo; -Capacidade mínima em áreas sensório motoras; -Cuidados de enfermagem; -Auxílio e supervisão constantes; -Mais limitado, menos comum (cerca de 1%). GRAVE: -QI de 20 a 35; -Desenvolvimento motor pobre; -Fala mínima; -Incapaz de beneficiar-se de treinamento em auto- ajuda; -Pouca ou nenhuma habilidade de comunicação. MODERADO: -QI de 35 a 50; -Pode falar ou aprender a comunicar-se; -Consciência social pobre; -Desenvolvimento motor razoável; -Beneficia-se com treinamento em auto-ajuda e pode ser manejado com supervisão moderada. LEVE: -QI de 50 a 70; -Pode desenvolver habilidades sociais e de comunicação; -Retardo mínimo em áreas sensório-motoras; -Com frequência não é identificado (por volta dos 10 anos de idade); -Distinguindo-se das crianças normais apenas mais tarde; -Chega até 6ª série. -IDADE ESCOLAR (6-20) TREINAMENTO E EDUCAÇÃO: PROFUNDO: -Algum desenvolvimento motor presente; -Pode responder a treinamento mínimo ou limitado em auto-ajuda. GRAVE: -Pode conversar ou aprender a comunicar-se; -Pode ser treinado em hábitos saudáveis; -Beneficia-se com treinamento de hábitos sistemáticos, mas não com treinamento vocacional. MODERADO: -Pode beneficiar-se de treinamento em habilidades sociais e ocupacionais; -Pouca possibilidade além do nível da 2ª série do ensino fundamental nas matérias escolares; -Pode aprender a viajar sozinhos para alguns lugares familiares. LEVE: -Pode aprender habilidades acadêmicas, chegando, aproximadamente, até o 6º ano; -Pode ser orientado a obediência social. -ADULTO (21 OU MAIS) ADEQUAÇÃO SOCIAL E VOCACIONAL: PROFUNDO: -Algum desenvolvimento motor e de fala; -Pode alcançar auto-cuidado muito limitado; -Necessita de cuidados de enfermagem. GRAVE: -Pouco auto-suficiente, necessitando supervisão completa; -Pode desenvolver habilidade de auto-proteção mínimas em ambiente controlado. MODERADO: -Pode alcançar auto-suficiência em trabalho não qualificado ou semi-qualificado sob condições protegidas; -Requer supervisão e orientação quando sob estresse social ou econômico leve. LEVE: -Alcança habilidades sociais e vocacionais para sustento próprio mínimo; -Pode necessitar de orientação e assistência quando sob estresse social ou econômico maior. ÍNDICE DE KATZ: Banho, vestir, toilete, mobilidade, continência, alimentação 6 (independência), 4 (parcial), 2 (dependência); ÍNDICE DE LAWTON: Usa o telefone, transporte, compras, prepara alimentos sozinho, arrumar a casa, tarefas domésticas, lavar ou passar roupas, atv domésticas, medicação, adm o dinheiro. DIAGNÓSTICO NÃO É PELO QI: Uma pessoacom escore de QI acima de 70 pode ter problemas de comportamento adaptativo tão graves no juízo social, no entendimento social e em outras áreas da função adaptativa que seu funcionamento real é comparável ao de pessoas com escore de QI mais baixo; Maior risco de suicídio (mais no leve e moderada- têm um certo insight); Acomete cerca de 1% da população (mais em meninos); Quando a DI decorre de perda de habilidades cognitivas previamente adquiridas, como em lesões cerebrais traumáticas, pode ser atribuído tanto diagnóstico de DI quanto o de um transtorno neurocognitivo; ETIOLOGIA (Mais evidente na DI grave a profunda): -Condições genéticas; -Fatores pré-natais; -Fatores perinatais; -Condições adquiridas; -Fatores ambientais e socioculturais. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Transtornos neurocognitivos maiores e leves; Transtorno da comunicação e transtorno específico da aprendizagem; Transtorno do espectro autista Pode ser comorbidades também; RELACIONADOS: Transtornos mentais, paralisia cerebral, epilepsia; COMORBIDADES (3-4x mais): TDAH (mais comum), TDM (desenvolvimento diferente), TB, ansiedade, autismo (70-75% possuem DI), transtornos impulsos (menos comuns TA), movimentos, neurocognitivos. CARACTERÍSTICAS: Maior risco de reação paradoxal: Benzodiazepínicos; Os casos de DI leve são mais comuns; Síndrome de Kleyne- Levin: Hipersonia e aumento do apetite TRATAMENTO Fármacos sintomáticos: ADTs, ISRS, ACVs, estabilizadores