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Intubação Orotraqueal (IOT)

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Intubação Orotraqueal (IOT)
Aula dr.Thiago Amorim- 30/06/2021
↳Procedimento no qual o médico insere um tubo desde a boca até à traqueia, de forma a
manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada.
*Esse tubo é ainda ligado a um respirador, que substitui a função dos músculos
respiratórios, empurrando o ar para os pulmões.
✦Este procedimento só deve ser feito por um médico profissional de saúde capacitado
e em local com equipamentos adequados, como hospitais, já que existe risco de causar
lesões graves na via aérea.
Quando Intubar:
-comorbidades de longa duração.
-cirurgias, sedação e internações graves.
-carente de reflexos protetores.
-idade elevada.
-pouca massa magra.
-PCR.
-obstrução da via aérea.
-etc.
Visão Macro da Intubação:
Pré IOT:
-Preparação do paciente:
•pré-oxigenação (3-5min, 8 respirações profundas, 15L/min, acoplagem da máscara).
*evitar déficit de saturação.
•posicionamento (sniffing position)- alinhar, o máximo possível, o processo mastóide ao
esterno.
*paciente em decúbito dorsal.
•equipamentos.
•liderança (deixar claro que está assumindo o caso, mesmo que momentaneamente).
-estabilização hemodinâmica, caso necessário (1ml de adrenalina + 19ml de soro
fisiológico→ aplicar 1ml no paciente hipotenso e esperar 2 min antes de iniciar a
intubação).
*solução vasopressora, passageira, que auxilia no tratamento inicial e é seguida por
tratamento adequado.
-sedação [fentanil (tirar a dor e evitar infartos, etc) 2mcg/kg; etomidato (retirada de
consciência) 0,3mg/kg; succinilcolina +15 ml de soro fisiológico (bloqueador
neuromuscular despolarizante) 2mg/kg].
*no caso da cirurgia, a intubação só é feita depois do início da anestesia, já que a
intubação é um procedimento extremamente desconfortável.
Intra IOT:
-Técnica correta:
•abrir a boca do paciente usando o polegar para abaixar a arcada dentária inferior e o
polegar para suspender/ tracionar a superior.
•afastar a língua para a esquerda com a lâmina do laringoscópio.
•não forçar a lâmina nos dentes.
•visualizar o epiglote.
•encaixar a lâmina (pegar o mais “baixo” possível no cabo da lâmina).
•passar fio guia.
•passar o tubo.
•por fim, o tubo é preso no local com um pequeno balão insuflável e ligado a um
respirador, que substitui o trabalho dos músculos respiratórios e que permite que o ar
chegue nos pulmões.
OBS: Sempre que possível, utilizam-se duas pessoas para que uma mantenha o pescoço
seguro, garantindo o alinhamento da coluna e da via respiratória, e outra para fazer a
inserção do tubo. Este cuidado é extremamente importante após acidentes ou em
pessoas que têm confirmação de danos na coluna vertebral, para evitar que surjam
lesões na medula espinhal.
Retirada da Intubação Orotraqueal: No entanto, o tubo geralmente é retirado com a
pessoa acordada e esse é um processo que deve ser muito bem avaliado pelo médico, pois
é importante garantir vários parâmetros, como a correta oxigenação do sangue, antes
de acordar a pessoa.
Contraindicações: existem poucas contraindicações; no entanto, este procedimento
deve ser evitado em pessoas que têm algum tipo de corte na traqueia, sendo dada
preferência para uma cirurgia que coloque o tubo no local.
Possíveis Complicações: A complicação mais grave que pode acontecer numa intubação é
a colocação do tubo na localização errada, como no esôfago, enviando o ar para o
estômago, em vez dos pulmões, resultando em falta de oxigenação.
Além disso, se não realizada por um profissional de saúde, a intubação pode ainda causar
lesões nas vias respiratórias, sangramentos e até levar à aspiração de vômito para os
pulmões.
Intubação e COVID-19: A intubação é indicada nos casos graves de COVID-19 em que
há insuficiência respiratória grave, síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e em
pessoas que mesmo utilizando tratamento com oxigênio por cateter nasal, continuam
com oxigenação do sangue baixa, com saturação menor que 95%, e sintomas como
dificuldade para respirar, frequência respiratória acima de 25-30 respirações por
minuto, excesso de produção de suor e aumento dos batimentos cardíacos.
Este procedimento deve ser realizado na UTI pelo médico e por profissionais de saúde
com treinamento adequado como enfermeiros e fisioterapeutas, para garantir a
ventilação pulmonar, a oxigenação do corpo adequada, e evitar a falência respiratória
causada pela inflamação grave dos pulmões devido à infecção pelo coronavírus.

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