do humor, neurolépticos (AP), estimulantes. DOENÇAS QUE CURSAM COM DI: >>SÍNDROME DE DOWN o Descrita por Langdon Down em 1866; o 1ª causa de DI; o Chamados mangolóides devido olhos oblíquos, pregas epicantais e nariz achatados; o Trissomia do 21, mosaicismo, fusão do cromossomo 21 com o 15 com um 21 extra; o 1:700 nascimentos; o 10% dos pacientes com RM; o Mãe com mais de 32 anos o risco é de 1:100; o Maioria tem QI <50; o São tranquilas, alegres e cooperativas com boa adaptação; o Na adolescência podem ter dificuldades emocionais, transtorno do comportamento e raramente psicose; o RN: Hipotonia geral, fissuras palpebrais oblíquas, pele abundante no pescoço, crânio pequeno, achatado, ossos malares altos e língua protaída, mãos longas e grossas com único vinco palmar transverso, dedos mínimos curtos e curvados; o Vivem em média até os 40 anos; o Por volta dos 30 anos desenvolvem demência similar a DA (placas senis e emaranhados neurofibrilares); o Nanismo relativo, mãos e quirodáctilos pequenos e espessos, com frequente desvio radial do dedo mínimo, prega semiesca palmar e intervalo aumentado entre os dois primeiros pododáctilos. >>SÍNDROME X FRÁGIL o 2ª causa isolada de DI; o Mutação do cromossomo X; o 1 em cada 1000 homens e 2000 mulheres; o Cabeça e orelhas largas, longas, estatura baixa, articulações hiperextensíveis e macroorquia pós- puberal; o DI de leve a grave; o Alta taxa de TDAH, transtorno de aprendizagem e autismo; o Fala perseverantemente rápida; o Mulheres são menos prejudicadas. >>SÍNDROME DE PRADER WILI o Deleção do cromossomo 15; o 1:10 mil nascimentos; o Comportamento alimentar compulsivo até a obesidade, DI, hipogonadismo, estatura pequena, hipotonia e mãos e pés pequenos. >>SÍNDROME DO MIADO DO GATO (CRI-DU- CHAT) o Deleção de parte do cromossomo 5; o Gravemente retardados; o Microcefalia, orelhas baixas, fissuras palpebrais oblíquas, hipertelorismo e micrognatia; o Alterações nas cordas vocais: miado do gato. >>FENILCETONÚRIA- PKU o Ivar Asbjorn Folling em 1934; o Traço medeliano autossômico recessivo; o 1:10 a 15 mil nascidos; o 1% dos pacientes com DI; o Maioria com DI grave apesar de casos leves; o 35% tem eczema, vômitos e convulsões; o São hiperativos, comportamento desorganizado, imprevisível e difícil de manejar; o Apresentam acessos de raiva, movimentos bizarros, maneirismos de torcer as mãos, lembra autismo e EZ; o Comunicação verbal e não verbal prejudicada ou inexistente; o Coordenação motora pobre e dificuldade perceptiva; o Tratamento com alimentação pobre em fenilalanina; o Tratamento em crianças mais velhas não altera DI, mas diminui irritabilidade, responsividade social e intervalo de atenção. >>TRANSTORNO DE RETT: o Mais em meninas, encefalopatia progressiva (leva a microcefalia); o Convulsões (75%), hiperventilação- apneia- hiperventilação, hipotonia no começo dos transtornos, mov das mãos; o Síndrome ligada ao cromossomo X. Afeta apenas mulheres; o Sintomas autistas, movimentos das mãos, padrão respiratório desorganizado; o Alterações progressivas da marcha, escoliose e convulsões; o Espasticidade grave e atrofia cerebral; o Anormalidade na pigmentação da substância branca; o Nasce com perímetro cefálico normal microcefalia dos 6 meses a 1 ano; o Inicia entre os 7 e 24 meses de idade; o Ocorrência de convulsões durante o início ou meio da infância. Estereotipias das mãos. >>SÍNDROME DE LESCH-NYHAN o Enzima que metaboliza a purina; o Transtorno ligado ao cromossomo X; o DI, microcefalia, convulsões, coreoatetose e espasticidade; o Automutilação compulsiva grave. >>SÍNDROME DE ALGEMAN: o DI grave; o Rara. Caracteriza-se por movimentos tensos e espasmódicos, ataxia, convulsões e risos imotivados. >>SÍNDROME ÁLCOOLICA FETAL o Dismorfismo facial importante, incluindo hipertelorismo, microcefalia, fissuras palpebrais curtas, pregas epicantais internas e nariz curto, virado para cima; o Dificuldade de aprendizagem; o Nanismo, DI e malformações cardíacas.
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